Frota reefer perde participação no mercado
As embarcações especializadas destinadas ao transporte de cargas frigorificadas têm perdido terreno para o segmento de porta-contêineres. Nos últimos anos, as operadoras reefer têm sentido uma pressão considerável das linhas de contêineres, que entraram em competição direta pelo mercado de itens perecíveis e obtido participação cada vez maior no segmento - em um processo semelhante ao observado no passado, quando as cargas conteinerizadas superaram o transporte de carga geral, segundo analistas.
Porém, segundo o gerente geral da transportadora reefer Seatrade, Yntze Buitenwerf, o segmento não deve desaparecer do mercado. "Todos dizem que que os navios reefer estão sumindo, mas isso não é uma verdade. Não estamos desaparecendo, apenas deixamos de crescer enquanto o mercado continua em crescimento", considera o executivo.
Buitenwerf reconhece que as embarcações continuam a perder market share em relação ao segmento de contêineres. "Em 2008, 30 milhões de toneladas - ou 45% dos 72 milhões de toneladas reefer - foram transportadas em navios especializados", disse o executivo. "O fato importante é que o montante transitado pelos navios refrigerados cairá para cerca de 20 milhões de toneladas nos próximos anos."
Segundo o executivo, isso se deve pela idade média da frota especializada, que é superior a 20 anos. Como não foram efetuadas encomendas para unidades de pequeno e médio porte do segmento nos últimos dez anos, a projeção é que a frota diminua pela metade daqui a dez anos.
Outras informações e matérias com os principais armadores, agentes de carga e câmaras de comércio atuantes no mercado reefer podem ser conferidas na edição 450 do Guia Marítimo - Especial Carga Reefer, disponível a partir da segunda quinzena de fevereiro.
Guia Marítimo
Cuba terá hub terminal para transbordos
O Porto de Mariel (Cuba) terá um novo terminal de contêineres para transbordo de cargas asiáticas. A instalação na região oeste de Havana será construída pela companhia brasileira Odebrecht, que conta com a ajuda de um empréstimo de US$ 300 milhões do governo do Brasil.
De acordo com o vice-presidente de planejamento e marketing da Autoridade do Canal do Panamá, Rodolfo Sabonge, o terminal passará a receberá cargas da Ásia após as obras de expansão do Canal do Panamá, com término previsto para 2014.
Sabonge diz que Cuba mudou a legislação que proíbe o investimento estrangeiro privado para permitir a construção da instalação, que será operada pela PSA International, de Cingapura.
A primeira fase de obras no Porto de Mariel inclui um cais e plataforma logística para a exploração de petróleo offshore. A segunda fase inclui um novo terminal de contêineres para competir com os atuais centros conteinerizados do Caribe em Kingston (Jamaica), Caucedo (República Dominicana) e Freeport (Bahamas), para transbordo de equipamentos com destino aos complexos poruários da costa leste da América do Norte e Sul - exceto nos EUA, que ainda mantém embargos comerciais com Cuba.
"A instalação se tornará um centro importante para transbordo de carga de e para os EUA, quando o embargo chegar ao fim", afirma Sabonge. O executivo ainda afirmou que os hubs em Cólon (extremo norte do Canal) estão longe dos portos do Golfo dos EUA para fornecer transbordos, fazendo com que os complexos americanos sejam melhor servidos por instalações no Caribe.
Guia Marítimo
Porto de Paranaguá inicia projeto de interiorização
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realizou a primeira de uma série de reuniões programadas com o objetivo de “interiorizar” os portos, divulgando os projetos da nova administração para recuperar cargas e atrair novos clientes. O encontro aconteceu na noite de segunda-feira (14), na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), em Curitiba, e reuniu mais de 150 empresários.
O diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese, fez um diagnóstico sobre os portos paranaenses e a ação comercial que será realizada para recuperar a credibilidade dos portos, atrair novas cargas e recuperar outras que foram perdidas ao longo dos últimos anos.
“Precisamos estar unidos: porto, governo e o empresariado para recuperar o prestígio dos nossos portos. Vamos buscar novos clientes e trazer de volta aqueles que deixaram de operar em Paranaguá. Isso se reverterá em desenvolvimento e bons negócios”, disse.
Fregonese explicou aos empresários que atualmente 32% da carga de grãos produzida no Paraná são escoados por outros portos. “Isso é inadmissível. Temos que fazer com que o Porto de Paranaguá seja sempre a primeira opção do produtor paranaense”, disse.
Benedicto Kubrusly Junior, vice-presidente da ACP, elogiou a iniciativa de interiorização dos portos de Paranaguá e Antonina. “Vender o porto neste momento é fundamental porque percebemos um projeto estratégico muito bem feito, elaborado por especialistas e pessoas que realmente entendem de porto”, afirmou.
Após esta primeira reunião, a diretoria empresarial da Appa dará início a uma série de outros encontros em 12 macrorregiões do Paraná. As reuniões acontecerão nas 12 coordenadorias da Federação das Associações Comerciais (Faciap).
“Queremos realizar,pelo menos,duas reuniões por mês em cada região do Paraná. Precisamos visitar todas as regiões e escutar dos empresários onde estamos errando e acertando para, juntos, buscar soluções”, disse Fregonese.
Monroe Olsen, coordenador do Conselho de Jovens Empresário da ACP e que promoveu o encontro com a Appa, disse que o empresariado jovem do Paraná está disposto a apostar e investir nos portos paranaenses. “O Conselho de Jovens Empresários tem uma meta arrojada para 2011 que é de trazer todos os atores mais importantes da nossa economia e promover debates. Abrir os trabalhos do ano com uma apresentação do porto é importante porque sabemos do papel estratégico que ele exerce e também temos muitos jovens empresários dispostos a investir e fazer negócios via Porto de Paranaguá”, disse.
Após a interiorização no Paraná, a Appa pretende dar início a um processo de mapeamento de regiões estratégicas de São Paulo, Goiás e Santa Catarina. De acordo com Fregonese, a Appa já está realizando um mapeamento das cargas perdidas para outros portos nos últimos anos. “Vamos buscar novas cargas e tentar trazer estas que perdemos nos últimos anos de volta. Vamos apresentar a estrutura do porto para quem produz e exporta, mostrar nossas potencialidades e nossa logística. Queremos provar para o empresário que investir em Paranaguá é multiplicar o ganho em pelo menos 10 vezes.
Fiep – Pela manhã, a Appa participou da 9ª Reunião da Câmara Temática de Petróleo e Gás. A administração dos Portos de Paranaguá e Antonina foi convidada para fazer a palestra de abertura do encontro do grupo, que reúne empresários, membros do governo e da academia para discutir as potencialidades do setor. A coordenadora do Núcleo de Estudos Estratégicos da Appa, Maria do Socorro, apresentou o diagnóstico dos portos e o Plano Estratégico dos Portos de Paranaguá e Antonina.
“Temos uma preciosidade em Paranaguá e Antonina, que é a disponibilidade de solo. Queremos desenvolver esta região, transformá-la num local com riqueza de emprego e renda para atrair investimentos relacionados ao pré-sal. As possibilidades de negócios são inúmeras e ainda pouco conhecidas. Têm potencil para promover uma mudança profunda não apenas no litoral, mas no Paraná”, disse.
De acordo com Jean Carlos Alberini, secretário executivo da Câmara de Petróleo e Gás da Fiep, o convite aos representantes do porto deve-se ao papel estratégico que ele representa para o segmento. “Entendemos que o estado tem um papel estratégico na questão logística. Nosso papel na Fiep é fomentar as discussões e fazer com que o empresariado paranaense esteja inserido nestas possibilidades de negócios que a indústria do pré-sal oferece”, disse.
AGência Estadual de Notícias
As embarcações especializadas destinadas ao transporte de cargas frigorificadas têm perdido terreno para o segmento de porta-contêineres. Nos últimos anos, as operadoras reefer têm sentido uma pressão considerável das linhas de contêineres, que entraram em competição direta pelo mercado de itens perecíveis e obtido participação cada vez maior no segmento - em um processo semelhante ao observado no passado, quando as cargas conteinerizadas superaram o transporte de carga geral, segundo analistas.
Porém, segundo o gerente geral da transportadora reefer Seatrade, Yntze Buitenwerf, o segmento não deve desaparecer do mercado. "Todos dizem que que os navios reefer estão sumindo, mas isso não é uma verdade. Não estamos desaparecendo, apenas deixamos de crescer enquanto o mercado continua em crescimento", considera o executivo.
Buitenwerf reconhece que as embarcações continuam a perder market share em relação ao segmento de contêineres. "Em 2008, 30 milhões de toneladas - ou 45% dos 72 milhões de toneladas reefer - foram transportadas em navios especializados", disse o executivo. "O fato importante é que o montante transitado pelos navios refrigerados cairá para cerca de 20 milhões de toneladas nos próximos anos."
Segundo o executivo, isso se deve pela idade média da frota especializada, que é superior a 20 anos. Como não foram efetuadas encomendas para unidades de pequeno e médio porte do segmento nos últimos dez anos, a projeção é que a frota diminua pela metade daqui a dez anos.
Outras informações e matérias com os principais armadores, agentes de carga e câmaras de comércio atuantes no mercado reefer podem ser conferidas na edição 450 do Guia Marítimo - Especial Carga Reefer, disponível a partir da segunda quinzena de fevereiro.
Guia Marítimo
Cuba terá hub terminal para transbordos
O Porto de Mariel (Cuba) terá um novo terminal de contêineres para transbordo de cargas asiáticas. A instalação na região oeste de Havana será construída pela companhia brasileira Odebrecht, que conta com a ajuda de um empréstimo de US$ 300 milhões do governo do Brasil.
De acordo com o vice-presidente de planejamento e marketing da Autoridade do Canal do Panamá, Rodolfo Sabonge, o terminal passará a receberá cargas da Ásia após as obras de expansão do Canal do Panamá, com término previsto para 2014.
Sabonge diz que Cuba mudou a legislação que proíbe o investimento estrangeiro privado para permitir a construção da instalação, que será operada pela PSA International, de Cingapura.
A primeira fase de obras no Porto de Mariel inclui um cais e plataforma logística para a exploração de petróleo offshore. A segunda fase inclui um novo terminal de contêineres para competir com os atuais centros conteinerizados do Caribe em Kingston (Jamaica), Caucedo (República Dominicana) e Freeport (Bahamas), para transbordo de equipamentos com destino aos complexos poruários da costa leste da América do Norte e Sul - exceto nos EUA, que ainda mantém embargos comerciais com Cuba.
"A instalação se tornará um centro importante para transbordo de carga de e para os EUA, quando o embargo chegar ao fim", afirma Sabonge. O executivo ainda afirmou que os hubs em Cólon (extremo norte do Canal) estão longe dos portos do Golfo dos EUA para fornecer transbordos, fazendo com que os complexos americanos sejam melhor servidos por instalações no Caribe.
Guia Marítimo
Porto de Paranaguá inicia projeto de interiorização
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realizou a primeira de uma série de reuniões programadas com o objetivo de “interiorizar” os portos, divulgando os projetos da nova administração para recuperar cargas e atrair novos clientes. O encontro aconteceu na noite de segunda-feira (14), na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), em Curitiba, e reuniu mais de 150 empresários.
O diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese, fez um diagnóstico sobre os portos paranaenses e a ação comercial que será realizada para recuperar a credibilidade dos portos, atrair novas cargas e recuperar outras que foram perdidas ao longo dos últimos anos.
“Precisamos estar unidos: porto, governo e o empresariado para recuperar o prestígio dos nossos portos. Vamos buscar novos clientes e trazer de volta aqueles que deixaram de operar em Paranaguá. Isso se reverterá em desenvolvimento e bons negócios”, disse.
Fregonese explicou aos empresários que atualmente 32% da carga de grãos produzida no Paraná são escoados por outros portos. “Isso é inadmissível. Temos que fazer com que o Porto de Paranaguá seja sempre a primeira opção do produtor paranaense”, disse.
Benedicto Kubrusly Junior, vice-presidente da ACP, elogiou a iniciativa de interiorização dos portos de Paranaguá e Antonina. “Vender o porto neste momento é fundamental porque percebemos um projeto estratégico muito bem feito, elaborado por especialistas e pessoas que realmente entendem de porto”, afirmou.
Após esta primeira reunião, a diretoria empresarial da Appa dará início a uma série de outros encontros em 12 macrorregiões do Paraná. As reuniões acontecerão nas 12 coordenadorias da Federação das Associações Comerciais (Faciap).
“Queremos realizar,pelo menos,duas reuniões por mês em cada região do Paraná. Precisamos visitar todas as regiões e escutar dos empresários onde estamos errando e acertando para, juntos, buscar soluções”, disse Fregonese.
Monroe Olsen, coordenador do Conselho de Jovens Empresário da ACP e que promoveu o encontro com a Appa, disse que o empresariado jovem do Paraná está disposto a apostar e investir nos portos paranaenses. “O Conselho de Jovens Empresários tem uma meta arrojada para 2011 que é de trazer todos os atores mais importantes da nossa economia e promover debates. Abrir os trabalhos do ano com uma apresentação do porto é importante porque sabemos do papel estratégico que ele exerce e também temos muitos jovens empresários dispostos a investir e fazer negócios via Porto de Paranaguá”, disse.
Após a interiorização no Paraná, a Appa pretende dar início a um processo de mapeamento de regiões estratégicas de São Paulo, Goiás e Santa Catarina. De acordo com Fregonese, a Appa já está realizando um mapeamento das cargas perdidas para outros portos nos últimos anos. “Vamos buscar novas cargas e tentar trazer estas que perdemos nos últimos anos de volta. Vamos apresentar a estrutura do porto para quem produz e exporta, mostrar nossas potencialidades e nossa logística. Queremos provar para o empresário que investir em Paranaguá é multiplicar o ganho em pelo menos 10 vezes.
Fiep – Pela manhã, a Appa participou da 9ª Reunião da Câmara Temática de Petróleo e Gás. A administração dos Portos de Paranaguá e Antonina foi convidada para fazer a palestra de abertura do encontro do grupo, que reúne empresários, membros do governo e da academia para discutir as potencialidades do setor. A coordenadora do Núcleo de Estudos Estratégicos da Appa, Maria do Socorro, apresentou o diagnóstico dos portos e o Plano Estratégico dos Portos de Paranaguá e Antonina.
“Temos uma preciosidade em Paranaguá e Antonina, que é a disponibilidade de solo. Queremos desenvolver esta região, transformá-la num local com riqueza de emprego e renda para atrair investimentos relacionados ao pré-sal. As possibilidades de negócios são inúmeras e ainda pouco conhecidas. Têm potencil para promover uma mudança profunda não apenas no litoral, mas no Paraná”, disse.
De acordo com Jean Carlos Alberini, secretário executivo da Câmara de Petróleo e Gás da Fiep, o convite aos representantes do porto deve-se ao papel estratégico que ele representa para o segmento. “Entendemos que o estado tem um papel estratégico na questão logística. Nosso papel na Fiep é fomentar as discussões e fazer com que o empresariado paranaense esteja inserido nestas possibilidades de negócios que a indústria do pré-sal oferece”, disse.
AGência Estadual de Notícias
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