LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 27/08/2012


Greve provoca engarrafamento de navios no mar de Salvador


 Os navios aguardam, ao largo, o fim da greve dos servidores
Os navios aguardam, ao largo, o fim da greve dos servidores
Trinta e cinco navios estão fundeados na Baía de Todos os Santos à espera de liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para descarregar mercadorias no Porto de Salvador que variam de trigo a produtos químicos.
O congestionamento de embarcações na Baía de Todos os Santos se deve à greve dos servidores federais.
“A liberação dos navios que chegam à capital baiana estão acontecendo por meio de mandados de segurança”, explica Eronilson Costa, secretário sindical do Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências).
Em greve desde 16 de julho, 70% dos servidores da Anvisa foram obrigados judicialmente a retornar ao trabalho, mas, segundo Costa, devido à demanda acumulada dos dias de paralisação, os fiscais não estão conseguindo dar conta das inspeções.
“Um navio está levando em média dez dias para conseguir a liberação para descarregar em Salvador e em 90% dos casos, a liberação só acontece através de determinação judicial”, conta. Ainda segundo Costa, mais de 35 navios estão paralisados na Baía de Todos os Santos a espera da liberação realizada por funcionários da Anvisa. “Diariamente chegam, em média, 10 navios no Porto de Salvador”, ressalta.
A Bahia tem 60 funcionários da Anvisa, porém, apenas oito fiscais fazem as inspeções no Porto e Aeroporto de Salvador. “É um número insuficiente”, diz, destacando que o aumento do efetivo está entre as reivindicações da categoria.
Nessa quinta-feira (23/8), servidores da Anvisa, da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Receita Federal realizaram um protesto, na Avenida da França, no bairro do Comércio. Eles rejeitaram a proposta de reajuste do governo federal – 15,08% parcelado em três anos.
De acordo com Luiz Fernando Nogueira, presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) de Salvador e Região Metropolitana, apenas medicamentos, alimentos perecíveis, explosivos, armamentos e urnas funerárias estão sendo liberadas pelos fiscais da Receita. “Todos os outros produtos importados estão ficando retidos da Alfândega”, destaca.
A próxima semana deve ser marcada por mais alguns transtornos. Na terça e quarta-feira, os fiscais pretendem paralisar as atividades de desembaraço na Alfândega, do Porto e também do Aeroporto de Salvador.
Paralisação de 25 categorias
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve em todo país, tendo o aumento salarial como uma das principais reivindicações.
De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.
Na Bahia, segundo o Sinagências, Anvisa, Anatel, ANS, ANTT, Anac, ANP, DNPM aderiram ao movimento. Cerca de 68 % - com exceção da Anvisa que mantém 70% do efetivo, por determinação da Justiça – dos funcionários estão paralisados.
Estão em greve ainda a Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Arquivo Nacional, Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros.
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o “espaço orçamentário” para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados. 


Greve da Anvisa afeta abastecimento de diesel no Rio e no Paraná

A greve da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nos portos está afetando o abastecimento de óleo diesel para postos no Rio de Janeiro  e no Paraná, disse nesta quinta-feira (23) o presidente-executivo do Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), Alísio Vaz.

Ele diz que o atraso está acontecendo porque a Petrobras, que complementa o abastecimento do país com importação de combustível, precisa da aprovação de um fiscal da Anvisa para liberar a carga nos portos.

"Na medida em que há uma fila de navios esperando, há um atraso que, consequentemente, gera essa situação de estresse nos postos para o caminhoneiro encontrar o diesel. "Existem situações pontuais, mas as áreas mais preocupantes são no Paraná e no Rio de Janeiro", disse o presidente-executivo do sindicato.

O superintendente de abastecimento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis), Dirceu Amorelli, disse que o órgão regulador já enviou ofício à Petrobras devido ao "não atendimento" de diesel S-50 em postos dos dois Estados.

AUMENTO DO CONSUMO

"Está havendo um consumo [de diesel] maior que o previsto", disse Amorelli. "A Petrobras já foi oficiada por não atendimento."

"Há algum tipo de atraso no fornecimento de diesel pela Petrobras", disse Vaz. "Não é só pelo aumento da demanda, mas até por fatores imprevisíveis, como a greve do funcionalismo público, que atrasa o atracamento e a descarga de navios importados."

O dirigente do Sindicom disse que o consumo de diesel cresceu 7% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2011. Foram consumidos 26 bilhões de litros nos seis primeiros meses do ano.
http://www.jornalfloripa.com.br/economia/index1.php?pg=verjornalfloripa&id=11884




Começam estudos para a ampliação de Paranaguá

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) já começa a colocar em prática o plano de expansão anunciado em abril. Esta semana está sendo realizada a sondagem a percussão em água que permite o reconhecimento do solo para dar início aos projetos de fundação das obras de ampliação.
“Em abril, anunciamos o Programa de Expansão dos Portos Paranaenses. Em maio, apresentamos o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto Organizado, aprovado em junho, já com essas alternativas de ampliação. Com a atualização do documento que nos garante um crescimento estruturado, não temos tempo a perder. O aquecimento da economia e o aumento da demanda pedem que o Porto cresça para melhor atender seus clientes. É isso que estamos fazendo, baseados em constante diálogo, transparência e estudos técnicos. Estamos cumprindo a missão dada pelo governador Beto Richa de transformar os Portos de Paranaguá e Antonina em plataformas logísticas do comercio exterior”, afirma o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.


Foto: Nájia Furlan/ Appa

Appa realiza o 


reconhecimento do solo

A empresa contratada para esse serviço é a Soloporte Construções e Comercio Ltda. Assinado na segunda metade de junho, o contrato com a Appa prevê 16 furos de sondagem a percussão em água, com comprimento estimado de 35 metros, sendo dez metros de lâmina de água e 25 metros de perfuração em solo (no fundo do mar).
Segundo a Diretoria Técnica da Appa, tal serviço permite conhecer e testar a resistência do solo para saber a profundidade necessária para uma estrutura estável. De acordo com os engenheiros da Appa, como os projetos de fundação são uma etapa importante para as construções de todo porte – quanto mais informações subsidiarem os mesmos, melhor.





Porto de Paranaguá registra movimento recorde de caminhões

Três mil caminhões por dia, em média, passaram pelo Pátio de Triagem da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) esta semana. Apesar do movimento recorde, a logística implantada pela Appa permitiu atender ao fluxo sem qualquer transtorno. “Não houve transtorno algum, nem fila na estrada, na entrada ou durante a descarga”, disse o superintendente Luiz Henrique Dividino.

O pico do movimento ocorreu na segunda-feira (20), quando foi registrada a passagem de 3.325 caminhões, entre os que deram entrada e os que foram liberados para a descarga.

O local chegou a lotar na noite de quinta (23) para sexta (24). Porém, não ficou nem uma hora nessa situação. A chegada, a classificação e a liberação dos caminhões ocorreram normalmente. Tanto no pátio quanto nos terminais de descarga, a ordem, a limpeza e a segurança foram mantidas.

“A situação desta semana mostra que temos condições de dar conta de todo o crescimento de demanda, de maneira organizada. Por outro lado, mostra que a demanda só aumenta e temos que, urgentemente, pensar em alternativas para continuar atendendo com qualidade e segurança”, afirmou.

PERFIL – De 0h de segunda (20) até às 11h desta sexta-feira (24), passaram pelo Pátio de Triagem 12.860 caminhões, de acordo com os dados registrados pelo Carga Online (sistema que faz o gerenciamento do fluxo logístico dos veículos até o porto, estabelecendo quotas diárias de recebimento de caminhões e vagões para cada terminal/operador).

A maioria desses veículos é do Paraná. Também chegaram em Paranaguá caminhões procedentes do Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Os caminhões transportavam mais de 237 mil toneladas de grãos. O principal produto era o milho, que somou 128 mil toneladas. De farelo foram 57 mil toneladas e de soja, 52 mil.

PÁTIO DE TRIAGEM – Como apoio ao modal rodoviário, o Porto de Paranaguá é o único do Brasil a ofertar, gratuitamente, um pátio de triagem para os caminhões que chegam para descarregar os granéis sólidos agrícolas, através do Corredor de Exportação.

A área possui capacidade de estacionamento de 1.400 caminhões, sendo que a capacidade instalada de recebimento do Complexo de Silos de Graneis Sólidos pode absorver até 2.800 caminhões/dia. Operando através do sistema Carga Online, que ajuda a evitar as filas, as cargas só são liberadas quando existe local disponível em armazém para receber o produto e navio nominado para receber a carga.

ECOVIA – O movimento recorde de caminhões, nos dois sentidos, foi registrado, também, pela Ecovia – concessionária que administra a BR-277, que liga Curitiba a Paranaguá. Segundo a empresa, a média de movimento, esta semana, foi de 7,5 mil caminhões. Na terça-feira (21), o pico – recorde do mês de agosto – chegou a 8.627.

Durante este mês, do dia 1.º ao último dia 23, passaram pela praça de pedágio 168.713 caminhões – 85.343, apenas sentido no Paranaguá. Ainda segundo a concessionária, durante todo este ano, o movimento de caminhões pela BR-277 foi de 1.462.430. Apenas sentido Paranaguá, entre 1.º de janeiro até o último dia 23, foram 733.653 caminhões que passaram pelo pedágio.


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