LEGISLAÇÃO

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PORTOS E LOGISTICA - 08/02/2011

Transportadoras prevêem capacidade limitada


Escassez de equipamentos pode ocorrer durante alta temporada.

Segundo estimativa da TSA (Transpacific Stabilization Agreement) - entidade que reúne 15 dos principais operadores marítimos no trade entre Ásia e EUA -, o segmento pode sofrer com escassez de recipientes e espaco limitado durante o período de alta temporada neste ano.

O volume de contêineres nas rotas do Pacífico no sentido leste tiveram sólida recuperação no ano anterior, em virtude da recuperação econômica norte-americana e a diminuição dos efeitos da recessão global. O montante escoado no sentido leste em 2010 cresceu 15% sobre 2009, segundo a TSA.

A associação prevê um incremento de 7% a 8% nos volumes para o Pacífico leste em 2011. A capacidade de embarcações na rota eve apresentar alta 8,8% neste ano, o que deve deixar oferta e demanda ligeiramente equilibradas, de acordo com a TSA.

Por sua vez, a disponibilidade de recipientes pode apresentar problemas neste ano, assim como ocorreu em 2010. Segundo a TSA, as fabricantes de contêineres na China estão operando na metade do ritmo de produção anunciado em 2008. Estima-se que aproximadamente 3 milhões de novas unidades sejam produzidas até o final de 2011.
Guia Marítimo



Atrasos seriam cruciais para o setor, segundo pesquisa
De acordo com o analista-sênior da Clarksons Research Services, Trevor Crowe, os atrasos nas entregas terão papel crucial para o setor de transporte marítimo em 2011, uma vez que a indústria ainda está se recuperando de um período de crise que deixou os volumes de comércio defasados em relação à capacidade de navios.

Esta lacuna praticamente desapareceu, com o índice entre oferta e demanda da Clarksons subindo para 93.9 ao final de 2010, ante 90.3 pontos no exercício anterior, quando a indústria estava sofrendo com o excesso de tonelagem. Em 2006, condições de oferta limitada fizeram o índice chegar a 111 pontos.
Segundo a tendência atual, o índice deve chegar a 96.6 pontos ao final deste ano e alcançar 98.1 pontos em 2012, de acordo com a análise mais recente da Clarksons. A estimativa está de acordo com a projeção de crescimento para o trade, que deve ter alta de 9,7% para 153 milhões de Teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés) em 2011. No exercício anterior, o incremento foi de 12,3%, para 140 milhões de Teus.
O setor de transporte conteinerizado pode enfrentar um delicado exercício de equilíbro no decorrer de 2011, que pode ser determinado pela atuação das companhias de construção naval. Armadores e operadores têm sido orientados a manter "estreita vigilância" quanto às encomendas a serem entregues pelos estaleiros nos próximos meses, levando sempre em consideração a relação entre oferta e demanda no mercado.
Guia Marítimo



Armadores podem interromper rotas no Oceano Índico
As companhias de transporte marítimo podem interromper e remanejar rotas em serviço no Oceano Índico se os governos não oferecerem soluções mais efetivas contra ações de pirataria, em uma medida que poderia comprometer o abastecimento de petróleo na região.

De acordo com o secretário-geral da BIMCO, Torben Skaanild, a questão da pirataria na Somália saiu de controle, e os players estariam prontos para considerar medidas drásticas. "Isto é uma situação inaceitável para a indústria, está fora de mão e entramos em um novo cenário", afirmou o executivo à Lloyd`s List, publicação especializada no setor marítimo.

"Se os governos não estão lidando com isso para nós, isto signifca potencialmente boicotar toda aquela área, o que terá um impacto significativo na cadeia de abastecimento e comprometerá a oferta de petróleo. É simplesmente inaceitável e isso alcançou outro nível com a execução e tortura de tripulantes", continuou Skaanild.
Guia Marítimo



Custo de scanners preocupa mundo marítimo
Milton Tito, diretor do Sindicato dos Agentes Marítimos do Rio (Sinda-Rio), revela uma preocupação de empresários com recente decisão da Receita Federal do Brasil. Segundo a Receita, os portos e terminais deverão ter equipamentos para detecção de cargas suspeitas, os "scanners". A medida é extremamente positiva para o comércio mundial, mas a Receita determina que o custo seja arcado pelos terminais. E cada scanner custa R$ 11 milhões.

É comum os governos adotarem decisões modernas, mas arcadas pelo setor privado. No entanto, como o estado brasileiro mostrou uma enorme pujança nos últimos anos - duplicando o número de representações diplomáticas no exterior, contratando mais pessoal, criando ministérios insignificantes - cada transferência de ônus deve ser contestada.

Como é comum, a decisão veio através de Medida Provisória e não por debate no Congresso.
NetMarinha



(Egito) - Atividade portuária volta ao ritmo normal
As movimentações de cargas conteinerizadas estão retornando a normal em Port Said (Egito) e as embarcações transitam sem interrupção pelo Canal de Suez, apesar dos protestos populares contra a permanência do presidente Honsi Mubarak ainda continuarem.

A A.P.Möeller-Maersk - que opera o terminal de contêineres no Canal de Suez através da APM Terminals - afirmou que as atividades portuárias estiveram "limitadas" na última sexta-feira, mas apresentaram aumento no dia seguinte.

"O volume das operações está crescendo, mas não é possível avaliar quando a situação estará normalizada", afirmou o porta-voz da companhia, Michael Storgaard. A APM Terminals é dona de 55% do terminal de Port Said, que movimenta cerca de 3 milhões de Teus (medida equivalente a um recipiente de 20 pés) ao ano.

Boa parte da preocupação em relação às operações marítimas no Egito tem incidido sobre o grande número de petroleiros que passam diariamente pelo Canal de Suez. Estas embarcações tem continuado a transitar normalmente, mas o preço do petróleo pulou para além de US$ 100 o barril, devido ao temor quanto à interrupção de abastecimento.
Guia Marítimo



(Porto de Santos) - Obra ampliará recepção de cruzeiros
O Porto de Santos aumentará em 40% sua capacidade de recepção de turistas com o alinhamento do cais e o alargamento da retroárea do Terminal de Passageiros Giusfredo Santini, no Armazém 25. A expansão possibilitará ao complexo santista receber 58.800 pessoas por dia. O projeto foi feito pela Concais, administradora da instalação, mas será bancado pelo Governo Federal, por meio do chamado PAC Copa ¬ versão do Programa de Aceleração do Crescimento específica para obras de infraestrutura visando ao maior torneio de futebol do planeta. Os recursos somam R$ 700 milhões.

Para Santos, especificamente, estão reservados R$ 120 milhões. O plano é estender o cais dos atuais 630 metros para 1.323 metros lineares, abarcando o Cais da Marinha, entre os armazéns 27 e 29, em frente à sede da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP). Se hoje é possível a atracação simultânea de três transatlânticos, o alinhamento facultará que até seis embarcações acostem em frente ao terminal. O ganho comercial é grande. Para receber mais de três navios, atualmente, o Porto recorre aos cais de outros terminais, até porque embarcações de passageiros e militares têm preferência de atracação em relação a cargueiros. Com isso, apesar do esforço da Codesp para utilizar pouco esses espaços, deixasse de movimentar mercadorias enquanto os transatlânticos estão em Santos. A previsão da Concais é que, com a intervenção, o Porto ofereça 15.400 leitos flutuantes. Desta forma, complementa-se a estrutura hoteleira da região durante a Copa, deficitária frente à demanda que se espera para o período do evento. O projeto foi finalizado e entregue à Codesp, que precisa repassá-lo à Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). Caberá à pasta, hoje chefiada pelo ministro José Leônidas Cristino (PSB), encaminhá-lo para a Casa Civil, gestora dos projetos do PAC.
A presidente Dilma Rousseff confiou a Cristino um orçamento de R$ 1 bilhão para os portos brasileiros apenas para este ano. Com base nisso, em visita ao Porto, na última quarta-feira, ele garantiu o investimento. "Visitamos uma parte dessa estrutura que vamos modernizar. Sem dúvida nenhuma, vamos trabalhar para dar velocidade necessária para que o Porto de Santos se prepare também para a Copa", declarou. ALARGAMENTO Não basta alinhar o cais do Terminal de Passageiros, hoje em curva, para receber mais navios. Será preciso alargá-lo também. É necessária uma retroárea (espaço físico entre o cais e a avenida) mínima para dar conforto aos turistas que passam pelo Porto. A situação atual é a seguinte: do armazém 25 ao 27, há 32 metros de retroárea. E do 27 até o 29, ela simplesmente não existe. Com a ampliação, o Porto terá, entre os armazéns 25 e 27, 50 metros de retroárea e no restante, 22 metros. Uma das possibilidades que se abre, com o alargamento deste espaço, é de movimentação não apenas de passageiros, mas também de cargas. Segundo o presidente da Concais, César Floriano, isto ainda é somente uma ideia, mas que, se vingar, permitirá o uso de berços que ficam ociosos por seis meses, enquanto não há escalas de transatlânticos
Porto de Santos

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