LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

AUDITORES FISCAIS




Fim da greve não muda postura dos auditores
A operação Crédito Zero, que já custou mais de R$ 5 bi, é uma das ações empregadas na mobilização
Vandré Dubiela

Foz - Perto de completar quatro meses, a operação-padrão da Receita Federal e o crédito zero são mobilizações ainda mantidas pelos auditores fiscais lotados no Oeste. Na região coberta por Foz do Iguaçu são mais de cem auditores e, desse total, a maioria, em torno de 80, atua na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. Quinta-feira, a mobilização completará quatro meses.

O fim da greve da Polícia Federal, anunciada ontem em 15 de 22 estados, não vai influenciar em uma mudança de postura dos auditores, de acordo com o presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco em Foz, Diego Augusto de Sá. “Tratam-se de categorias distintas e com suas bandeiras próprias”. De ontem até quinta, delegados sindicais de todo o Brasil encontram-se em Brasília para rever e analisar as propostas apresentadas pelo governo federal. O auditor fiscal Alfonso Burg, de Foz do Iguaçu, está em Brasília acompanhando as discussões.
Na Estação Aduaneira do Interior de Foz, a operação-padrão ainda mantém o ritmo cadenciado de liberação de caminhões. Ontem eram mais de 500 aguardando a senha nas transportadoras e postos de combustível e cerca de 800 no estacionamento da Eadi.
Se o governo ceder aos policiais federais, os auditores pretendem assumir um novo comportamento, voltado a pressionar o governo a atender às demandas da categoria. Segundo Diego Sá, a leitura feita pelos auditores fiscais é diferente da dos policiais federais. “Os auditores atuam em uma área logística e de proximidade maior com o público”.
No fim desta semana, o movimento apresentará novos termos de conduta a partir dos assuntos debatidos durante os quatro dias de plenária em Brasília. “Se surgir um canal direto e avançado para negociação, não temos motivo para adotar um perfil mais radical”. Conforme Diego de Sá, o governo acenou positivamente a alguns itens da pauta, mas não de maneira clara. “Sobre a implantação da lei orgânica do fisco, o governo federal chegou a admitir a possibilidade de colocar em prática, porém, sustentando a necessidade de antes criar um grupo de estudos para avaliar essa proposta”.

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