LEGISLAÇÃO

terça-feira, 23 de março de 2010

EXPORTAÇÃO

País planeja liderar exportação de produtos lácteos em 5 anos

O Brasil deve se tornar, em cinco anos, o maior exportador mundial de produtos lácteos. Segundo Vicente Nogueira, diretor do departamento econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), a meta do setor é cruzar as fronteiras do México, Rússia e China. "O propósito é alcançar estes grandes mercados", afirma.
De acordo com o diretor, para que o País ganhe a liderança serão necessárias ações conjuntas do governo federal e da iniciativa privada, de apoio à busca de novos mercados externos e acordo sanitário. "Os dois devem fazer a lição de casa juntos", diz.
Para Nogueira, o aquecimento da demanda, puxada pela recuperação da economia, o que consequentemente pode impulsionar a produção nacional também deve contribuir para a projeção internacional do País.
Hoje, segundo Nogueira, o Brasil exporta para mais de 50 países, dentre eles Oriente Médio, América Latina, África e Argélia.
Estatística do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) de 2000 a 2008, o Brasil registrou ano após ano recordes de exportação. Apenas em 2009, o volume de leite embarcado sofreu uma quebra de 54,78% devido a crise econômica mundial. Para se ter uma ideia, de 2007 para o ano seguinte, o salto das exportações foi de 47,52%. Em 2008, o País vendeu internacionalmente 142,4 milhões de quilos de produtos lácteos, somando um faturamento de US$ 509,1 milhões.
DCI

Em equivalente litros leite, de acordo com dados da Scot Consultoria, o Brasil exportou, em 2008, 1,15 bilhão.
Para este ano, o leite excedente que pode ser absorvido pelo mercado externo pode chegar, de acordo com levantamento do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), a 3,79 bilhões de litros.
Estudo do Mapa aponta ainda um crescimento anual de 1,95% para a produção de leite no Brasil. Já o setor está mais otimista, a CBCL estima para 2010 um avanço de 3 a 5%.
Segundo Rafael de Lima Filho, zootecnista e consultor da Scot, é esperado para este ano uma produção de 29 bilhões de litros de leite. O Mapa aponta uma produção de 31,12 bilhões de litros e um consumo interno de 27,33, o que deixaria o excedente de 3,79 bilhões de litros.
O analista considera a previsão do Mapa otimista, mas acredita que ao longo dos anos esse projeção deve se encaixar a realidade do mercado. "Os preços mínimos oscilam muito devido aos períodos de safra e entressafra. O setor deveria contar com a fixação de um mínimo, ou pelo menos com garantia de escoamento da produção", pondera.
Para Filho, programas do governo podem contribuir para o aumento do consumo doméstico, e puxar o avanço da produção. "As participações do Viva Leite, por exemplo, e outros projetos ainda são pequenas, mas tem espaço para crescer."
De acordo com o analista, a formação de cooperativas e fusões podem beneficiar os produtores, que sozinhos não possuem poder de negociação e acabam pagando mais caro por insumos. "A consolidação é uma tendência mundial e ajuda a organizar o setor, que no Brasil precisa melhorar. Os produtores têm de ver sua propriedade como uma empresa."
O planejamento do setor pode ainda contribuir para equilibrar os preços, pelo menos no mercado interno. Segundo Filho, em cinco meses, de agosto de 2009 a janeiro deste ano, o preço pago ao produtor sofreu queda de 18,47%, passando de R$ 0,758 para R$ 0,618. "Agora o mercado está reagindo pelo início de queda de oferta, mas mesmo assim para o produtor o impacto é mínimo, de R$ 0,4 a R$ 0,10 a mais por litro. Já para o varejo, daqui para frente os preços tendem a subir. Hoje está em média R$ 1,80, mas deve chegar a R$ 2,10", calcula.
O analista também considera que o setor precisa de planejamento para conquistar novos mercados e ampliar os existentes. "A Ásia e o Oriente Médio são os mais promissores para o Brasil."
Filho disse ainda que dos produtos nacionais que mais deixam o País estão o leite em pó, seguido do queijo. De acordo com dados do Mdic, o Brasil também exporta volumes consideráveis de leite UHT e leite condensado.
O Brasil deve tornar-se, em cinco anos, o maior exportador mundial de produtos lácteos. Segundo Vicente Nogueira, diretor do departamento econômico da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), a meta do setor é cruzar a fronteira de México, Rússia e China. Ele afirma que para que o País ganhe a liderança serão necessárias ações conjuntas do governo federal e da iniciativa privada de apoio à busca de novos mercados externos e acordo sanitário. "Ambos devem fazer a lição de casa", diz.
Diário do Comércio e Indústria


Exportações de plástico somam US$ 1,2 bilhão
A indústria brasileira faturou US$ 1,18 bilhão com exportações de transformados plásticos, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast). Houve recuo de 15% sobre 2008.
Como um todo, o segmento teve um faturamento de R$ 35,9 bilhões no ano passado. Também na receita houve redução de 12,2% sobre o ano anterior. Mas em volume de produção, ocorreu crescimento.
Foram transformados 5,19 milhões de toneladas, com aumento de 1% sobre o ano anterior. O consumo no Brasil foi de 5,38 milhões de toneladas, de acordo com a Abiplast, 1,6% maior do que em 2008.
Já as importações do setor totalizaram US$ 2,10 bilhões, com uma queda de 11,8% na comparação com o ano anterior. Com isso, o saldo negativo na balança do setor, a diferença entre importações e exportações, ficou em de US$ 918 milhões, em 2009.
A indústria de plástico congrega 11.200 empresas e gera mais de 315 mil empregos diretos no Brasil.
Agência Anba


Soja irá garantir à China liderança mensal nas exportações do Brasil
A China deverá recuperar novamente a liderança como destino das exportações mensais do Brasil nos próximos meses, após perder o posto para os EUA desde outubro do ano passado, segundo acredita José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Segundo ele, o mercado norte-americano não deverá acompanhar o aumento esperado de 11% para as vendas externas brasileiras este ano. Além disso, o executivo explica que a posição de líder da China nos resultados mensais das vendas externas, conquistada em abril de 2009, só foi perdida a partir do quarto trimestre do ano passado por causa da redução dos embarques de soja, que deverão ser retomados com mais força agora, quando sazonalmente aumentam as vendas externas do produto.
De acordo com Augusto de Castro, os números mostram claramente a estagnação no comércio entre Brasil e Estados Unidos desde o início do governo Lula. Segundo ele, enquanto em 2002, um ano antes do novo governo, os EUA eram destino de 25% das exportações do País, em 2009 a fatia tinha caído a 10%. Além disso, enquanto em 2009, sobre 2002, as exportações totais do Brasil tinham subido 153%, as vendas com destino aos EUA subiram 1,5%.
Segundo Augusto de Castro, como "nada mudou" em relação às promoções comerciais do Brasil para os EUA nos últimos meses e prossegue, ainda que em escala mais branda, a crise econômica que ainda assombra a economia americana, a China vai retomar logo o posto de líder como destino das nossas vendas externas, como ocorreu entre abril e setembro do ano passado e no acumulado de 2009.
Para se ter uma ideia do potencial de crescimento da participação chinesa no total das exportações brasileiras nos próximos meses, basta saber que, enquanto no primeiro bimestre deste ano as vendas de soja em direção aquele país totalizaram, em valor, US$ 95,5 milhões, em abril de 2009, por exemplo, quando o País tomou a dianteira no destino das vendas externas do Brasil, totalizavam dez vezes mais, ou US$ 961 milhões.
Ele lamenta que, segundo a sua avaliação, o governo brasileiro não esteja investindo em promoções comerciais junto ao mercado dos EUA que, de acordo com ele, acumula cerca de US$ 2 trilhões anuais em importações. "É um supermercado. A China compra basicamente nossas commodities", afirmou.
Diário do Comércio e Indústria

Nenhum comentário: