LEGISLAÇÃO

terça-feira, 10 de julho de 2012

COMÉRCIO EXTERIOR - 10/07/2012





Julho registra superávit de US$ 623 milhões na primeira semana
Brasília – As exportações brasileiras, na primeira semana de julho (1º a 8), com cinco dias úteis, foram de US$ 5,360 bilhões, com média diária de US$ 1,072 bilhão. O resultado é 1,2% superior à média de US$ 1,059 bilhão, registrada em julho de 2011.
Neste comparativo, houve crescimento nas vendas de produtos semimanufaturados (14,8%), por conta de ouro em forma semimanufaturada, ferro fundido, madeira, ferro-ligas, couros e peles, celulose, e açúcar em bruto. Aumentaram também os embarques de produtos básicos (1,9%), com destaques para trigo em grão, farelo de soja, carne suína e bovina, soja em grão, fumo em folhas, e minério de ferro. As vendas de manufaturados decresceram (-3,4%), em razão de óxidos e hidróxidos de alumínio, açúcar refinado, polímeros plásticos, tratores, calçados, e partes de motores para veículos e autopeças.
Em relação a junho de 2012 (US$ 967,7 milhões), a média diária das exportações subiu 10,8%, com crescimento nas exportações de semimanufaturados (48,8%), básicos (10,7%) e manufaturados (1,1%).
Na primeira semana do mês, as importações somaram US$ 4,737 bilhões, com resultado médio diário de US$ 947,4 milhões. Por esse critério, houve aumento de 4,1% em relação a julho do ano passado (média de US$ 910,2 milhões). Aumentaram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (51,3%), veículos automóveis e partes (16,1%), farmacêuticos (14,8%), e cobre e suas obras (8,7%).
Na comparação com junho de 2012 (média de US$ 927,4 milhões), houve aumento de 2,2% nas aquisições no mercado externo. Houve crescimento, principalmente, nas compras de veículos automóveis e partes (44,7%), cobre e suas obras (24,9%), combustíveis e lubrificantes (11,5%), farmacêuticos (2,7%), e plásticos e obras (2,3%).
Com estes dados, a balança comercial brasileira registrou, na primeira semana de julho, superávit de US$ 623 milhões, com média diária de US$ 124,6 milhões. A média diária do saldo retraiu 16,6% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 149,4 milhões) e cresceu 209,2% no comparativo com junho deste ano (US$ 40,3 milhões).
A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 10,097 bilhões, com média diária de US$ 2,019 bilhões. Houve crescimento de 2,5% na comparação com a média de julho de 2011 (US$ 1,969 bilhão) e aumento de 6,6% sobre a de junho deste ano (US$ 1,895 bilhão).
Ano
De janeiro à primeira semana de julho deste ano (130 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 122,574 bilhões (média diária de US$ 942,9 milhões). Pela média diária, houve queda de 1,4% na comparação com o mesmo período de 2011 (US$ 956,7 milhões). As importações no ano estão em US$ 114,881 bilhões, com média diária de US$ 883,7 milhões. O valor é 4% maior em relação à média registrada no mesmo período de 2011 (US$ 849,9 milhões).
No acumulado do ano, o saldo da balança comercial está superavitário em US$ 7,693 bilhões, com média diária de US$ 59,2 milhões. O resultado é 44,6% menor que a média aferida no mesmo intervalo do ano passado (US$ 106,8 milhões). A corrente de comércio somou US$ 237,455 bilhões, com média diária de US$ 1,826 bilhão. O valor é 1,1% maior que a média verificada no mesmo período no ano passado (US$ 1,806 bilhão).

Assessoria de Comunicação Social do MDIC



Trading companies exportaram 10,2% do total vendido pelo Brasil no primeiro semestre
Brasília  - No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras via trading companies somaram US$ 11,945 bilhões e as importações do segmento foram de US$ 2,535 bilhões. Com isso, a corrente de comércio do setor totalizou US$ 14,480 bilhões e o saldo positivo alcançou US$ 9,411 bilhões. 
Em relação ao total vendido pelo Brasil ao exterior no período (US$ 117,214 bilhões), as exportações das empresas trading companies representaram 10,2%. Já em relação ao total importado pelo país no semestre (US$ 110,144 bilhões), a participação foi de 2,3%.
No comparativo com o mesmo período de 2011, as vendas brasileiras dessa categoria de empresas (US$ 13,991 bilhões) recuaram 14,2% e as aquisições (US$ 2,884 bilhões) diminuíram 12,1%. O saldo, no primeiro semestre do ano passado, foi de US$ 11,107 bilhões e, portanto, houve diminuição de 15,3% em relação ao mesmo período deste ano, o que também ocorreu com a corrente de comércio (US$ 16,876 bilhões), que retrocedeu 14,2%.
Produtos
As exportações de produtos básicos responderam por 83,9% do valor exportado entre janeiro e junho de 2012 pelas trading companies. Foram destaques: minério de ferro (US$ 6,322 bilhões, participação de 52,9% do total exportado), soja em grão (US$ 2,057 bilhões, 17,2%), carne de frango (US$ 728 milhões, 6,1%), farelo de soja (US$ 308,5 milhões, 2,6%), e milho em grão (US$ 144,3 milhões, 1,2%).
As vendas brasileiras do segmento de produtos industrializados, no acumulado semestral, corresponderam a 16,1% (10,5% de bens manufaturados e 5,6% de bens semimanufaturados), sendo os principais produtos comercializados: açúcar em bruto (US$ 425 milhões, 3,6%), suco de laranja (US$ 318,5 milhões, 2,7%), açúcar refinado (US$ 149,4 milhões, 1,3%), ouro semimanufaturado (US$ 114,1 milhões, 1%), e café solúvel (US$ 95,5 milhões, 0,8%),
Na pauta de importação das trading companies, os bens industrializados representaram 95,1% (90,8% de manufaturados e 4,3% de semimanufaturados) e os produtos básicos corresponderam 4,9%. Os bens mais adquiridos pelo setor foram: automóveis de passageiros (US$ 735,6 milhões, participação de 29% do total importado), máquinas automáticas para processamento de dados (US$ 189,2 milhões, 7,5%), máquinas e aparelhos de terraplanagem (US$ 177,7 milhões, 7%), aparelhos transmissores e receptores de telefonia celular (US$ 115,5 milhões, 4,6%), e veículos e materiais para vias férreas (US$ 90,1 milhões, 3,6%),
Mercados
O principal mercado de destino das exportações brasileiras do segmento, de janeiro a junho deste ano, foi a China, com vendas de US$ 4,242 bilhões, o que representou 35,5% do total exportado pelo setor. Na sequência, apareceram: Japão (US$ 954,6 milhões, participação de 8%), Países Baixos (US$ 643,7 milhões, 5,4%), Coreia do Sul (US$ 584,6 milhões, 4,9%), e Itália (US$ 471,2 milhões, 3,9%).
A China foi também principal mercado fornecedor das empresas trading companies no semestre. O setor importou do mercado chinês US$ US$ 577,6 milhões, valor equivalente a 22,8% das compras totais no período. Na segunda posição está a Argentina (US$ 418,4 milhões, participação de 16,5%), seguida por Estados Unidos (US$ 343,4 milhões, 13,6%), México (US$ 138,9 milhões, 5,5%), Reino Unido (US$ 126 milhões, 5%).
Trading companies
As vendas ao exterior por intermédio das empresas trading companies são classificadas como exportações indiretas e são equiparadas às exportações diretas no aspecto fiscal. Elas apresentam vantagens, principalmente, para o pequeno e médio produtor nacional que não dispõem de uma estrutura própria dedicada às operações de comércio exterior.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC




Governo prepara cortes em incentivos para importação


O governo federal está mais rigoroso na inclusão de novos produtos na lista dos ex-tarifários e revisando benefícios já concedidos. A ideia é que pelo menos quatro setores, cujo desenvolvimento de produção nacional foi considerado prioritário pelo Executivo, deixem de ser atendidos com a redução para 2% do Imposto de Importação (II) na compra de produtos não fabricados no país.
Por enquanto, a previsão é de que sejam retirados da lista os reatores para refinaria de petróleo, turbinas para geração de energia, locomotivas de alta potência e linhas de produção da indústria automobilística. No caso dos reatores para refinaria de petróleo, o benefício não será renovado. Os outros, no entanto, deverão ser excluídos gradualmente, conforme o desenvolvimento de produção nacional.
"Não estamos falando de protecionismo, de fechar nossa economia, de barrar as importações. Estamos falando de dar uma condição isonômica, ou de não favorecer um produto importado, quando ele existe no Brasil", afirmou ao Valor a secretária de Desenvolvimento de Produção do Ministério do Desenvolvimento, Heloísa Menezes.
O regime de ex-tarifário é um mecanismo de estímulo aos investimentos produtivos no país por meio da redução temporária do Imposto de Importação de bens de capital, informática e telecomunicação que não são produzidos no Brasil. Nesse caso, a alíquota de importação é de 2% e com prazo de validade de até dois anos.
No primeiro semestre, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) incluiu 1.248 máquinas e equipamentos importados na lista dos ex-tarifários, o que deve alavancar investimentos de mais de US$ 15 bilhões na indústria, segundo previsão feita pelas empresas. No mesmo período de 2011, foram atendidos 1.263 pedidos da indústria, sendo que a estimativa de investimentos era de US$ 13,95 bilhões.
No ano passado, as importações de máquinas e equipamentos no regime de ex-tarifário somaram US$ 5,6 bilhões, viabilizando investimentos da ordem de US$ 41 bilhões. Em 2010, essas compras totalizaram US$ 4,1 bilhões, alavancando aplicações de US$ 27,1 bilhões da indústria.
A secretária de Desenvolvimento de Produção disse que neste ano foram feitas algumas mudanças na forma de avaliar os pedidos da indústria para importar, com redução tarifária, máquinas e equipamentos que não sejam fabricados no Brasil. Uma das alterações foi a inclusão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na análise do pedido.
Na avaliação de empresários, a demora na análise dos ex-tarifários, assim como a operação Maré Vermelha da Receita Federal e uso de licenças não automáticas, teria como objetivo indireto travar a entrada de produtos estrangeiros no país.
A secretária admitiu que o governo está preocupado com o comportamento das importações, mas essa não é a justificativa para o aumento no período de análise dos pedidos. No primeiro semestre, o saldo comercial teve uma redução de 45,4%, reflexo de uma queda das exportações e aumento das importações em relação ao mesmo período do ano passado.
Com a inclusão 569 itens na lista de ex-tarifários na semana passada, o ritmo de concessões está semelhante ao do mesmo período de 2011. "Toda mudança requer um período de ajuste. Com a entrada do BNDES foi incorporada nova fonte de análise. Isso afetou, num primeiro momento, o processo e o tempo de avaliação. Mas agora já houve ajuste nos prazos. Há dois meses estávamos com estoque elevado", afirmou. "Estamos sendo cuidadosos na avaliação da existência ou não de produção no Brasil", disse Heloísa.
Ela destacou que não está sendo mais liberada a redução de tributos para a compra de sistemas integrados. "Aqui tem mais rigor. Não concedemos mais ex-tarifários para sistema integrado para permitir uma avaliação mais justa para o produtor nacional", disse.
VALOR




Agronegócio puxa as exportações brasileiras em junho 
A participação do agronegócio nas exportações totais brasileiras passou de 37,6% em junho de 2011 para 41,7% em junho de 2012. Em junho, as exportações do agronegócio somaram US$ 8,07 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 1,07 bilhão


Como resultado, o saldo da balança comercial do setor foi superavitário em US$ 7 bilhões no mês. Os números da balança comercial do agronegócio foram elaborados pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a partir dos dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Em relação a junho de 2011 (US$ 8,9 bilhões), o valor das exportações do agronegócio sofreu queda de 9,4%.

 Contudo, o mês de junho deste ano registrou o segundo maior valor de exportação do setor no ano de 2012, perdendo somente para o mês de maio (US$ 10,26 bilhões).

No acumulado dos últimos doze meses as exportações do agronegócio somaram US$ 96,57 bilhões. As importações do setor foram de US$ 17,12 bilhões, resultando em um saldo positivo de US$ 79,45 bilhões.

 As vendas externas tiveram um crescimento de 14,1%, enquanto o incremento nas importações foi de 9,4% em relação aos doze meses anteriores.


O complexo soja foi o setor que teve melhor desempenho em valores exportados com US$ 27,37 bilhões, ou 28,3% das vendas externas. Destacaram-se, em seguida, as carnes (US$ 15,64 bilhões), o complexo sucroalcooleiro (US$ 15,42 bilhões), produtos florestais (US$ 9,38 bilhões) e café (US$ 7,94 bilhões). Os cinco setores foram responsáveis por 78,4% das exportações do agronegócio no período.

As importações do agronegócio chegaram a US$ 17,12 bilhões, o que representa incremento de US$ 1,48 bilhão em comparação ao acumulado anterior (julho/2010 a junho/2011).

As importações se concentraram em produtos florestais (US$ 3,32 bilhões), cereais, farinhas e preparações (US$ 2,99 bilhões), fibras e produtos têxteis (US$ 1,83 bilhão), pescados (US$ 1,16 bilhão) e produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos (US$ 1,06 bilhão).

A China permanece como principal país de destino das exportações do agronegócio brasileiro, com o maior crescimento nas vendas externas (57,7%) e sua participação passou de 14,7% para 20,3%. Os Estados Unidos aparecem em seguida com US$ 6,68 bilhões e crescimento de 16,9% nos últimos doze meses.

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