LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 26/08/2011

Exportações de cooperativas crescem 33%
As cooperativas brasileiras exportaram US$ 3,26 bilhões entre janeiro e julho deste ano, valor 33% maior do que o do mesmo período de 2010, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Foi o melhor resultado já registrado pelo segmento, que cresce pouco acima do mercado em geral -as exportações totais brasileiras aumentaram 31% no período.

Como praticamente a totalidade da pauta das cooperativas é formada por produtos agropecuários, os altos preços dos alimentos explicam, em parte, o bom resultado.

Mas a profissionalização do setor e o fortalecimento de algumas cooperativas, após movimentos de fusões e de aquisições, contribuem para a maior presença delas no comércio exterior, avalia Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras).

O desempenho, segundo Freitas, ultrapassa a expectativa da OCB, que estimava crescimento de 20% em 2011.

Apesar da expansão, a participação das cooperativas nas exportações brasileiras ainda é muito baixa, de 2,3%. A fatia subiu de 1,9% desde 2005, mas há um grande potencial para ser explorado. Segundo Freitas, cerca de 40% da produção agropecuária brasileira -setor responsável por mais da metade das exportações totais do país- passa pelas cooperativas.

Para o presidente da entidade, o crescimento das exportações virá naturalmente, à medida que o modelo de cooperativismo se fortaleça no Brasil. Em 2010, o país tinha 943 mil cooperados em 1.548 cooperativas agropecuárias. Nos sete primeiros meses deste ano, 161 dessas empresas venderam ao exterior.
Folha de São Paulo




Falta de projeto de investimentos a longo prazo emperra crescimento
"O maior problema é que o comércio exterior e a cabotagem cresceram mais do que os recursos aplicados, o que levou à situação que temos hoje. Houve investimentos, mas não foram suficientes para atender à demanda. Isso é resultado da falta de um projeto de investimentos de longo prazo, que se iniciou há 20 anos, em outros governos".

A afirmação é de Julian Thomas, presidente do Centronave e diretor-superintentende da Aliança Navegação e Logística e da Hamburg Süd. Segundo ele, que há cerca de 20 anos vive no Brasil, o gargalo foi reconhecido no âmbito governamental está sendo tratado, no entanto, nada pode ser feito de imediato.
Para o executivo, de uma forma geral, falta um melhor planejamento de investimentos em infraestrutura de longo prazo. "Temos que tornar os processos mais ágeis.

Precisamos de mais portos, mais retroáreas, terminais mais modernos. Uma infraestrutura precária é um entrave para o desenvolvimento do comércio exterior", afirma.

Thomas, que acredita que já vivemos um apagão logístico, acredita entre setembro e novembro, período em que se registra o pico da importação, o setor deve voltar a enfrentar dificuldades. "Teremos, novamente, congestionamento nos portos, falta de área de armazenagem, entre outros gargalos", sustenta.
No que diz respeito ao País ter fôlego para atender à crescente demanda de importação e exportação, Thomas diz que é precisamos, urgentemente, de investimentos nos portos e vias de acesso, além da redução da burocracia.

"O problema foi reconhecido pelo governo e já temos medidas em curso, mas a pressão é maior do que a rapidez na solução dos gargalos existentes. É preciso ter ações efetivas dos órgãos intervenientes", aponta.
Guia Marítimo

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