LEGISLAÇÃO

terça-feira, 16 de agosto de 2011

PORTOS E LOGÍSTICA - 16/08/2011

Capacidade Mundial de Contêineres Ativos Aumentou 10%
A capacidade mundial de contêineres ativos aumentou 10% nos últimos doze meses, ultrapassando a demanda de cargas e colocando pressão nas taxas de frete e nos níveis de utilização dos navios em uma temporada de pico com resultados medíocres.
De acordo com os dados da Alphaliner, empresa analista da indústria marítima, as transportadoras aumentaram suas capacidades em todas as rotas e especialmente na América do Sul e na África houve o maior aumento.

A frota ativa mundial chegou a 14,95 milhões de teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) na última segunda-feira, o que representa um aumento de 1,33 milhão de Teus em comparação ao ano passado.

Já as companhias que retiraram capacidade nas principais linhas dos trades Ásia-Europa e Ásia-América do Norte realocaram uma boa quantidade de navios nas rotas secundárias. Por conseqüência, as rotas da África por exemplo, tiveram incremento de 20% no ano passado. Já os trades Transatlântico e América Latina viram suas capacidades aumentaram 14% e 13%, respectivamente.
Guia Marítimo



Hyndai Merchant Marine faz encomenda à Daewoo
A HMM (Hyundai Merchant Marine) fez uma encomenda à DSME (Daewoo Shipbuilding and Marine Engineering) de cinco porta-contêineres de nada menos que 13 mil Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), que juntos somam US$ 640 milhões. As entregas deverão ser realizadas entre 2013 e 2014.
Esse é o primeiro contrato realizado entre as duas companhias, apesar de serem compatriotas. A maior parte dos navios da HMM foi fabricada pela Hyundai Heavy Industries.
Guia Marítimo



ALL entra no transporte de biodiesel e investe em terminais
A América Latina Logística (ALL) está entrando no segmento de transporte de biodiesel e planeja, para 2012, conseguir participação de 50% do volume que passa próximo de sua malha ferroviária. A primeira experiência começou no mês passado, no trecho entre Esteio (RS) e Araucária (PR), municípios distantes 700 quilômetros, que estão operando com carregamentos diários. Outros quatro pontos de atuação estão definidos e os investimentos nos cinco terminais somarão R$ 60 milhões. Eles serão feitos por empresas de distribuição de combustíveis.
A ALL já transportava diesel, gasolina e álcool - este último, desde 2007, e ele já responde por 30% da carga de combustível movimentada. Com o biodiesel, a empresa conseguirá mais cargas de retorno. Hoje, por exemplo, ela vai com diesel do interior de São Paulo até o Mato Grosso e volta com álcool. Os mesmos vagões passarão a receber também biodiesel. A intenção é que os terminais de Alto Taquari (MT), Passo Fundo (RS) e Paulínia (SP) estejam prontos para operação com o produto no primeiro semestre de 2012. O Norte do Paraná também está nos planos.

"Isso é bastante relevante porque o Brasil produziu 2 bilhões de litros de biodiesel no ano passado e, pela nossa malha, passam 1,4 bilhão de litros, ou 70%", diz Luis Gustavo Vitti, gerente de produtos líquidos. A intenção, segundo ele, é crescer seguindo a proporção do acréscimo de biodiesel no diesel vendido nas bombas. A expectativa é de que, até 2014, a porcentagem da mistura suba dos atuais 5% para 10%. Ou seja, a ALL pretende dobrar o volume. Para 2013, a companhia espera chegar a 2 bilhões de litros do produto.

Hoje a companhia transporta cerca de 8,5 bilhões de litros de combustíveis. Em 2010, o segmento industrial respondeu por 28% do volume movimentado pela ALL no país, e o transporte de líquidos contribuiu com 40%. Com biodiesel, ela passa a concorrer com caminhões e usará como estratégia preços mais baixos. "Vamos mexer com os preços desse mercado", afirma Vitti, que fala em valores 20% a 30% menores dos que os praticados no meio rodoviário. A estratégia com o biodiesel faz parte dos planos de crescer buscando oportunidades ao longo da malha.
Portos e Navios


Portos e terminais brasileiros movimentam 220,2 milhões de toneladas no 2º tri de 2011
Os portos e terminais brasileiros movimentaram 220,2 milhões de toneladas no 2º trimestre de 2011, crescim ento de 6,7% em comparação com o mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, foram movimentados 420,6 milhões de toneladas, aumento de 7,1% sobre igual período de 2010. As informações são do Boletim Portuário do 2º trimestre de 2011, elaborado pela Gerência de Estudos e Desempenho Portuário da ANTAQ.

“Como previmos no 1º Boletim, as importações arrefeceram e tiveram crescimento de 10,9% no segundo trimestre frente a igual período em 2010”, lembrou o gerente da área, Fernando Serra.

As cargas que mais contribuíram para a expansão de 7,1% da tonelagem de cargas movimentadas no primeiro semestre foram fertilizantes/adubos, produtos siderúrgicos e bauxita. As taxas de crescimento dos três grupos de mercadoria situaram-se bem acima das demais, com crescimentos de 32,5%, 24,4% e 19,0%, respectivamente.
Portos x terminais

“O segundo trimestre foi marcado pelo maior dinamismo dos terminais de uso privativo frente aos portos organizados, ao contrário do que aconteceu no primeiro trimestre”, salientou Serra. De fato, os portos organizados exibiram taxa de crescimento de 2,9% na tonelagem movimentada, enquanto os terminais apresentaram aumento de 8,9% neste segundo trimestre, frente ao mesmo período de 2010.

Os portos organizados foram responsáveis pela movimentação de 67,6 milhões de toneladas de cargas no segundo trimestre. No acumulado do ano, essa movimentação chegou a 145,2 milhões (acréscimo de 5,8% em relação a 2010). Dentre os 10 maiores portos organizados, destacam-se, no primeiro semestre, as variações positivas de Vitória (40,9%), Suape (17,7%), Itaqui (12,7%) e Itaguaí (7,6%).

Santos

O porto de Santos apresentou elevação de 3,2% na tonelagem movimentada. Esse desempenho ajudou a recuperar a queda de 0,8% apresentada no primeiro trimestre. Essa recuperação se deu por conta do melhor desempenho da soja no segundo trimestre, crescimento de 8,8%, frente ao segundo trimestre de 2010. No primeiro trimestre, a movimentação de soja havia declinado em 13,7%.

Embora tenha havido melhora no desempenho da movimentação de soja no segundo trimestre, Santos ainda apresenta queda de 0,7% na movimentação do produto no acumulado do ano. “Mas o que de fato tem prejudicado o desempenho de Santos é a movimentação de açúcar. No acumulado do ano, a movimentação foi 17,9% menor do que no mesmo período do ano anterior. Por outro lado, destacamos que a movimentação de contêineres e fertilizantes tem amenizado o desempenho negativo do açúcar”, comentou Serra.

O peso bruto dos contêineres movimentados no porto santista aumentou 10,8% no acumulado do ano, frente a 2010. A movimentação de fertilizantes cresceu 171,7% na mesma base de comparação. “Como apontado no Boletim do 1º trimestre, esse ano houve uma tendência à antecipação das compras de fertilizantes e adubos”, lembrou Serra.

Terminais de uso privativo

Os terminais de uso privativo foram responsáveis por 142,6 milhões de toneladas movimentadas no segundo trimestre, aumento de 8,9% frente a 2010. No acumulado do ano obteve-se crescimento de 7,8% frente ao acumulado de 2010. Nesse período, foram movimentadas 275,3 milhões de toneladas. Nos primeiros seis meses, os TUPs que exibiram as maiores taxas de crescimento foram os seguintes: Alumar (61,8%), Porto Trombetas (23%), Almirante Barroso (13,1%), Ponta da Madeira (8,9%) e Ponta de Ubu (5,8%).

No acumulado do semestre, devido à maior taxa de crescimento apresentada pelos terminais de uso privativo, essas instalações aumentaram sua participação no total de cargas movimentadas pelas instalações portuárias brasileiras. Os TUPs foram responsáveis por 65,5% do total de cargas movimentadas, contra 65% no acumulado do primeiro semestre de 2010.
Portal Naval


Porto do Açu desperta interesse de companhias
O Porto do Açu, que deverá ficar pronto em 2013, atrairá cargas típicas de ferrovias e, por isso, está em pauta a reativação de um trecho de quase 300 quilômetros, hoje sob responsabilidade da concessionária FCA, que liga o Norte Fluminense à região metropolitana do Rio. Além da movimentação de cargas para o Porto do Açu, um outro projeto tem grande interesse na revitalização desse trecho da ferrovia: o Comperj (refinaria e petroquímica) da Petrobras, em Itaboraí. A ligação ferroviária com São Paulo atrairia mais indústrias petroquímicas e trasnformadoras de plástica para áreas próximas ao Comperj, além de facilitar o transporte de derivados de petróleo para o Norte Fluminense e o Espírito Santo.

O Açu passou também a despertar interesse da companhia de apoio marítimo às plataformas de petróleo que operam na Bacia de Campos. Muitas delas têm instalações em terra, na região de Macaé, mas sem acesso direto do mar. No Açu, teriam esse acesso, em uma área que será reservada para tal fim com a abertura de um canal necessário ao funcionamento do futuro estaleiro OSX.
O Globo

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