LEGISLAÇÃO

terça-feira, 6 de abril de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR

Brasil Trade Africa 2010" traz compradores ao Brasil
Apex-Brasil traz 20 compradores de países da África para estimular as exportações das comerciais exportadoras que representam micro, pequenas e médias indústrias nacionais. Ação complementa a Missão Brasil Trade África 2009, que gerou negócios da ordem de US$ 44 milhões .
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promove o "Brasil Trade África 2010", de 7 a 9 de abril, em São Paulo, trazendo vinte empresários de países da África para participar de rodadas de negócios com cerca de 70 empresas brasileiras comerciais exportadoras. Essas empresas representam micro, pequenas e médias indústrias nacionais dos setores de alimentos e bebidas, vestuário e calçados, autopeças, produtos eletrônicos, casa e construção e cosméticos.
O objetivo do projeto é aumentar a participação das micro, pequenas e médias empresas brasileiras nas exportações do país por meio de empresas Comerciais Exportadoras e Tradings Companies. A expectativa é de realizar mais de 500 rodadas de negócios criando novas oportunidades de exportação para as empresa brasileiras.
O Brasil Trade África 2010, em São Paulo, dá continuidade à Missão Brasil Trade África 2009, organizada pela Apex-Brasil, que gerou excelente resultado com a realização de negócios imediatos e futuros da ordem de US$ 44 milhões. As duas ações fazem parte do Projeto Trading, lançado pela Apex-Brasil em 2008. Resultados da Missão Brasil Trade África 2009
A Missão Brasil Trade África, realizada em setembro de 2009, em Johanesburgo (África do Sul), gerou US$ 40 milhões em negócios, segundo empresários brasileiros. O setor de alimentos representou 70% do total dos acordos fechados. Participaram da missão 150 compradores de 11 países da África e 34 tradings brasileiras de sete estados cujos produtos expostos são fabricados por 376 indústrias de pequeno porte.
Próxima missão será em Dubai - A missão Brasil Trade Dubai, outra ação do Projeto Tradings, será realizada entre os dias 9 e 13 de maio, em Dubai (Emirados Árabes). Cerca de 30 empresas brasileiras comerciais exportadoras participarão de dois dias de rodadas de negócios com compradores do Oriente Médio. São empresas dos setores de alimentos e bebidas, casa e construção e autopeças. Outro projeto já confirmado para 2010 é o Brasil Trade Sudeste Asiático, que terá rodadas de negócios em Xangai (China) com importadores das regiões do sudeste asiático.
portalfatorbrasil.com


Otimizando recursos e aproximando empresas do mercado internacional.
Buscando novas estratégias para promover o aumento das exportações brasileiras e otimizar esforços, a Apex-Brasil idealizou esse Projeto reconhecendo a importância do papel das Comerciais Exportadoras no comércio exterior e envolvendo micro, pequenas e médias empresas e compradores internacionais.
Estudo da Apex-Brasil com a Fundação Getúlio Vargas delineou o perfil do setor de tradings, os principais problemas e as sugestões de solução. No Brasil, 29% das empresas exportadoras são tradings, responsáveis por 10,5% do valor total de exportações do país. Em 2008, segundo este estudo, havia em atividade no país cerca de 6 mil tradings, que exportaram US$ 20,7 bilhões. Segundo Alessandro Teixeira, presidente da Apex-Brasil, "As tradings são suporte importante para a nossa política de exportação e podem contribuir muito para o aumento das exportações brasileiras."
Diversas ações setoriais, como reuniões de negócios, foram realizadas em cooperação com entidades parceiras, e foi organizado um banco de dados, com acesso gratuito pela Internet, que abrange 560 tradings selecionadas pela Apex-Brasil. Três grandes eventos realizados geraram US$ 74 milhões em negócios
portalfatorbrasil


China resiste à proposta brasileira sobre etanol

O Brasil propôs oficialmente à China a realização de projetos conjuntos para a produção de etanol em países africanos ou asiáticos, mas é pouco provável que Pequim aceite a cooperação nessa área.
Com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, a China tem a segurança alimentar no topo de suas preocupações e teme que a plantação de cana de açúcar reduza a área agricultável disponível para outras culturas.
A fabricação de etanol em terceiros países faz parte do esforço brasileiro para ampliar o uso internacional do produto e transformá-lo em uma commodity.
O tema foi apresentado às autoridades chinesas pelo vice-ministro para Energia e Alta Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, embaixador André Amado, que fez críticas à Petrobras durante entrevista coletiva na última quarta-feira, em Pequim, da qual participaram jornalistas brasileiros e estrangeiros.
Segundo Amado, o Brasil já tem acordo com os Estados Unidos para a produção de etanol em sete países da América Central e Caribe e dois da África. Também há projetos conjuntos com a União Europeia e o Japão, afirmou. Os empreendimentos ainda estão em fase preliminar e devem demandar pelo menos dois anos para começarem a dar frutos.
O embaixador fez visita de sete dias à China, durante a qual foi acompanhado da maior delegação brasileira dos setores de ciência e tecnologia e energia que já esteve no país.
A passagem do grupo por Pequim coincidiu com a presença na cidade de executivos da Petrobras, que negociam parcerias com a Sinopec e um novo empréstimo do Banco de Desenvolvimento da China (BDC).
"A Petrobras não me convidou para os encontros deles. Quando as coisas não estão bem, eles vêm até nós e reclamam. Como não reclamaram, imagino que as conversas foram boas", alfinetou Amado durante a entrevista coletiva.
O embaixador se queixou do fato de não ter sido informado do teor das discussões realizadas pela Petrobras, embora a estatal não tenha nenhuma relação de subordinação ao Ministério das Relações Exteriores.
Agência Estado


Demanda interna aquecida e câmbio impulsionam importações em março
A demanda interna aquecida e o real forte fizeram as importações atingirem níveis recordes em março deste ano. A média diária ficou US$ 654,7 milhões e o saldo total mensal atingiu US$ 15,059 bilhões.
O aumento na compra dos produtos importados fez a balança registrar o pior saldo para março desde 2003, com superavit de US$ 668 milhões. As exportações também foram recordes para o mês, com volume total de US$ 15,727 bilhões.
Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, o resultado deve ser visto como positivo considerando o volume recorde do comércio. Ele não vê preocupação no aumento das importações. "O ritmo de importação está alto, mas não é diferente do que estava acontecendo no começo do ano", apontou.
O aumento nas exportações mostra recuperação do mercado mundial. Houve melhora em todos os países compradores de produtos brasileiros em março, com exceção da África (queda de 7%).
Os maiores compradores de produtos brasileiros em março foram os países da América Latina. "O Brasil tem conseguido uma recuperação coerente para a recuperação desses países. Temos que manter esse ritmo de atividade", reforçou. A participação desses países é importante para a pauta de exportações porque eles costumam absorver maior quantidade de produtos manufaturados.
O maior crescimento nos compradores brasileiros em março foi registrado pela Europa Central. O aumento chegou a 66,2% no valor em dólares na comparação com o ano passado.
Uma inversão de tendência foi verificada na venda de carros. As exportações cresceram 40% em março. O número interrompe a sequência de aumento nas importações e reforça a recuperação do comércio mundial.
Nas importações, o secretário destacou o aumento na compra de insumos para atender o crescimento da produção. A compra das vacinas contra a gripe também pesou na balança. Com um crescimento de 4188%, esses medicamentos representaram US$ 367 milhões nos gastos.
Segundo Barral, a tendência de aumento nas importações deve se manter ao longo dos próximos meses. "A medida que o mercado está aquecido haverá aumento das importações", sinaliza.
Folha Online


Encomex Manaus
A capital amazonense será a sede, nos dias 8 e 9 de abril, da primeira edição do Encontro de Comércio Exterior (Encomex) de 2010. O evento é promovido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
MDIC


Entidade quer restringir importações de minério
A Associação de Ferro e Aço da China (CISA, na sigla em inglês) está criando medidas para reduzir o número de operadores com permissão de importar minério de ferro, disse uma fonte do setor nesta sexta-feira.
"A CISA está atualmente discutindo as medidas com a Câmera de Comércio de Importadores e Exportadores de Metais, Minerais e Químicos, e detalhes vão emergir mais tarde", disse uma fonte da Câmara.
A CISA também vai implementar um sistema com o objetivo de garantir que os volumes de importação estejam de acordo com as necessidades reais das fábricas de aço e também de impedir que os operadores revendam. Um novo "sistema auditor" também vai permitir que os portos recusem a entrada de minério de ferro importado de má qualidade.
Na reunião de sexta-feira, o presidente da CISA, Shan Shanghua, pediu que os importadores licenciados boicotem as três grande mineradoras de minério de ferro nos próximos dois meses para combater o seu "comportamento monopolista", de acordo com uma matéria do jornal chinês 21st Century Business Herald.
Shan disse que a produção doméstica de minério de ferro da China seria suficiente para manter as fábricas funcionando por dois meses, e que os estoques dos portos também podem ser usados.
A CISA, que não estava disponível no momento para comentar sobre o assunto, tinha culpado anteriormente os pequenos operadores por arruinar sua posição nas conversas sobre preço de referência com mineradoras estrangeiras na semana passada.
A associação alega que as importações de grandes quantidades de minério dificultaram a tentativa de melhorar a posição da China durante as negociações e convencer Rio Tinto, BHP Billiton e Vale a dar um preço mais favorável aos consumidores chineses.
A Tribuna


Exportação de automóveis mostra recuperação do poder de compra de mercados importadores
A exportação de automóveis e de autopeças brasileiros tem aumentado significativamente, mostrando a recuperação do poder de compra de alguns mercados compradores do Brasil.
Em março, a exportação de automóveis aumentou 41% em relação ao mesmo período do ano passado e a exportação de autopeças, 40%.
A Argentina foi o país que mais comprou automóveis brasileiros no período. O percentual de aumento das vendas para o país vizinho foi de 61,2% em relação a março de 2009.
As informações são do secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. "Estamos acompanhando com muita atenção esse detalhe referente ao setor automotivo”, disse ele em entrevista concedida nesta semana.
Segundo o secretário, além de automóveis e de autopeças, os destaques das exportações brasileiras no mês passado foram óleos combustíveis (141,9%), veículos de carga (78,7%) óxidos e hidróxidos de alumínio (75,6%), bombas e compressores (39,6%) e laminados planos (35,9%).
Agência Brasil


Matérias-primas foram destaque nas importações brasileiras em março
Matérias-primas e produtos intermediários foram o destaque nas importações brasileiras no mês de março, quando comparadas com o mesmo período de 2009. O valor total das compras brasileiras neste setor chegou a U$ 7,2 bilhões, mais do que o dobro da importação de bens de capital e quase três vezes o montante referente a bens de consumo.
O aumento na importação de insumos vem ocorrendo nos últimos meses, principalmente em relação a produtos farmacêuticos, como é o caso da vacina contra gripe. Em março passado, o total das importações da vacina chegou a US$ 367,9 milhões. No mesmo período do ano passado, o total foi de US$ 8,6 milhões.
As informações são do secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral. “O ritmo de importação está alto, mas ele não é diferente do que vem acontecendo desde o início de 2010”, disse.
Segundo Barral, metade das importações em março refere-se a matérias-primas, itens importantes para a indústria brasileira, principalmente porque o mercado interno está muito aquecido.
O secretário destacou que a própria estrutura cambial gera o incentivo à importação. “O que preocupa, neste cenário, não é tanto a importação, mas a manutenção da competitividade brasileira nos mercados”.
Agência Brasil


Brasil deve receber hoje pedido de adiamento das retaliações por dois meses
Governo brasileiro tem reiterado que a não aplicação da medida só ocorrerá diante de uma proposta concreta dos EUA
Renata Veríssimo, da Agência Estado

BRASÍLIA - O Brasil deve responder nesta segunda-feira, 5, ao governo dos Estados Unidos o pedido de adiamento por dois meses da entrada em vigor da retaliação na área de bens, marcada inicialmente para quarta-feira, 7 de abril. Na última quinta-feira, durante reunião das duas delegações, em Brasília, os Estados Unidos solicitaram verbalmente o adiamento e ficaram de encaminhar hoje ao Brasil uma solicitação por escrito. Caso se confirme, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) que se reúne hoje, às 16 horas, deve discutir se acata ou não o pedido de prorrogação.
O governo brasileiro tem reiterado que a não aplicação do direito de retaliação só ocorrerá diante de uma proposta concreta dos Estados Unidos, para retirar os subsídios concedidos à produção e exportação de algodão. Os negociadores brasileiros consideram que não tiveram uma proposta concreta, na reunião da última Quinta-feira. Mas há uma expectativa de que essa proposta possa chegar hoje, por escrito, junto com o pedido de adiamento da aplicação da retaliação.
Agência Estado


Brasil e Estados Unidos estão perto de acordo
SÃO PAULO - Delegação norte-americana comandada pela vice-representante de Comércio da Casa Branca, Miriam Sapiro, tenta entrar em acordo com o Brasil para que na quarta-feira, dia 7, o País não inicie a retaliação a produtos norte-americanos autorizada pela Organização Mundial de Comércio (OMC).
Na quinta-feira foi realizada a primeira rodada de negociações, na busca de uma alternativa às retaliações comerciais impostas pelo Brasil, em resposta aos subsídios concedidos a produtores e exportadores norte-americanos de algodão. Os representantes do governo brasileiro são o secretário das Relações Exteriores, Antônio Patriota, e membros dos Ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da Agricultura e da Casa Civil.
Para o diretor da Fractal, Celso Grisi, os Estados Unidos vieram preparados para negociar com os representantes do governo brasileiro, uma vez que a retaliação irá prejudicar não somente o setor agrícola do país, mas outros setores de extrema importância, como biotecnologia e medicina.
"A negociação vai harmonizar as relações. Os norte-americanos não podem perder o direito a suas patentes e suas tecnologias: para eles, é perder o posto de pioneiros, não vai acontecer. Fato é que a proposta será dentro do setor agrícola, uma vez que outros setores não têm ligação com a reclamação ou autorização de retaliar. Além disso, se o Brasil endurecer, poderá iniciar uma batalha mundial de retaliações: outros países desenvolvidos terão receio de sofrer a mesma resolução dada ao Brasil contra os Estados Unidos pela OMC e podem voltar este medo contra o País", disse.
De acordo com Grisi, a melhor forma de chegar a um acordo seria com uma proposta criativa e que não deixasse nenhum dos dois países como perdedores.
"Os representantes terão uma forma criativa de rever esse impasse. Vão oferecer estrutura e mão de obra qualificada para iniciar pesquisa conjunta no setor de cotonicultura [cultivo de algodão], ou fazer um aporte de conhecimentos na área de genética para aperfeiçoar sementes e variedades agrícolas. Além disso, irão retaliar produtos insignificantes para o comércio bilateral, demonstrando que o Brasil também conseguiu fazer o que foi determinado", pontuou Grisi.
O diretor da Fractal completa que, mesmo com as negociações, o valor do acordo será menor do que o determinado pela OMC para a retaliação.
Representantes de ambos os lados recusaram-se a confirmar se os Estados Unidos haviam apresentado uma oferta ao governo brasileiro, limitando-se a dizer que estão "em um diálogo construtivo."
Caso não haja consenso entre os representantes, no próximo dia 7, o Brasil inicia as retaliações sobre 102 produtos americanos, que sofrerão acrescimento de 100% na alíquota do imposto de importação, escolhidos pela Câmara de Comércio (Camex), após opinião de empresários brasileiros. Uma segunda etapa da retaliação virá na forma de suspensão de direitos de propriedade intelectual, cujo período de consulta pública se encerra hoje.
A indústria de defensivos entregará à Camex documento no qual se posiciona contra a retaliação cruzada, nos itens que preveem a quebra de patente de produtos químicos agrícolas, propriedade intelectual e royalties, segundo fonte ligada ao setor.
A avaliação da indústria é de que este tipo de retaliação provocará prejuízos ao setor, uma vez que a retaliação pode atingir empresas com sede ou com unidades instaladas nos Estados Unidos, o que afetaria as multinacionais do segmento.
Dos 21 itens passíveis de retaliação cruzada, o documento aponta cinco itens que poderão ter impacto negativo sobre a agropecuária brasileira. Dentre eles estão os itens 2, 7 e 12, que tratam da quebra de patentes de produtos ou processos relativos aos produtos químicos agrícolas.
Balança comercial
No mês de março a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 668 milhões, proveniente das exportações de US$ 15,727 bilhões (média diária de US$ 683,8 milhões) e importações de US$ 15,059 bilhões (média diária de 654,7 milhões). A corrente de comércio totalizou US$ 30,786 bilhões.
As exportações apresentaram crescimento de 27,4% sobre os embarques médios diários registrados no mesmo mês de 2009 (US$ 536,8 milhões). Em relação a fevereiro deste ano (US$ 677,6 milhões), as vendas brasileiras tiveram crescimento de 0,9%.
As importações, na mesma comparação, evoluíram 43,3% em relação a março do ano passado (US$ 457 milhões), mas sobre fevereiro último (US$ 655,7 milhões) houve queda de 0,1%.
A média diária do superávit comercial registrado em março (US$ 29 milhões) foi 63,6% menor que o verificado em março do ano passado, quando a média diária chegou a US$ 79,8 milhões. Em relação a fevereiro deste ano (US$ 21,9 milhões), foi observado crescimento de 32,7%
A corrente de comércio cresceu 34,7% em relação a março do ano passado.
Nos primeiros três meses de 2010, os embarques brasileiros para mercados estrangeiros acumularam US$ 39,229 bilhões, com média diária de US$ 643,1 milhões. Esse desempenho foi 25,8% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
As importações totalizaram, no mesmo período, US$ 38,334 bilhões, a uma média diária de US$ 628,4 milhões, valor 36% superior ao verificado no mesmo período do ano passado.
O saldo comercial, no acumulado do ano, chegou a US$ 895 milhões. Houve queda de 70% na comparação com o mesmo período de 2009 (US$ 49 milhões).
DCI


Comércio entre Mercosul e Israel começa a vigorar a partir de hoje
Luiz Antônio Alves

Brasília - Entra em vigor hoje (4) o Tratado de Livre Comércio entre Israel e o Mercosul, bloco econômico que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Com a formalização do acordo, termina a série de negociações iniciadas durante a Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, em 2005. Israel é o primeiro país fora do território sul-americano a formalizar o comércio bilateral com o bloco.
A oficialização do comércio entre Israel e o Mercosul foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 15 de março, ao discursar para um grupo de empresários brasileiros e israelenses reunidos em Jerusalém.
Até agora, somente o Brasil e o Uruguai, entre os países do Mercosul, autorizaram as trocas comerciais com Israel. A Argentina e o Paraguai ainda não encerraram os procedimentos que formalizam o Tratado de Livre Comércio em seus respectivos territórios, mas isso não impede que os negócios comecem a ser realizados pelo Brasil e pelo Uruguai.
Os acertos finais para a autorização brasileira ao comércio com Israel foram feitos pelo secretário de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Welber Barral, durante viagem àquele país no início do mês passado.
Segundo Welber Barral, outro assunto tratado durante sua viagem a Israel foi um memorando de entendimento de cooperação na área tecnológica com o Brasil. “Esse memorando”, disse o secretário, “prevê a oportunidade, inclusive, do financiamento de um conjunto de pesquisas entre empresas brasileiras e israelenses”.
O primeiro passo para a efetiva troca comercial entre Israel e os países do Mercosul, segundo o secretário de Comércio Exterior, é a redução tarifária para uma lista de produtos que entrarão na pauta comercial de cada um dos países que compõem o bloco econômico sul-americano.
Oito mil itens com tarifa reduzida ao longo dos próximos oito anos compõem a pauta comercial oferecida por Israel. O Mercosul, por sua vez, oferece 9.424 itens com tarifa reduzida gradativamente em dez anos. O Brasil está interessado nos setores de agronegócio, defesa espacial, mineração, indústria têxtil, tecnologia, aviação e medicamentos.
Cerca de 150 empresas israelenses operam no Brasil. A maioria oferece serviços de alta tecnologia em áreas como agricultura, telecomunicações, tecnologia da informação, produtos e tecnologias de segurança e equipamentos médicos.
Agência Brasil


Governo decide em abril se Fernandópolis se transforma em uma Zona de Processamento de Exportação

Outras seis cidades também tentam receber privilégios fiscais
Walter Duarte

O CZPE (Conselho das Zonas de Processamento de Exportação) vai definir até o final deste mês os critérios para embasar a aprovação de sete novas unidades, entre elas a de Fernandópolis. O conselho é presidido pelo Ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge.
O Grupo de Assessoramento Técnico se reunirá na próxima semana para analisar de sete novas ZPEs nos municípios de Boa Vista (RR), Fernandópolis (SP), Pecém (CE), Parnaíba (PI), Uberada (MG), Macaíba (RN) e Bataguassu (MS), mas uma nova pauta será analisada na próxima reunião. O Grupo de Assessoramento Técnico se reunirá na próxima semana.
As Zonas de Processamento de Exportação são áreas delimitadas, nas quais empresas que produzem bens exportáveis recebem incentivos tributários e administrativos.
A suspensão de tributos é concedida na compra de bens e serviços do mercado interno – Imposto sobre Produtos Industrializados, Cofins e PIS/ PASEP – e na importação, quando, a suspensão fiscal será aplicada sobre o Imposto de Importação, IPI, Cofins, PIS/PASEP e Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante.
Um dos três diretores da área de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura de Fernandópolis, Valdir Erédia, disse ao BOM DIA que o trabalho pela aprovação da ZPE já dura alguns anos.
Dentre os incentivos administrativos estão a dispensa de licença ou de autorização de órgãos federais – com exceção dos controles de ordem sanitária, de interesse da segurança nacional e de proteção do meio ambiente –, além de mais agilidade nas operações aduaneiras. Os benefícios valem por 20 anos, prorrogáveis por mais 20.
redebomdia.com.br

 
Comércio exterior mantém forte crescimento
As exportações brasileiras renderam US$ 15,7 bilhões em março, um aumento de 33% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações avançaram 50% e ficaram acima de US$ 15 bilhões.
Da redação

São Paulo – A exemplo de fevereiro, o comércio exterior brasileiro manteve forte crescimento em março, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (01) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As exportações renderam US$ 15,7 bilhões, um aumento de 33,2% sobre março de 2009, e as importações somaram pouco mais de US$ 15 bilhões, um avanço de 50% na mesma comparação.
Segundo o MDIC, houve crescimento dos embarques de manufaturados (13,6%), básicos (38%) e semimanufaturados (47,6%). Para o Oriente Médio, as exportações aumentarem em 17,6%, impulsionadas pelas vendas de carnes, açúcar, aviões, óleo de soja e máquinas e equipamentos.
Na mão inversa, avançaram as importações de combustíveis e lubrificantes (58,7%), matérias-primas e bens intermediários (56,4%) e bens de capital (18%). As compras de produtos do Oriente Médio cresceram 196,7%, influenciadas pelo petróleo e fertilizantes. O preço do petróleo aumentou 153,4% em comparação com março do ano passado.
No acumulado do ano, as exportações brasileiras renderam US$ 39,229 bilhões, um crescimento de 25,8% sobre o mesmo período de 2009, e as importações somaram US$ 38,334 bilhões, 36% a mais do que no primeiro trimestre do ano passado, o que resultou em um superávit comercial de US$ 895 milhões para o Brasil, uma redução de 70% na mesma comparação.
Agencia Notícias Brasil ARABE



Produtos importados que chegam a Manaus serão monitorados para evitar entrada de pragas invasoras
O Ministério da Agricultura e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, negociam acordo para monitorar a entrada de pragas exóticas florestais no estado do Amazonas por meio de mercadorias importadas.As pragas exóticas são espécies de insetos que entram em uma região e passam a se proliferar sem controle por não terem o inimigo natural, causando sérios prejuízos ao meio ambiente e à economia de uma região. Elas migram entre os países em pallets (apoios de contêineres e embalagens) de madeira.
A parceria prevê que se os fiscais do ministério encontrarem um besouro ou outro inseto em embalagens vistoriadas nos portos, aeroportos e nos locais de estocagem de Manaus, chamados pontos de entrada, será encaminhado ao Inpa para identificação.
Quando é constatada a presença de uma praga exótica, os contêineres passam por um processo de fumigação com brometo de metila (inseticida) e as embalagens são incineradas. Nos casos de infestação, é determinado o retorno do produto ao país de origem.
Em 2008, a Superintendência do ministério no Amazonas registrou 60 casos de pragas invasoras vivas. De acordo com a fiscal federal, Consuelo Lopes, a maioria é originária da Ásia, mas já foram encontradas também em compartimentos provenientes dos Estados Unidos e de países da América do Sul. Uma das pragas mais conhecidas é o besouro chinês, que já causou sérios prejuízos a dois estados norte-americanos na década de 90.
A pesquisadora do Laboratório de Entomologia da Madeira do Inpa, Raimunda Liege, afirma não existir registro de praga florestal no Amazonas. Ela acredita que a diversidade biológica da Floresta Amazônica pode dificultar a hospedagem de uma espécie desconhecida, porém alerta que a entrada deve ser coibida porque as pragas podem migrar para outras regiões do país.“No Amazonas, pode não acontecer nada, mas ela pode migrar para outros locais e provocar prejuízos”, alertou a pesquisadora.
A superintendência do ministério e o Inpa já trabalham na identificação das espécies invasoras de forma informal. Alguns delas, segundo a fiscal Consuelo Lopes, são enviadas para análise em um instituto biológico de São Paulo. Com o acordo, a ideia é credenciar os laboratórios do Inpa e reforçar os recursos financeiros para a fiscalização.
Agência Brasil

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