LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 7 de junho de 2010

EXPORTAÇÃO - 07/06/2010

Rio conquista novos mercados e exportações dobram nos quatro primeiros meses do ano
As exportações da indústria fluminense somaram US$ 6,2 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano, revelando expansão de 100% em relação ao mesmo período de 2009, o que gerou um saldo comercial positivo para o estado do Rio de Janeiro de US$ 1,8 bilhão. As importações alcançaram, no período, US$ 4,4 bilhões.

Os dados são do boletim Rio Exporta, da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan). Segundo o chefe da Divisão de Estudos Econômicos da entidade, Guilherme Mercês, enquanto a balança comercial nacional vem se deteriorando devido à maior expansão das importações, no estado do Rio, as exportações mostram maior dinamismo.

A principal causa do fenômeno, de acordo com o economista, é a conquista de novos mercados, “mesmo em um ambiente de crise”. “Quando a economia mundial volta a se recuperar, traz a reboque as exportações fluminenses, que estão se saindo muito bem desde o início de 2010”.

A indústria extrativa triplicou as exportações no primeiro quadrimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado. As vendas externas de óleos brutos de petróleo subiram 182% de janeiro a abril, liderando os embarques do estado. Guilherme Mercês destacou também o crescimento das vendas de minério de ferro. Na indústria de transformação, mostraram desempenho positivo os setores de material elétrico e de transportes, indústria química e perfumaria e cosméticos.

O economista enfatizou que a China alcançou o principal posto de destino das exportações fluminenses, desbancando os Estados Unidos como mercado importador. “Isso deixa claro o novo cenário da economia internacional, em que os países emergentes puxam o crescimento mundial, em detrimento dos países desenvolvidos”.

Em abril, o comércio externo no Rio de Janeiro registrou exportações no valor de US$ 1,7 bilhão. Com isso, a participação do estado nos embarques totais do Brasil atingiu 11,4% no acumulado do ano. Além disso, as exportações fluminenses alcançaram a maior participação histórica nos 12 meses encerrados em abril, que foi de 10,3% do total exportado pelo país.
Agência Brasil



Para a Apex-Brasil, Estado pode ampliar negócios com a China
Exposição pode se tornar plataforma comercial do País na China

Dia do Brasil na Expo Xangai foi comemorado nesta quinta-feira. Foto: Flávio Dutra/PMPA/JC Algumas das melhores oportunidades para que empreendedores do Rio Grande do Sul realizem negócios no mercado chinês encontram-se em segmentos como os de máquinas e implementos agrícolas, tecnologia da informação, equipamentos médicos e componentes de calçados. Essa é a avaliação do presidente da Associação Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Alessandro Teixeira, gaúcho que também é o comissário-geral do Brasil na Expo Xangai 2010.

Teixeira destaca que a Expo servirá como uma plataforma comercial do Brasil na China. Ele enfatiza que, além de vender produtos para a nação asiática, a meta é atrair investimentos e realizar alianças estratégicas.
"A China pode causar algum medo por ser um grande mercado, ter grandes empresas, mas ela também apresenta grandes oportunidades", defende Teixeira. O dirigente relata que o País verifica um patamar de US$ 95 bilhões em investimentos ao ano no exterior e, no sentido inverso, atrai em torno de US$ 40 bilhões.

Nesta quinta-feira, foi comemorado o Dia do Brasil na Expo Xangai. Compareceram ao evento, que contou com a apresentação dos cantores Carlinhos Brown e Mart'nália, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o ministro das Finanças da China, Xie Xuren. O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, também esteve presente.

Durante os shows, realizados pela manhã em um centro de eventos, um vídeo mostrava ao público várias regiões turísticas do Brasil, como praias do Nordeste, Rio de Janeiro, Cataratas do Iguaçu, entre outras. Do Rio Grande do Sul, foram divulgadas atrações dos municípios de Canela, São Miguel das Missões, Cambará e São Francisco de Paula.

À tarde, a comemoração chegou ao pavilhão brasileiro na Expo Xangai onde, entre outras imagens, encontra-se uma do porto da Capital gaúcha. No estande, de 2 mil metros quadrados, é possível acompanhar imagens aéreas de cidades como São Paulo e Recife, que são movimentadas no chão, além de mais filmes promovendo o turismo no Brasil. Teixeira lembra que a China discute atualmente a implantação das férias obrigatórias. "Isso pode representar um número maior de chineses viajando e conhecendo países como o Brasil", argumenta o dirigente.
Em média, segundo o presidente da Apex-Brasil, de 12 mil a 15 mil pessoas visitam o estande brasileiro diariamente. O representante do Banco do Brasil na China Sérgio de Quadros concorda que o espaço possibilita intensificar ainda mais as relações bilaterais entre os países e as transações do comércio exterior. Ele acredita que outras oportunidades que serão geradas para as duas nações acontecerão devido a eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil.

Quadros diz que as empresas chinesas querem investir em áreas de infraestrutura, como portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, principalmente com o apoio dos bancos chineses. Já em contrapartida, a China tem interesse em atrair empresas que tragam conhecimento e alta tecnologia. (Jefferson Klein).

Gigante da Ásia é o maior mercado para a celulose brasileira
Depois de se transformar no maior destino das exportações brasileiras de minério de ferro e soja, a China assumiu o primeiro lugar nas vendas de outra commodity, a celulose, com 34% dos embarques no primeiro quadrimestre deste ano. O percentual é o dobro da participação que o país asiático tinha nas exportações do produto até o ano passado, quando sua demanda deu um salto de 135%, para 1,5 milhão de toneladas, uma fatia de 33% no total. Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa), disse que os empresários chineses começaram a aumentar suas compras no começo do ano passado, quando o preço internacional caiu em razão da crise mundial.

Em junho de 2009 a cotação ficou em menos de US$ 400 a tonelada, comparada aos US$ 840 do ano anterior. Atualmente já está em torno de US$ 920. Segundo ela, a demanda chinesa assumiu natureza estrutural no segundo semestre, quando o país anunciou a instalação das três maiores máquinas de papel do mundo, uma das quais com capacidade de fabricar 1 milhão de tonelada por ano.

Em 2009, o Brasil respondeu por 50% das importações de celulose da China, que anualmente produz 90 milhões de toneladas de papel e quer se tornar um dos líderes mundiais do setor. Para atender ao aumento da demanda chinesa e de outros países emergentes, as indústrias brasileiras de celulose planejam investir US$ 22 bilhões no período 2010/2016, o que poderá levar o Brasil da quarta para a terceira posição no ranking global, à frente da China.

O CEO da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, disse, em Xangai, que a empresa investiu R$ 8 bilhões em duas novas fábricas, no Maranhão e no Piauí, que terão 50% de sua produção destinada à China. A companhia produz 1,7 milhão de toneladas de celulose por ano e vai elevar o volume para 4,3 milhões de toneladas quando as duas plantas estiverem em operação, no fim de 2014.
Jornal do Comércio
 
 

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