Taxa de contêineres tem 3ª semana de alta
Uso de navios continua estável.
Os últimos números da SCFI (Shanghai Containerised Freight Índex), fornecidos pela SSE (Shanghai Shipping Exchange), mostram que o preço do frete de Xangai para a Europa chegou a US$ 828 por Teu na última semana. Isso representa $ 5 a mais em relação à semana anterior, enquanto as taxas de transporte de Xangai para o Mediterrâneo saltaram para $ 1,019 por Teu, ou seja, um aumento de $ 53. Nos fretes de Xangai para a costa leste dos EUA, as taxas aumentaram $ 11 na semana anterior, chegando a $ 794 por Teu e os preços para a costa oeste subiram $ 25, totalizando $ 1,565 por Teu.
Segundo a SSE, o aumento do frete da Ásia para a Europa se deve às taxas de uso de navios, que permanecem na marca dos 90%. É a terceira semana consecutiva de aumento nos preços, mas, com $ 828 por Teu, ainda há o que ser recuperado em relação ao início do ano, cujas taxas eram de cerca de $ 1,400.
A Clarkson Securities, agente de derivativos de contêiner, considera o aumento dos preços "melhor do que o esperado". Mas, ainda assim, afirma que "os carregadores estão incertos da longevidade desse aumento, dado à fragilidade dos princípios fundamentais do mercado".
A SSE afirma que a alta dos preços no mercado Mediterrâneo, que cobre frete de Xangai para Barcelona, Valência, Gênova e Nápoles, se deu porque a demanda superou a capacidade de oferta. A expectativa da empresa é de que os preços continuem subindo no curto prazo. Ela afirma que os fretes da Ásia com destino aos portos da costa noroeste dos EUA também tiveram falta de capacidade disponível nas últimas semanas. Além disso, os fretes para a costa leste tiveram volumes estáveis, mas também esgotamento de horário para viagens.
Segundo a Clarkson, o aumento do comércio via transpacífico também pode ser devido ao anúncio da Matson de que suspenderia um de seus serviços, o que foi fortemente sentido no mercado.
Guia Marítimo
Companhias estão mais influentes no transporte marítimo
O interesse das companhias é manter os custos do transporte marítimo o mais baixo possível, mas na busca por esse objetivo, elas adotam uma diversidade de estratégias de transporte de acordo com seus interesses. A maioria tem evitado ter seus próprios navios, geralmente optando por fretamento.
O mercado tem dado grande publicidade ao grande investimento da Vale em embarcadores para transportar minério para a China. A razão é o risco calculado de um melhor controle dos custos de transporte marítimo, uma vez que será dono e operará sua própria frota, ao invés de depender da volatilidade do mercado de transporte. O objetivo é ter frota capaz de transportar 60% de sua carga de minério do Brasil para outros países.
A rival Rio Tinto também tem investido, modestamente, em embarcações de minério, contratando um total de 11 navios e assinado um acordo de longo prazo com um armador do Japão. Além de satisfazer suas necessidades, que é principalmente fretamento de tonelagem. Ela afirma que seu modelo de negócios envolve exposição e gerenciamento de riscos de transporte.
Entre outras, há também a BHP Billiyon com uma estratégia contra investimento direto em embarcações, apesar de manter uma pequena frota de navios. Ou a Cargill que contrata 350 navios de uma vez só, para o transporte de minério de ferro e carvão.
Outro exemplo é a Glencore, maior comerciante de commodities, que tem uma extensa operação de carga, com mais de 200 navios fretados por vez. A companhia tem uma armadora subsidiária e joint ventures com operadores de carga.
A maioria das companhias mantém interesses limitados com o mercado de armadores e consideram maior o risco financeiro de manter frota própria do que ficar exposto aos preços do mercado de frete.
Guia Marítimo
Em um encontro realizado em Itajaí, onde foram discutidos aspectos do transporte marítimo brasileiro, o diretor-superintentende da Aliança Navegação e Logística e da Hamburg Süd, Julian Thomas, apontou problemas como o alto custo do combustível e a falta de espaço nos portos brasileiros. Segundo ele, a demora decorrente do tempo em que navios da empresa ficam parados nos portos, por exemplo, gera à Hamburg Süd um prejuízo de U$ 118 milhões.
Thomas acredita, no entanto, que a curto prazo, é preciso planejamento, licitações para áreas alfandegárias, aumento do número de fiscais e portos 24 horas. No que diz respeito a um prazo maior, para ele, é necessário que sejam realizadas licitações de novos terminais, implantação de processos para a liberação de navios antes que cheguem aos portos e estudos logísticos.
Durante o encontro, conduzido pelo executivo, esteve presente a diretoria do Porto Itapoá, que, nos primeiros dias de operação, ultrapassou a marca de 12 mil Teus movimentados em seu terminal. A diretoria do complexo, inclusive, já pensa em melhorias para criar condições melhores no complexo como, por exemplo, sua ampliação para que possa atender, aproximadamente, 2 milhões de Teus por ano. Atualmente, a principal meta do terminal é a conclusão dos acessos rodoviários, como, por exemplo, a conclusão da SC-415, de responsabilidade do Governo do Estado de Santa Catarina, e que deve estar totalmente concluída até o fim de 2011.
Somente nos primeiros seis meses do ano, a exportação cresceu 32%, enquanto a importação teve incremento de 30%. Os números impactam não só o setor como impulsionam, também, o ramo de seguros de transporte, mesmo diante da resistência por parte dos empresários atuantes no mercado marítimo.
De acordo com o presidente da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Paulo Robson Alves, embora o cenário seja positivo, o País ainda não vê o seguro como uma despesa no caso do transporte marítimo, já que ele não é obrigatório. "O que preciso entender é que o seguro é um serviço agregado à operação da companhia", diz.
Dados do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguro) demonstram que ainda há muito o que crescer no setor marítimo. Ao todo, apenas 4% dos prêmios são contemplados pelo aquaviário. No entanto, para o coordenador técnico de Transportes do sindicato, José Geraldo da Silva, tanto o embarcador quanto o transportador demonstram preocupação e necessidade em contratar o seguro de cargas que, por conta de viver um momento de alta competitividade, deve apresentar preços mais baixos ao empresariado.
Entraves prejudicam setor portuário brasileiro
Em um encontro realizado em Itajaí, onde foram discutidos aspectos do transporte marítimo brasileiro, o diretor-superintentende da Aliança Navegação e Logística e da Hamburg Süd, Julian Thomas, apontou problemas como o alto custo do combustível e a falta de espaço nos portos brasileiros. Segundo ele, a demora decorrente do tempo em que navios da empresa ficam parados nos portos, por exemplo, gera à Hamburg Süd um prejuízo de U$ 118 milhões.
Thomas acredita, no entanto, que a curto prazo, é preciso planejamento, licitações para áreas alfandegárias, aumento do número de fiscais e portos 24 horas. No que diz respeito a um prazo maior, para ele, é necessário que sejam realizadas licitações de novos terminais, implantação de processos para a liberação de navios antes que cheguem aos portos e estudos logísticos.
Durante o encontro, conduzido pelo executivo, esteve presente a diretoria do Porto Itapoá, que, nos primeiros dias de operação, ultrapassou a marca de 12 mil Teus movimentados em seu terminal. A diretoria do complexo, inclusive, já pensa em melhorias para criar condições melhores no complexo como, por exemplo, sua ampliação para que possa atender, aproximadamente, 2 milhões de Teus por ano. Atualmente, a principal meta do terminal é a conclusão dos acessos rodoviários, como, por exemplo, a conclusão da SC-415, de responsabilidade do Governo do Estado de Santa Catarina, e que deve estar totalmente concluída até o fim de 2011.
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Transporte impulsiona ramo de seguros
Somente nos primeiros seis meses do ano, a exportação cresceu 32%, enquanto a importação teve incremento de 30%. Os números impactam não só o setor como impulsionam, também, o ramo de seguros de transporte, mesmo diante da resistência por parte dos empresários atuantes no mercado marítimo.
De acordo com o presidente da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), Paulo Robson Alves, embora o cenário seja positivo, o País ainda não vê o seguro como uma despesa no caso do transporte marítimo, já que ele não é obrigatório. "O que preciso entender é que o seguro é um serviço agregado à operação da companhia", diz.
Dados do Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguro) demonstram que ainda há muito o que crescer no setor marítimo. Ao todo, apenas 4% dos prêmios são contemplados pelo aquaviário. No entanto, para o coordenador técnico de Transportes do sindicato, José Geraldo da Silva, tanto o embarcador quanto o transportador demonstram preocupação e necessidade em contratar o seguro de cargas que, por conta de viver um momento de alta competitividade, deve apresentar preços mais baixos ao empresariado.
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