LEGISLAÇÃO

terça-feira, 11 de maio de 2010

EMPRESAS - ECONOMIA - INVESTIMENTOS

Prefeitura aprova shopping na Nilo Peçanha, em Porto Alegre
Empreendimento na zona Norte terá 182 lojas, um supermercado e um hotel de 18 andares com 239 apartamentos
Marcelo Beledeli

Área de 8,2 mil metros quadrados, na avenida Nilo Peçanha, foi liberada pelo Conselho de Desenvolvim Foto: Gabriela Di Bella/JC A zona Norte de Porto Alegre vai ganhar um novo centro comercial. Na semana passada, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Cmdua) aprovou, por 19 votos a favor e três abstenções, o estudo de viabilidade urbanística de um projeto de construção de um shopping center integrado com um hotel na avenida Nilo Peçanha, 2.061, no bairro Três Figueiras. O empreendimento pertence ao Grupo Isdra, controlador do Rua da Praia Shopping e da rede de hotéis Master.

O terreno onde serão executadas as obras, localizado próximo ao Colégio Anchieta, possui 8.246 metros quadrados de área. De acordo com Jorge Larré, relator do estudo no Cmdua, a empresa planeja construir, naquele espaço, um shopping center com 182 lojas, um supermercado e um hotel de 18 andares com 239 apartamentos, sendo cinco deles destinados para deficientes físicos. Também serão criadas 848 vagas de estacionamento. No total, a obra deverá chegar a 46 mil metros quadrados de área construída.

Conforme a Secretaria Municipal do Planejamento, o novo centro comercial implicará modificações na circulação e acessibilidade no entorno do local. O estudo apresentado ao Cmdua prevê uma série de medidas sugeridas pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) em nove vias localizadas próximo ao empreendimento: as avenidas Nilo Peçanha, Marechal Andréa e Teixeira Mendes, além das ruas Waldir Antônio Lopes, Thomas Gonzaga, Osório Tuiuti de Oliveira, José Antônio Aranha, João Caetano e Enio Andrade. Foram propostas a abertura de trechos de ruas, alteração do sentido de algumas vias, implantação e mudanças de sinalização, ajuste de traçado das vias nos cruzamentos para facilitar a movimentação de veículos, melhoria na pavimentação, entre outras.

A proposta de construir um empreendimento no local já é antiga. O primeiro processo foi entregue à prefeitura municipal ainda em 1986, quando o terreno pertencia à extinta construtora Guerino. Posteriormente, a propriedade passou para a construtora Encol. Em 1998, foi adquirido pelo Grupo Isdra, que em 2002 entrou com o projeto de construção para ser avaliado pela prefeitura municipal. De acordo com Jorge Larré, com a aprovação do estudo na semana passada, para a oficialização do projeto falta apenas a assinatura do prefeito municipal, José Fortunati.

Walmart e Zaffari também investem em novos projetos

O investimento do Grupo Isdra não é o único centro de compras que está sendo estudado pelo Cmdua. O grupo Walmart também tem um projeto em análise, que visa à construção de uma unidade do Sam’s Club, rede de vendas por atacado que fornece alimentos e materiais de utilidade para o lar a pequenos comerciantes. Segundo Breno Silva Ribeiro, relator do projeto, o empreendimento, que seria a primeira loja do Sam’s Club no Rio Grande do Sul, planeja ocupar um terreno de sete mil metros quadrados na avenida Cavalhada, número 4.656. No entanto, ainda devem ser elaborados os estudos de viabilidade urbanística e de impacto ambiental.

Questões legais também estariam atrasando a realização das obras. “Existem representantes da região que argumentam que essa loja não seria um atacado, mas funcionaria como varejo, e não poderia ter o porte proposto”, afirma Ribeiro. No Brasil, o Sam’s Club possui 23 lojas em 11 estados e uma no Distrito Federal. Para ter acesso aos produtos, os cliente deve tornar-se sócios, pagando uma anuidade em troca de descontos nas compras.

Amanhã, o Cmdua também deverá analisar o estudo de viabilidade urbanística para a construção de um empreendimento do grupo Zaffari na Avenida Furriel Luiz Antonio de Vargas, 239, no bairro Bela Vista. O terreno, com 11,4 mil metros quadrados de área, pertencia ao Instituto de Previdência do Estado (IPE) e foi adquirido pelo Zaffari, em 2004, por R$ 12,5 milhões.
Jornal do Comércio
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Balança comercial da primeira semana de maio tem superávit de US$ 517 milhões
A primeira semana de maio de 2010, com cinco dias úteis (1º a 9), fechou com saldo comercial (diferença entre as exportações e importações) positivo de US$ 517 milhões e média diária de US$ 103,4 milhões. Na comparação pelo valor médio diário, o resultado foi 61,2% maior que o de abril último e 21,2% menor que o de maio de 2009.
No mesmo período, foram exportados US$ 4,003 bilhões (média diária de US$ 800,6 milhões) e importados US$ 3,486 bilhões (média diária de US$ 697,2 milhões), resultando em uma corrente de comércio de US$ 7,489 bilhões (média diária de US$ 1,497 bilhão). O resultado semanal das exportações é o segundo melhor do ano, perdendo apenas para a quinta semana de abril, quando foram exportados US$ 827,2 milhões.

Pelo critério médio diário, as exportações da primeira semana de maio foram 5,6% maiores que as de abril deste ano, devido ao aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (+19,6%) e básicos (+10,7%), enquanto decresceram as de manufaturados (-4,4%).

Na comparação com a média diária de maio de 2009, o aumento foi de 33,6%, tendo havido aumento nas três categorias de produto. Cresceram as exportações de semimanufaturados (+60,7%) - celulose, ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, couros e peles, açúcar em bruto e ferro-ligas; básicos (+44,6%) - petróleo, minério de ferro, carne bovina e de frango, soja em grão e café em grão; e manufaturados (+14,5%) - óxidos e hidróxidos de alumínio, suco de laranja, autopeças, automóveis de passageiros, bombas e compressores e aviões.

Nas importações, em relação a abril deste ano, o acréscimo foi de 0,5%, devido a produtos químicos orgânicos/inorgânicos (+89%), equipamentos elétricos e eletrônicos (+57,2%), equipamentos mecânicos (+37,1%), veículos automóveis e partes (+34,6%), instrumentos de ótica e precisão (+31,4%), plásticos e obras (+20,6%) e siderúrgicos (+12,6%). Na comparação com maio de 2009, também pela média diária, o aumento das importações foi de 49%, devido a equipamentos elétricos e eletrônicos (+88,1%), químicos orgânicos/inorgânicos (+84,4%), veículos automóveis e partes (+63,3%), siderúrgicos (+57%), combustíveis e lubrificantes (+53,5%) e instrumentos de ótica e precisão (+50,1%).

Ano
No acumulado do ano, com 86 dias úteis, o superávit foi de US$ 2,692 bilhões (média diária de US$ 31,3 milhões), resultado que é 62,8% menor que o verificado no mesmo período de 2009. Nas exportações, o número chegou a US$ 58,393 bilhões (média diária de US$ 679 milhões), enquanto nas importações chegou a US$ 55,701 bilhões (média diária de US$ 647,7 milhões). Na comparação pela média diária, com o mesmo período do ano passado, as exportações cresceram 25,8% e as importações 42,1%, enquanto a corrente de comércio teve acréscimo de 33,3%.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Copersucar cria sociedade com grupo norueguês para produzir etanol
Empresa amplia produção com mais duas usinas, totalizando 37 unidades

Buscando expandir sua rede de usinas, Copersucar criou uma sociedade com a produtora de biocombustíveis Umoe Energy, do grupo norueguês Umoe ASA. Com o novo acordo, a cooperativa contará com mais duas unidades, ambas em São Paulo, e totalizará 37 unidades produtoras espalhadas no Sul e Sudeste do País.

Estima-se que, na safra 2010/11, as duas usinas da Umoe Bioenergy processarão cerca de 2,8 milhões de toneladas de cana e produzirão 207 milhões de litros de etanol. Com a sociedade, a Copersucar passa a ter 105 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, aumento de 25% em relação à safra anterior. Serão exportadas 5,2 milhões de toneladas de açúcar e 650 milhões de litros de etanol, crescimento de 41% e 3% respectivamente.
Por: Victor José - Redação Portal Transporta Brasil

 

A crise europeia e suas consequências no Brasil

A economia brasileira não estará imune à crise na União Europeia (UE). Sofreremos repercussões altamente negativas, a começar pela conta de transações correntes do balanço de pagamentos.

Anteontem a Bolsa de Valores de São Paulo sofreu a maior sangria de recursos estrangeiros, com uma queda de 2,31% no seu índice, e até o dia 5 de maio já havia registrado déficit de R$ 892,491 milhões (US$ 483,483 milhões) que cresceu muito depois daquela data.

No mês de março, segundo os dados do Banco Central, os investimentos em ações apresentaram saldo positivo de US$ 1,682 bilhão. Um saldo negativo, no caso de a situação atual se prolongar, fará falta nas contas externas, pois a conta de transações correntes, com déficit, necessita compensá-lo com entrada de capital externo.

É necessário ter presente que a taxa cambial pode afetar positivamente a balança comercial, fator essencial na formação do resultado das transações correntes. Nesses dias, os acontecimentos na Grécia contribuíram para uma nova desvalorização do real o dólar chegou a subir 3,17% em um só dia, anteontem que, no momento em que escrevíamos, parecia prosseguir.

Isso nos ajuda a exportar mais e a comprar menos mercadorias no exterior, mas favorece uma alta de preços internos, em vista de uma economia industrial muito dependente de componentes importados. É de lamentar que o pacote de incentivos às exportações baixado pelo governo não tenha sido mais substancial.

Há outras possíveis consequências negativas da crise da UE. Com uma taxa cambial desvalorizada, os juros dos empréstimos externos ficam mais caros em reais, mas, no clima atual de desconfiança em relação a países cujas contas públicas estão se deteriorando o que é o caso do Brasil, vai haver maiores dificuldades para captar recursos e teremos de pagar juros maiores do que atualmente. Ora, dentro de nosso ambicioso programa de crescimento, a necessidade de recorrer à poupança externa ficou mais premente.

Até agora estivemos contando com um fluxo de Investimentos Estrangeiros Diretos (IEDs) para cobrir o déficit das transações correntes.

Mas o que se constata é que, apesar de um fluxo razoável desses investimentos nos primeiros meses do ano, eles estão abaixo das previsões, o que se explica talvez pelo receio do investidor externo de arriscar aplicações em países cujo crescimento parece estar num ritmo que dificilmente poderá ser mantido sem a dose de poupança interna necessária.
O Estado de São Paulo

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