LEGISLAÇÃO

terça-feira, 28 de agosto de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 28/08/2012




Adubo preso no porto faz falta no campo


Com sobrecarga, limitações estruturais e falta de trabalhadores, o porto de Paranaguá terá de acelerar o descarregamento de fertilizantes para não atrasar o plantio de verão. O estado mais prejudicado pela demora na entrega de adubo é Mato Grosso. Faltando menos de um mês para o início do plantio, o maior produtor nacional de soja ainda não recebeu dois terços das mais de 3 milhões de toneladas encomendadas. Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul, mesmo tendo antecipado as compras, também enfrentam o problema.

O porto é a porta de entrada de 40% de todo o fertilizante utilizado no país. De acordo com dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), entre janeiro a julho, apenas 1,2 milhão de toneladas de adubo foi entregue no estado. No mesmo período do ano passado, o montante ultrapassava 2 milhões (t).

“Tem muito volume [de fertilizante] retido no Porto. Ano passado foram utilizadas 3 milhões de toneladas na safra. Como a previsão é de aumento da área, vai precisar de mais insumo”, afirma Daniel Latorraca, gestor do Imea. O instituto estima ampliação das lavouras de 7,1 para 7,9 milhões de hectares (11,6%).

A dificuldade no desembarque do insumo é reflexo dos problemas de logística do Porto. Desde o primeiro semestre, os navios aguardam semanas para descarregar o produto – a espera pode chegar a 60 dias – no terminal paranaense. De acordo com o site da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), quase metade dos 106 navios que aguardam para atracar em Paranaguá está carregada com fertilizante.

Agravante

A operação de desembarque também foi atingida pela instalação da trava eletrônica no terminal paranaense, pelo Órgão Gestor de Mão de Obra Portuária (Ogmo), com o propósito de impedir que os trabalhadores portuários avulsos dobrem a jornada de trabalho. Segundo informações do Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (Sindop), a medida resultou na falta de trabalhador e, consequentemente, aumento no tempo para operar os navios.

Entre janeiro e julho, cerca de 4,7 milhões de toneladas de fertilizantes desembarcaram em Paranaguá. A quantidade é 11% menor que no mesmo período do ano passado. A estimativa é que a importação de adubo supere 2011, quando 9 milhões de toneladas foram negociadas. Com isso, a descarga necessária até plantio passa de 2 milhões de toneladas por mês. Cerca de 70% do adubo consumido no Brasil são importados.

No Paraná, as cooperativas agrícolas – que abrangem perto de dois terços da área de milho e soja – informam que boa parte das encomendas foram entregues e que o início do plantio de verão está garantido. Assim, se o clima seco prevalecer e o descarregamento de adubo for contínuo, não deve haver atraso na semeadura relacionado ao porto, a não ser para quem deixou para comprar adubo na última hora.

Fonte: Gazeta do Povo (PR) / Carlos Guimarães Filho


Porto registra movimento recorde de caminhões

Três mil caminhões por dia, em média, passaram pelo Pátio de Triagem da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) esta semana. Apesar do movimento recorde, a logística implantada pela Appa permitiu atender ao fluxo sem qualquer transtorno. ''Não houve transtorno algum, nem fila na estrada, na entrada ou durante a descarga'', disse o superintendente Luiz Henrique Dividino.

O pico do movimento ocorreu na segunda-feira (20), quando foi registrada a passagem de 3.325 caminhões, entre os que deram entrada e os que foram liberados para a descarga.

O local chegou a lotar na madrugada. Porém, não ficou nem uma hora nessa situação. A chegada, a classificação e a liberação dos caminhões ocorreram normalmente. Tanto no pátio quanto nos terminais de descarga, a ordem, a limpeza e a segurança foram mantidas.

''A situação desta semana mostra que temos condições de dar conta de todo o crescimento de demanda, de maneira organizada. Por outro lado, mostra que a demanda só aumenta e temos que, urgentemente, pensar em alternativas para continuar atendendo com qualidade e segurança'', afirmou Dividino.

De 0h de segunda até às 11h de sexta-feira, passaram pelo Pátio de Triagem 12.860 caminhões, de acordo com os dados registrados pelo Carga Online, sistema que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto. A maioria desses veículos é do Paraná. Também chegaram em Paranaguá caminhões procedentes do Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O movimento recorde de caminhões, nos dois sentidos, foi registrado, também, pela Ecovia - concessionária que administra a BR-277, que liga Curitiba a Paranaguá. Segundo a empresa, a média de movimento, esta semana, foi de 7,5 mil caminhões. Na terça-feira, 21, o pico - recorde do mês de agosto - chegou a 8.627.

Durante este mês, do dia 1.º ao último dia 23, passaram pela praça de pedágio 168.713 caminhões -- 85.343, apenas sentido no Paranaguá. Ainda segundo a concessionária, durante todo este ano, o movimento de caminhões pela BR-277 foi de 1.462.430. Apenas sentido Paranaguá, entre 1.º de janeiro até o último dia 23, foram 733.653 caminhões que passaram pelo pedágio.

Fonte: Folha de Londrina,PR


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