LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 26 de março de 2010

LOGÍSTICA E PORTOS

À espera de um lugar no porto
Mais de 800 caminhões carregados com soja estão parados em postos de combustível às margens das BRs-280 e BR-101
A safra da soja começou e com ela as longas filas de caminhões que esperam para descarregar no porto de São Francisco do Sul. Desde a semana passada.São mais de 800 caminhões estacionados nos pátios dos postos e acostamentos às margens da BR-101 e da BR-280.
O diretor de logística do porto, Gilberto de Freitas, explica que desde ontem o embarque de soja, que esteve mais lento nos últimos dias devido às condições climáticas, começou a se intensificar. A tendência é de que a situação se normalize em uma semana.
“Em março e abril, a demanda é normalmente maior, mas como a movimentação ficou mais lenta, não havia mais áreas de estocagem, que agora estão abrindo mais espaço para os caminhões poderem descarregar”, explica.
Ontem, no fim da tarde, os caminhoneiros aguardavam, impacientes, por uma definição, nos pátios dos postos de gasolina Maiocchi, na BR-101, e Sinuelo, na BR-280, em Araquari.
“Toda safra é a mesma coisa, tanto aqui, no Porto de São Francisco, como em Paranaguá”, reclama Valmir Ronsani, caminhoneiro há 30 anos. “Eles não dão uma prebisão de quando vamos poder descarregar, e o pior é que, além de deixar de ganhar R$ 550 por dia parado, aqui, no posto Maiocchi, ainda temos que pagar R$ 10 para ficar estacionados, mais R$ 4 se quisermos tomar banho e a comida também sai caro”, reclama Elton Bággio, que veio de Mafra e está há dois dias esperando. A indústria não se responsabiliza pelos gastos.
“A empresa é que deveria pagar, já que não podemos descarregar e temos que ficar aqui, esperando os navios encostarem no porto”, diz Nilson Dario. Ele também veio do Paraná, transportando 37 toneladas de soja.
A Notícia

Contêineres baterão recorde em 2010
A crise bateu forte nos terminais de contêineres no Brasil em 2009, mas a perspectiva é de recuperação em 2010. Depois de 12 anos de crescimento ininterrupto, o setor viu cair em 14,3% o número de contêineres movimentados no ano passado em relação a 2008. Foram 3,97 milhões de unidades na comparação com 4,51 milhões do ano anterior. Para 2010, a perspectiva é que o Brasil movimente 4,7 milhões de contêineres. Se confirmado, o número será recorde e vai representar aumento de 18,29% em relação a 2009.
Sérgio Salomão, presidente da Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres de Uso Público (Abratec), diz que a retomada da expansão no setor reflete a própria recuperação da economia brasileira. Essa recuperação foi alicerçada em medidas internas de estímulo econômico que permitiram atenuar o efeito da crise, diz. A confirmar-se a previsão da Abratec, o setor terá saído da crise de forma relativamente rápida.
Em 2009, os terminais de contêineres brasileiros foram afetados pela queda do comércio mundial, uma vez que grande parte do movimento refere-se a serviços marítimos de navegação de longo curso, entre o Brasil e outros países. Outra parcela, menor, a do trânsito de contêineres, refere-se à cabotagem. Agora, o comércio internacional já dá sinais de recuperação.
"Entre o fim de 2008 e o início de 2009, os terminais operaram em um ritmo razoável por força de contratos que ainda estavam em vigor. Mas, a partir de meados do ano passado, veio a queda", diz Salomão. Os dados da Abratec de 2009 mostram que os principais portos do país, com raras exceções, registraram queda na movimentação de contêineres. No porto de Santos, o principal do país, a queda no número de contêineres movimentados em 2009 foi de 15,7% na comparação com 2008. Em Itajaí, de 12,5%; no Rio de Janeiro, de 15,4%; em Vitória, de 20,9%; em Salvador, de 4,1%, e, em Suape, de 16,7%. Duas exceções foram Rio Grande, onde a movimentação de contêineres cresceu 5,6%, e Manaus, porto em que o movimento ficou praticamente estável, com alta de 0,36%.
Valor - por Portos e Navios

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