LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 24 de março de 2010

PORTOS E LOGISTICA

Porto de Santos: expectativa é chegar ao final de 2010 próximo a 88,0 milhões de toneladas

Já iniciou o ano com recorde no mês de janeiro, quando atinge 6,0 milhões de toneladas, uma alta de 21,2% em relação ao mesmo periodo de 2008, que chegou aos 5,000 t.
O movimento de cargas do Porto de Santos inicia o ano de 2010 estabelecendo um novo recorde para janeiro, ao atingir 6,0 milhões de toneladas, superando em 21,2% o volume operado no mesmo período do ano passado (5,0 milhões t). Permanecendo essa tendência, a expectativa é chegar ao final de 2010 próximo a 88,0 milhões de t.
As exportações somaram 3,8 milhões t, ficando 15,0% acima dos embarques efetuados em janeiro de 2009. Entre as cargas de exportação destacaram-se o óleo combustível (164,5%), peletes cítricos (67,3%), gasolina (28,2%) e açúcar (14,5%). Santos respondeu por 60,1% dos embarques de açúcar efetuados pelo Brasil em janeiro.
As importações totalizaram 2,2 milhões t, situando-se 33,1% acima do resultado obtido no ano passado. Os destaques nas descargas efetuadas em janeiro ficaram com o trigo (49,8%), adubo (6,7%), enxofre (4,5%) e soda cáustica (1,0%).
O movimento de veículos também foi destaque somando, nos dois fluxos (importação e exportação), 29.249 unidades, quantidade 189,2% acima da registrada nesse período em 2009. A quantidade mais expressiva foi a de veículos para exportação que chegou a 22.771 unidades. As importações, com 6.478 unidades, apresentaram um crescimento de 262,7%.
O movimento de contêineres já espelha um cenário de recuperação do setor. Foram movimentados um total de 190.141 TEU, 18,8% acima do mesmo período do ano passado. Já o fluxo de navios somou 446 embarcações, ficando 7,7% abaixo do total apurado em janeiro de 2009.
A participação do Porto de Santos na Balança Comercial em janeiro foi de 25,8% (US$ 5,9 bilhões). O valor das cargas de importação por Santos totalizaram US$ 3,1 bilhões, 26,8% do total importado pelo país. Os Estados Unidos figuram como a principal procedência, com 17,0% do total importado através do Porto de Santos, seguido pela China (16,6%), Alemanha (11,1%), Japão (8,7%) e Itália (4,0%).
Já as cargas de exportação atingiram US$ 2,8 bilhões, representando 24,7% do total exportado pelo Brasil. Os principais destinos das exportações brasileiras pelo Porto de Santos foram os Estados Unidos (10,8%), a Argentina (6,0%), os Países Baixos (5,0%), a Índia (4,7%) e a Bélgica (4,1%).
revistafatorbrasil


Porto ganhará via expressa de 3,5 km
O Porto de Santos passará a contar com uma via expressa de 3,5 quilômetros de extensão nos próximos dias, com a abertura ao tráfego da pista de entrada do Contorno de Outeirinhos, parte da Avenida Perimetral da Margem Direita do complexo. A entrega da via irá aliviar a circulação de veículos pesados entre os terminais açucareiros e facilitar a chegada às instalações do Macuco e da Ponta da Praia.
A pista de entrada poderá ser usada com a liberação da descida do Viaduto do Paquetá por sua alça à direita, que desemboca na nova via. Com isso, os caminhões que se dirigem aos terminais do Macuco e da Ponta da Praia não vão precisar percorrer a Avenida Eduardo Guinle, por meio da alça à esquerda do viaduto.
A Tribuna



Porto de São Sebastião
Nova rodovia facilitará acesso ao porto

A falta de acessos ao Porto de São Sebastião, no Litoral Norte do Estado, poderá ser resolvida com a construção de uma auto-estrada fora do perímetro urbano. É o que pensa o presiente da Companhia Docas de São Sebastião, Frederico Bussinger.
Em reportagem publicada em A Tribuna na edição do último domingo, o secretário estadual de Meio Ambiente, Xico Graziano, defendeu a ampliação do Porto de Santos ao invés da construção de mais terminais no complexo do Litoral Norte, devido á falta de acessos rodoviários nessa região. Para solucionar o problema, Bussinger apontou o projeto de construção dos contornos de Caraguatatuba e São Sebastião.
A Tribuna

Peru: Porto deve acelerar licitação do cais do norte de Callao
A APC (Autoridade Portuária de Callao) informou que deve acelerar o processo de concessão para desenvolvimento do Cais Norte do porto, que carece de obras de infraestrutura.
"É uma proposta interessante, vamos ver quais são as possibilidades para concessão. Temos que nos reunir com o MTC (Ministério dos Transportes e Comunicações) para avaliar o assunto e tomar a melhor decisão", disse o presidente da APC, Frank Boyle.
O executivo informa que o processo de concessão pública para as obras do Cais do Norte pode levar de sete a nove meses a partir da assinatura do contrato com a licitação ganhadora.
Boyle informou que também estuda a viabilidade técnica e econômica do projeto apresentado pela DP World, e apresentará os resultados em 60 dias. Caso a proposta seja aprovada, será dado um prazo de 90 dias para que outros licitantes apresentem projetos. O executivo disse que vai tomar a decisão que for mais conveniente para o desenvolvimento do porto, em termos de prazos e de concorrência.
"Vamos ver como vamos abordar o assunto; sou a favor de acelerar a modernização do Cais do Norte, que exige um investimento de nada menos que US$ 550 milhões", avaliou Boyle.
Guia Marítimo

Maersk Line lança rota direta entre América Latina e Rússia
Serviço pretende suprir demanda russa para produtos frigoríficos.
A Maersk Line inciou ontem, dia 22, o Ecubex, a primeira rota direta de porta-contêineres entre a América Latina e Rússia. O serviço terá saídas semanais e ligará Guaiaquil (Equador) e os portos Balboa e Manzanillo (ambos no Panamá) ao complexo russo de São Petersburgo.
O serviço conta com seis navios com capacidade média nominal para 2.500 Teus (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e 600 reefer plugs. Foi concebido para suprir a demanda crescente de produtos frigoríficos para a Rússia.
Segundo a empresa, "o investimento neste serviço tem sido motivado pela demanda dos clientes por transporte refrigerado confiável e rápido de frutas, especialmente banana, do Equador para o mercado russo."
O armador informa que também incluirá uma escala no Porto de Santa Marta (Colômbia) na viagem de retorno, para atender às expectativas dos exportadores russos, embarcando maquinários para as áreas de mineração do Chile, fertilizantes para as regiões agrícolas do Equador e Colômbia, além de produtos alimentícios para demais localidades da América Latina.
Guia Marítimo


Volatilidade da taxa cambial prejudica exportadores
Bruno Merlin

A volatilidade da taxa cambial e os altos custos portuários são os principais inimigos do exportador brasileiro. A observação foi feita ao PortoGente pelo presidente da Brasil Fresh Produce (BFP), uma joint venture dos fruticultores, Luiz Roberto Barcelos. Para viabilizar a exportação de frutas, as dificuldades encontradas pelos empresários não são muito diferentes da realidade de outros segmentos. Tantos obstáculos fazem com que a grande maioria dos produtores nacionais fique excluída do comércio exterior e diminua as chances de ganho de escala.
De acordo com Barcelos, a volatilidade cambial tem sido tão grande que “está impossível fazer previsões e com isso nunca se sabe a que preço exportar”. O Governo Federal reconhece a insatisfação dos exportadores e, em dezembro último, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, falou em controle cambial para aumentar a competitividade do Brasil no cenário internacional, conforme relatou reportagem do PortoGente. No entanto, nada foi feito até o momento.
Os custos relacionados ao transporte marítimo voltam a ser criticados pelos exportadores brasileiros
Outra recorrente queixa dos exportadores ressaltada por Barcelos é a falta de fiscais agropecuários nos portos brasileiros. A situação é tão delicada que em Pecém (CE) um possível recorde de exportação de frutas pode ser impedido devido à escassez de profissionais. “Temos problemas de falta de fiscais do Ministério da Agricultura, que atrasa e encarece as inspeções, e depois de embarcada a mercadoria ainda atrasa na entrega dos laudos fitossanitários”.
Diante dos vários gastos para exportar suas mercadorias, o empresário brasileiro vai atrás de otimizações para reduzir custos em toda a cadeia logística. De acordo com o presidente da BFP, os exportadores de frutas têm se mobilizado para negociar suas mercadorias em conjunto quando efetuam as vendas ao exterior. “Para reduzir os custos de transportes marítimos procuramos fazer negociações em conjunto com outros exportadores para termos uma maior economia de escala”.
Portogente



SEP inicia mais duas obras em portos do Sul

O Diário Oficial da União (DOU) publicou nesta semana mais dois editais para obras que serão realizadas pela Secretaria Especial de Portos: a modernização do cais do Porto Novo (RS) e a dragagem de aprofundamento do Porto de Itajaí (SC).
As obras, conforme nota da assessoria de imprensa da Secretaria Especial de Portos (SEP), foram contempladas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e estão orçadas em R$ 179 milhões, aproximadamente, sendo R$ 113,8 para o Porto Novo. Brito destacou a importância da atividade portuária, responsável pela economia nas duas regiões.
A primeira obra prevê a reconstrução de 1.125 metros do cais, com a execução de uma nova plataforma portuária, que avançará 11,2 metros para dentro do canal. Isso permitirá o aprofundamento do calado de 31 para 40 pés, possibilitando a atracação de navios de até 75 mil Toneladas de Porte Bruto (TPB) e a utilização de equipamentos portuários modernos e de grandes capacidades. Ao todo será pavimentada com concreto armado uma área de aproximadamente 13.300 metros quadrados. Somando-se a parte já revitalizada, com a conclusão da obra, o Porto Novo passará a contar com 1.575 metros de cais modernizados e deverá ser concluídas em até 18 meses.
Já o Porto de Itajaí, vítima das enchentes frequentes no Estado, que vem sendo recuperado pela SEP ao longo dos dois últimos anos, receberá o valor de R$ 65 milhões para operar com a capacidade de -14 metros. A dragagem realizada será de aprofundamento, e faz parte do Programa Nacional de Dragagem (PND). O tempo da execução da obra será de 10 meses.
Pedro Brito reafirma a importância dada aos portos desde a criação da Secretaria e sinaliza que tantos outros projetos farão parte do PAC 2, que deverá ser anunciado pelo Presidente Lula.
Portogente



Deputado do PR diz que País durante décadas só fez estradas e se esqueceu dos trilhos
Bruno Rios

O presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transporte de Armazenagem (Frenlog), deputado federal Homero Pereira (PR-MT), listou em plenário uma série de reivindicações dos produtores rurais do Mato Grosso. Pavimentação de rodovias, melhorias em ferrovias e diminuição do custo do frete estão entre as necessidades mais urgentes da categoria. Ao PortoGente, ele reafirmou os problemas citados na Câmara dos Deputados e disse que o Brasil, por sobreviver aos efeitos colaterais da crise global, não pode perder a chance de melhorar já sua infraestrutura logística.
“Não podemos perder este momento, extremamente propicio, para darmos o passo importante e nos tornarmos competitivos no mercado externo. Somente agora nós estamos reunindo as condições para sairmos deste estado de falta de investimentos nos diversos setores de logística. E que fique bem claro que quando falamos em infraestrutura, estamos tratando de um assunto que não se resolve com pequenas obras ou projetos que ao longo de um ano podemos concretizá-los. Por isso reforço que não podemos perder este momento”.
Homero Pereira reconhece que uma das dificuldades que mais emperram a vida do produtor rural no Mato Grosso é a deficiente malha ferroviária. Como ao longo de décadas o Brasil preocupou-se somente em abrir estradas por tudo quanto é canto, os trilhos ficaram em segundo plano e em diversas regiões brasileiras, hoje, não há alternativas para o escoamento de mercadorias. Ou é estrada ou é nada. Aí ocorre o fenômeno visto a olho nu na maioria dos estados brasileiros: empresários reféns de fretes e com cargas presas em congestionamentos e estradas ineficazes.
“Só agora, após uma década de privatização, é que as concessionárias de ferrovias conseguem praticar alguns investimentos. A herança estatal foi muito pesada. Nós sabemos que em um período de um ano, mesmo que não falte dinheiro e boa vontade, não se constrói mais do que 100 quilômetros de ferrovias. Porém, o Brasil tem uma série de fatores que sempre emperram grandes obras, como as batalhas por licenciamentos ambientais e, claro, a questão dos recursos financeiros. Estamos discutindo logística, mesmo, só de quatro anos para cá. Precisamos de mais”.
Questionado sobre o que tem sido feito para que o discurso lamurioso dê lugar às ações práticas, o presidente da Frenlog reconhece que todas as esferas do Poder Público têm uma parcela de culpa pelos gargalos logísticos brasileiros. No entanto, Homero Pereira adota um tom otimista ao vislumbrar na atuação de agências como ANTT [Transportes Terrestres], Anac [Aviação Civil] e ANA [Águas] um passo fundamental na formação logística do Brasil, onde o interior do País seja “olhado com mais carinho”, como o próprio parlamentar disse em plenário.
“Boas notícias estão tomando o espaço nos meios de comunicação, tais como a continuidade das obras da Ferronorte, os entendimentos no sentido de resolver de vez a história do direito de passagem nas ferrovias, as obras de conclusão da BR-163, enfim, podemos concluir que pouco a pouco vamos vencendo os obstáculos. Não é a situação ideal, mas a possível no momento. Esperamos que isso mude, evolua cada vez mais”.
portogente

Nenhum comentário: