LEGISLAÇÃO

terça-feira, 23 de março de 2010

PORTOS E LOGISTICA

Cerca de 90% dos caminhoneiros do Porto paralisam atividades

Cerca de 90% dos 4.500 caminhoneiros que atuam no Porto de Santos paralisaram, por tempo indeterminado, as suas atividades nesta quinta-feira. Devido à situação, o presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP), Sérgio Aquino, aceitou atender a categoria para uma reunião na Prodesan, onde fica a Secretaria de Assuntos Portuários e Marítimos.
Durante a manhã, os motoristas fizeram uma manifestação na Praça Mauá, no Centro de Santos, em frente à Prefeitura. O ato é liderado pelo coordenador do Movimento União Brasil Caminhoneiros, Heraldo de Andrade, que representa a categoria de Santos e pelo ex-vereador do Guarujá, José Nilton (o Doidão), pelos trabalhadores do município.
Os motoristas reivindicam o cumprimento de um acordo feito com os terminais em 2006. Eles afirmam que deveria ser pago o valor de R$ 147,00 pela tabela do frete, mas as empresas utilizam intermediadores para a contratação dos serviços, reduzindo o valor para até R$ 90,00.
Andrade garante que a categoria não quer mais negociar com a transportadora, mas sim com o armador, que é o responsável pela contratação do serviço. Além disso, os manifestantes também solicitam que o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Roberto Serra, participe da intervenção junto às armadoras.

Reunião
Aquino aceitou receber os caminhoneiros desde que fossem cumpridas três condições: que o movimento fosse pacífico, que não houvesse prejuízo ao trabalho do Porto e que os motoristas não fossem impedidos de trabalhar.
Diante do cenário, o presidente do CAP disse que se comprome a marcar uma reunião nos próximos dias com armadores de contêineres vazios para tentar solucionar o problema. No entanto, ele afirma que a Prefeitura não vai interferir na negociação do frete, por não se intrometer na relação capital-trabalho.
Entre as solulções propostas por Aquino, está o trabalho do CAP para o controle da descarga direta de contêineres vazios e ainda a criação de um conhecimento do transporte local, que está sendo desenvolvido pela Secretaria de Finanças.
Com esse material, seria eliminada a necessidade de minuta para o carregamento. O documento é uma das principais queixas dos caminhoneiros, que alegam ter que pagar propina para recebê-lo.
A Tribuna On-line

Porto de Santos bate novo recorde e amplia projeção para 2010
O Porto de Santos bateu novo recorde na movimentação de cargas e ampliou a projeção para o ano de 2010. Com 6 milhões de toneladas movimentadas no mês de janeiro, o novo recorde estabelecido registra o montante 21,2% superior ao registrado no mês do último ano, quando atingiu 5 milhões. A marca histórica foi impulsionada, em especial, pelas importações, que, somente com o trigo já apresentou crescimento de quase 50% (49,8%).
A movimentação registrada nesse mês elevou a projeção para o ano. A expectativa agora é que o Porto de Santos opere 88 milhões de toneladas no ano. No mês passado, quando fechou o balanço de 2009, a companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) previa encerrar o atual exercício com 87,6 milhões de toneladas.
A Tribuna


Taxas de afretamento de porta-contêineres aumentam
As taxas de afretamento de porta-contêineres estão aumentando, dada a recente mobilização dos armadores para inclusão de maior capacidade nas rotas, em resposta à recuperação dos volumes de carga.
Segundo a consultoria Clarkson, os navios de maior porte estão sendo fretados por valores mais altos, mas o aumento também atinge embarcações de todos os tamanhos, incluindo as feeder. Um panamax com 3.500 Teus está acumulando US$ 7 mil por dia, 19% acima dos US$ 5.450 registrados em dezembro.
Ainda segundo a Clarkson, a CMA CGM, por exemplo, pagou US$ 13.500 dólares por dia em fevereiro para estender o fretamento de um navio de 7 mil Teus em contrato de 12 meses, em comparação com os US$ 8.500 que navios do mesmo porte estavam computando em novembro.
As embarcações mais pequenas, que não têm apresentado grandes aumentos, também estão conseguindo taxas mais altas em resposta ao aumento da procura de tonelagem nos mercados internos e feeder. De acordo com a Hamburg Shipbrokers Association, um navio de 2.500 Teus com um contrato de dois anos deve lucrar US$ 6.696 por dia, comparado aos US$ 4.912 do início do ano.
Porém, estes valores ainda estão bem abaixo dos níveis observados no mercado entre 2006 e 2008. Em 2008, um navio de 3.500 Teus custava em média US$ 26.125 diários e um ano antes este valor era ainda maior: US$ 29.958 diários, de acordo com a Clarkson.
Guia Marítimo


23º Congresso Nacional de Transportes Aquaviários,Construção Naval e Offshore
A SOBENA convida os profissionais com interesse na área naval e offshore a enviarem resumos de trabalhos com as suas contribuições e experiências para o 23º Congresso Nacional de Transportes Aquaviários, Construção Naval e Offshore.
O congresso se realizará nas sede da FIRJAN, no Rio de Janeiro (RJ), no período de 25 a 29 de outubro de 2010.
Autores são solicitados a submeter resumo de uma página (300 a 600 palavras), que deverá indicar claramente o tema, metodologia empregada e resultados relevantes. Deverão ser explicitados a relevância do trabalho e a contribuição para a respectiva área de conhecimento.
Os resumos podem ser encaminhados por meio do site do congresso www.sobena2010.org.br até o dia 5 de abril de 2010.
Os tópicos de interesse são os seguintes:
- Estruturas
- Hidrodinâmica
- Máquinas Marítimas
- Projeto
- Transporte Aquaviário e Logística
- Segurança
- Operações Offshore
- Tecnologia Submarina
- Embarcações de Alto Desempenho
- Navios Militares
- Construção Naval:Gestão de Operações e Tecnologia de Fabricação

As datas relevantes relativas à submissão de trabalhos técnicos são as seguintes:
- Submissão de Resumos 05/04/2010
- Aceitação dos Resumos 03/05/2010
- Submissão de manuscrito 26/07/2010
- Aceitação final 03/09/2010
Informações adicionais podem ser obtidas por meio  http://www.sobena.org.br/sobena2010@sobena.org.br  Tel: (21) 2283-2482


Porto ainda dificulta exportações
No ano em que o Porto de Paranaguá completa 75 anos de funcionamento ainda há alguns problemas que são apontados pelo setor produtivo e exportador como dificuldades para o agronegócio. O assessor técnico econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, disse que um dos entraves são os equipamentos de embarque e desembarque obsoletos. Segundo ele, isso reduz a produtividade para 700 a 800 toneladas por hora, que poderiam atingir 1.500 a 2 mil toneladas/hora.
Outro problema, sob o ponto de vista dos negócios agropecuários é a profundidade dos berços de atracação que não é compatível com a profundidade dos navios. Hoje são 17 berços com profundidade que varia de 8 a 14 metros, o que leva as embarcações não saírem do porto com a carga total.
Uma dúvida, segundo ele, é se o Cais Oeste será criado de forma conveniente para o porto. Este novo espaço deve atender só granéis e, Camargo afirma que deveria movimentar todos os tipos de cargas, inclusive os contêineres. O consultor Luiz Antônio Fayet disse que o porto precisa de uma grande reestruturação, o que inclui uma reforma do cais para o aumento da profundidade dos berços.
O terminal portuário também está programando investimento em terminal de granéis, enquanto o Paraná vem perdendo cargas de granéis. Segundo Fayet, hoje a soja paraguaia sai pela Argentina e Uruguai.
Segundo Camargo, em anos anteriores, os grandes problemas do porto eram a proibição ao embarque de produtos transgênicos e a falta de dragagem. A administração do porto foi procurada pela reportagem, mas não retornou até o fechamento desta edição.
Aniversário - O porto completou aniversário na última quarta-feira e a expectativa é que supere neste ano as 38 milhões de toneladas movimentadas em 2007 atingindo 40 milhões de toneladas, ampliando para 10% a participação na balança comercial brasileira. No primeiro ano de funcionamento, o porto movimentou pouco mais de 91,5 mil toneladas.
Segundo informações da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em 2009 houve crescimento de 14,29% na movimentação de soja e de 15,53% de açúcar a granel, o que fez com que os embarques de granéis sólidos registrassem alta de 6,2% no final do ano passado. Foram exportadas mais de 14,5 milhões de toneladas de granéis sólidos. A soja liderou os embarques com 4,76 milhões de toneladas, seguida dos farelos, que somaram 4,75 milhões de toneladas e do açúcar que totalizou 3,26 milhões de tonelads.
As comemorações começaram no dia 13 com a realização de uma regata na Baia do Rocio com mais de 80 velejadores. Na terça-feira, foi aberta no Museu Oscar Niemeyer a exposição Séries do Porto que reúne 25 obras que apresentam paisagens e retratam os navios, as cargas e o trabalho dos estivadores. A exposição fica aberta até 4 de julho.
Ontem, foi realizada a cerimônia cívica de aniversário com lançamento do selo e carimbo comemorativo dos Correios. O encerramento das atividades ocorreu com a chegada de embarcações do Grupamento de Patrulha Naval do Sul, com sede em Rio Grande (RS). Desde ontem até o dia 21, estes navios estarão abertos para visitação no período da tarde.
Canal do Transporte


Até fim do ano, Itapoá entra na briga com portos da Região Sul
A competição no mercado de movimentação de contêineres na Região Sul ficará mais forte até o fim do ano, quando entra em operação o Porto de Itapoá – Tecon SC. Localizado a 130 quilômetros de Curitiba, na região Norte de Santa Catarina, ele atrairá cargas das mesmas áreas de influência dos portos de Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí e Navegantes.
A previsão inicial era que o novo porto entraria em funcionamento na metade deste ano, mas as chuvas fortes dos últimos meses atrasaram as obras de pavimentação da SC-415, que são tocadas pelo governo catarinense. Orçada em pouco mais de R$ 32 milhões, a conclusão da rodovia é essencial para o funcionamento do Tecon – com 28 quilômetros, a estrada liga Garuva a Itapoá sem a necessidade de cruzar áreas urbanas, onde o caminho é estreito e repleto de lombadas.
“Mudamos um pouco o cronograma e agora os equipamentos de cais chegam da China em novembro. Até o fim do ano queremos começar a operar”, conta Gabriel Ribeiro Vieira, diretor superintendente do Tecon. Na primeira fase, Itapoá terá capacidade para movimentar 300 mil TEUs (medida que equivale a um contêiner de 20 pés) por ano e empregará 500 pessoas. No início, estarão em funcionamento dois berços, instalados em um cais de 630 metros. O projeto prevê outras duas fases, com a inclusão de um berço em cada uma, o que elevaria a capacidade para 1 milhão de TEUs. Não existe prazo para a expansão, que vai depender das condições de mercado.
Os sócios do Porto de Itapoá investiram R$ 450 milhões para entrar em um segmento que crescia a um ritmo de 20% ao ano até o início da crise.
A operação é semelhante à existente em Navegantes, onde um grupo privado construiu um porto especializado em contêineres em frente ao terminal de Itajaí. “Estamos na mesma área de influência de outros portos. Entendemos que existe mercado para todos, mas é claro que devem se sair melhor aqueles que forem mais eficientes e liberarem os navios mais rápido”, diz Vieira.
O executivo acredita que até o fim deste ano o mercado de contêineres deve voltar ao nível de demanda visto em 2008 e, a partir disso, voltará a crescer. “O Brasil tem menos de 2% do mercado mundial de movimentação de contêineres. Acreditamos que o país tem condições de aumentar sua participação”, comenta. Os sócios do empreendimento são o grupo Batistella, que tem sede em Curitiba, o fundo Logística Brasil, da BRZ In¬-vestimentos, e a Aliança Nave¬¬gação, que faz parte do grupo alemão Hamburg Süd. Assim, o porto movimentará cargas da própria Aliança, além de contêineres de terceiros.
Projeção
De acordo com uma projeção feita pela Aliança, os estados de Santa Catarina e Paraná movimentam juntos pouco menos de 1 milhão de contêineres por ano. Esse número deve dobrar até 2015 e chegar a 3 milhões de contêineres em 2020. A meta de Itapoá é ficar com 20% desse mercado. Parte importante da movimentação deve ocorrer no segmento de congelados, que responde hoje por quase 50% da carga exportada pelos dois estados. A capacidade inicial, de 300 mil TEUs, é metade do que o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) movimentou em 2008 – 600 mil TEUs, volume um pouco superior ao que movimentam os terminais em Itajaí.

Terminal não depende de obras de dragagem
A operação no Porto de Itapoá contará com uma vantagem natural invejável. O local onde o terminal está sendo construído tem um calado (profundidade navegável) natural de 16 metros.
Isso significa que o porto não dependerá de obras de dragagem ao longo do tempo para trabalhar – apenas o canal de acesso à Baía da Babitonga, onde também fica o Porto de São Francisco do Sul, precisa de dragagem. Com isso, o cais de Itapoá estará preparado desde o início para receber navios de grande porte e que hoje não fazem escala no Sul do país.
“Podemos receber navios de 340, 350 metros, com capacidade de levar até 9 mil TEUs”, explica o diretor superintendente de Itapoá, Gabriel Ribeiro Vieira. O maior navio que faz escala na região tem hoje capacidade para 5 mil TEUs e pouco mais de 200 metros de comprimento – é o limite de Pa¬¬ranaguá, onde o calado é de 12 metros. Com a entrada de navios maiores, o porto poderá se transformar em uma espécie de “hub”, ou central logística onde são concentradas cargas embarcadas ou com destino a outros portos.
De acordo com Vieira, essa possibilidade se encaixa no perfil da Aliança Navegação, um dos sócios no empreendimento e que tem operações de cabotagem – aquelas feitas entre portos nacionais. A companhia poderá recolher cargas menores em outros terminais para acionar um super porta-contêineres em Itapoá. “As linhas poderão ter duas ou três paradas no país, o que reduz o tempo e os custos do transporte”, diz o executivo. “O navio pode passar por Itapoá, Santos e um porto no Nordeste, por exemplo, em vez de parar em seis ou sete lugares.”
A ideia de um porto concentrador de carga é parecida com um projeto que existe para Pontal do Paraná. Ali, o calado natural chega a 17 metros e seria possível a operação com navios gigantes. O problema é que a área para a instalação de um porto está sendo disputada entre o grupo JCR, dono do terreno, e o governo do estado, que prefere a construção de um terminal público.

Localização
Cais foi construído no meio do mar
A estrutura do Porto de Itapoá é um pouco diferente da maioria dos portos do Brasil. Como a profundidade natural de 16 metros é encontrada a mais de 200 metros da praia, o cais fica no meio do mar e, quando estiver completo, terá duas pontes de ligação com o continente.
Durante a operação, caminhões sairão do pátio com os contêineres e atravessarão as pontes até o cais, onde serão erguidos até os navios. O projeto permitirá que a praia permaneça na paisagem e que a rua à beira-mar fique aberta para o tráfego.
Portos e Navios

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