LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PORTOS E LOGISTICA - 10/02/2011

Santos fica com 59%
Com 59% dos embarques, o Porto de Santos (SP) foi o grande destaque das exportações da soja mato-grossense em 2010. Em volume, os embarques via Santos contabilizaram 5,1 milhões de toneladas para o mercado externo.
Entre as várias opções de embarques, aparecem também os portos de Manaus (AM) e Vitória (ES). Este último porto foi responsável por 1,1 milhão de toneladas, enquanto o porto de Itacoatiara, em Manaus, embarcou 867 mil toneladas. Pelo porto de Paranaguá (PR) foram exportadas 613 mil toneladas, algo em torno de 7% da soja exportada pelo Estado.

Para os demais portos foram exportadas 900 mil toneladas de soja em grãos da safra 2010, o equivalente a 11% dos embarques totais. O Brasil exportou 29 milhões de toneladas e Mato Grosso foi responsável por 30% deste volume. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, as exportações de soja em grãos de Mato Grosso chegaram a 8,6 milhões de toneladas em 2010.
Comercialização - De acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola (Imea), praticamente toda a soja do ciclo 2009/2010 já foi comercializada e o início da safra 2010/11 apresenta pouco mercado disponível em Mato Grosso.
Foram comercializados 65,9% de toda a atual safra de soja no Estado e a demanda continua aquecida devido à falta do produto. Em Sapezal, o grão começou a semana valendo R$ 41/saca e, em Rondonópolis, R$ 42,80/saca. A cotação fechou sexta-feira a preços de R$ 41,80/saca (Sapezal) e R$ 43,00/saca (Rondonópolis).

Mesmo com poucos negócios, em Rondonópolis a saca de soja com entrega para março foi cotada a R$ 43 na segunda-feira e terminou a semana cotada a R$ 43. Em Sapezal, a mesma saca com entrega em março foi cotada a R$ 41,50 e, em Primavera do Leste, R$ 42,50 na sexta-feira.

Os preços da oleaginosa continuam com valores elevados, comparáveis ao período pré-crise de 2008. A sólida demanda global por soja, as incertezas da safra Argentina e a desvalorização do dólar frente às outras moedas, segundo analistas do Imea, propiciaram o ambiente especulativo durante a semana em Chicago. Assim, o contrato de soja com entrega em março foi cotado a US$ 14,23/bushel na segunda-feira, seguiu em alta nos dois dias subseqüentes e fechou a quinta-feira com a primeira baixa da semana cotada a US$ 14,45/bushel, encerrando a semana cotado a US$/bushel na sexta-feira.

Segundo relatório do Departamento de Agricultura Americano (Usda), a produção brasileira na safra 2010/11 será de 67,5 milhões de toneladas, volume 2,2% menor que a safra anterior, quando foram produzidas 69 milhões de toneladas. Os brasileiros também estão consumindo mais, haverá um aumento anual de 2,5%, e serão consumidas 37,5 milhões de toneladas no mercado interno.
Na avaliação do Imea, as exportações terão incremento de 9,9% em relação à safra anterior. Estima-se que serão embarcadas 31,4 milhões de toneladas. O detalhe mais relevante nestes dados é que o Brasil está com sua demanda maior e uma oferta menor, indicando que os brasileiros poderão permanecer abastecidos por apenas 144 dias nesta safra, e não mais por 160 dias como no ciclo anterior.

Plantio - Apesar das irregularidades climáticas, Mato Grosso semeou 6,41 milhões de hectares nesta safra, incremento anual de 3,2% em relação ao ciclo 09/10. Os valores mais expressivos deste incremento ocorreram na região Nordeste, que aumentou em 10% a área cultivada em relação à safra anterior, chegando a 694 mil hectares.
Diário de Cuiabá



Trabalhadores ameaçam retomar greve nos portos da Argentina
As negociações para solucionar o conflito trabalhista nos portos argentinos de Rosario, maior complexo de exportação agrícola do país, estão à beira de um fracasso. Os trabalhadores ameaçam voltar à greve até que suas exigências salariais sejam atendidas.

No mês passado, os sindicatos bloquearam, durante oito dias, o acesso a portos que embarcam uma parcela significativa dos grãos e produtos agrícolas da Argentina. O protesto só foi interrompido por determinação do Ministério do Trabalho, que convocou um período de 15 dias de trégua, para uma conciliação obrigatória. Mas o líder sindical Walter Cabrera disse que, uma vez vencido o prazo, os empregados podem voltar a paralisar as atividades.

Os trabalhadores reivindicam o mesmo piso salarial de 5 mil pesos (US$ 1.250), recentemente conquistado pelos operários de esmagadoras de soja nos portos. As empresas ofereceram um prêmio de 1.600 pesos aos trabalhadores dos portos, a ser pago em quatro parcelas de 400 pesos. A proposta foi considerada insuficiente pelos sindicatos. "Foi uma gozação e um desrespeito diante das reivindicações dos trabalhadores", disse Cabrera. Segundo ele, se na próxima segunda-feira, quando os negociadores vão voltar à mesa de discussões, não houver uma proposta "decente", o bloqueio será retomado.
Um total de 18 portos e processadoras foram prejudicados pelo protesto. Os trabalhadores atuam em diversas áreas do setor, desde transporte até serviços de alimentação. No total, são dez categorias distintas que se mobilizam por melhores salários. Fontes do Ministério do Trabalho informaram que a negociação "é bastante complicada". O próprio diretor executivo da Câmara Processadora e Exportadora de Grãos, Alberto Rodríguez, reconheceu que será difícil chegar a um acordo. "Há muitas complicações porque a diversidade de interesses é enorme e os pontos de conflitos também", afirmou.
Cerca de três quartos das exportações agrícolas da Argentina são embarcadas a partir de portos nas cercanias da cidade de Rosário. Somente San Lorenzo, localizada 20 quilômetros ao norte de Rosário, tem 12 portos que trabalham com trigo, milho, soja, farelo de soja, óleo de soja e outros produtos relacionados.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, e o terceiro maior exportador da oleaginosa. Esse período costuma ser de baixa atividade nos portos ao longo do Rio Paraná, já que os produtores acabam de concluir o plantio.

A colheita do girassol ainda encontra-se em estágio inicial. Mesmo assim, a paralisação das exportações influencia os preços internacionais. As exportadoras calculam que os oito dias de greve provocaram um prejuízo de US$ 564 milhões.
Agência Estado (AE)



Shell projeta maior embarcação do mundo
Para quem gosta de construções gigantescas, saiba que isso acaba de chegar a um novo nível. O navio Prelude FLNG, que foi projetado pela empresa petrolífera Shell, é o maior veículo já construído na história da humanidade.

Ele pesa inacreditáveis 600 mil toneladas, isso é 100 mil toneladas a mais do que o petroleiro Knock Nevis, hoje o maior navio do mundo. O Prelude, que tem uma tripulação de 400 pessoas, é uma plataforma petrolífera móvel, com todos os equipamentos necessários para extrair, processar e armazenar gás natural. O primeiro destino do navio, em 2014, será a costa noroeste da Austrália, onde ele irá explorar os campos de gás natural Prelude e Concerto.

Refinaria móvel - Navio extrai, processa e armazena gás natural
Largura – 75 metros (a mesma de um campo de futebol)
Comprimento– 480 metros = 10 quarteirões
Peso – 600 mil toneladas = 1,2 vez o peso do maior prédio do mundo (o Burj
Dubai, que pesa cerca de 500 mil toneladas)
Extração de gás – 3,5 milhões de toneladas por ano = 233 mil caminhões-tanques de gás (15 t/cada)
Preço – 5 bilhões de dólares = 16 vezes mais caro que o maior avião do mundo (Antonov A225).
Gás Brasil


Navio italiano é sequestrado por piratas somalis
Piratas sequestraram nesta terça-feira um petroleiro italiano, cuja tripulação é composta por cinco italianos e 17 indianos, a leste da ilha de Socotra (Iêmen), no Oceano Índico, informaram as forças navais da União Europeia.
A missão Atalanta, da UE, que circula pelos mares da costa da Somália e do Golfo de Aden, indicou que o navio foi sequestrado na manhã desta terça-feira por cinco piratas a bordo de uma pequena lancha.
O comandante Paddy O’Kennedy confirmou à AFP que o petroleiro italiano Savina Caylyn foi tomado e “está neste momento indo para o oeste”, em direção à costa somali.
Portos e Navios



LOGÍSTICA – Setor pede atualização de investimentos
Embora concentre cerca de 60% do PIB brasileiro, o transporte rodoviário de cargas é o modal que possui a maior defasagem no custo do frete.

Este cenário vem sendo conferido desde antes da crise econômica em 2009 e, apesar de um crescimento em 2010, as empresas não conseguiram até agora conferir um valor justo para a cobrança, que ainda continua defasada em quase 15%.

Além disso, fatores como o estado de conservação das rodovias, o sucateamento da frota nacional, o alto índice de acidentes, a elevada emissão de poluentes, a média salarial do segmento e a falta de mão de obra qualificada, são pontos que preocupam as transportadoras.

Desejando equilibrar receitas e despesas, as empresas do setor não podem abrir mão do ressarcimento de custos significativos cobertos pelos demais componentes tarifários como o frete-valor, o GRIS, a cubagem e as generalidades.
Ao passo que a economia vem se reerguendo, a necessidade de profissionalização e qualificação da mão de obra é outro ponto que necessita providências imediatas para atingir os objetivos de crescimento.

As tecnologias implantadas estão proporcionando novas diretrizes ao setor, conduzindo o transporte rodoviário ao desenvolvimento. Contudo, o motorista ainda é o principal parceiro de todo o sistema produtivo.

O setor enfrenta anualmente o desafio de abastecer o quadro funcional das empresas com cerca de 120 mil profissionais preparados. Porém, faltam pessoas interessadas e qualificadas para tal trabalho.

Há anos, a profissão de motorista era valorizada. Hoje, poucos jovens se sentem atraídos por este mercado.

Por todo o Brasil, existem as unidades do SEST SENAT, locais para formação destes novos motoristas. Mas faltam incentivos que mostrem, apesar das dificuldades, a importância do transporte para o crescimento de todos.

Cabe ao segmento, aliado ao governo, transformar esta atual imagem do profissional e atrair possibilidades para evitar o colapso.

Assim, a Fetracan (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Nordeste) e a ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga) alerta para que os investimentos sejam feitos, visando o sucesso das empresas e o crescimento do País. A urgente necessidade de atualização do setor frente à economia irá possibilitar que os obstáculos sejam enfrentados com êxito.
Assessoria de Imprensa da Fetracan


Porto de Paranaguá conclui dragagem dos berços de atracação
A dragagem emergencial dos berços de atracação do Porto de Paranaguá foi concluída. Foram retirados 110 mil metros cúbicos de sedimentos dos 14 berços do cais. A medida vai permitir que o escoamento da safra aconteça de maneira mais rápida e eficaz, já que há seis anos não era realizada a dragagem do Porto.
A notícia da conclusão da dragagem foi comemorada por lideranças do agronegócio que se reuniram com o governador Beto Richa nesta quarta-feira (9) em Cascavel, no Show Rural Coopavel. O governador disse que a medida é o primeiro passo para tornar o Porto de Paranaguá mais competitivo, rentável e pronto para trabalhar em parceria com o setor produtivo paranaense.
“Estamos trabalhando para recuperar o tempo perdido no Paraná. Foram anos sem investimentos e melhorias e agora estamos trabalhando duro para recuperar este prejuízo. Hoje estamos concluindo a dragagem dos berços de atracação do Porto de Paranaguá que vai viabilizar o bom escoamento da safra paranaense e brasileira”, disse Richa, durante entrevista coletiva em Cascavel..
O presidente da Coopavel, Dilvo Groli, agradeceu ao governador Beto Richa pela postura firme e dinâmica em realizar a dragagem no Porto de Paranaguá já nos primeiros dias de seu governo. “Realizar a dragagem em tão curto espaço de tempo é louvável e mostra o compromisso do governo com o setor produtivo paranaense”, disse.
Durante a entrevista, Beto Richa disse ainda que, em parceria com o governo do Mato Grosso do Sul, retomará o projeto de integração ferroviária entre os dois estados. “O Mato Grosso do Sul quer escoar a safra pelo Porto de Paranaguá. Vamos priorizar e incentivar a criação desta ferrovia para promover o desenvolvimento do Paraná e do Porto de Paranaguá. Esta ação será muito importante para o setor agropecuário paranaense”, disse o governador.
Show Rural – A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está presente no Show Rural Coopavel, pelo quinto ano consecutivo. O objetivo é apresentar aos produtores o funcionamento dos portos paranaenses e como acontece o escoamento da safra agrícola. A feira, que vai até o próximo dia 11, reúne mais de 340 expositores e tem como objetivo mostrar novas tecnologias voltadas para o aumento da produtividade nas propriedades rurais.
“É importante divulgarmos aqui para os agricultores a forma como cuidamos da sua produção. É uma maneira de incentivá-los a produzir cada vez mais e de manter o dinamismo e a harmonia da cadeia produtiva paranaense”, disse o superintendente da Appa, Airton Vidal Maron.
Agência Estadual de Notícias

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