LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 13/07/2012




TEMPO DE VIAGEM REDUZIDO
Tempo de viagem a Cabo Verde cai com nova rota
Agora, abre-se a possibilidade de o Ceará exportar produtos pouco explorados, como os perecíveis

O Ceará deve ganhar, até o fim deste ano, um rota marítima direta para Cabo Verde, país localizado ao Oeste da África e grande importador de produtos cearenses. Dessa forma, o tempo de viagem da carga, que hoje é de 35 a 40 dias, será reduzido consideravelmente e abrirá um leque de possibilidades para novos negócios entre o Estado e a África em geral, incluindo até a exportação de produtos perecíveis, setor ainda pouco explorado.


Porto do Mucuripe já tem infraestrutura para operar nova rota, informa a CDC Foto: Divulgação

As oportunidades de negócios em torno dos blocos econômicos da África e o potencial de exportação dos produtos do Nordeste do Brasil para o continente africano foram apresentados ontem pelo secretário executivo da Comissão de Comércio Exterior (CCE), Roberto Marinho, durante um evento na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) que reuniu aproximadamente 140 representantes de empresas interessadas nos benefícios da rota direta.

Segundo Marinho, as exportações do Ceará estão prestes a sofrer um impacto bastante positivo. "A ideia é fazer com que o tempo médio que uma carga para chegar a Cabo Verde fique entre cinco e seis dias. Isso vai possibilitar a exportação de produtos perecíveis, por exemplo, que não aguentam 35 dias de viagem. E não para por aí. Sucos de frutas, flores, granitos e até material de construção também poderão ser vendidos para o país africano", explica o secretário. "Apenas 45% de alguns itens que o Ceará exporta tem a possibilidade de chegar em Cabo Verde. O grande objetivo é maximizar esse índice o quanto antes", complementa.

Atualmente, uma carga que sai do Porto do Mucuripe com destino a Cabo Verde demora mais de um mês por conta das escalas em outras regiões, já que do Ceará parte para São Paulo e posteriormente segue em direção às Ilhas Canárias, para só então pegar o caminho para o continente africano.

Frete mais barato

Outro fator preponderante na criação de uma rota marítima direta para Cabo Verde é a redução dos custos do frete. Para se ter uma ideia, no caso de translado aéreo, que às vezes é usado para agilizar a chegada de determinados itens, paga-se R$ 2,50 por quilo transportado, o que contabiliza R$ 2,5 mil por tonelada (t). Com a rota, para se transportar 20 mil t se pagará, no máximo, R$ 3 mil. "Apesar de não durar nem um dia, a entrega por avião é cara e não possui uma grande capacidade de armazenamento", diz Marinho.

Estrutura

Para que a rota marítima direta entre em funcionamento, Cabo Verde ainda que terá que providenciar uma infraestrutura para criar condições físicas de recebimento da carga. A previsão é que esse e outros ajustes, como a definição de custos e capacidade de carga, sejam definidos até outubro, quando será anunciado o inicio das operações, que devem acontecer ainda neste ano.


Em evento realizado ontem na Fiec, o secretário Roberto Marinho mostrou para cerca de 140 interessados as novas possibilidades de negócios Foto: Divulgação

Por meio de sua assessoria, a Companhia Docas do Ceará avisou que já possui a estrutura necessária para a nova rota.

CustoR$ 3 mil deve ser o valor máximo para o transporte de 20 mil toneladas de carga por meio da rota direta para Cabo Verde. Aviões cobram R$ 2,50 por quilo 




Shineray amplia importação de veículos pelo Porto do Recife


O Porto do Recife recebe, neste fim de semana, 550 utilitários importados da China. Às 14h desta segunda-feira (dia 13), a diretoria da Shineray e a direção do Porto do Recife apresentam os veículos para a imprensa. Este é o segundo carregamento de veículos Shineray no Porto do Recife, com praticamente o dobro do volume da primeira carga. Os veículos vão permanecer no pátio interno alfandegado, até serem nacionalizados. A marca chinesa utiliza a área do porto como centro logístico.
A presidente do Porto do Recife, Marta Kümmer, afirmou que a carga reforça o diferencial competitivo de tradicional ponto de desembarque e distribuição da região. “O porto é estratégico para o crescimento econômico da região e apresentamos nosso perfil completo em logística para mercados que se consolidam no Nordeste”. O diretor de operações e comercial, Sidnei Aires, afirma que o desembarque é uma nova etapa no momento do porto. “Vivemos a reativação das nossas instalações e estamos atraindo grandes parceiros comerciais”, como a Shineray.

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