LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 19 de setembro de 2012




Acidente no porto de Santos prejudica embarque de grãos


Um acidente no berço de atracação 38 do corredor de exportação de grãos do porto de Santos danificou no sábado equipamentos utilizados para o carregamento de soja e milho, o que limitará os embarques no local até que os carregadores sejam consertados.

Um navio se desprendeu durante a operação de carregamento de soja e arrastou com ele um dos carregadores ("shiploaders"), cuja haste estava dentro do porão do navio, informou nesta segunda-feira a assessoria de imprensa do porto.

Esse equipamento ficou bastante danificado. Um segundo carregador também foi afetado pelo acidente, mas os danos foram menores.

Segundo a assessoria do porto, há um terceiro carregador no corredor de exportação. Esse equipamento realizará as atividades enquanto os outros dois não forem consertados.

A administração do porto não tinha prazo para o restabelecimento das operações. Cada equipamento carrega 1.500 toneladas por hora.

O porto ainda conta com outros quatro terminais privados de carregamento de grãos em Santos, além do corredor de exportação público, segundo a consultoria SA Commodities.

No entanto, de acordo com a consultoria, o corredor é o que tem mais navios na fila esperando para carregar grãos no porto.

A SA Commodities informou ainda que o navio Yusho Regulus, que arrastou os carregadores, deveria ser carregado com mais de 60 mil toneladas de soja que teria como destino a China.

No início do ano, um navio se chocou com o "shiploader" do Terminal Graneleiro do Guarujá (TGG), no complexo de Santos, interrompendo temporariamente as operações.

Naquela oportunidade, ainda havia poucos grãos disponíveis para embarque, uma vez que a colheita estava começando.

Atualmente, o Brasil já exportou quase toda a soja da colheita passada. Por outro lado, as empresas correm para embarcar volumes elevados de milho, já que a safra foi recorde e há forte demanda externa.

No mês passado, as exportações de milho do Brasil atingiram um recorde de 2,7 milhões de toneladas, com bons preços favorecendo as vendas externas.

O ACIDENTE

O porto ainda está apurando como ocorreu o acidente, segundo a assessoria de imprensa.

Contudo, informações preliminares indicam que um navio, ao deixar o porto, passou numa velocidade acima da permitida pelo canal de atracação.

Isso provocou uma onda que acabou fazendo com que as amarras do navio Yusho Regulus se desprendessem.

Com o desprendimento, o navio acabou se afastando da margem e arrastando com ele os carregadores.

Fonte: Reuters / Roberto Samora



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