LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 1 de junho de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 01/06/2011

Têxteis perdem US$ 60 mi com 'barreiras' da Argentina
O setor têxtil brasileiro calcula que as exportações para a Argentina diminuirão 15% neste ano devido às medidas protecionistas adotadas pelo país vizinho.
As empresas devem perder US$ 60 milhões caso o governo argentino continue protelando a emissão de licenças não automáticas, avalia o conselheiro da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) Alfredo Emílio Bonduki.
A Argentina é o principal destino das vendas externas do setor brasileiro. No ano passado, o país comprou US$ 400 milhões em mercadorias têxteis do Brasil.

As licenças prévias para o setor, que deveriam ser concedidas pelo governo argentino em 60 dias, estão demorando em torno de 150 dias.
O presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Blumenau, Ulrich Kuhn, disse que as medidas protecionistas não são "uma novidade" e que, há pelo menos dois anos, a Argentina atrasa os licenciamentos.
O conselheiro da Abit afirma que o protecionismo no segmento têxtil vem desde 2005 _ano em que o Brasil começou a perder espaço no mercado argentino devido às barreiras comerciais.
Bonduki acredita que o país deixou de exportar para a Argentina US$ 280 milhões por ano desde então. Tanto Bonduki como Kuhn dizem que o problema do atraso na concessão das licenças se acentuou em 2011.
Além do setor têxtil, os segmentos de calçados, de máquinas agrícolas, de alimentos e de eletrodomésticos sofrem com a demora na emissão dos documentos.

O conflito comercial entre os dois países se intensificou no início de maio, quando o Brasil colocou empecilhos à importação de automóveis como represália às restrições aos produtos brasileiros impostas pelos argentinos.
Folha.com




Participação na exportação do grão recua 41,6%
Paranaguá movimentou 31,2% do volume total da commodity em 2001, porcentual que caiu para 18,2% em 2010

A exportação de soja em grãos nos portos brasileiros cresceu 84,7% nos últimos dez anos, saltando de 15,7 milhões de toneladas em 2001 para pouco mais de 29 milhões de toneladas em 2010, de acordo com dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O Porto de Paranaguá, no entanto, não acompanhou o mesmo ritmo de crescimento da curva nacional. No mesmo período, o terminal paranaense registrou apenas 8,1% de aumento na movimentação da commodity, passando das 4,9 milhões de toneladas no início da década passada para 5,3 milhões de toneladas em 2010. "Cerca de 30% da carga paranaense está sendo escoada em outros portos. Muitas foram perdidas nesses últimos oito anos", diz Airton Vidal Maron, superintendente do Porto de Paranaguá.

No mesmo período, o Porto de Santos cresceu 78,2% no total de soja exportada - saltando de 4,6 milhões de toneladas para cerca de 8,2 milhões de toneladas - mantendo sua participação em 28,2% do total movimentado nos terminais brasileiros - no início da década era de 29,3%. O Porto de Paranaguá, pelo contrário, viu sua participação no embarque nacional da commodity cair de 31,2% em 2001 para 18,2% em 2010.

De acordo com as cooperativas que operam em Paranaguá, a queda nos números está ligada aos problemas de infraestrutura. "Houve um aumento na produção, mas o porto não está adequado", destaca Nelson Costa, superintendente adjunto da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). Do início do ano até abril, Paranaguá já exportou 1,9 milhões de toneladas de soja, 9,5% a menos que o mesmo período do ano passado - 2,1 milhões de toneladas. "O volume de exportação é grande e o porto não vence", reforça José Aroldo Gallassine, presidente da Coamo Agroindustrial Cooperativa, de Campo Mourão (PR). Os executivos das cooperativas apontam três principais gargalos na exportação de grãos.

O primeiro é o fato de o porto não ter condições de carregar com chuva, que resulta em quilômetros de filas de caminhões na BR-277, rodovia que liga Curitiba ao litoral do estado. Em algumas semanas deste ano, a fila passava dos 30 quilômetros, segundo dados da Ecovia. A concessionária aponta que, entre 1º de março e 11 de maio, a cada 10 dias de safra, sete foram com filas na estrada. Se o porto ficar 24 horas sem trabalhar por causa da chuva são 100 mil toneladas que ficam paradas sem condições de embarcar, resultando em 100 quilômetros de fila.
Valor Econômico




Déficit do setor de autopeças cresce 12,7% até abril
Embora as exportações brasileiras de autopeças tenham crescido com ritmo superior ao registrado pelas importações, o déficit na balança comercial da indústria, que é historicamente superavitária, manteve trajetória ascendente nos primeiros quatro meses deste ano.
Segundo dados do Sindipeças, entidade que reúne 500 empresas do setor, no acumulado do ano até abril, o saldo negativo estava em US$ 1,51 bilhão, 12,7% acima do registrado em igual período de 2010 (US$ 1,34 bilhão).
Conforme a entidade, os embarques de componentes automotivos no quadrimestre somaram US$ 3,27 bilhões, com alta de 22,6% na comparação anual. As peças foram exportadas para 152 países. As importações, por sua vez, cresceram 19,3% nesse mesmo intervalo, para US$ 4,77 bilhões, com itens originários de 111 países.

Duramente afetado pela valorização do real, o setor de autopeças deverá registrar déficit comercial recorde neste ano, de US$ 4,5 bilhões. No ano passado, o saldo ficou negativo em US$ 3,54 bilhões.
Valor Online




Saldo do comércio exterior paraense fecha quadrimestre com crescimento de 130%
A economia paraense manteve o bom desempenho em abril deste ano. O primeiro quadrimestre de 2011 registrou um crescimento no saldo da Balança Comercial de 130% se comparado a igual período do ano passado. A variação positiva no saldo segue o mesmo ritmo do crescimento da economia nacional, que de janeiro a abril deste ano teve um crescimento de 132%. Esses dados contam do estudo Desempenho do Comércio exterior Paraense, elaborado pelo Centro Internacional de Negócios (CIN), da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) .

O destaque da economia paraense ficou mais uma vez para o incremento nas exportações. Enquanto que a variação das exportações brasileiras registrou crescimento de 31%, as do Pará chegaram em 118% no primeiro quadrimestre do ano, passando de um valor de US$ 2.235 bilhões, em 2010, para US$ 4.867 bilhões. Com o atual resultado, o Pará saiu da sexta para a quinta posição entre os Estados com maior exportação no período.
Mais uma vez, o minério de ferro bruto e o dendê foram os produtos que apresentaram melhor resultado no quadrimestre. O primeiro, com uma participação de 61% na pauta de exportação, rendeu ao Estado um valor exportado de US$ 2.953 bilhões. Já o dendê, que registrou uma variação de 1360% no período, fechou o quadrimestre com um valor exportado de US$ 16.705 milhões.
Outros produtos na pauta de exportação que alcançaram uma variação positiva de destaque foram: o silício (104%); ferro-gusa (76%); peixes (136%) e a carne de bovinos (60%). Por outro lado, a exportação de bovinos vivos e a castanha do Pará foram produtos que registraram queda no quadrimestre, de -23% e -86%, respectivamente.

O principal destino internacional dos produtos paraenses foi a China, com uma variação de 291%. O tigre asiático, que importa grande parte do minério paraense, domina uma participação de 32% na pauta dos países compradores. Atrás da China, os maiores compradores de produtos paraenses continuaram sendo o Japão (186%) e os Estados Unidos (45%).

A Alemanha, que é o quarto país que mais consome produtos Made in Pará, registrou variação de 147%, e uma participação de 6%, bem próxima a participação do país norte americano que, de janeiro a abril de 2011, ficou em 7%.
Confederação Nacional da Indústria



Argentina busca relação comercial equilibrada com o Brasil
A ministra da Indústria, Débora Giorgi, afirmou que a Argentina busca estabelecer uma "relação equilibrada" no comércio bilateral com o Brasil, de maneira que permita a continuidade da "reindustrialização" da Argentina.

O objetivo do próximo encontro será buscar uma relação comercial equilibrada que permita a continuidade da reindustrialização da Argentina, que é a única forma de ambos os países se beneficiarem", disse Débora Giorgi, em comunicado divulgado no sábado (28).

Neste sentido, a ministra qualificou de "muito positiva" a retomada do diálogo bilateral pautado entre ambos os países para a próxima quinta-feira em Brasília, e acrescentou que a Argentina já propôs a reindustrialização como ideia central para o benefício dos dois maiores sócios do Mercosul.

A reunião foi marcada pelo secretário de Indústria e Comércio de Argentina, Eduardo Bianchi, e o secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Alessandro Teixeira, para o próximo dia 2, em Brasília, onde retomarão as negociações.

Bianchi e Texeira se reuniram em Buenos Aires segunda e terça-feira passadas (23 e 24). Os secretários examinaram questões relacionadas ao comércio bilateral, com foco nos temas expostos pelos ministros de Indústria nas cartas que trocaram nas últimas semanas.

"Ambos os governos decidiram fortalecer ações dirigidas à promoção do desenvolvimento produtivo integrado e definiram uma agenda de trabalho para os temas estruturais, com especial atenção aos setores sensíveis e estratégicos para cada país", concluiu o Ministério da Indústria.
Conexao Maritima

Nenhum comentário: