Agosto começa com superávit de US$ 1,054 bilhão
Brasília (8 de agosto) – As exportações brasileiras, na primeira semana de agosto (1º a 7), com cinco dias úteis, foram de US$ 5,836 bilhões, com média diária de US$ 1,167 bilhão. O resultado é 33,5% superior à média de US$ 874,4 milhões, registrada em agosto de 2010, e 10,2% maior que a média de julho deste ano (US$ 1,059 bilhão).Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 4,782 bilhões, com resultado médio diário de US$ 956,4 milhões. Por esse critério, houve aumento de 24,9% em relação a agosto do ano passado (média de US$ 765,6 milhões). Na comparação com julho de 2011 (média de US$ 910,3 milhões), houve aumento de 5,1% nas aquisições no mercado externo.
Com estes dados, a balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de agosto, superávit de US$ 1,054 bilhão, com média diária de US$ 210,8 milhões. Este valor está 93,9% acima do registrado em agosto de 2010 (média de US$ 108,7 milhões) e é 41,2% superior ao verificado em julho deste ano (US$ 149,3 milhões).
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 10,618 bilhões, com média diária de US$ 2,123 bilhões. Houve crescimento de 29,5% na comparação com a média de agosto de 2010 (US$ 1,640 bilhão) e aumento de 7,8% sobre a de julho deste ano (US$ 1,970 bilhão).
Ano
De janeiro à primeira semana de agosto deste ano (150 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 146,391 bilhões (média diária de US$ 975,9 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 741,9 milhões), as exportações cresceram 31,6%. As importações foram de US$ 129,251 bilhões, com média diária de US$ 861,7 milhões. O valor está 27,8% acima da média registrada no mesmo período de 2010 (US$ 674,1 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 17,140 bilhões, com média diária de US$ 114,3 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 10,169 bilhões, com média de US$ 67,8 milhões. Pela média, houve aumento de 68,6% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio somou US$ 275,642 bilhões, com média diária de US$ 1,837 bilhão. O valor é 29,8% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,415 bilhão).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Encomex empresarial ajuda empresários baianos a aprender a exportar
Salvador-BA (4 de agosto) – Durante os dois dias do Encomex, mais de 1.300 pessoas passaram pelo Centro de Convenções de Salvador para participar de palestras, oficinas, mesas redondas, e conversar com especialistas em comércio exterior. Ivana Batista, dona de uma empresa de cosméticos localizada na região metropolitana de Salvador, trouxe seus produtos para o showroom que reuniu 22 empresas baianas. Para Ivana, a facilidade de acesso a informações foi uma das principais vantagens do Encontro de Comércio Exterior organizado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
“Para entrar no mercado externo é preciso estar bem preparado. Nós, que somos pequenos, muitas vezes não sabemos onde encontrar orientações. Já tivemos oportunidade de exportar, mas não estávamos preparados”, concluiu.
Para facilitar a troca de informações, durante o Encomex os expositores tiveram acesso direto aos órgãos que atuam no comércio exterior brasileiro, como Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil); além de Sebrae, BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Federação das Indústrias da Bahia e Governo do Estado da Bahia.
Participaram do showroom, empresas com diferentes níveis de experiência em exportação. Mas todas tinham em comum, a certeza da importância do diferencial competitivo. Um exemplo é o café gourmet fabricado pela família de Bianica Araújo, na Chapada Diamantina. O produto diferenciado já faz sucesso no Brasil, onde é vendido para cafeterias especializadas.
Para Bianica, a experiência de participar do Encomex será importante para a empresa dar novos passos rumo ao mercado externo. “Foi excelente. Os contatos que nós tivemos foram fundamentais, até porque somos pequenos produtores. Acredito que o Encomex abrirá caminhos”, disse.
Troca de experiências
Os empresários da Bahia tiveram contato também com grandes empresas exportadoras de carne, de motores e de eletrodomésticos, que foram convidadas a participar das palestras que lotaram o auditório principal. Executivos de grandes empresas que investem em inovação também falaram de suas experiências no mercado internacional.
Especialistas em comércio exterior também foram convidados para orientar e tirar dúvidas dos empresários. Carlos Nunez, que tem uma fábrica de óculos para crianças, acredita que a participação no Encomex vai ajudar a empresa a vender mais para o Mercosul. Fabiana Magalhães, responsável pelo setor comercial de uma empresa de brindes promocionais, está confiante que, com as dicas do Encomex, a empresa conseguirá exportar pela primeira vez.
Roberto Dantas, diretor do Departamento de Planejamento e Desenvolvimento do Comércio Exterior (Depla) do MDIC, avalia que a mudança de formato do Encomex, agora em versão Empresarial, privilegiando o atendimento às empresas, cumpriu seu papel. “O Encomex favorece a interação entre gestores e empresários. Todos ganham”, concluiu. Os próximos encontros serão realizados em Porto Velho(RO) nos dias 15 e 16 de setembro e em Curitiba(PR) de 1 a 2 de dezembro.
Para saber mais sobre o Encomex Empresarial, acesse: http://www.encomex.mdic.gov.br/
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Secretário-executivo da Camex apresenta estratégias para manter competitividade das exportações
Salvador-BA (4 de agosto) – O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Emilio Garofalo Filho, abriu o segundo e último dia do Encomex Salvador com a palestra 'É possível exportar a qualquer câmbio?'. Para mostrar que o bom desempenho nas vendas externas não depende apenas do valor do real ou do dólar, o secretário apresentou casos concretos de nove empresas que registraram aumento nas exportações no primeiro semestre de 2011.
Em um dos casos, apesar do real valorizado em relação ao dólar, o faturamento de 2011 chegou a dobrar em comparação ao mesmo período de 2010. Nos outros exemplos, o valor vendido para o exterior foi de 8% a 45% maior que no primeiro semestre do ano passado.
O secretário deu destaque às diferentes estratégias utilizadas pelos empresários que continuam competitivos no mercado internacional. Entre os comportamentos adotados estão a redução de custos, a diminuição da margem de lucro, o lançamento de novos modelos e marcas, a aposta na qualidade – levando para o exterior produtos da linha premium –, a participação em feiras internacionais, e os investimento em eficiência logística, entre outros.
Garofalo também destacou o crescimento geral das exportações brasileiras em 2011. “Em sete meses, estamos conseguindo exportar mais do que em todo ano de 2006”, disse, referindo-se à marca atingida no final de julho deste ano, quando as exportações brasileiras somaram US$ 138,7 bilhões no acumulado anual.
Ao final, o palestrante disse que as dificuldades com o câmbio enfrentadas pelos exportadores são uma oportunidade de chamar a atenção para problemas relacionados ao chamado “custo Brasil”, de ordem trabalhista, tributária e de infraestrutura. O secretário lembrou aos presentes que o Plano Brasil Maior, lançado esta semana, veio para ajudar a melhorar as vendas dos produtos brasileiros no mercado externo.
O Plano Brasil Maior é a nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior, que tem o objetivo de aumentar da competitividade dos produtos nacionais a partir do incentivo à inovação e à agregação de valor. Para isso, foram traçadas dez metas a serem atingidas até 2014 com medidas de estímulo ao investimento e à inovação, ao comércio exterior e à defesa da indústria e do mercado interno.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Dumping não surte efeito prático
A recente decisão do governo da Argentina de criar medidas como o dumping para barrar a entrada de produtos estrangeiros naquele país é ineficaz e não deve surtir efeito prático para a economia local A avaliação é da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Produtos Automotivos (Abidipa). O presidente da entidade, Rinaldo Siqueira Campos lembra que o Brasil tentou a mesma medida há dois anos e meio e os resultados têm sido incipientes.
Este ano, o governo da Argentina aumentou de 400 para 600 itens a lista de produtos que precisam de licenças prévias de importação. De acordo com Siqueira Campos, o ideal seria barrar a entrada de mercadorias subfaturadas e qualquer tipo de fraude nos processos de importação, a verdadeira razão dos problemas enfrentados, tanto pelo Brasil quanto pela Argentina. "Tem produto que sai da China, por exemplo, e entra no Brasil e é vendido no mercado brasileiro com preço inferior ao preço fob da mercadoria e ainda é preciso calcular o custo da importação", considera.
Como exemplo, o empresário cita o caso do pneu 295/80/R22.5 (pneu para caminhões) que custa na China em média US$ 330 fob. Ao chegar ao destino final, são aplicados US$ 85 de dumping e ainda os custos de importação que chegam a 80% do valor fob do produto. O presidente da Abidipa indaga o fato de como é possível esse pneu ser vendido por R$ 900 no mercado brasileiro? Segundo Campos, é essa conta que o Brasil e a Argentina precisam fazer na hora de tomar medidas para proteger as fábricas nacionais e incentivar a concorrência leal.
NetMarinha
Cláusulas sociais em acordo com Mercosul preocupam empresas
A pressão da União Europeia (UE) para incluir cláusulas sociais, ambientais e trabalhistas num futuro acordo de livre comércio com o Mercosul entrou em novo estágio na negociação birregional, causando inquietações no setor privado. Desde 2004, a UE insiste na inclusão de um capítulo sobre desenvolvimento sustentável na negociação, como faz com praticamente todos os acordos comerciais que conclui.O Mercosul sempre rejeitou a ideia, vendo risco de protecionismo disfarçado contra suas exportações. O bloco chegou a acenar com referência ao tema na área de cooperação política, mas não no acordo comercial birregional. Agora, o Valor apurou que a insistência da UE pela primeira vez se concretizou em texto, na mesa de negociação, sobre um capítulo de desenvolvimento sustentável - ou seja, normas sociais, ambientais e trabalhistas -, alegando que sofre pressões de setores sociais que monitoram as discussões com o Mercosul. O bloco admite a discussão, mas condicionada a garantias de que isso não levará a barreiras comerciais disfarçadas.
O Mercosul avisou aos europeus que uma eventual introdução do tema no acordo precisa assegurar que o objetivo não é de harmonizar as normas de desenvolvimento sustentável nos dois blocos. Ou seja, não se pode querer nivelar as condições nos dois lados. O Mercosul e a UE teriam o direito de decidir de maneira autônoma sobre o próprio nível de proteção ambiental, trabalhista e social.
No setor de soja, o sinal amarelo foi deflagrado. Daniel Furlan Amaral, da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), estudou os acordos assinados pela UE e concluiu que capítulos de desenvolvimento sustentável podem ter desdobramentos distintos daqueles originalmente colocados no papel. "A finalidade oficial é garantir que esses acordos não impliquem degradação dos recursos naturais, das condições sociais e trabalhistas", nota. "Mas à medida que os Estados endossem o acesso ao mercado europeu condicionado aos mecanismos privados de rastreabilidade, auditoria e certificação, os setores produtivos podem ser obrigados a arcar com custos extraordinários que, no final, se tornarão barreiras não tarifárias ao comércio."
Para a Abiove, o Mercosul precisará redobrar as atenções nessa discussão, porque seu impacto é maior nos produtos de maior competitividade do bloco, os ligados à agroindústria, mineração, energia e outros recursos naturais.
Nos últimos acordos comerciais feitos pela UE, sempre aparece a criação de subcomitê sobre desenvolvimento sustentável. "E se esse subcomitê concluir que os insumos de nossas carnes, que são soja, milho, trabalho e outros, são pouco sustentáveis?", indaga Amaral. "Teremos que certificar tudo para poder vender para o mercado europeu? Isso com certeza levará ao aumento significativo de custos produtivos. Ao elevar custos de produção no estrangeiro, a UE reduz a diferença de competitividade com as indústrias locais."
Amaral lamenta que a sustentabilidade econômica não esteja incluída na discussão. "A UE não quer discutir subsídios à produção. Na nossa visão, produzir carne no Brasil é muito mais sustentável, pois incentiva a rotação soja-milho, com menos emissões de gases, o peso transportado é menor em relação ao transporte de grãos. Um quilo de carne de aves transportado evita o carregamento de 1,9 quilo de grãos e incentiva geração de renda no campo."
Os europeus insistem que não pensam em sanção comercial no caso de desrespeito de normas sociais, trabalho infantil, destruição de florestas etc. Mas o Parlamento Europeu, que agora tem mais poder para decidir os acordos, deixa claro que a UE não vai tolerar que o tema seja ignorado. "É preciso um compromisso de se trabalhar junto nessas questões", avisou o deputado europeu Grahan Watson.
Para um importante negociador do Mercosul, um acordo com a UE não fracassará por causa de normas de desenvolvimento sustentável. O que vai decidir, diz ele, é a vontade política de cada lado em concluir um entendimento que pode reforçar bastante as relações birregionais.
Valor Econômico
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