LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 9 de junho de 2010

EMPRESAS e FEIRAS

IBM escolhe o Brasil para instalar seu centro de pesquisa
Gigante do setor de tecnologia deve investir quase US$ 250 milhões no País. Empresa terá acesso aos benefícios da Lei do Bem e a crédito do BNDES nas linhas já existentes para inovação

A IBM escolheu o Brasil para sediar seu novo centro de pesquisa. A gigante do setor de tecnologia deve divulgar nesta semana investimentos de quase US$ 250 milhões no País. O centro brasileiro estará interligado com os demais laboratórios da empresa, que reúnem alguns dos cientistas mais brilhantes do planeta.

Os pesquisadores se dividirão entre São Paulo - ficarão na sede da empresa, na zona sul da capital - e Rio de Janeiro. Mais importante que as obras civis, será a contratação dos pesquisadores, que devem ser recrutados no Brasil e no exterior. A previsão é que o centro esteja em pleno funcionamento ao final de três anos, reunindo mais de 100 cientistas.

As negociações entre a empresa e o governo brasileiro duraram pouco menos de três meses. O centro era disputado também pelo emirado de Abu Dhabi e pela Austrália. Três áreas do Governo atuaram para trazer esse investimento para o País: o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Ministério de Ciência e Tecnologia e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

Petróleo e gás
Um dos focos de pesquisa será petróleo e gás, o que justifica a escolha do Rio. Segundo fontes envolvidas, está prevista a integração com os centros de desenvolvimento da Petrobras. As megarreservas de petróleo do pré-sal são um dos motivos da escolha da IBM.

Uma fonte explicou que outros fatores também pesaram na decisão da empresa: o forte crescimento do País, os eventos previstos (Copa e Olimpíada), a política industrial e os incentivos fiscais. A empresa terá acesso aos benefícios da Lei do Bem e a crédito do BNDES nas linhas já existentes para inovação.

A IBM tem oito centros de pesquisa em seis países, reunindo mais de 3 mil cientistas e engenheiros. Os pesquisadores já ganharam cinco prêmios Nobel. Em 2009, a companhia investiu US$ 5,8 bilhões em pesquisa e tecnologia. O faturamento total da empresa chegou a US$ 95,8 bilhões no ano passado, 8% abaixo do recorde de US$ 103,8 bilhões registrado em 2008.

Os centros de pesquisa da IBM apostam nas mais diferentes áreas. A empresa anunciou recentemente a criação de um mapa 3D do planeta Terra, tão pequeno, que mil deles caberiam em um grão de sal. A técnica pode ser utilizada para desenvolver objetos minúsculos em amplas áreas de conhecimento, como eletrônica ou medicina.
A empresa também pesquisa, em conjunto com o governo da Arábia Saudita, uma planta de dessalinização de água movida a energia solar. Outro projeto, desenvolvido com a Administração de Aviação Federal dos Estados Unidos, visa proteger o sistema de aviões americanos do ataque de hackers.

A IBM está no Brasil desde 1917, mas seus negócios no País mais que dobraram de tamanho nos últimos quatro anos. O Brasil é sede de um dos quatro centros de prestação de serviços da IBM, em Hortolândia (SP). A empresa transformou seu modelo de negócios nos últimos tempos: vendeu a área de fabricação de computadores e focou seus esforços em prestação de serviços e consultoria. Procurada, a IBM não se manifestou.

Polo inovador
Este é o segundo centro importante de pesquisa e tecnologia que o Brasil atraiu recentemente. Em janeiro, a General Electric anunciou que vai instalar no País seu quinto centro de P&D. A empresa já mantém unidades na China, Índia, Alemanha e EUA e prevê investimentos de US$ 120 milhões no Brasil este ano.

Aumentar o investimento em inovação é um dos desafios da economia brasileira. O País investe apenas 1,11% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento, muito abaixo da média de 2,2% dos países ricos que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nos EUA, chega a 2,68% do PIB.

Um dos resultados do baixo investimento em inovação é um expressivo déficit comercial. A balança de produtos mais sofisticados - como eletrônicos, remédios ou químicos - amargou perdas de US$ 13,6 bilhões nas trocas com o mundo só no primeiro trimestre. Em 2008, último ano para o qual existem dados comparativos, o Brasil exportou US$ 11,1 bilhões em produtos de alta tecnologia, o equivalente a 3% do que a China vendeu desses produtos para o mundo. O País ocupava a 27ª posição em um ranking de 42 exportadores.
O Estado de S. Paulo



Começam as inscrições para edição 2011 do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras

Os promotores de eventos que desejam participar da edição 2011 do Calendário Brasileiro de Exposições e Feiras têm até 30 de julho para se cadastrar As inscrições começaram no dia 1 de junho. A participação é gratuita.

O Calendário é traduzido para o inglês e espanhol. O custo de impressão e distribuição não é repassado para as promotoras. A publicação apresenta o perfil dos principais eventos comerciais e industriais realizados no país. O objetivo da publicação é facilitar o acesso às informações e contribuir para o aumento da competitividade da economia brasileira.

Anualmente, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disponibilizam o Sistema de Exposições e Feiras do MDIC no endereço www.mdic.gov.br/sitio/sistema/novo_expofeira/expofeira, e, o portal Brazil Trade Net do MRE, em www.braziltradenet.gov.br. Nesses endereços, os promotores de eventos poderão inserir as informações das feiras e exposições que serão realizadas no próximo ano, para que seja feita a elaboração do calendário.

A publicação é divulgada no Brasil e no exterior, na versão impressa e eletrônica (nos endereços www.mdic.gov.br e www.braziltradenet.gov.br). É uma importante oportunidade para a divulgação de produtos e serviços brasileiros e além de auxiliar a intensificação das atividades de comércio e de serviços.

Mais informações no MDIC (calendario.scs@mdic.gov.br, fone: 61/ 2027-7844) e no MRE (dft@itamaraty.gov.br, fone: 61/ 3411-8961).
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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