LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

PORTOS E LOGISTICA - 23/02/2011

Irregularidades em portos afetam exportações brasileiras

Não bastassem os prejuízos para a sociedade, as constantes irregularidades denunciadas nos portos brasileiros estão afetando a imagem do País no exterior. Se antes a principal reclamação dos clientes estrangeiros eram os atrasos no recebimento dos produtos por causa da precária infraestrutura portuária, agora os protestos envolvem a qualidade e quantidade das mercadorias entregues.

Em pouco mais de quatro meses, cerca de 130 mandados de prisão foram expedidos em ação contra o desvio de cargas em portos de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Todos os casos envolvem a exportação de commodities, como soja, farelo e açúcar, além de fertilizantes. Só no complexo soja, as investigações detectaram o desvio de 4 mil toneladas de grãos por safra em Paranaguá (PR), que representa um lucro de US$ 3 milhões. Os roubos contavam com a participação de operadores portuários.
"Fizemos todos os esforços para tentar reverter esse problema, mas não conseguimos. Tivemos de levar o assunto à Receita Federal, que começou a investigar a questão", diz o presidente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes. As denúncias deram origem a duas operações da Polícia Federal, uma deflagrada em outubro de 2010 e outra em janeiro deste ano.
Ele explica que o esquema só foi detectado por causa das constantes reclamações dos compradores no exterior, que começaram a receber a carga com volume menor que o comprado - episódios que causaram mal estar entre clientes e fornecedores. A relação também foi abalada por um outro caso de fraude detectada no ano passado, em que os bandidos misturaram areia ao açúcar exportado. A carga, transportada em dois navios, foi devolvida aos produtores brasileiros, causando enormes prejuízos financeiros e morais.

Preocupação
"A grande preocupação do setor privado é a imagem das exportações brasileiras. Um produto que não corresponde em peso e qualidade ao que foi acordado marca a estrutura produtiva de um país", afirma o consultor para logística de transportes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Luiz Fayet. Segundo ele, isso se reflete nos custos que as embarcações cobram para atracar em portos brasileiros e em litígios em esferas internacionais.
Na avaliação de especialistas, que preferem não se identificar, os casos deflagrados recentemente são apenas uma amostra do que ocorre Brasil afora, em outros terminais de menor expressão. Se nada for feito, a tendência é esse tipo de crime aumentar ainda mais, uma vez que as previsões de exportação de grãos são de alta constante nos próximos anos.
Mas não são só os desvios de carga que comprometem a operação dos portos brasileiros. Os Ministérios Públicos estão recheados de denúncias de irregularidade em licitações, favorecimento de empresas em operações sem processo licitatório e conflito de interesses. Em caso de denúncia em projetos em andamento, as obras são embargadas ou obrigadas a passar por novo processo de licitação.

Prisões
Em Paranaguá, por exemplo, o ex-superintendente do porto, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, foi preso por suspeita de formação de quadrilha, fraude em licitação e corrupção. Um dos crimes teria sido o de contratar uma empresa, em que era sócio, para resolver pendências ambientais. A exemplo de Souza, vários diretores de autoridades portuárias foram presos por improbidade nos últimos anos, como executivos da Companhia Docas do Pará e do Porto de Itajaí. Nesse último caso, os acusados foram absorvidos por ilegalidade na obtenção das provas por parte da polícia.

Mas esses portos não estão sozinhos na enxurrada de denúncias. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), apenas contra o Porto de Santos, há oito ações civis públicas propostas pelo MPF; 12 ações populares ou de entidades de classe; e quatro ações relacionadas ao meio ambiente. Várias delas questionam o favorecimento de empresas por parte da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), que administra o porto santista.
Entre os fatos que mais provocam denúncias em Santos, estão os aditamentos de contratos para adensamento de áreas repassadas a terminais sem licitação. Em 2010, o Tribunal Regional Federal da 3.ª Região declarou nulo um contrato, de 1997, entre Codesp e Ferronorte, que garantia à empresa a exploração de 504.800 m² de instalações no porto. A procuradoria entende que a área terá de passar por licitação.
Agência Estado




Log-In oferece nova escala em Itajaí
A Log-In Logística Intermodal passa a escalar o Porto de Itajaí (SC) a partir do mês de abril, por meio do terminal Teconvi. A mudança tem o intuito de oferecer uma solução logística mais eficiente e completa aos clientes uma vez que o complexo dispõe de uma Estação Aduaneira de Interior (porto seco) alfandegada, segundo a companhia.
Com a mudança na rotação, o Porto de Imbituba (SC) será descontinuado pelo serviço Amazonas. A Log-In ainda escala o complexo catarinense de São Francisco do Sul através do serviço Atlântico Sul, que oferece escalas semanais entre os principais portos do País até a Argentina e Uruguai.
No decorrer de 2010, a Log-In realizou uma série de parcerias e investimentos com o objetivo de expandir as atividades de cabotagem da companhia, como o joint realizado com a Mercosul Line, aonde a empresa do Grupo A.P. Möller-Maersk emprega três navios (Mercosul Manaus, Mercosul Santos e Mercosul Suape, todas com capacidade nominal para 2.500 Teus e 268 tomadas para carga refrigerada), enquanto a Log-In utiliza uma embarcação, totalizando quatro unidades no serviço.
Guia Marítimo




CSAV e China Shipping lançam serviço entre Ásia e EUA
O armador chileno CSAV lançará, em parceria com a China Shipping, um novo serviço de águas profundas entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos através do Canal do Panamá. O Amex Sling 2 empregará nove embarcações de 4.200 Teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés).

A rotação abrangerá os principais portos exportadores da China, bem como os complexos norte-americanos de Nova Iorque, Norfolk, Savannah e Miami, alcançando ainda o Porto de Lázaro Cárdenas (México).
O Amex Sling 1 - serviço já existente da CSAV - emprega 12 navios com capacidade nominal de 3.500 Teus e dispões de uma programação mais extensa, incluindo escalas nos portos caribenhos de transbordo em Kingston (Jamaica) e Cartagena (Colômbia), na Coreia do Sul e também na costa leste dos EUA, através dos complexos de Everglades e Charleston.
Guia Marítimo

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