LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

LOGÍSTICA



BTP adota programa para agilizar chegada de cargas
A Tribuna 

Evitar filas de caminhões nos portões gates de entrada do terminal, validar documentos online e, consequentemente, ganhar tempo nas operações portuárias são os principais ganhos do software Truck Apointment System (TAS), que será usado nas instalações da Brasil Terminal Portuário (BTP), em construção na região da Alemoa, na Margem Direita do Porto de Santos. O sistema foi desenvolvido por técnicos da companhia, e entrará em operação no início do próximo ano.

Os detalhes operacionais do TAS foram apresentados pela primeira vez à comunidade portuária de Santos na última sexta-feira (26), em uma reunião no Centro da Cidade. Na platéia, estavam membros da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres (ABTTC).

O TAS é um software semelhante a outros utilizados em terminais especializados na movimentação de contêineres. O diferencial do sistema é que ele conta com acesso direto ao Banco de Dados Comum de Credenciamento (BDCC), sistema de controle de acesso a áreas alfandegadas do Porto de Santos, e permite rastreamentos e relatórios de uso do terminal.

As informações são inseridas no TAS por armadores, exportadores e transportadores de carga. Tudo depende da operação, que pode ser com contêineres cheios ou vazios, para importação ou exportação.

Com o sistema, nenhuma carga entrará ou sairá do terminal sem agendamento prévio. O horário de entrada será definido quando os dados necessários forem inseridos no sistema. No início das operações, haverá uma tolerância de trinta minutos de antecipação ou atraso para a chegada do carregamento.

O caminhão, com um número de acesso chamado visit code, entrará por um pré-gate, onde haverá uma vistoria física do contêiner e de seu lacre. Se tudo estiver de acordo, ele passará para o gate de acesso. Em caso de inconsistência dos dados, o veículo deve ser encaminhado a uma das 86 vagas de estacionamento do local.

Já no gate, câmeras com o sistema de leitura OCR (sigla em inglês para Reconhecimento Óptico de Caracteres) farão a verificação da placa do caminhão e do número do contêiner. As informações serão cruzadas com as fornecidas ao banco de dados da empresa.

A estimativa do diretor de Operações da BTP, João Mendes Neto, é que sejam necessários de 30 a 60 minutos para a entrada, o carregamento ou o descarregamento e a saída dos veículos no terminal.

Balanças instaladas em gates e em todos os RTGs da BTP serão responsáveis por conferir se o peso das caixas metálicas é o mesmo que o descrito no agendamento.

No início, o sistema será operado por técnicos, mas será possível torná-lo totalmente automatizado. “Nossos dois acionistas juntos (a Terminal Investment Limited, grupo que controla a armadora MSC, e a APM Terminals, do Grupo Maersk) têm mais de 300 terminais de contêineres espalhados pelo mundo. Nós, em Santos, temos que ter um nível de serviço diferente e melhor do que tudo que é oferecido por aqui”, destaca o diretor.

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