LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 27 de setembro de 2012



Auditores da Receita completam 98 dias de greve, sem acordo em vista
Com a operação Crédito Zero, os lançamentos tributários caíram 70% em agosto na comparação com o ano passado

Reunião do Conselho de Delegados Sindicais, que contou com a presença de representantes da Receita Federal de todo país, realizada na última semana decidiu pela continuidade do movimento grevista da categoria que completa hoje (26/09) 98 dias, com a Operação Crédito Zero nas zonas secundárias, como é o caso de Marília e Operação Padrão nas zonas primárias, como os portos e aeroportos. A paralisação começou em todo país em 18 de junho.
Segundo o presidente do Sindifisco (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) regional Marília, Luiz Benedito, hoje será realizada assembleia para aprovação do indicativo nacional.
“Ainda não temos previsão de término da greve, pois o governo não está mostrando interesse em negociar com os auditores, estamos sem reajuste há muitos anos. Vamos continuar com o Crédito Zero na cidade, por enquanto, não temos previsão de novas paralisações totais como ocorreu em algumas datas anteriores”, explica Benedito.
Em Marília, hoje existem cerca de 40 auditores fiscais. A greve já prejudica em 50% os lançamentos de créditos tributários para a cidade. Além disso, a análise de declarações em malha fina já caiu em 97,5%. “Nossa intenção não é prejudicar a população, porém infelizmente isso acaba acontecendo. Em nível nacional a redução de aprovação tributária também caiu 50%”, avalia Benedito.
Os lançamentos tributários que no ano passado foram em torno de R$ 14 milhões no mês de agosto, neste ano não chegaram a R$ 4 milhões, uma queda de mais de 70%. No computo anual, que inclui análise de janeiro a agosto, a produtividade de cada auditor fiscal caiu em 30%, em relação ao ano passado, sendo que na comparação de ambos os meses de agosto essa queda foi de 55%. Os trabalhos de malha que no ano anterior até agosto tinha alcançado o número de 1.760, neste ano foram trabalhadas apenas 897 declarações.
A categoria quer aumento de 30,19% no salário final e da tabela remuneratória composta de seis padrões, com uma diferença de 4,5% entre eles. Além da criação de indenização de fronteira, no valor de 20% do maior subsídio da categoria.

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