LEGISLAÇÃO

terça-feira, 10 de julho de 2012

PORTOS E LOGÍSTICA - 10/07/2012



Safra provoca fila de navios em Santos
A Tribuna 

O mês de julho chegou e trouxe os compradores do açúcar brasileiro. A demanda pela soja também segue no seu auge e, neste momento, os interessados nas commodities renovam os estoques do mercado internacional. Aliado a isso, o Porto de Santos ainda sente os reflexos da paralisação de 18 dias dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs). O resultado é uma fila de navios aguardando para entrar no complexo. Apenas na quinta-feira (5), foram contabilizados 72 navios. Em dia comuns, seriam verificados apenas 50.

Do total, 23 eram navios açucareiros. Mas, a Codesp, estatal que administra o porto, explica que apenas cinco já haviam solicitado atracação. Os outros permanecem sem autorização para operar no cais santista.

De acordo com o gerente-executivo do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado São Paulo (Sindamar), José Roberto Mello, alguns afretadores posicionam os navios na Barra de Santos sem que os contratos tenham sido fechados. “Eles ficam de prontidão, à espera da conclusão do negócio”, destaca.

Enquanto aguardam, os navios ficam fundeados na Barra, na entrada do canal de navegação. Em dias secos como os desta semana, a média de embarcações na área de fundeio chega a 50. Somente em dias chuvosos, o número costuma aumentar, devido à paralisação das operações com granéis. Em períodos de safra, a quantidade também cresce consideravelmente. A situação atual se encaixa, sobretudo, no último quesito.

Porém, a Autoridade Portuária garante que mantém o ritmo de entrada e saída de navios no complexo. Conforme as estatísticas, o trânsito marítimo registra cerca de 40 entradas e 40 partidas por dia. O órgão explica ainda que nos cinco primeiros meses do ano, 64% dos cargueiros aguardaram menos de 24 horas para atracar.

Mesmo assim, o atual período de grande movimento nas operações deve continuar por, pelo menos, mais quatro meses. É o que garante o supervisor de Operações da Agência Marítima Unimar, Wellington Martins. Tradicionalmente, o pico dos embarques acontece entre agosto e outubro.

Como o Porto de Santos tem quatro terminais especializados no transporte de açúcar a granel e a demanda cresce no período, as filas são inevitáveis. Mas, o supervisor não acredita em uma repetição da situação de 2010, quando a quantidade de navios na Barra bateu recorde histórico.

“Acho que se aproxima, mas não chega. Naquele momento (em 2010), vários fatores causaram aquele grande movimento. A demanda internacional e a chuva foram os principais”, destaca. Ele se refere às filas para o embarque da commodity, que reuniram mais de 120 navios na Barra, naquele ano.

O gerente comercial da Agência Marítima Orion, André Ferro, já sente um ritmo lento nas operações por conta do período de safra. Segundo ele, a descarga de fertilizantes e os embarques de soja e açúcar são os que contribuem para a grande demanda de navios no complexo santista.


Reivindicações

De acordo com Mello, ainda existem questões ameaçadoras para as operações portuárias em Santos. Uma delas é a operação padrão dos auditores da Receita Federal, que paralisam os trabalhos duas vezes por semana e seguem em ritmo mais lento nos outros dias.

“O movimento de reivindicações da Alfândega também gera atraso no desembaraço das mercadorias. Quanto aos TPAs, a situação está aparentemente solucionada, mas a paralisação foi longa e os reflexos ainda existem”, destaca.

A possibilidade de novos movimentos sindicais também preocupa os usuários do porto. Funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Polícia Federal decidem, na próxima semana, como serão suas reivindicações salariais. Existe a possibilidade de operação padrão para todas as categorias.




Investimentos em transporte e logística terão aumento de 80,3%

Rio
O Estado do Rio de Janeiro receberá um volume recorde de investimentos públicos e privados em transporte e logística. Nos próximos dois anos, obras de infraestrutura como a modernização do sistema metro-ferroviário e a construção de anéis viários somarão R$ 21,3 bilhões em recursos, um aumento de 80,3% em relação ao triênio anterior (2011-2013).
- Esta realidade é resultado de uma série de ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, com foco no avanço do sistema de transportes públicos do Grande Rio. Temos projetos em execução em todos os setores de mobilidade, seja na expansão da malha metroviária ou na compra de novos trens para a SuperVia - afirmou o secretário de Transportes, Julio Lopes.
De acordo com o estudo Decisão Rio 2012, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), serão aplicados R$ 51 bilhões em infraestrutura. Desse montante, mais de 40% será investido em transporte e logística, com destaques para a construção da Linha 4 do Metrô (R$ 5,6 bilhões), do Complexo Portuário do Açu (R$ 2,7 bilhões) e do Arco Metropolitano (R$ 8 bilhão).
- As obras na área de transportes vão proporcionar uma revolução nos transportes. Paralelo a isso, o Rio vem recebendo um substancial aporte de investimentos em terminais portuários, que vai capacitar ainda mais o estado na área logística, criando a infraestrutura necessária para suportar o forte desenvolvimento industrial - disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno.
Geração de emprego e renda
A conclusão das melhorias nas rodovias e na rede metro-ferroviária irá assegurar o desenvolvimento socioeconômico das regiões fluminenses, com a geração de emprego e renda para a população. Maior investimento do Governo do Estado em transporte, a linha de metrô que ligará a Barra da Tijuca à Ipanema já gerou 3.400 postos de trabalho.
O terminal portuário em São João da Barra, o Complexo do Açu, ajudará a atrair mais empresas para o município. Já o Arco Metropolitano - anel viário destinado principalmente à movimentação de cargas de longa distância, que contornará a Região Metropolitana, permitindo o acesso adequado de cargas ao Porto de Itaguaí - será importante para a arrecadação de impostos e o emprego nos municípios beneficiados pela obra.

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