LEGISLAÇÃO

terça-feira, 27 de abril de 2010

ECONOMIA / FINANÇAS / INVESTIMENTOS- 27/04/2010

Regulação do sistema financeiro faz parte da agenda de reunião do G-20
SÃO PAULO - A reforma do sistema financeiro, a situação da economia internacional e os problemas da Grécia devem ficar no foco de ministros das Finanças e dirigentes de bancos centrais no reunião do G-20, que ocorre em Washington.

A questão da Grécia pode ganhar ainda mais relevância depois de o primeiro-ministro do país, George Papandreou, solicitar nesta sexta-feira a ativação do mecanismo de ajuda financeira elaborado por líderes europeus e o Fundo.

O diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse que um dos objetivos dos encontros será avaliar formas para sustentar a recuperação mundial da crise financeira.
(Juliana Cardoso Valor, com agências internacionais)
Valor Econômico



Por que a nossa política externa é assim
João Mellão Neto

Para aqueles que não conseguem entender qual é a lógica que preside as aparentemente tresloucadas opções de Lula no que tange à política exterior vai aqui uma pequena colaboração.

Como reza a sabedoria popular: "Se você vir uma tartaruga em cima de uma árvore, fique atento. Tartaruga não sobe em árvore. Ou foi uma enchente ou então foi mão de gente." Se algo parece não fazer sentido numa determinada situação, a dica é pesquisar o tema mais a fundo. É sempre positivo ter em mente que absurdo não existe. Chamamos de absurdo tudo aquilo que "não se encaixa". Geralmente é algo que provém de um ordenamento lógico cujo sentido não conhecemos.

Alguém, entre os leitores, já ouviu falar do Foro de São Paulo? Não se trata de nada clandestino. É uma entidade latino-americana que, manifestamente, busca congregar e apoiar todos os partidos e movimentos ditos "de esquerda" da América Latina. O foro já existe há quase duas décadas e se reúne com frequência anual. Falar dele é um tabu em boa parte da mídia brasileira, tão infestada por patrulhas ideológicas de todos os lados. Na internet, por exemplo, existem poucas referências ao tema, quase todas elas carregadas de conteúdo ideológico: ou se é contra ou a favor. Informações precisas e despidas de opiniões são raras.

Por essa razão é tão difícil abordar assuntos como o do foro. A entidade existe e tem até um site. Acessa-se por meio da página do Partido dos Trabalhadores (PT). Sua história é a seguinte.

O Foro de São Paulo nasceu aqui, na nossa cidade, em julho de 1990. Foi uma reunião internacional bancada pelo PT a partir de uma sugestão de Fidel Castro a Lula dada cerca de um ano antes.

Como é próprio da ideologia de seus membros, a partir de então não parou de crescer. Os seus membros se reúnem em congresso quase todos os anos - cada um numa cidade latino-americana diferente - e aprovam atas, com posicionamentos políticos válidos para todos. Um de seus idealizadores é Marco Aurélio Garcia, que, nos últimos anos, tem sido o principal formulador da política externa do nosso governo, principalmente no que diz respeito à América Latina.

O objetivo mais importante do foro é manter acesa a chama do socialismo no nosso sub-continente. A ideia do dito ex-presidente de Cuba, nos idos de 1990, foi, então, muito oportuna. O Muro de Berlim, construção que dividia a Alemanha em duas partes e era o principal ícone do antigo regime comunista soviético, caiu em novembro de 1989 - com o agravante de ter sido derrubado espontaneamente pelas suas próprias vítimas. Aquelas pessoas que pelo mundo abraçavam a causa socialista repentinamente ficaram órfãs. Seus ideais haviam sido cabalmente desmentidos pelos fatos. A proposta de Fidel, à época, era altamente auspiciosa: reunir todos os partidos e movimentos políticos da esquerda, na América Latina, para procurar estabelecer o diálogo entre eles e, a partir disso, a articulação e a coordenação de suas ações.

Foi, e tem sido, um enorme sucesso. Hoje em dia, não há organização política representativa de cunho socialista, em toda a América Latina, que não seja filiada ao Foro de São Paulo. Trocam, de modo permanente, ideias e impressões entre si e - o mais importante - falam todos, agora, a mesma língua.

Muitos chegaram ao poder, como é o caso de Lugo, no Paraguai, Ortega, na Nicarágua, Morales, na Bolívia, Correa, no Equador, e muitos mais. Outros tantos ocuparam o poder antes e, numa tentativa oportunista de apresentar ao mundo alguma justificativa ideológica para seus governos, trataram de se filiar ao foro. Um caso que todos conhecem bem é o de Hugo Chávez, na Venezuela - com o seu conceitualmente confuso "bolivarianismo". Outro que chegou atrasado foi o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya.

O caso do Brasil é muito peculiar: foi aqui que o foro se viabilizou, beneficiando-se da infraestrutura oferecida pelo PT, já então um grande e representativo partido político. Luiz Inácio Lula da Silva tratou logo de abraçar a bandeira oferecida por Castro, que tinha também outro grande atrativo: caso o petista vencesse as eleições de 1990, contra Collor, o partido seria alçado à condição de grande líder das esquerdas da América Latina. O fato é que naquela ocasião Lula perdeu. Perdeu a Presidência da República e também a perspectiva de se tornar líder socialista do nosso sub-continente.

Já numa das primeiras assembleias anuais do foro ficou determinado, em ata, que era dever de todos os partidos e movimentos filiados defender o governo cubano e o seu líder, Fidel.

Em meados da década de 1990, Hugo Chávez se filiou ao movimento. Foi uma aliança benéfica para todos. Em troca de um pretexto e um aval ideológico consistente para o seu regime, ele vem usando as suas divisas internacionais, provenientes do abundante petróleo venezuelano, para ajudar a manter a economia cubana em pé e, também, estimular numerosos movimentos e partidos em toda a América Latina.

O PT perdeu a sua chance de liderar o foro. Agora, quem dá as cartas ali é o "bolivarianismo".

E o governo brasileiro, sob Lula, contenta-se apenas em seguir fielmente as diretrizes emanadas pela entidade.

Evidência disso é que Marco Aurélio Garcia ocupou, durante todos os últimos anos, o cargo de assessor especial da Presidência da República para assuntos externos e, a partir dessa condição, formulou livremente a nossa política diplomática para a América Latina.
O cidadão acaba de sair do governo para tentar alçar voos mais altos. Ele é, agora, o coordenador da campanha eleitoral da situação. No que depender dele, a nossa canhestra política externa vai ser, no futuro, ainda mais ideologizada do que é hoje.
Coitado do Brasil!
OESP
 
 
 
SC OU SP
Para Bunge, os incentivos são decisivos
Presidente da empresa diz que a proposta do governo determinará se fábrica fica em Gaspar
Os prazos dos incentivos fiscais oferecidos pelo governo de Santa Catarina serão decisivos para a Bunge Brasil manter as suas unidades produtivas no Estado e ampliar os investimentos. A informação é do presidente da empresa, Pedro Parente, que acredita numa negociação favorável com o governo catarinense.
Sobre as mudanças com a unificação da Bunge Alimentos e Bunge Fertilizantes na Bunge Brasil, ele disse que a diretoria ficará baseada em São Paulo. Isso significa a mudança apenas do comando administrativo para a capital paulista. Quanto às demais áreas de gestão das unidades de negócios, Parente afirma que ainda não há decisão tomada. Um estudo sobre isso deverá ser concluído até o final do primeiro semestre deste ano.

O executivo diz que para as áreas produtivas, o fundamental é a equação econômica, que passa pelos incentivos.
- Se o Estado assegurar a manutenção dos benefícios que já dá para a nossa fábrica e ampliar o prazo desses incentivos, a gente não apenas garante a manutenção da unidade fabril em Gaspar, mas também considerará o município para novos investimentos no futuro.

A conversa que o presidente da Bunge teve, terça-feira, com a comitiva de prefeitos do Vale do Itajaí, liderada pelo prefeito de Gaspar, Pedro Zuchi, também foi nessa linha. Parente a considerou positiva, porque os prefeitos ficaram satisfeitos com a possível solução da questão dos incentivos com o apoio do governo. Há expectativa, também, de incentivos municipais.

Questionado pelo Diário Catarinense se o prazo ideal dos incentivos para a manutenção das unidades fabris seria de 20 anos, Parente disse que não sabe, mas deve ser o suficiente para permitir o retorno dos investimentos. Segundo ele, não é possível decidir um investimento com apenas seis meses de incentivo fiscal. O Estado estaria oferecendo um prazo muito curto, que não permite avaliar um investimento.
- Nós somos procurados por outros estados com o objetivo de atrair investimentos, mas estamos dizendo não. A gente prefere, primeiro, explorar o potencial da fábrica em Gaspar.

Parente explicou ainda que a Bunge pode investir mais nas outras unidades de SC ou em projetos novos, caso as condições sejam favoráveis. Mas disse que não pode falar em valores porque, antes, eles precisam ser comunicados aos investidores.
Diário Catarinense



Altos impostos pesam no setor e Brasil perde posto mundial

Produção brasileira está em declínio há cerca de dez anos
Adriana Diniz

A alta carga tributária nos produtos e processos de produção é apontada por especialistas como responsável pela perda de competitividade da indústria brasileira.

Esse processo teria levado o Brasil a perder uma posição no ranking mundial de produção industrial, conforme divulgou a ONU esta semana. Embora a crise tenha seu papel na queda do desempenho das indústrias brasileiras, o declínio já vem ocorrendo há cerca de dez anos.

De acordo com a pesquisa estatística da Organização de Desenvolvimento Industrial da ONU, o Brasil foi ultrapassado pela Índia, que conquistou a nona posição do ranking dos maiores parques industriais do mundo em 2009. O país asiático dobrou sua participação no mercado mundial em dez anos, subindo de 1,1% em 2000 para quase 2% no ano passado e deixando o Brasil em décimo lugar.

– Tem o fator conjuntural, que é o fato de as economias asiáticas terem mantido forte crescimento durante a crise. esses países foram mais imunes às turbulências que o Brasil. Mas culpar a crise por essa mudança no cenário industrial é muito irresponsável, porque a trajetória de queda vem acontecendo há uma década – destaca Frederico Araújo Turolla, professor do mestrado em gestão internacional da ESPM e sócio da Pezco Consultoria. – A perda de competitividade que o Brasil vem experimentando ao longo dos anos tem nome: carga tributária.
Turolla ressalta que a carga de impostos sobre os produtos industrializados tem sido crescente nos últimos anos, fazendo com que os produtos brasileiros percam produtividade. “A cada ano que passa o produto brasileiro vem se tornando mais caro, não só lá fora, mas aqui no Brasil também.

Isso se deve, principalmente aos altos impostos, que não páram de aumentar”, explica.

Segundo o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, a crise pode ter antecipado a queda do Brasil no ranking, mas não é a principal responsável pela perda de competitividade do setor.

– O ranking reflete a tendencia que vinha se delineando nos ultimos anos. Crescemos muito pouco nos anos 80 e 90. Nos anos 70, o Brasil crescia até 10% ao ano, mas não sustentamos isso.

O que precisamos é sustentar um longo ciclo de investimentos – observa.

Branco ressalta que o setor publico precisa gastar menos para tributar menos, além de adotar um conjunto de políticas e ações para estimular o crescimento do setor. Ele destaca que o Brasil precisa melhorar o sistema de tributação e logística, ampliar investimentos em infraestrutura e diminuir o custo do capital (taxas de juros) para criar ambiente mais propício de investimentos.

– Temos consciência de que o país precisa de investimentos, mas é difícil, porque é preciso que o Estado poupe mais. O diagnóstico é conhecido a questão é implementar – comenta Branco.

Frederico Turolla ressalta que os países da Ásia têm um nível de investimento muito mais alto que o do Brasil. “O Brasil desperdiça volumes enormes de dinheiro na máquina pública, e o reflexo disso é a perda de produtividade.

O Brasil gasta em vez de investir. A redução de gastos do governo, portanto, é fundamental”, afirma.

De acordo com previsões da Pezco Consultoria, o déficit público no Brasil deve chegar 8% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Segundo Turolla, o déficit público na Índia também é um problema, mas os gastos públicos por lá se traduzem muito mais em investimentos. “Na Índia, o percentual de investimento é muito maior do que o que temos aqui”, aponta.

Professor de economia internacional da Universidade de Brasília e membro da Comisão Econômica da América Latina e Caribe (CEPAL) da Organização das Nações Unidas (ONU), Renato Baumann, lembra que a Índia tem mantido crescimento econômico acelerado nos últimos dez anos e destaca que a população do país também é bem maior que a do Brasil, o que influencia o desempenho do setor industrial.
– Tamanho conta muito.

Só a classe média da Índia tem 300 milhões de pessoas, mais que toda a população do Brasil – explica.

Segundo Baumann, este ano é esperado um forte crescimento industrial, por fatores como aumento do emprego e da renda, demanda aquecida, reposição de estoques, mas não significa que o país irá ter uma melhora no ranking.
“Deveremos ter um resultado bem expressivo da indústria este ano, mas a retomada de uma posição no ranking dependerá muito do desempenho dos outros países”, observa.

Flávio Castelo Branco, da CNI, afirma que, apesar de o Brasil estar numa trajetória positiva no setor industrial, é preciso mais esforços para se atingir um crescimento mais proximo da Índia. “Nossa taxa de investimentos é muito baixa e tem ainda a questão de qualificação da mão de obra e educação. A qualidade e quantidade de educação evoluiu muito pouco. Isso reflete nos índices de produtividade”, destaca.

Segundo Branco, o Brasil ainda corre o risco de perder mais uma posição no ranking, para outro país asiático. “A Coréia nos anos 70 tinha metade da renda per capta do Brasil e tamanho da industria era muito inferior. O Brasil era a China daquele tempo.

Daqui a pouco a Coréia no passa”, comenta.

Para os especialistas, a parcela de culpa da crise nas mudanças no ranking do setor industrial está no fato de os países asiáticos terem sido menos afetados que o Brasil e terem conseguido manter forte ritmo de crescimento.

– O Brasil exporta produto de maior valor agregado para a América Latina e Estados Unidos, e commodities, de menor valor agregado, para países da Ásia – explica Turolla.
Jornal do Brasil


Francesa Fareva investe em fábrica em Itupeva

Ernani Fagundes

SÃO PAULO - A multinacional francesa Fareva Holdings vai investir US$ 10 milhões na construção de uma fábrica de cosméticos em Itupeva (SP). "A Fareva adquiriu um terreno de 80 mil m² no distrito industrial de Itupeva e vai construir a fábrica numa área de 20 mil m² até o fim de 2011. Entre a aquisição do terreno e a compra de equipamentos, o investimento inicial da multinacional francesa é de US$ 10 milhões", informou ao DCI, o diretor de Comércio e Indústria da Prefeitura de Itupeva, Antônio José Gropelo, em entrevista sobre a 1ª Expoind local, que será realizada entre 26 e 28 de maio. Ele descreveu a importância do novo investidor. "A Fareva faturou 820 milhões de euros em 2010 e possui 25 plantas industriais na Europa, em países como França, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Ucrânia, Rússia, Turquia e Itália, e escolheu Itupeva para sediar sua primeira planta na América." Os diretores da Fareva, Frédéric Poirot e Wilfried Toth, fecharam a aquisição do terreno no último dia 14 de abril e assinaram o compromisso de criar 100 postos de trabalho no início das atividades e outros 450 empregos diretos em cinco anos. "A companhia francesa possui mais de cinco mil funcionários na Europa, ou seja, pela dimensão, eles vão montar uma operação significativa no Brasil", assegurou Grapelo. O site mundial da Fareva, em francês, apenas informa: "em breve no Brasil". O presidente da Associação Comercial e Industrial de Itupeva, Luiz Carlos Pires de Campos também destacou outros investimentos na cidade. "Além do investimento da Fareva, a Traydus está duplicando o seu parque industrial para fabricação de climatizadores; a Sorvetes Jundiá e a Aços Favorit estão investindo para aumentar a capacidade de produção", concluiu Campos.
DCI




Quarta semana de abril tem superávit de US$ 93 milhões
acumulado até o dia 25 foi de US$ 775 milhões, com média diária de US$ 51,7 milhões, valor 72% menor que a média diária registrada em abril de 2009 (US$ 184,7 milhões). Entretanto, em relação à média diária do superávit comercial em março deste ano (US$ 29 milhões), houve um aumento de 77,9%.

Ano
Nos 76 dias úteis acumulados no ano, até a quarta semana de abril, as exportações brasileiras chegaram a US$ 50,254 bilhões, com média diária de US$ 661,2 milhões, cifra 25,2% maior que a registrada no mesmo período do ano passado (US$ 528,2 milhões).

No ano, as importações somaram US$ 48,587 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 639,3 milhões – acréscimo de 40,1% sobre a média diária no mesmo período de 2009 (US$ 456,3 milhões).

O saldo comercial no ano totalizou US$ 1,667 bilhão, com média diária de US$ 21,9 milhões, valor 69,5% menor que o registrado no mesmo período de 2009 (US$ 71,9 milhões).

Às 15 h, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgará no site www.mdic.gov.br o detalhamento das informações sobre as exportações e importações brasileiras na quarta semana de abril de 2010.
MDIC

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