LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR - 24/02/2011


Brasil é o 5º país que mais eleva as importações, segundo OMC
O Brasil foi o quinto país que mais aumentou as importações no ano passado, segundo levantamento da Folha com dados da OMC (Organização Mundial do Comércio) sobre 65 países.

O Brasil ganhou quatro posições entre as economias que mais importaram e duas entre as que mais exportaram. No dois casos, o país passou a ocupar o 20º posto. As compras do exterior avançaram 43% e passaram de US$ 134 bilhões para US$ 191 bilhões. O aumento só não foi maior do que as na Indonésia, na Argentina, no Paraguai e em Taiwan.
Pelos dados do governo brasileiro, houve avanço da compra em quase todos os principais produtos importados, mas os manufaturados -especialmente carros e combustíveis- foram os que mais ganharam espaço.
O Brasil também foi um dos que mais aumentaram as exportações. O avanço foi de 32% -o 10º mais significativo entre as 65 economias. Alessandro Teixeira, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, diz que o crescimento das compras e das vendas refletem o desenvolvimento do país. "A economia brasileira está se fortalecendo e é natural que importemos mais. E o Brasil também vem fazendo um esforço não só para exportar mais, mas também diversificar os parceiros."
Base de comparação - Bruno Lavieri, da Tendências, pondera que o real estava mais valorizado em 2010 do que em 2009, o que impulsionou as importações. Ele também relativiza o incremento de 43% por causa da base de comparação fraca: em 2009, o país foi afetado pela crise, que derrubou a demanda por bens do exterior.
Pelo lado das exportações, os produtos básicos (como minério de ferro e soja) representam quase metade do que o Brasil vende para o exterior e tiveram forte queda no preço em 2009, mas voltaram a subir em 2010 -o que ajudou a alavancar as vendas.
Lavieri também ressalta que, em 2010, o momento era favorável para as compras do exterior. Com a demanda interna em alta, as economias em desenvolvimento aproveitaram para investir.
"O ano passado foi um ótimo momento para importar máquina e ampliar capacidade produtiva", diz ele.
Franca recuperação - No ranking feito a partir dos dados da OMC, a maior parte dos países que mais aumentaram tanto as importações quanto as exportações são economias em desenvolvimento. "Os emergentes se recuperaram rápido e isso se reflete no ranking; 2010 foi um ano de franca recuperação para eles", destaca o analista da Tendências.
Segundo Lavieri, este ano será mais favorável para o país. Ele argumenta que o preço das commodities em alta deve fazer com que o valor das exportações cresça mais que o das importações.
Folha de São Paulo



Folha de pagamento para exportador terá menos tributos
A nova política industrial, que será lançada neste semestre, deverá trazer a desoneração do INSS sobre a folha de pagamentos e de outros impostos para os exportadores.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Alessandro Teixeira, não detalhou como o governo poderá reduzir impostos somente para os exportadores. Essa medida é questionada na OMC (Organização Mundial do Comércio), uma vez que redução de tributos para setores específicos é considerada subsídio.

Teixeira acrescentou, ainda, que o aumento das exportações será uma das prioridades da nova política industrial. Ele explicou que o governo prepara as medidas levando em consideração que não irá mexer na taxa de câmbio.
Folha de São Paulo

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