Segunda semana de fevereiro registra saldo positivo de US$ 548 milhões
A segunda semana de fevereiro, com cinco dias úteis (7 a 13), teve superávit na balança comercial de US$ 548 milhões, com média diária de US$ 109,6 milhões. As exportações, foram de US$ 4,226 bilhões (média diária de US$ 845,2 milhões) e as importações de US$ 3,678 bilhões (média diária de US$ 735,6 milhões). A corrente de comércio somou US$ 7,904 bilhões (média diária de US$ 1,580 bilhão).
Mês
No acumulado do mês, com nove dias úteis, as exportações fecharam em US$ 7,757 bilhões (média diária de US$ 861,9 milhões) e as importações em US$ 6,777 bilhões (média diária de US$ 753 milhões). As exportações cresceram 27,2% na comparação com a média diária de fevereiro de 2010 (US$ 677,6 milhões) e 19% frente ao mês passado (média diária de US$ 724,5 milhões).
Houve ainda aumento (14,8%) das importações de fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado (média diária de US$ 656 milhões). Na comparação com janeiro deste ano (média diária de US$ 704,3 milhões), o crescimento foi de 6,9%.
O saldo comercial, nas duas primeiras semanas de fevereiro, chegou a US$ 980 milhões (média diária de US$ 108,9 milhões). A corrente de comércio somou US$ 14,534 bilhões (resultado médio diário de US$ 1,614 bilhão), com aumento de 21,1% na comparação com fevereiro do ano passado (média de US$ 1,333 bilhão) e crescimento de 13% sobre a média de janeiro deste ano (US$ 1,428 bilhão).
Acumulado anual
No ano, de janeiro até a segunda semana de fevereiro, o superávit foi de US$ 1,404 bilhão (média diária de US$ 46,8 milhões), resultado 312,9% maior que o verificado no mesmo período de 2010 (média diária de US$ 11,3 milhões). Nos trinta dias úteis de 2011, a corrente de comércio somou US$ 44,540 bilhões (média diária de US$ 1,484 bilhão), com aumento de 25,6%, sobre a média do mesmo período do ano passado (US$ 1,181 bilhão).
No acumulado do ano, as exportações alcançaram US$ 22,972 bilhões (média diária de US$ 765,7 milhões), resultado 28,4% acima do verificado no mesmo período de 2010, que teve média diária de US$ 596,5 milhões. O resultado anual acumulado das importações também está maior (22,9%) em relação a 2010 (média diária de US$ 585,1 milhões). Em 2011, as importações chegam a US$ 21,568 bilhões (média diária de US$ 718,9 milhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC
Para diversificar exportações, país precisa inovar
Parceria entre Vale, Posco e Dongkuk Steel, gigantes sul-coreanas da siderurgia, é um modelo de estreitamento de relações com benefícios mútuos
Enquanto as exportações sulcoreanas de automóveis e produtos de alta tecnlogia para o Brasil são crescentes, as vendas ao país asiático são principalmente de commodities. Uma realidade que a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex) afirma que vai tentar mudar pela diversificação da pauta de exportações. Mas, vale lembrar que a agência não teve qualquer missão recente ao país asiático.
Fabrício Bomjardim, consultor em política asiática do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais (Ceiri), afirma que não há uma estratégia consolidada de aproximação com a Coreia do Sul ou com a Ásia como um todo. “Atualmente nosso empresariado está mais concentrado na China”, afirma.
Na visão de observadores do comércio exterior, a possibilidade de uma crise no setor de alimentos, que vem sendo debatida em âmbitos internacionais, cria possibilidades de ampliação da pauta exportadora do Brasil todo o continente. “O Brasil poderá preparar-se para ser um grande fornecedor global ”, diz Bomjardim.
Falta investimento
No entanto, a sonhada ampliação do mercado produtor de itens de maior valor agregado, ainda exige mais empenho do governo e das empresas nacionais. “Hoje nossas exportações relevantes para a Ásia são as de commodities, devido à falta de investimentos e criatividade em campos como o de tecnologia”, diz. “Mercados promissores existem, mas ainda falta uma estratégia ou interesse consolidado para o crescimento das relações”.
Daniela Alves, também pesquisadora do Ceiri, entende que a cooperação internacional é um elemento essencial para o desenvolvimento de parcerias e, portanto, da inovação, elemento essencial para ampliação da pauta exportadora do Brasil. “Não basta incentivar empresas nacionais a abrir escritórios no exterior. Se apenas isso ocorrer, a probabilidade da empresa ser esmagada pela concorrência será grande”, diz a especialista. “É indispensável que o país também tenha um ambiente para atração de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de alto nível”.
Modelo
Exemplo disso é a parceria entre a mineradora brasileira Vale, a Posco e a Dongkuk Steel, ambas gigantes sul-coreanas do setor siderúrgico, para a instalação da Companhia Siderúrgica do Pecém, no Ceará. “Estima-se que em função da Companhia Siderúrgica do Pecém, o Produto Interno Bruto do Ceará cresça em 51%”, afirma Daniela. “A cooperação durante o processo de inovação é essencial para a difusão do conhecimento e há benefícios mútuos para os sócios e para os funcionários, uma vez que permite a mobilidade de pessoal e reforça o aprendizado entre empresas e instituições em diversos setores.”
Brasil Econômico
Argentina impede as importações brasileiras de notebooks, desktops e celulares
O Governo da Argentina acaba de dar uma pancada na indústria brasileira, inclusive, no setor de informática. Por meio da Resolução 45/2011, o Ministério da Indústria e Comércio Exterior e decidiu cancelar as licenças automáticas para importações de automóveis, têxteis e equipamentos eletroeletrônicos, entre eles,notebooks, desktops e celulares.
Significa que um fabricante brasileiro terá de entrar doravante na burocracia argentina para solicitar licença de importação desses produtos, medida que que não costuma ser rápida. Na melhor das hipóteses pode levar uns 60 dias para se obter tal autorização.
Mesmo assim, isso não será garantia de que conseguirá importar nas quantidades que deseja. A partir de agora, o governo argentino só pretende deixar entrar no país produtos que não conflitem com a indústria local. O que pressupõe que as importações somente se darão quando for necessário cobrir a demanda do mercado interno não-atendida pela indústria portenha.
"Estamos ampliando o universo de produtos cujo ingresso é monitorado pelo governo de modo a preservar o mercado interno e evitar danos ao processo de reindustrialização criado em nosso país a partir da aplicação do modelo produtivo de 2003", explicou a ministra argentina do Desenvolvimento, Débora Giorgi, ao jornal Clarin.
Segundo ela, a medida visa preservar postos de trabalho na indústria argentina e substituir as importações de produtos fabricados naquele país. A decisão, segundo ela, levou em conta todas as normas previstas pela Organização Mundial do Comércio(OMC) e que elas são "naturais em termos de defesa do mercado interno e da produção nacional".
Além dos notebooks, desktops e celulares, a decisão argentina também atingirá os fabricantes de produtos metalúrgicos, eletrônicos de consumo, tecidos, automóveis, vidro, bicicletas e partes de bicicletas, entre outros.
Veja a resolução argentina que impede as importações brasileiras (PDF - 200 KB)
http://convergenciadigital.uol.com.br/inf/mercosul_res45-2011.pdf
Convergência Digital
Sul-coreanos no cenário brasileiro
As empresas de eletroeletrônicos LG e Samsung, presentes no Brasil desde 2002, foram as primeiras sul-coreanas a identificar o potencial do mercado brasileiro, ainda numa época de incertezas em relação ao ritmo do crescimento econômico do país.
Vieram por conta própria, sem nenhum apoio específico de Seul, lembra Rafael Byung Na, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Coreia.
As duas marcas ocupam hoje espaço em condições de igualdade com outras grifes de eletroeletrônicos e anunciam a entrada na disputa pela clientela de itens da linha branca, como refrigeradores e lavadoras. Para isso, programam investimentos em unidades industriais para a produção local.
São dois exemplos da crescente presença sul-coreana no mercado brasileiro, traduzida numa pauta de produtos de alta tecnologia e um movimento comercial a cada ano mais favorável aos asiáticos. O déficit brasileiro saltou de US$ 300 milhões em 2004 para US$ 4,66 bilhões no ano passado, com evolução de 1.452% no período.
Enquanto importamos carros e eletroeletrônicos, exportamos principalmente commodities.
"Nosso empresariado está mais concentrado na China", diz Fabrício Bomjardim, consultor em política asiática do Centro de Estratégia, Inteligência e Relações Internacionais (Ceiri), lembrando que falta ao país uma estratégia consolidada de aproximação com a Coreia do Sul ou com a Ásia como um todo
Daniela Alves, também pesquisadora do Ceiri, entende como indispensável que o Brasil tenha um ambiente para atração de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de alto nível
No entanto, esse ambiente continua prejudicado pela falta de uma infraestrutura portuária inadequada e pela burocracia, especialmente, na parte referente aos tributos, de acordo com Byung Na.
A eliminação desses entraves traria enormes vantagens ao país, que seria beneficiado nas duas rotas, como plataforma de produtos coreanos para a América Latina e, ao mesmo tempo, utilizando a Coreia do Sul como porta de entrada para a Ásia.
Brasil Econômico
Indústria gaúcha inicia o ano com aumento nas exportações
Setor elevou em 21,8% suas vendas em janeiro
O ano começou positivo para as exportações industriais do Rio Grande do Sul. As vendas externas do setor cresceram 21,8% no primeiro mês de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010, e totalizaram US$ 994 milhões, ou seja, 88,58% de tudo que o Estado embarcou em janeiro. Foi o segundo melhor desempenho da série histórica para o mês, superado apenas pelo resultado obtido em 2008, quando a indústria gaúcha exportou R$ 1,05 bilhão.
“Para este ano, esperamos uma economia internacional mais estruturada e com menor diferencial entre o crescimento dos países desenvolvidos e emergentes. Assim, alguns segmentos poderão retomar fatias do mercado perdidas após a crise mundial”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, ao avaliar a balança comercial na segunda-feira, 14. O industrial lembra ainda que existem fatores internos a serem resolvidos para que as exportações gaúchas possam continuar avançando: taxa de câmbio valorizada, altos custos de logística e concorrência desleal com produtos de alguns países, como a China.
Em janeiro, os setores que mais se destacaram foram Derivados de Petróleo (crescimento de 123,8%), impulsionado pelas vendas de óleo diesel para o Paraguai e Uruguai; Máquinas e Equipamentos (97,9%), com o envio de colheitadeiras para a Argentina e o Paraguai; e Alimentos (45,5%). Já as piores performances se concentraram em Materiais Elétricos (-30%), Fumo (-20%) e Produtos de Metal (-10%).
Os principais destinos das exportações gaúchas em janeiro, ante o mesmo período de 2010, foram a Argentina, com elevação de 13,5%, e os Estados Unidos, que ocuparam o segundo lugar, apesar de terem diminuído em 18% suas compras. A terceira posição ficou com a Espanha, ao aumentar em 205% seus pedidos.
O Rio Grande do Sul respondeu por 7,4% das vendas externas brasileiras e ocupou a quinta posição entre os Estados exportadores. São Paulo liderou o ranking (21,9% de participação), seguido por Minas Gerais (18%), Rio de Janeiro (11,3%) e Pará (7,5%), este último registrou, em janeiro, ante o mesmo mês do ano passado, um aumento de 142% nos envios de minério de ferro e de 98% de ferro fundido.
Nas importações, 94,6% das compras do Estado foram de produtos industrializados, que registraram um incremento de 24%, chegando a US$ 966 milhões. Os pedidos de bens intermediários aumentaram 66,7%, seguidos por bens de consumo duráveis (42,5%) e bens de capital (35,4%).
Correio do Povo
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