LEGISLAÇÃO

terça-feira, 18 de maio de 2010

COMÉRCIO EXTERIOR - 18/05/2010

Vendas de três categorias explicam melhora da balança
As exportações brasileiras somaram US$ 4,363 bilhões na segunda semana de maio (10 a 16), com média diária de US$ 872,6 milhões, um incremento de 9% ante a média registrada na primeira semana do mês (US$ 800,6 milhões). Esse aumento, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), foi atribuído ao desempenho dos embarques de produtos das três categorias.

As vendas de básicos cresceram 10,6% no período de comparação, principalmente em razão de soja em grão, minério de ferro, carnes de frango, bovina e suína, farelo de soja e café em grão. As exportações de manufaturados tiveram aumento de 8,3%, com destaque para automóveis, óleos combustíveis, aviões, açúcar refinado, laminados planos de ferro e aço, veículos de carga, motores e geradores elétricos e celulares. As vendas de semimanufaturados cresceram 3% em virtude de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e alumínio em bruto.

As importações somaram, na segunda semana de maio, US$ 3,411 bilhões, com média diária de US$ 682,2 milhões, o que significou uma retração de 2,2% em relação à primeira semana do mês (US$ 697,2 milhões). Essa queda, segundo dados do MDIC, foi decorrente das menores compras de aparelhos e instrumentos eletroeletrônicos, automóveis e partes, produtos químicos orgânicos e inorgânicos, instrumentos de ótica e precisão, produtos siderúrgicos, combustíveis e lubrificantes.

No acumulado do mês, as exportações somam US$ 8,366 bilhões, com média diária de US$ 836,6 milhões. Pela média diária, as exportações cresceram 39,6% na comparação com maio do ano passado (US$ 599,2 milhões). Nessa comparação, cresceram as exportações de produtos das três categorias. As vendas de semimanufaturados tiveram aumento de 63,1%, em função de alumínio em bruto, celulose, açúcar em bruto, couros e peles e ferro-ligas. As vendas de básicos cresceram 52,3%, com destaque para minério de cobre, petróleo em bruto, minério de ferro, carne bovina, suína e de frango, carnes salgadas e soja em grão. As vendas de manufaturados tiveram incremento de 19,2%, com destaque para óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, máquinas e aparelhos de terraplenagem, tratores, autopeças, automóveis, óleos combustíveis, aviões e laminados planos de ferro e aço.

Na comparação com abril deste ano, quando a média diária exportada foi de US$ 758,1 milhões, houve um aumento de 10,4% motivado, segundo o MDIC, pelas vendas de semimanufaturados (+21,4%) e básicos (+16,5%). As exportações de manufaturados caíram 0,4%.

As importações, no mês, somam US$ 6,897 bilhões, com média diária de US$ 689,7 milhões, o que representa um incremento de 47,4% em relação a maio de 2009 (US$ 468,1 milhões). Nessa base de comparação, cresceram as aquisições brasileiras de equipamentos eletroeletrônicos (+70,5%), produtos farmacêuticos (+67,1%), químicos orgânicos e inorgânicos (+58,5%), automóveis e partes (+56,6%), instrumentos de ótica e precisão (+48,7%), combustíveis e lubrificantes (+48,4%), produtos plásticos (+45,9%) e siderúrgicos (+45,8%).

Na comparação com abril, quando a média diária importada foi de US$ 693,9 milhões, houve uma retração de 0,6%. Segundo o MDIC, o movimento foi motivado pela queda nos desembarques de combustíveis e lubrificantes (-20,7%), siderúrgicos (-14,6%), aeronaves e peças (-7,9%), adubos e fertilizantes (-4,7%), produtos plásticos (-2,3%) e automóveis e partes (-1,5%).
Agência Estado - (AE)



Exportadores descontentes querem estrutura tributária moderna
O pacote de medidas elaboradas pelo Governo Federal para aumentar a competitividade do comércio exterior do País não acalmou os ânimos dos exportadores brasileiros. Pelo contrário, apenas despertou mais críticas. Produtores e exportadores consultados pela reportagem de PortoGente pedem uma urgente modernização da estrutura tributária nacional. Eles lamentam que o câmbio do País seja flutuante, ficando ao sabor do mercado.

Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, o governo tem se movimentado de forma insuficiente para garantir a saúde das exportações do País. “Até mesmo se o governo garantisse o reembolso imediato do total de impostos arrecadados com a exportação, não seria o suficiente para compensar a distorção cambial, resultado de um dos maiores juros reais do mundo”. Na avaliação dele, a devolução parcial de impostos arrecadados representa grande perda de oportunidade de modernização da estrutura tributária.

A criação de um dólar proveniente das exportações, a um câmbio fixo e pré-determinado, como fazem os grandes exportadores como a China, é a saída para a atual situação, opina o presidente da Brasil Fresh Produce (BFP), Luiz Roberto Barcelos. À frente da joint venture dos fruticultores, ele acredita que as medidas do Governo Federal não surtirão efeitos e seguirão penalizando os exportadores com uma política de câmbio flutuante.

“Como o Brasil é um país eminentemente exportador, a oferta de dólar no mercado será sempre maior do que a procura pela compra de dólar. Para piorar a situação, bilhões de dólares estão vindo ao Brasil, atraídos por uma das maiores taxas do mundo”.
PortoGente



Camex trabalha para o Brasil aderir a convenções internacionais
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) está mobilizando o seu quadro de técnicos para garantir a adesão do Brasil a convenções relativas a transporte e comércio internacional. Entre os principais alvos do órgão integrante do Conselho do Governo Federal estão as convenções de Istambul, Kyoto e Roterdã.

O principal objetivo da Camex é dar maior visibilidade ao comércio exterior brasileiro em âmbito internacional, informa o assessor especial da Camex, José Manoel Cortiñas Lopez. O ingresso nas convenções em questão deve diminuir a burocracia nas negociações comerciais com outros países.

De acordo com ele, os trabalhos mais avançados estão no trâmite para ingresso na Convenção de Istambul, criada em 1993 para garantir maior agilidade na entrada e retorno de mercadorias para admissão temporária de bens com suspensão de tributos. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou o texto da Convenção em outubro do último ano e o governo agora aguarda a votação no Congresso Nacional.

Outros processos que aguardam aprovação no Congresso são as assinaturas das convenções de Viena e de Kyoto. A primeira aborda os contratos de compra e vendas de bens, enquanto o acordo de Kyoto visa facilitar o trânsito aduaneiro de cargas entre as nações signatárias.

A Convenção de Roterdã também está na mira da Camex, segundo Cortiñas Lopez. Embora seja a que está em trâmite mais incipiente, é de grande importância para os exportadores e importadores do País. O documento adotado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008 aponta os direitos e deveres dos envolvidos com o transporte marítimo de mercadorias, além de tratar o grau de responsabilidade de cada um deles em caso de perdas e danos.
PortoGente



Segunda semana de maio registra superávit de US$ 952 milhões

Entre os dias 10 e 16 de maio de 2010– segunda semana do mês – as exportações brasileiras somaram US$ 4,363 bilhões, com média diária de US$ 872,6 milhões, e as importações US$ 3,411 bilhões (média diária de US$ 682,2 milhões). Esses desempenhos resultaram num superávit (diferença entre o valor exportado e o importado) de US$ 952 milhões, com média de US$ 190,4 milhões nos cinco dias úteis do mês. No período, a corrente de comércio (soma das exportações e importações) ficou em US$ 7,774 bilhões (média diária de US$ 1,554 bilhão).

A média diária das exportações na segunda semana de maio foi 9% maior que a registrada na primeira semana do mês (US$ 800,6 milhões). O crescimento foi atribuído ao desempenho de embarques de produtos das três categorias: básicos (+10,6%) – principalmente, soja em grão, minério de ferro, carnes de frango, bovina e suína, farelo de soja e café em grão –, manufaturados (+8,3%) – com destaque para automóveis, óleos combustíveis, aviões, açúcar refinado, laminados planos de ferro e aço, veículos de carga, motores e geradores elétricos e celulares – e semimanufaturados (+3%) – em virtude de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço e alumínio em bruto.

As importações, também pela média diária, retraíram 2,2% na comparação com a primeira semana do mês por conta de aparelhos e instrumentos eletroeletrônicos, automóveis e partes, produtos químicos orgânicos e inorgânicos, instrumentos de ótica e precisão, produtos siderúrgicos, combustíveis e lubrificantes.

Mês
Nas duas primeiras semanas de maio, as exportações totalizaram US$ 8,366 bilhões, o que representou um desempenho médio diário de US$ 836,6 milhões. Por este critério, os embarques brasileiros cresceram 39,6% na comparação com a performance média diária registrada em todo o mês de maio do ano passado (US$ 599,2 milhões). Nessa comparação, cresceram as exportações de produtos das três categorias: semimanufaturados (+63,1%) – em função de alumínio em bruto, celulose, açúcar em bruto, couros e peles e ferro-ligas –, básicos (+52,3%) – especialmente minério de cobre, petróleo em bruto, minério de ferro, carne bovina, suína e de frango, carnes salgadas e soja em grão – e manufaturados (+19,2%) – devido a óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, máquinas e aparelhos de terraplanagem, tratores, autopeças, automóveis, óleos combustíveis, aviões e laminados planos de ferro e aço.

Em relação a abril deste ano, quando a média diária das exportações chegou a US$ 758,1 milhões, houve um incremento de 10,4% motivado pelas vendas de semimanufaturados (+21,4%) e básicos (+16,5%). As exportações de manufaturados, entretanto, recuaram 0,4%.

No período, as importações chegaram a US$ 6,897 bilhões, com média diária de US$ 689,7 milhões. Na mesma comparação, os desembarques brasileiros apresentaram incremento de 47,4% em relação a maio de 2009 (US$ 468,1 milhões). Em relação a maio do ano passado, cresceram as aquisições brasileiras de equipamentos eletroeletrônicos (+70,5%), produtos farmacêuticos (+67,1%), químicos orgânicos e inorgânicos (+58,5%), automóveis e partes (+56,6%), instrumentos de ótica e precisão (+48,7%), combustíveis e lubrificantes (+48,4%), produtos plásticos (+45,9%) e siderúrgicos (+45,8%).

Porém, sobre abril de 2010, quando a média diária das importações foi de US$ 693,9 milhões, houve retração de 0,6%, motivada por queda nos desembarques de combustíveis e lubrificantes (-20,7%), siderúrgicos (-14,6%), aeronaves e peças (-7,9%), adubos e fertilizantes (-4,7%), produtos plásticos (-2,3%) e automóveis e partes (-1,5%).

No acumulado do mês, o superávit somou US$ 1,469 bilhão (média diária de US$ 146,9 milhões), valor 12% maior que o verificado no mês de maio do ano passado (US$ 131,2 milhões) e 129% acima do registrado em abril deste ano (US$ 64,2 milhões).
Ano
De janeiro à segunda semana de maio, as exportações brasileiras acumularam US$ 62,756 bilhões, com média diária de US$ 689,6 milhões. O desempenho médio diário das exportações foi 26,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (US$ 543,4 milhões).

No mesmo período, as importações totalizaram US$ 59,112 bilhões, com média diária de US$ 649,6 milhões, valor 41,7% superior ao verificado no mesmo período de 2009 (média diária de US$ 458,4 milhões).

O saldo comercial, no acumulado do ano, chegou a US$ 3,644 bilhões, com média diária de US$ 40 milhões. Por esse critério, houve queda de 52,9 % em relação ao mesmo período de 2009 (US$ 85 milhões).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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