LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

AGRONEGÓCIO

Exportações de carne de frango registram alta de 3,4% em volume no 1º semestre
Dados divulgados hoje pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango atingiram 2,239 milhões de toneladas entre janeiro e julho de 2011, 3,4% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Esse saldo representou receita de US$ 4,669 bilhões nos sete primeiros meses deste ano, 24,3% acima dos US$ 3,756 bilhões de 2010.
Em relação ao mesmo mês de 2010, as exportações de julho registraram queda de 13,8% em volumes, com 310,8 mil toneladas, frente às 360,5 mil toneladas do ano anterior. Já em receita o resultado foi positivo, com crescimento de 3,8%, com total de US$ 669 milhões no sétimo mês de 2011, e US$ 644 milhões no ano passado.
"Além do mês de julho de 2010 ter se configurado em um período excepcional em vendas, contribuíram para esta queda as baixas cotações do dólar durante o mês, a redução sazonal de consumo no continente europeu e em alguns mercados, o embargo russo às carnes brasileiras e a crise internacional que tem afetado a economia dos países ricos", explica Francisco Turra, Presidente Executivo da Ubabef.

O Oriente Médio continuou líder nas importações de frango brasileiro entre janeiro e julho de 2011, com volume de 828,2 mil toneladas e receita de US$ 1,571 bilhão. Em segundo lugar, a Ásia foi responsável por 632,5 mil toneladas e US$ 1,443 bilhão. A União Europeia foi o terceiro maior destino das exportações de frangos, com 284 mil toneladas e receita de US$ 839 milhões.

A África ficou no quarto posto em importações por volumes, com 263,8 mil toneladas e US$ 360,6 milhões. Já as exportações para os países das Américas, o quinto maior volume registrado, representaram 154 mil toneladas, com US$ 289 milhões. Por fim, as exportações para a Europa extra-UE representaram 73,5 mil toneladas e US$ 159 milhões.
Em relação aos tipos de produtos embarcados, as exportações de cortes de frangos - principal produto da pauta - totalizaram 1,182 milhão de toneladas entre janeiro e julho deste ano. Em seguida, os embarques de frango inteiro totalizaram 846,1 mil toneladas. Terceiro produto mais exportado, os "industrializados" somaram 106,5 mil toneladas. Já os embarques de carnes salgadas representaram 103,3 mil toneladas.

No ranking dos estados exportadores, o Paraná reassumiu a liderança em volumes, com total de 81,1 mil toneladas embarcas em julho de 2011, com receita de U$S 157 milhões. Líder em receita, Santa Catarina exportou 79,4 mil toneladas no mês, com resultado de US$ 196,6 milhões. Terceiro maior exportador em volume e receita, o Rio Grande do Sul embarcou 62,7 mil toneladas, com total de US$ 131,1 milhões. No quarto lugar, São Paulo registrou 23,3 mil toneladas, com US$ 48,2 milhões. Ocupando o quinto posto, as exportações mato-grossenses totalizaram 19,1 mil toneladas e receita de US$ 40,5 milhões.

Ovos - Os embarques de ovos brasileiros acumularam queda de 53,2% nos sete primeiros meses de 2011, com total de 8.200 toneladas neste ano, frente a 17,7 mil toneladas do ano anterior. A receita, de US$ 14,6 milhões, foi 43,9% menor que o resultado de 2010, com US$ 26,1 milhões.

Custos de produção e câmbio - O custo de produção e a política cambial foram alguns dos principais entraves para as exportações no mês de julho. Em relação a custos, o valor médio da saca de 60 quilos de milho no sétimo mês deste ano foi de R$ 30,67, preço 38,4% maior que o registrado no mesmo período de 2010, de R$ 18,89. No caso do farelo de soja, a alta foi de 1,1%, vendida por R$ 0,608, o quilo. Com relação ao dólar, com cotação média de R$ 1,56, houve registro de queda de 13,1% em relação a julho de 2010.
Ubabef por Avicultura Industrial



Exportações em alta
Apenas sete meses após a previsão anunciada pelo ministro Wagner Rossi, o valor exportado pelo agronegócio brasileiro já superou a expectativa do Ministério da Agricultura para 2011, chegando a US$ 85,7 bilhões no período acumulado dos últimos 12 meses (agosto de 2010 a julho de 2011). O valor representa um aumento de 23,7% em relação aos 12 meses anteriores. O superávit comercial também subiu e alcançou US$ 69,8 bilhões.
Em janeiro deste ano, o ministro Wagner Rossi apresentou as previsões para as exportações do agronegócio brasileiro que poderiam chegar a US$ 85 bilhões até o fim de 2011, O Ministério da Agricultura previa que, com a média de crescimento de 14% ao ano na última década, seria razoável que houvesse um crescimento em torno ou acima de 10%.
Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, nos últimos 12 meses, foram constatados aumentos nos embarques para Argélia (104,7%), Espanha (55,9%), Japão (49,3%) e Rússia (40,9%). Os produtos mais exportados foram os do complexo soja (US$ 20,6 bilhões), os do complexo sucroalcooleiro (US$15 bilhões) e as carnes (US$14,8 bilhões).

Julho - No que se refere ao mês de julho, houve um incremento de 15,6%, em comparação ao mesmo mês de 2010. Nesse mês as exportações atingiram US$ 8,5 bilhões, resultando em superávit de US$ 1,4 bilhão.
As vendas recordes para o exterior em julho deste ano foram possíveis graças ao desempenho de três setores: o complexo sucroalcooleiro, que contribuiu com 53,1% do incremento das exportações (passando de US$ 1,351 bilhão para US$ 1,959 bilhão); o complexo soja com 31,6% (passando de US$ 1,496 bilhão para US$ 1,841 bilhão); e o café com 12,5% (passando dos US$ 406 milhões para os atuais US$ 550 milhões). Em todos eles, com exceção do café, a quantidade exportada teve redução, que foi compensada pela forte elevação dos preços externos.
As exportações brasileiras do agronegócio apresentaram crescimento em todos os destinos, A União Europeia recuperou uma parte da participação perdida nos últimos anos, passado de 25,8% para 26,6% do total.
Crise - Em relação à crise financeira mundial, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, acredita que não haverá grande impacto nas exportações brasileiras. "A experiência de 2009 mostra que o impacto pode ser maior nos preços e não nas quantidades demandadas", explica.
A posição do secretário é a mesma do ministro Wagner Rossi, que afirmou em coletiva na última terça-feira, 9 de agosto, que a demanda por alimentos continuará grande, mas os preços médios devem ter uma variação para baixo. "Mesmo assim, a agricultura será o grande esteio do Brasil para enfrentar as possíveis dificuldades mundiais", afirmou Rossi.
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