LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 11 de junho de 2010

ECONOMIA

Miguel Jorge: aumento da taxa de juros não deve ter efeito na balança comercial
Paula Laboissière / Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, afirmou hoje (10) que a elevação da taxa básica de juros (Selic) para 10,25% ao ano não deve ter efeito sobre a balança comercial brasileira.

“Pelo contrário, se você imaginar que a taxa de juros foi aumentada para reduzir a atividade econômica interna e o consumo, teoricamente, você teria mais sobras de produtos para serem exportados”.

Após participar do programa Bom Dia, Ministro, no estúdio da EBC, Miguel Jorge destacou que uma boa política de exportações é algo que se estabelece ao longo do tempo, com muito planejamento. “Não somos mais um país que, ao aumentar o consumo interno, reduz as exportações e, ao reduzir o consumo interno, aumenta as exportações”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou ontem (9) a taxa básica de juros para 10,25% ao ano, em linha com as expectativas do mercado financeiro, que projeta novos ajustes da taxa neste ano, até o limite de 11,75%, como forma de conter as pressões inflacionárias.
Edição: Tereza Barbos/Agência Brasil



Para Banco Mundial, a crise na europa pode afetar a América Latina
DA EFE, EM WASHINGTON
O BM (Banco Mundial) advertiu que a América Latina será uma das regiões mais afetadas caso algum país da UE (União Europeia) declare descumprimento de pagamentos ou realize uma grande reestruturação de sua dívida soberana.

A afirmação está no relatório "Perspectivas Econômicas Globais 2010" da instituição divulgado na noite desta quarta-feira.

A incerteza que rodeia cinco países europeus -- Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda -- com dívidas elevadas e avultados deficits fiscais levou o BM a alertar sobre o efeito desestabilizador que exerce o velho continente sobre a economia global.

"A recuperação econômica mundial continua, mas a crise da dívida da Europa pôs novos obstáculos no caminho rumo a um crescimento sustentável a médio prazo", advertiu o organismo.

O diretor de tendências macroeconômicas do BM, Andrew Burns, disse em entrevista coletiva que, quando se avalia como os diferentes cenários na Europa afetariam o mundo em desenvolvimento, América Latina, Ásia Central e a Europa emergente figuram como as regiões mais vulneráveis por seus laços comerciais e financeiros com a União Europeia.

O estudo lembra, nesse sentido, que os bancos espanhois e portugueses são uma "importante fonte de financiamento" na América Latina e que as entidades financeiras da Espanha têm mais de 25% do capital bancário no México, Chile e Peru.

Além do setor bancário, a análise do banco adverte também sobre o potencial impacto que uma piora da situação na Europa poderia ter sobre os fluxos de investimento estrangeiro direto.

O relatório menciona, nesse sentido, que 12% do investimento estrangeiro direto no Brasil em 2009 proveio de Portugal e Espanha, um país no qual, segundo os analistas do BM, a situação macroeconômica é "muito grave".

Segundo o BM, se os bancos do grupo que chamado de UE-5 (Grécia, Portugal, Espanha, Itália e Irlanda) forem forçados a reforçar sua capitalização, "os fluxos de capital a todos esses países e regiões poderia se contrair fortemente". O grupo também é conhecido como PIIGS, em uma referência negativa às iniciais, em inglês, dos países envolvidos.

Mesmo assim, o BM considerou improvável que o pior dos cenários, o da moratória ou reestruturação da dívida, se materialize. Ele também está inclinado a apostar que a crise na Europa atuará simplesmente como um freio da recuperação.

O estudo divulgado nesta quinta prevê uma subida do PIB (Produto Interno Bruto) mundial de entre 2,9% e 3,3% em 2010 e 2011.

O Banco Mundial tinha antecipado em janeiro que PIB mundial aumentaria 2,7% este ano e 3,2% em 2011.

O BM antecipa que a América Latina terá um crescimento real, ajustado pela inflação, de 4,5% este ano, 4,1% em 2011 e 4,2% em 2012.

Além disso, o relatório insiste que, por enquanto, a maior percepção de risco na Europa não afetou a maioria de países emergentes.

Entre as exceções, segundo explicou Burns, estão Argentina e Venezuela, países com níveis de dívida muito elevados e onde cresceu a percepção de risco devido.

Entre os fatores "positivos", segundo o BM, figura o fato de que a recuperação dos Estados Unidos e do Japão estão ganhando força, o que traz um sinal "encorajador".
Folha de São Paulo



Euro supera a marca de US$ 1,21 sem surpresas em fala de Trichet
Além de juros inalterados, entrevista do presidente do BCE correspondeu às expectativas dos investidores
Danielle Chaves, da Agência Estado
NOVA YORK - O euro avançou diante do dólar após indicadores da China darem um novo suporte à ideia de que existe uma recuperação econômica global e após o Banco Central Europeu (BCE) manter a taxa básica de juros inalterada, sem oferecer qualquer surpresa para os investidores.

O euro superou a marca de US$ 1,21 pouco depois da entrevista à imprensa concedida pelo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet. "Ele não disse nada radical", comentou Daragh Maher, vice-diretor de câmbio externo do Credit Agricole CIB, em Londres. O BCE manteve os juros básicos em 1%, como esperado pelos economistas.

A rejeição de um tribunal da Alemanha a um obstáculo para a contribuição do país ao pacote de resgate europeu de US$ 1 trilhão também ajudou a melhorar o sentimento com relação ao euro, segundo Marc Chandler, diretor global de câmbio externo do Brown Brothers Harriman, em Nova York.

Peter Gauweiler, membro do partido governista alemão União Social Cristã, contestou o pacote de ajuda para o euro, pedindo uma proibição judicial, depois que as Câmaras Alta e Baixa do Parlamento do país aprovaram o plano, no mês passado. O tribunal não confirmou a informação, mas Gauweiler disse em comunicado que a corte argumentou não poder ignorar completamente as preocupações do governo com o amplo impacto sobre os mercados financeiros que uma proibição judicial à contribuição alemã poderia ter.

O euro já havia recebido suporte mais cedo, depois que indicadores econômicos da China apontaram para uma continuação da recuperação econômica global. A China informou que teve superávit comercial pelo segundo mês seguido em maio, ajudado pelo crescimento mais forte do que o esperado das exportações. Isso indica que os problemas na Europa ainda não prejudicaram o apetite por produtos chineses.

Ainda na Ásia, a Austrália anunciou que em maio houve aumento de 26,9 mil postos de trabalho no país, o suficiente para reduzir a taxa de desemprego para o menor nível desde janeiro.

Também foi positivo para o euro o bem sucedido lançamento de bônus de três anos pela Espanha, o primeiro desde que o país teve seu rating rebaixado por agências de classificação de risco. A Espanha vendeu 3,9 bilhões de euros em papéis, quase o valor máximo pretendido, o que aliviou os receios dos mercados com relação a países endividados da zona do euro.

Às 12h20 (de Brasília), o euro subia para US$ 1,2119, de US$ 1,1988 no fim da tarde de ontem. O dólar avançava para 91,28 ienes, de 91,15 ienes ontem, enquanto o euro operava a 110,63 ienes, de 109,28 ienes. A libra era cotada a US$ 1,4676, de US$ 1,4530 ontem. O índice do dólar estava em 87,034, de 87,892. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado



BC britânico mantém juro em mínima recorde e programa de estímulo
DA REUTERS, EM LONDRES
O Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros na mínima recorde de 0,5% nesta quinta-feira, como o esperado, antes da divulgação do orçamento do novo governo, em 22 de junho, que detalhará a extensão do aperto fiscal que o Reino Unido enfrenta.

A maioria dos analistas não espera mudança na política monetária até o final deste ano, enquanto o banco central busca ofuscar fortes cortes de gastos do governo.

O Comitê de Política Monetária britânico também manteve sua meta do programa de compra de ativos em 200 bilhões de libras (US$ 290,72 bilhões).
Folha de São Paulo



Banco central europeu mantém taxa básica de juros em 1%
DA REUTERS, EM FRANFURT
O BCE (Banco Central Europeu) reafirmou sua taxa básica de juros na mínima recorde de 1% pelo 13º mês consecutivo nesta quinta-feira, como era esperado por economistas.

O BCE também manteve sua taxa de depósito overnight, que age como piso para os mercados de capital, em 0,25%, e deixou sua taxa marginal de empréstimo em 1,75%.

Reino Unido
O Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros na mínima recorde de 0,5% nesta quinta-feira, como o esperado, antes da divulgação do orçamento do novo governo, em 22 de junho, que detalhará a extensão do aperto fiscal que o Reino Unido enfrenta.

A maioria dos analistas não espera mudança na política monetária até o final deste ano, enquanto o banco central busca ofuscar fortes cortes de gastos do governo.

O Comitê de Política Monetária britânico também manteve sua meta do programa de compra de ativos em 200 bilhões de libras (US$ 290,72 bilhões).
Folha de São Paulo
 
 
   
Para analistas, déficit comercial dos EUA subiu 2,5% em abril
Saldo negativo na balança comercial aumenta enquanto país se recupera de sua pior recessão em mais de 70 anos
Efe
WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos informará nesta quinta-feira, 9, o déficit do comércio exterior de bens e serviços em abril, e a maioria dos analistas calcula que o dado aumentou em 2,5%, chegando a US$ 41 bilhões.

O saldo negativo na balança comercial dos EUA foi aumentando à medida que a maior economia do mundo se recupera de seu pior recessão em mais de sete décadas, devido ao crescimento da demanda de produtos importados por parte dos consumidores.

Em fevereiro, o déficit tinha sido de US$ 39,4 bilhões, enquanto em março chegou a US$ 40,4 bilhões.

Em março as importações subiram 3,1% e as exportações 3,2%, mas como o valor das compras é muito maior que o das vendas, os dados assinalam que os dólares saíram do país a um ritmo mais rápido.

A maior deterioração da balança comercial em março refletiu o aumento das importações petrolíferas, mas os analistas esperam um alívio em abril, pois nesse mês o preço médio do petróleo desceu 0,8%.
OESP



Déficit comercial dos EUA com a China sobe para US$ 19,31 bi em abril
Com a maior parte dos outros parceiros, porém, o saldo negativo norte-americano diminuiu
Danielle Chaves, da Agência Estado

WASHINGTON - O déficit comercial dos EUA com a China cresceu para US$ 19,31 bilhões em abril, de US$ 16,90 bilhões em março, segundo o Departamento de Comércio norte-americano. As exportações diminuíram US$ 813 milhões, enquanto as importações aumentaram US$ 1,61 bilhão.

Com a maior parte dos outros parceiros comerciais, o déficit dos EUA diminuiu. O déficit com a zona do euro caiu 29%, para US$ 4,83 bilhões em abril, de US$ 6,83 bilhões em março; o déficit com o México recuou para US$ 5,33 bilhões, de US$ 6,04 bilhões; e com o Japão houve queda para US$ 4,82 bilhões, de US$ 5,32 bilhões.

No entanto, com o Canadá houve aumento no déficit, para US$ 2,94 bilhões em abril, de US$ 2,18 bilhões em março. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado



Saldo comercial chinês sobe para US$ 19,5 bi em maio
AE-DOW JONES Agencia Estado
PEQUIM - Com um crescimento maior do que o esperado nas exportações, a China apresentou superávit comercial em maio pelo segundo mês consecutivo. O saldo foi bem maior do que o de abril, indicando que os problemas na Europa ainda não limitaram a demanda pelos produtos chineses. O superávit chegou a US$ 19,53 bilhões, bem acima do US$ 1,68 bilhão de abril e da mediana das estimativas de uma pesquisa da Dow Jones, que apontava para um saldo de US$ 8,8 bilhões.

As exportações aumentaram 48,5% em relação a maio do ano passado, para US$ 131,76 bilhões, depois de terem registrado em abril alta de 30,5%. O crescimento das importações foi de 48,3% sobre o total de maio de 2009, para US$ 112,23 bilhões.

O aumento do superávit comercial chinês e o forte crescimento das exportações podem levar a novas pressões sobre Pequim para a valorização do yuan. "Os acontecimentos da Europa podem ter impacto sobre o crescimento chinês, mas isso ainda não aconteceu", disse Brian Jackson, economista do Royal Bank of Canada. "Nesse ínterim, o forte crescimento do superávit e a alta acentuada das exportações não vão passar desapercebidos em Washington."
Maio foi o sexto mês consecutivo de crescimento das vendas externas da China. A alta de 48,5% foi bem maior do que o projetado pelas expectativas, de 30,2%. Já as importações, um termômetro da demanda doméstica chinesa e de seu apetite pelas commodities, aumentaram pelo sétimo mês seguido. A expansão de 48,3% foi ligeiramente menor do que a elevação de 49,7% registrada em abril, mas também superou a previsão dos economistas, de um crescimento de 43,5%. As informações são da Dow Jones.
Agencia Estado
 
 
 
A crise europeia e os potenciais efeitos sobre a economia brasileira

Cristiano Souza
A crise na Europa não dá tréguas e é, mais do que nunca, necessário entender quais são os possíveis cenários quanto ao seu desenrolar, assim como potenciais efeitos sobre o Brasil

Em primeiro lugar, deve-se notar que a crise fiscal na Europa não surgiu subitamente. Pelo contrário, é resultado da combinação de medidas de combate à crise bancária de 2008 e da situação fiscal deteriorada de determinados países antes mesmo do quase colapso financeiro de dois anos atrás, situação agravada pelas quedas de arrecadação tributária trazidas pela recessão.

Uma forma aparentemente fácil de resolver a questão fiscal seria via maior crescimento. A grande dúvida dos mercados é, porém, como crescer. Como o comércio dentro da Zona do Euro responde pela maior parcela das exportações dessas economias, a retomada da competitividade requereria forte depreciação da moeda. Há duas formas de obtê-la: por meio do enfraquecimento da taxa de câmbio ou pela redução dos preços domésticos relativamente a seus parceiros. A primeira alternativa, porém, está descartada, já que esses países não mais possuem moeda própria.
Logo, a única forma de resolver o lado fiscal e aumentar sua competitividade é através de profundos cortes de gastos públicos e de salários, propostos e já aceitos pelos respectivos parlamentos. Porém, o alto custo político e social dessas medidas, que devem levar a nova retração da atividade nesses países e aumentar um pouco mais o custo do ajuste, é uma fonte adicional de nervosismo para os mercados, que têm dúvidas sobre sua efetividade.

Desse imbróglio decorrem três cenários possíveis: a manutenção do status quo, isto é, a defesa da moeda e das economias europeias por meio de novas injeções de recursos, assim como pela atuação do Banco Central Europeu (chamemos de cenário I); alternativamente, algum país pode reestruturar sua dívida (cenário II); finalmente, pode-se decidir pela exclusão de um país da Zona do Euro (cenário III).

Atualmente, o cenário I parece o mais provável. É um cenário de alta incerteza e volatilidade, porém é a saída que tem sido priorizada pelas autoridades. É possível, ainda que improvável, que caminhemos para o cenário II dadas as dificuldades e os altos custos de conduzir economias em recessão para o ajuste fiscal. No caso de alguma reestruturação de dívida, não só os bancos que carregam títulos públicos dos países com problemas sofreriam perdas, mas o custo do dinheiro no mercado interbancário (com operações conduzidas com esses mesmos títulos) também subiria, dificultando a condução dos negócios no sistema bancário europeu.

O cenário III é mais preocupante, ainda que muito pouco provável, pois a exclusão de um país da Zona do Euro geraria preocupações sobre outros países, abalando a moeda única. Por essa razão, e também porque o euro é parte de um projeto de integração política da região, bem como da dificuldade de excluir um membro da área monetária, essa nos parece uma opção muito remota.

Os cenários II e III incorporam, em graus distintos, a possibilidade de uma crise bancária, em alguma medida similar à ocorrida em 2008. A depender de sua intensidade isso poderia levar a novo "congelamento" de crédito e, consequentemente, a efeitos negativos sincronizados sobre comércio internacional e produção em vários países.

A possibilidade de nova crise bancária traria mais riscos para o Brasil. Porém, em vista das medidas tomadas pelo Banco Central após setembro de 2008 e do aumento da capitalização dos bancos nacionais, nova rodada de piora nos mercados deve ter efeitos menos intensos aqui que naquela ocasião. A atividade desaceleraria, mas possivelmente sem colocar em risco o crescimento.

Já o caso mais provável de manutenção do status quo, com a prevalência do cenário I, implica somente mais volatilidade, principalmente na taxa de câmbio, e não afetaria de forma marcante o desempenho da economia brasileira. Assim, apesar do cenário econômico da Europa ser preocupante, o Brasil parece relativamente seguro. A discussão macroeconômica segue sendo de atividade muito aquecida em virtude da demanda doméstica robusta e sua consequente pressão inflacionária.

Cristiano Souza é economista do Grupo Santander Brasil (Colaboração Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Grupo Santander Brasil)
Valor Econômico


 
Maior banco da China planeja se instalar no Brasil

Assis Moreira
O Industrial & Commercial Bank of China (ICBC), o banco com maior valor de mercado no mundo (US$ 242,1 bilhões), planeja se instalar no Brasil no rastro de sua expansão internacional, disse ontem ao Valor seu presidente, Jiang Jianqing. "Temos planos de operar diretamente no Brasil, mas a forma como isso ocorrerá ainda está em aberto", afirmou o representante chinês depois de fazer a principal palestra do encontro de primavera da associação dos bancos, o IIF, ontem em Viena.

O segundo maior banco chinês, o Banco da China, também vai atuar no mercado brasileiro. No final de março último, o Banco Central autorizou a instituição a iniciar suas operações no país.

O ICBC, por sua vez, tem planos de abrir cinco novas filiais na Europa e terminar o ano instalado em 21 países através de 108 filiais. Sua presença no Brasil pode encorajar os investidores chineses e asiáticos em geral a entrar mais decisivamente no Brasil e no resto da América Latina. O ICBC tem ativos totais de US$ 1,430 trilhão e é o maior fornecedor de crédito na China. É controlado majoritariamente pelo governo chinês, mas um de seus acionistas minoritários é o banco americano Goldman Sachs, de triste reputação.

Quando uma autoridade chinesa fala, todo mundo presta atenção. E ontem não foi diferente no encontro dos banqueiros, em Viena. Jiang Jianqing foi apresentado à plateia sob uma saraivada de elogios por um dos dinossauros de Wall Street, William Rhodes, do Citibank, um dos poucos que alertou sem cessar em 2007 que o sistema financeiro estava indo contra o muro.

Em seu discurso em chinês, Jianqing insistiu que a recuperação da economia mundial está longe de ser sólida. Chamou atenção para vários fatores de incertezas e um longo caminho para se alcançar crescimento sustentável.

Para ele, "o maio risco no curto prazo é a crise da dívida soberana na Europa", e algumas economias avançadas não têm muito espaço de manobra em suas politicas". E alertou que uma saída laxista das medidas de estímulo fiscal pode causar uma "reversão de tendência na recuperação global".

Como a maioria dos banqueiros na plateia, Jianqing também se mostrou preocupado com a regulação bancária futura. Notou que os emergentes estão assumindo maior importância na economia global e aconselhou os outros países a tirarem lições da experiência de países em desenvolvimento. (AM)
Valor Econômico

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