LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 1 de abril de 2010

EXPORTAÇÃO

Exportações do Paraná registram aumento de 9,1%

As exportações pelos portos de Paranaguá e Antonina geraram uma receita cambial superior a US$1,62 bilhão nos dois primeiros meses deste ano, o que representou uma alta de 9,1% em relação à soma registrada no mesmo período de 2009, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). O aumento na receita demonstra uma recuperação nos embarques de cargas de maior valor agregado.
Esse é o caso dos veículos, que retomaram posição de destaque entre os produtos que mais contribuíram com a receita cambial das exportações pelos portos paranaenses, com 12% de participação. Foi exportado o equivalente a US$ 194,7 milhões, o que representou um aumento de 109,4% na comparação com o primeiro bimestre de 2009, quando a soma foi de US$ 93 milhões.
O levantamento do MDIC mostra que, em volume, o aumento nas exportações de veículos, no primeiro bimestre deste ano, foi de 122%, em relação ao mesmo período de 2009. Foram embarcadas 19.335 unidades, enquanto nos dois primeiros meses do ano passado, os embarques totalizaram 8.708 unidades.
Os embarques de açúcar tiveram desempenho semelhante em receita: US$ 196,8 milhões, respondendo por 12,1% do total gerado pelas exportações. A movimentação de farelos, que teve uma das altas mais expressivas entre os graneis sólidos exportados (23% em volume e 45% em receita), nos meses de janeiro e fevereiro, também teve participação significativa na receita das exportações: 11,8% ou US$ 192 milhões.
São as cargas congeladas, no entanto, que se mantêm com a maior fatia de participação na receita cambial dos portos do Paraná: 26% ou o equivalente a US$ 421,6 milhões.
Para o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza, esses resultados reforçam a expectativa de um desempenho recorde dos portos paranaenses este ano. “Apesar do período de dois meses ainda ser curto para uma avaliação mais efetiva em termos de resultados estatísticos, o crescimento nas operações mostra a recuperação de segmentos que foram afetados pela crise em 2009 e sinalizam um ano de resultados bastante positivos para o comércio internacional”, avaliou.

Mercados
A Alemanha foi o principal destino dos veículos exportados pelo Porto de Paranaguá. Metade das unidades embarcadas – 9.727 – deixou o complexo paranaense rumo ao mercado alemão. Outros 7.586 veículos – ou cerca de 40% do total exportado - foram para a Argentina. As demais unidades se dividiram entre México (1.816) e Colômbia (206).
O açúcar exportado pelo Porto de Paranaguá teve como principal destino a Índia, o que mostra que o país ainda não se recuperou completamente da quebra de safra do ano passado. O mercado russo foi o segundo maior comprador do açúcar embarcado no complexo paranaense. Já os grandes compradores do farelo de soja embarcado em Paranaguá foram a França, Alemanha e Tailândia. A maior parte das carnes exportadas pelo Corredor de Congelados do Porto de Paranaguá foi para os mercados de Hong Kong e Rússia.
NetMarinha


Indústria brasileira aposta no crescimento das exportações
Os industriais brasileiros estão mais otimistas com as exportações. A Sondagem Industrial revela que a expectativa em relação à quantidade exportada aumentou de 53,5 pontos em fevereiro para 54,6 pontos em março. Os setores em que a confiança no aumento das vendas externas teve a maior reação foram os de bebidas e de madeira.
Entre os fabricantes de bebidas, a expectativa sobre as exportações subiu de 45 pontos em fevereiro para 60,7 pontos em março. Na indústria de madeira, a estimativa passou de 38,4 pontos para 55,6 pontos, informa a Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Conforme a pesquisa, os dados variam de zero a cem. Valores abaixo de 50 pontos indicam evolução ou expectativa negativa e, acima de 50 pontos, evolução ou expectativa positiva.
Apesar das previsões otimistas sobre o desempenho das exportações, o país ainda não superou todos os efeitos da crise externa. De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada em fevereiro ficou abaixo do nível tradicional do mês. O indicador que mostra a utilização da capacidade instalada em relação ao nível usual foi de 48,9 pontos, similar aos 48,3 pontos registrados em janeiro.
A evolução da produção também permaneceu estável. Passou de 49,2 pontos em janeiro para 50,8 pontos em fevereiro. A pesquisa da CNI revela ainda que os estoques da indústria alcançaram 48,5 pontos em fevereiro. Isso indica que ficaram abaixo do planejado pelos empresários.
A Sondagem Industrial de fevereiro foi feita entre os dias 1º e 22 de março, com 1.234 empresas. Dessas, 679 são de pequeno porte, 363 são médias e 192 são grandes.
CNI


Aprovadas condições sanitárias para exportação de frango in natura ao Uruguai
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) avançou nos entendimentos para abertura do mercado uruguaio à carne de frango in natura do Brasil. O ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca do Uruguai, Tabaré Aguerre, anunciou a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI) para exportação do produto, durante reunião com o secretário-executivo do Mapa, Gerardo Fontelles, na última segunda-feira (29). O encontro ocorrido na noite de anteontem, no Palácio Itamaraty, entre os presidentes dos dois países, Luiz Inácio Lula da Silva e Jose Mujica, serviu para consolidar o entendimento.
A decisão teve como base as análises técnicas do governo uruguaio e a garantia da qualidade do serviço sanitário brasileiro. “O Brasil vende carne de aves a 153 países e não há restrição, por parte dos importadores, à qualidade do produto nacional”, destacou Fontelles. As vendas para aquele mercado deverão começar em 1º de julho deste ano.
O certificado foi ajustado, na semana passada, durante reunião do secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, com autoridades do serviço veterinário uruguaio, em Montevidéu. Esse documento garante a procedência e a qualidade do produto exportado, de acordo com a legislação sanitária do país importador. O Mapa apresentará a lista dos frigoríficos habilitados à exportação dessas plantas, seguindo a prerrogativa do Mercosul, que aceita a indicação do órgão oficial.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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