LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 6 de maio de 2010

IMPORTAÇÃO

Longe da crise, Brasil tem melhor quadrimestre para as importações
O forte crescimento da economia brasileira já se reflete na retomada das importações, que bateram recorde para meses de abril e para o primeiro quadrimestre do ano. Entre janeiro e abril, o Brasil gastou o equivalente a US$ 52,215 bilhões em compras internacionais.

O valor corresponde a uma alta de 41,8% na comparação com os quatro primeiros meses de 2009, quando o país ainda estava mergulhado na mais grave crise econômica dos últimos 80 anos. Também as vendas ao exterior têm refletido a melhora da situação econômica brasileira. Nos quatro primeiros meses do ano, o país exportou US$ 54,390 bilhões, sendo US$ 15,161 bilhões foram contabilizados apenas em abril, o segundo melhor mês de 2010.

O número deve melhorar ainda mais até o fim do ano, devido ao reajuste nos preços do minério de ferro. Esse fator deve, inclusive, impactar no saldo comercial, que está positivo em US$ 2,175 bilhões até abril.
Correio Braziliense



Importações têm avanço de 61% em abril
O dólar barato e o ritmo veloz de crescimento da demanda dos consumidores brasileiros impulsionaram a alta das importações no primeiro quadrimestre de 2010. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, as compras de mercadorias no exterior até o mês passado superaram em 41,8% (pela média diária) o desempenho no mesmo período de 2009.

Considerando apenas os meses de abril, essa diferença chegou a 60,8%, com o volume de importações subindo de US$ 8,629 bilhões em 2009 para US$ 13,878 bilhões neste ano, recorde histórico para o mês.

A necessidade de atender o consumo acelerado das famílias e ao mesmo tempo concorrer com mercadorias importadas a preços mais competitivos têm levado o setor produtivo nacional a ampliar as encomendas de matérias-primas e bens intermediários importados, que também ficam mais baratos graças ao câmbio.

"Os dados dos últimos meses mostram que indústria de bens finais está retomando o crescimento, mas com conteúdo importado muito elevado. Paradoxalmente, esse movimento preocupa os setores nacionais que fabricam esses bens intermediários, que acabam preteridos", avalia Daniela Prates, pesquisadora do Centro de Conjuntura e Política Econômica da Unicamp.

Desde janeiro, o aumento das compras de matérias-primas, peças e componentes do exterior já chega a 46,6%, na comparação com o primeiro quadrimestre de 2009. Já as importações de bens acabados, prontos para serem vendidos nas lojas, subiram 45,5%.

"A indústria está importando mais para concorrer justamente com produtos importados. E, para fugir dessa armadilha, o Brasil precisa de uma taxa de câmbio mais competitiva", completa Daniela.

Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, apesar da base de comparação deprimida -uma vez que a crise financeira estancou boa parte do fluxo de comércio mundial no início do ano passado-, o crescimento das compras em 2010 é considerável.

"Ainda assim, essas importações são importantes para conter as pressões inflacionárias", disse Barral. Ele, porém, ressalta: "Mas esse aumento grande tem forte impacto para a redução do saldo comercial".
Mesmo com os melhores resultados da história para abril tanto para exportações (US$ 15,161 bilhões) como para importações, a diferença entre as compras e as vendas ao exterior fechou o mês com superavit de apenas US$ 1,283 bilhão, 65,3% abaixo do alcançado no mesmo mês de 2009. "O produto brasileiro não é competitivo no exterior por causa da burocracia, dos tributos e do câmbio. Os exportadores perdem mercados e escala na produção", disse Barral.

Para tentar contornar essa distorção, o governo promete há mais de cinco meses o lançamento de um pacote de ajuda à exportação pelas vias tributárias e de financiamento.
Folha de São Paulo



Importação de bens de consumo preocupa
mai 4, 2010
Alta de 49,9% em abril alerta para perda de mercado da indústria nacional.

O aumento das importações de bens de consumo, que em abril somaram US$ 2,246 bilhões – alta de 49,9% em relação ao mesmo mês do ano passado começa a preocupar o governo brasileiro. Apesar disso, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Welber Barral, disse que, neste momento de demanda forte, a importação mais alta de bens de consumo ajuda a conter a pressão nos preços. Por outro lado, as importações de bens de capital somaram US$ 2,854 bilhões, alta de 18,9% no mesmo período de comparação. Já as importações de matérias-primas e intermediários somaram US$ 6,340 bilhões, uma elevação de 65,1% no período.

Barral afirmou que as importações de bens de consumo preocupam porque não agregam valor ao processo produtivo brasileiro. Segundo ele, o ministério está avaliando o porquê de a indústria brasileira não estar competitiva com os produtos importados.
Ele afirmou que, neste momento, ainda não dá para afirmar que está havendo uma substituição de produtos nacionais por importados, pois o mercado está muito aquecido. Mas admitiu que, no futuro, a indústria brasileira pode perder mercado para esses produtos. O secretário destacou ainda que, com o câmbio favorável, também está vantajoso importar insumos para manter a competitividade das exportações brasileiras em alguns países. Apesar do aumento das importações, Barral afirma que o governo não estuda adotar medidas protecionistas.
Desempenho é recorde com superávit de US$ 1,2 bilhão

As exportações e importações brasileiras (corrente de comércio) registraram em abril recordes para o período, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). No entanto, as importações registram um crescimento muito mais acentuado em relação a abril de 2009 (60,8% pela media diária) do que as exportações (23%). Ontem, o governo divulgou que no mês passado a balança comercial teve um superávit de US$ 1,283 bilhão, saldo 65,3% inferior ao registrado em abril de 2009 (US$ 3,693 bilhões). Mas a corrente de comércio em abril somou US$ 29,039 bilhões, alta de 38,6% em relação ao verificado em igual período do ano passado (US$ 20,951), o que reflete um maior fluxo de transações neste ano.
O secretário de Comércio Exterior do ministério, Welber Barral, disse que tanto as vendas quanto as compras internacionais também tiveram o maior valor para o primeiro quadrimestre do ano, acumulando US$ 54,390 bilhões nas exportações e US$ 52,215 bilhões nas importações. Segundo ele, o grande aumento em relação a abril de 2009 se deve à baixa base de comparação, já que naquele período a balança foi afetada pelos impactos da crise financeira internacional, mas também a um aumento em volume do comércio internacional.

No caso das importações, desde julho do ano passado, com a retomada do crescimento econômico e o aquecimento da demanda, iniciou-se um incremento das aquisições no exterior. Barral lembrou que o câmbio gera incentivos às importações. “Nossa solução é aumentar a competitividade das exportações”, disse. A alta das compras externas tem reduzido o superávit da balança comercial em 2010. A queda já atingiu 67,4% no quadrimestre em relação ao mesmo período do ano passado.

As exportações de produtos industrializados perderam participação na pauta brasileira. Em abril de 2009, 52,5% do exportado eram produtos industrializados. Em abril deste ano, a participação caiu para 51,9%. Por outro lado, a presença dos produtos básicos na pauta de exportação cresceu de 45,4% em abril de 2009 para 46,3% em abril deste ano. Segundo Barral, preocupa a queda nos preços dos produtos manufaturados no mercado internacional. Ele informou que, de janeiro a março, o Brasil cresceu em 9,2% as exportações em volume de manufaturados. Mas o aumento dos preços foi de 7,7%. No entanto, nas exportações de produtos básicos o movimento é o contrário. Houve um aumento de 14,8% em volume e de 16,6% nos preços em relação ao primeiro trimestre de 2009.
DCI


Brasil recupera espaço em diversos mercados
Em relação aos mercados, houve uma recuperação das vendas brasileiras em praticamente todos os mercados, com exceção da África. A Ásia continua sendo o principal parceiro comercial do Brasil, mas Welber Barral destacou a recuperação das exportações para a América Latina, principalmente para a Argentina. “O mercado voltou a crescer na América Latina e a gente está conseguindo ocupar mais espaço”, afirmou.

De janeiro a abril, o Brasil exportou US$ 13,547 bilhões para a Ásia, uma alta de 25,3% em relação ao mesmo período de 2009. Para a América Latina e Caribe, foram vendidos US$ 13,512 bilhões, uma elevação de 45,9% ante igual período de 2009.

As vendas para os Estados Unidos cresceram 19,4%. Apesar disso, o mercado norte-americano perdeu participação como destino dos produtos brasileiros. No primeiro quadrimestre de 2009, 11,3% das exportações do Brasil tinham como destino os EUA e, em 2010, caiu para 10,8%.
Jornal do Comércio RS)



Pacote do governo prevê imposto maior para importação de autopeças
O pacote de estímulo às exportações anunciado hoje (5) pelos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDC) prevê a redução do desconto no Imposto de Importação de autopeças pelas montadoras. O objetivo é preservar a indústria nacional, que estava ameaçada pela concorrência dos produtos importados.
Segundo o Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, as alíquotas de importação de autopeças têm um redutor de 40%, o que torna a importação mais barata no Brasil do que nos demais países do Mercosul. “Aqui no Brasil, o Imposto de Importação está em torno de 10%, contra uma média de 14% no Mercosul”, explicou. De acordo com Miguel Jorge, a medida criará mais empregos no setor. “A indústria automobilística tem alto conteúdo nacional, de mais de 90% de insumos brasileiros. Mas, nos últimos anos, o setor de autopeças estava com déficit comercial de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões”, afirmou.

O pacote unificou fundos de garantia existentes nos setores de energia, indústria naval e parcerias público-privadas (PPP) num fundo para o setor de infraestrutura. Esse fundo nascerá com R$ 5 bilhões para oferecer garantias aos empréstimos concedidos ao setor. O governo também transformará o Fundo de Garantia às Exportações em Fundo Garantidor do Comércio Exterior, que herdará R$ 12 bilhões.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, enquanto os dois fundos não começam a operar, os fundos existentes continuarão a conceder financiamentos. Ele afirmou que os novos fundos não terão custo para os cofres públicos porque contarão com recursos existentes.

Também foi anunciada a criação de uma linha especial de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para exportação de bens de consumo. Válida até dezembro, a linha terá as mesmas taxas reduzidas da linha especial para bens de capital: 7% ao ano até 30 de junho e 8% ao ano para financiamentos concedidos a partir de 1º de julho. O prazo dos financiamentos também será de 36 meses.

Outra medida prevê a preferência para mercadorias produzidas no Brasil nas compras feitas pelo governo. Os produtos e serviços deverão ter conteúdo nacional mínimo, mas os percentuais ainda serão definidos por regulamentação.

O pacote também isentou de tributos a compra de insumos no mercado interno para a produção de mercadorias produzidas para a exportação. Até agora, os exportadores tinham direito apenas à suspensão dos tributos e a isenção valia somente para as matérias-primas importadas. Esse regime especial de tributação é chamado drawback.
Agência Brasil

Nenhum comentário: