LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 14 de maio de 2010

EMPRESAS - ECONOMIA - INVESTIMENTOS -14/05/2010

Crise fiscal, inflação na China e agenda dos EUA traçam clima incerto às bolsas
SÃO PAULO – Questionamentos quanto à eficácia das medidas para conter a crise fiscal na Europa, temores de aperto monetário na China e indicadores norte-americanos traçam um cenário incerto às bolsas ao redor do mundo, que operam instáveis nesta terça-feira (11).

O pacote de quase US$ 1 trilhão para garantir a estabilidade do euro, anunciado na última segunda-feira, agora recebe certo ceticismo do mercado, dado a necessidade dos países se empenharem no corte de gastos. Na China, a inflação registrou em abril sua maior alta dos últimos 18 meses, deflagrando temores de um aperto monetário por vir.

Nos EUA, o nível dos estoques do setor atacadista surpreendeu negativamente ao registrar em março um avanço de 0,4%, menor que o esperado pelos analistas (0,5%) e inferior ao resultado de fevereiro (0,6%).

Por aqui, o IPC-Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) da primeira quadrissemana de maio apontou inflação de 0,49%, taxa 0,10 ponto percentual superior à vista na medição anterior. Já a taxa de emprego na indústria brasileira aumentou 2,4% em março, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Treasuries e petróleo
A despeito do movimento incerto das bolsas em Wall Street, o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro norte-americano, principal referência de juro a longo prazo nos EUA, é negociado em leve alta, pressionando negativamente seu preço. Já o risco-país cai 9 pontos, a 205 pontos.

No mercado de commodities, o dia é de queda na trajetória dos preços das principais commodities, em função dos temores de aperto monetário na China. A exceção fica por conta do petróleo, cujo barril é negociado em Nova York com leve valorização de 0,31%, cotado a US$ 80,37 cada.

Câmbio e renda fixa
Enquanto isso, o dólar comercial mostra-se instável no decorrer das negociações neste pregão, oscilando entre altas e quedas. Nesta tarde, a moeda norte-americana é cotada a R$ 1,774, em leve recuo de 0,17%.

Já no mercado de renda fixa, as taxas de juros futuros negociadas na BM&F Bovespa tendem à estabilidade no curto prazo, enquanto os contratos com vencimento mais longos registram forte recuo nesta tarde.

Ibovespa em leve alta
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, apresenta leve alta de 0,42% nesta tarde e atinge 65.729 pontos. O volume financeiro é de R$ 3,189 bilhões.

O principal destaque positivo fica com as ações ordinárias da TIM Participações (TCSL3), que registram valorização de 9,54% e são cotadas a R$ 6,66. Apesar dessa variação, a baixa acumulada desde o início do ano chega a -6,85%.
InfoMoney



Setor de máquinas cobra ações para produção
Fabricantes defendem redução de impostos e pedem mais financiamentos para estimular projetos

Reivindicações apresentadas na audiência pública devem ser levadas à governadora. Foto: Claudio Fachel/JC Dispostos a reivindicar medidas para sanar perdas acumuladas no setor de bens de capital, entidades que representam profissionais e fabricantes de máquinas reuniram-se ontem, em audiência pública na Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa. A fim de buscar alternativas para fomentar a atividade, dirigentes argumentam que o Estado perdeu nove posições entre os maiores fabricantes do mundo, passando da quinta colocação na década de 1970 para atual décima-quarta.

Os principais pontos alegados como foco de revisão estão relacionados à redução a zero da carga tributária aplicada aos investimentos, à geração de opções para financiamento de longo prazo e com juros baixos e à procura por maneiras de combater a concorrência desleal para que os segmentos possam, pelo menos, equilibrar a competitividade com outros países. O diretor regional da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mathias Elter, destaca que países como a China e Índia têm registrado índices crescentes na rentabilidade do setor devido ao baixo custo de produção, fazendo com que os fabricantes nacionais percam uma importante fatia no mercado.

"Quem está crescendo é a China, a indústria gaúcha mal se mantém e registra patamares muito inferiores a 2008." Elter acrescenta que outros estados brasileiros já adotaram iniciativas para impulsionar a fabricação de máquinas, sugerindo que agora é o momento de ações semelhantes serem implantadas em esfera regional. Envolvendo 4,5 mil empresas e mais de 240 mil colaboradores, o Rio Grande do Sul é o segundo polo de produção de máquinas do País.
Além disso, os dirigentes pedem iniciativas que estimulem a preferência pela compra de máquinas fabricadas na região, quando destinadas a companhias que se instalem no Estado. O diretor regional da Abimaq explica que a atual situação faz com que muitas fabricantes se dirijam para outras localidades, onde encontram melhores condições para se estabelecerem. "Com a igualdade de condições das indústrias locais e projetos apoiados por incentivos fiscais esperamos que estanque a migração de empresas", afirmou Elter.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul e vice-presidente da Fiergs, Cláudio Bier, ressaltou a necessidade da desoneração no setor. De acordo com Bier, várias audiências já foram realizadas junto a representantes do governo para definir estratégias de promoção das fabricantes, ainda sem definição do caminho que deve ser seguido. "Para finalizar essa corrida de obstáculos precisamos falar com a governadora", disse Bier.

O encontro com Yeda Crusius ainda não tem data definida, mas foi garantido pelo secretário de Ciência e Tecnologia, Júlio César Ferst. Ele reitera que no início da atual gestão não havia como realizar ajustes fiscais. Agora, conforme o secretário, o governo do Estado tem condições de investir e equiparar medidas com outros locais do País.
Jornal do Comércio (RS)



MDIC divulga balança comercial de estados e municípios em abril

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulga hoje (13/5), em sua página eletrônica (www.mdic.gov.br), dados referentes à balança comercial das 27 unidades da federação e dos mais de dois mil municípios brasileiros em abril de 2010. No mês, as exportações somaram US$ 15,161 bilhões e as importações US$ 13,878 bilhões. Com isso, o superávit (diferença entre o valor exportado e importado) do período ficou em US$ 1,283 bilhão e a corrente de comércio (soma das duas operações) em US$ 29,039 bilhões.

A Região Sudeste foi a que mais exportou no período (US$ 8,107 bilhões e média diária de US$ 405 milhões). Em segundo ficou a Região Sul (exportações de US$ 3,280 bilhões e média diária de US$ 164 milhões), seguida por Centro-Oeste (US$ 1,558 bilhão e média diária de US$ 77 milhões), Nordeste (US$ 1,272 bilhão e média diária de US$ 63 milhões) e Norte (US$ 736 milhões e média diária de US$ 36 milhões).

Entre as unidades da federação, São Paulo foi o estado que mais exportou no mês de abril (US$ 3,749 bilhões). Já Minas Gerais ficou em segundo no ranking (US$ 1,707 bilhão), seguido por Rio de Janeiro (US$ 1,703 bilhão), Rio Grande do Sul (US$ 1,352 bilhão) e Paraná (US$ 1,300 bilhão). Dentre estes estados, considerando o mesmo período do ano passado, apenas Minas Gerais teve redução em suas exportações (-1,13%), enquanto o Rio de Janeiro ficou com o maior aumento (+112,42%).

Municípios
No levantamento por municípios, Angra dos Reis (RJ) foi o que mais exportou no acumulado do primeiro quadrimestre do ano - US$ 2,534 bilhões). Em segundo e terceiro lugares, ficaram São Paulo (SP) - US$ 1,767 bilhão; e Macaé (RJ) - US$ 1,441 bilhão.

Em seguida, aparecem São José dos Campos (SP) - US$ 1,407 bilhão; Santos (SP) - US$ 1,384 bilhão; e Parauapebas (PA) - US$ 1,310. Entre a sétima e décima colocação ficaram, respectivamente, Paranaguá (PR) - US$ 1,262 bilhão; São Bernardo do Campo (SP) - US$ 1,141 bilhão; e Vitória (ES) – US$ 1,038 bilhão.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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