Exportações para Argentina crescem 33% neste ano
A secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Tatiana Lacerda Prazeres informou, na segunda-feira, que as exportações brasileiras para a Argentina apresentaram crescimento maior do que as vendas externas para o mundo, neste ano. O aumento é de 33%, enquanto as vendas aumentaram apenas 31%, segundo informação fornecida durante seminário sobre a "situação atual e perspectivas das relações econômicas Brasil-Argentina", em São Paulo.
Além disso, a secretária disse que o superávit brasileiro na relação comercial entre os dois países dobrou em 2011, alcançando US$ 3 bilhões. Enquanto que, no mesmo período do ano passado, esse valor era de US$ 1,5 bilhão.
Contudo, ela lembrou que a relação entre os países demandam gestão constante, por se tratar de um intercâmbio intenso com questões pontuais. "Nós temos contatos diários com o governo argentino e com o setor privado brasileiro que, em vários casos, se mostram exitosos com liberações de mercadorias e aceleração no prazo de concessão de licenças", disse.
De acordo com Tatiana Lacerda Prazeres, o crescimento das vendas brasileiras para a Argentina, apesar do aumento do número de produtos sobre regime de licenciamento não-automático - estabelecido pelo governo de Buenos Aires no começo deste ano -, é resultado do "aumento da competitividade dos produtos brasileiros que conseguem, a despeito das dificuldades, ganhar espaço neste mercado.
O diretor Nacional do ProChile, Félix Vicente, disse em seminário na Fecomercio, que o impacto da crise iminente sobre o Chile deve ser maior do que no Brasil, já que o país é menor e depende muito mais do mercado externo do que o Brasil. "Enquanto o Chile tem um mercado interno pequeno, o Brasil tem um tão grande que o permite passar de melhor forma pela instabilidade do mundo exterior", afirmou ele, no evento "Chile: País plataforma de oportunidades comerciais e investimentos", em São Paulo.
No entanto, o executivo do grupo, que busca fomentar as exportações chilenas, explica que seu país tem estratégias para tentar evitar condições externas desfavoráveis. "Por exemplo, quando houve o terremoto no Japão, todo carregamento de cobre que ia para as linhas de produção japonesas foi enviado para outros países, no caso, China e Coreia", explicou. O comércio exterior chileno tem o cobre como 58% da carga exportada pelo país, que também é grande exportador de frutas, vinhos, salmão e frutos do mar.
Para Vicente, a melhor maneira de Chile e Brasil se ajudarem é facilitando o comércio, que nos últimos cinco anos aumentou 70% entre os dois países. "Estamos indo muito bem, o único problema é que a imersão chilena no Brasil é 20 vezes maior que a imersão brasileira no Chile", comenta. Segundo ele, isso se deve porque o país, por ser bem menor, pode não parecer um mercado interessante, porém, destaca que além do consumo interno, o Chile mantém acordo de livre comércio com diversos outros países, o que também é um atrativo para investidores.
Audiência na Câmara discutirá dumping e monopólio no mercado de tubos de aço
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados promoverá nesta terça-feira (30) audiência pública para discutir a proposta de se criar barreiras comerciais para tubos de aço carbono sem costura, provenientes da República Popular da China.
A reunião foi sugerida pelo deputado Ricardo Izar (PV-SP). Para o parlamentar, a criação dessas barreiras pode acarretar aumento de preços para o consumidor, surgimento de monopólio industrial e atraso na entrega de obras públicas e privadas.
Monopólio x dumping
As indústrias chinesas são acusadas de praticarem dumping na venda dos tubos, utilizados em oleodutos e gasodutos. A denúncia foi feita pela multinacional V&M, junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O problema, segundo Ricardo Izar, é que a V&M do Brasil detém há décadas o monopólio do produto objeto da investigação, com 98,8% do mercado nacional. “Os reajustes da empresa nos últimos anos foram típicos de monopólio”, afirma o deputado.
De acordo com Izar, as pequenas e médias empresas nacionais dependem dos produtos importados, pois adquiri-los das firmas ligadas à V&M aumenta “absurdamente” o custo do produto.
Petrobras
Ela acrescenta que boa parte dos investimentos da Petrobras com a exploração do pré-sal será na aquisição de tubos de aço sem costura. “Com base em ofertas de tubos importados, a Petrobras conseguiu reduzir em 15% os custos de uma obra no Rio de Janeiro”, diz.
Izar afirma ainda que a indústria nacional não é capaz de suprir a demanda do País. “Caso as barreiras venham a se materializar, muitas obras serão atrasadas”, prevê.
Foram convidados para a audiência:
- o diretor do Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Felipe Hees;
- o diretor-executivo da Mercante Tubos, Fernando Santa Cruz de Freitas Ferraz;
- o diretor Comercial da V & M, João Peres Júnior;
- a representante da empresa Columbia, Iris Costa Rodrigues Seco;
- representante da empresa Sideraço;
- representante da Companhia de Comércio Exterior (Comexport);
- representante da empresa Cotia; e
- representante da Âmbar DLI Distribuição e Logística Integrada.
Em uma semana de visita a países da América do Sul, em busca de negócios bilaterais, empresários brasileiros fecharam US$ 78,7 milhões em acordos comerciais imediatos e para os próximos 12 meses.
Em visita a três países, o intercâmbio rendeu um volume 77 % maior que os US$ 44 milhões acordados no ano passado.
As vendas da missão empresarial brasileira já haviam ultrapassado o montante do ano passado nas negociações fechadas com os dois primeiros países visitados, a Colômbia e o Peru. A última etapa foi finalizada hoje (29), no Chile. Ao todo, 43 empresários dos segmentos de máquinas e tecnologias, casa e construção, moda e saúde participaram das negociações.
Segundo o coordenador de Imagem e Acesso aos Mercados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ricardo Santana, o fim da rodada de negócios não significa o fim dos trabalhos. "Estamos bem satisfeitos com o resultado positivo, que superou nossas expectativas. No entanto, o trabalho não é só passar pelo país e voltar ao Brasil. Agora, vamos selecionar os principais contatos para levá-los ao Brasil. Terminamos a missão, mas o trabalho continua para a manutenção dos negócios", disse à Agência Brasil.
Ele ainda destacou que, durante as rodadas de negócios aos países sul-americanos, as missões comerciais foram "extremamente positivas", tendo alcançado os três objetivos principais: consolidar a dinâmica bilateral do comércio existente, iniciar o intercâmbio comercial de novos produtos e superar o volume negociado no ano passado. "As negociações estão sendo extremamente positivas. Os produtos brasileiros são muito bem recebidos", informou.
Segundo Santana, outra vitória da missão comercial foi a consolidação das exportações de produtos com alto grau de valor agregado e tecnologia. "Ficamos satisfeitos em saber que empresas brasileiras estão fazendo o diferencial, com a venda de produtos de alto valor agregado e ricos em tecnologia, como máquinas e equipamentos."
A América do Sul é o terceiro destino das exportações brasileiras. Dos US$ 202 bilhões exportados pelo Brasil em 2010, 18,4% (US$ 37,2 bilhões) foram para os países sul-americanos. Do total, cerca de 60% são produtos de maior valor agregado. Entre os principais embarques externos, estão automóveis e ônibus, peças para veículos, máquinas e equipamentos, aparelhos de telefonia e produtos farmacêuticos.
A missão empresarial brasileira à América do Sul foi organizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pelo Ministério das Relações Exteriores e pela Apex-Brasil.
Além disso, a secretária disse que o superávit brasileiro na relação comercial entre os dois países dobrou em 2011, alcançando US$ 3 bilhões. Enquanto que, no mesmo período do ano passado, esse valor era de US$ 1,5 bilhão.
Contudo, ela lembrou que a relação entre os países demandam gestão constante, por se tratar de um intercâmbio intenso com questões pontuais. "Nós temos contatos diários com o governo argentino e com o setor privado brasileiro que, em vários casos, se mostram exitosos com liberações de mercadorias e aceleração no prazo de concessão de licenças", disse.
De acordo com Tatiana Lacerda Prazeres, o crescimento das vendas brasileiras para a Argentina, apesar do aumento do número de produtos sobre regime de licenciamento não-automático - estabelecido pelo governo de Buenos Aires no começo deste ano -, é resultado do "aumento da competitividade dos produtos brasileiros que conseguem, a despeito das dificuldades, ganhar espaço neste mercado.
Guia Marítimo
Em meio à crise, Chile e Brasil devem se ajudar por meio do comércio
No entanto, o executivo do grupo, que busca fomentar as exportações chilenas, explica que seu país tem estratégias para tentar evitar condições externas desfavoráveis. "Por exemplo, quando houve o terremoto no Japão, todo carregamento de cobre que ia para as linhas de produção japonesas foi enviado para outros países, no caso, China e Coreia", explicou. O comércio exterior chileno tem o cobre como 58% da carga exportada pelo país, que também é grande exportador de frutas, vinhos, salmão e frutos do mar.
Para Vicente, a melhor maneira de Chile e Brasil se ajudarem é facilitando o comércio, que nos últimos cinco anos aumentou 70% entre os dois países. "Estamos indo muito bem, o único problema é que a imersão chilena no Brasil é 20 vezes maior que a imersão brasileira no Chile", comenta. Segundo ele, isso se deve porque o país, por ser bem menor, pode não parecer um mercado interessante, porém, destaca que além do consumo interno, o Chile mantém acordo de livre comércio com diversos outros países, o que também é um atrativo para investidores.
Guia Marítimo
Audiência na Câmara discutirá dumping e monopólio no mercado de tubos de aço
A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados promoverá nesta terça-feira (30) audiência pública para discutir a proposta de se criar barreiras comerciais para tubos de aço carbono sem costura, provenientes da República Popular da China.
A reunião foi sugerida pelo deputado Ricardo Izar (PV-SP). Para o parlamentar, a criação dessas barreiras pode acarretar aumento de preços para o consumidor, surgimento de monopólio industrial e atraso na entrega de obras públicas e privadas.
Monopólio x dumping
As indústrias chinesas são acusadas de praticarem dumping na venda dos tubos, utilizados em oleodutos e gasodutos. A denúncia foi feita pela multinacional V&M, junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O problema, segundo Ricardo Izar, é que a V&M do Brasil detém há décadas o monopólio do produto objeto da investigação, com 98,8% do mercado nacional. “Os reajustes da empresa nos últimos anos foram típicos de monopólio”, afirma o deputado.
De acordo com Izar, as pequenas e médias empresas nacionais dependem dos produtos importados, pois adquiri-los das firmas ligadas à V&M aumenta “absurdamente” o custo do produto.
Petrobras
Ela acrescenta que boa parte dos investimentos da Petrobras com a exploração do pré-sal será na aquisição de tubos de aço sem costura. “Com base em ofertas de tubos importados, a Petrobras conseguiu reduzir em 15% os custos de uma obra no Rio de Janeiro”, diz.
Izar afirma ainda que a indústria nacional não é capaz de suprir a demanda do País. “Caso as barreiras venham a se materializar, muitas obras serão atrasadas”, prevê.
Foram convidados para a audiência:
- o diretor do Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Felipe Hees;
- o diretor-executivo da Mercante Tubos, Fernando Santa Cruz de Freitas Ferraz;
- o diretor Comercial da V & M do Brasil (Vallourec & Mannesmann Tubes), João Nabuco;
- o diretor Comercial da V & M, João Peres Júnior;
- a representante da empresa Columbia, Iris Costa Rodrigues Seco;
- representante da empresa Sideraço;
- representante da Companhia de Comércio Exterior (Comexport);
- representante da empresa Cotia; e
- representante da Âmbar DLI Distribuição e Logística Integrada.
Agência Câmara
Empresários brasileiros fecham US$ 79 milhões em negócios com países sul-americanos
Em uma semana de visita a países da América do Sul, em busca de negócios bilaterais, empresários brasileiros fecharam US$ 78,7 milhões em acordos comerciais imediatos e para os próximos 12 meses.
Em visita a três países, o intercâmbio rendeu um volume 77 % maior que os US$ 44 milhões acordados no ano passado.
As vendas da missão empresarial brasileira já haviam ultrapassado o montante do ano passado nas negociações fechadas com os dois primeiros países visitados, a Colômbia e o Peru. A última etapa foi finalizada hoje (29), no Chile. Ao todo, 43 empresários dos segmentos de máquinas e tecnologias, casa e construção, moda e saúde participaram das negociações.
Segundo o coordenador de Imagem e Acesso aos Mercados da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Ricardo Santana, o fim da rodada de negócios não significa o fim dos trabalhos. "Estamos bem satisfeitos com o resultado positivo, que superou nossas expectativas. No entanto, o trabalho não é só passar pelo país e voltar ao Brasil. Agora, vamos selecionar os principais contatos para levá-los ao Brasil. Terminamos a missão, mas o trabalho continua para a manutenção dos negócios", disse à Agência Brasil.
Ele ainda destacou que, durante as rodadas de negócios aos países sul-americanos, as missões comerciais foram "extremamente positivas", tendo alcançado os três objetivos principais: consolidar a dinâmica bilateral do comércio existente, iniciar o intercâmbio comercial de novos produtos e superar o volume negociado no ano passado. "As negociações estão sendo extremamente positivas. Os produtos brasileiros são muito bem recebidos", informou.
Segundo Santana, outra vitória da missão comercial foi a consolidação das exportações de produtos com alto grau de valor agregado e tecnologia. "Ficamos satisfeitos em saber que empresas brasileiras estão fazendo o diferencial, com a venda de produtos de alto valor agregado e ricos em tecnologia, como máquinas e equipamentos."
A América do Sul é o terceiro destino das exportações brasileiras. Dos US$ 202 bilhões exportados pelo Brasil em 2010, 18,4% (US$ 37,2 bilhões) foram para os países sul-americanos. Do total, cerca de 60% são produtos de maior valor agregado. Entre os principais embarques externos, estão automóveis e ônibus, peças para veículos, máquinas e equipamentos, aparelhos de telefonia e produtos farmacêuticos.
Agência Brasil
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