LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Roterdã será sócio em porto de R$ 5 bi no ES



Roterdã será sócio em porto de R$ 5 bi no ES


O Porto de Roterdã, empresa controlada pelo governo holandês e pela prefeitura de Roterdã, conhecida como uma das principais operadoras portuárias do mundo, decidiu entrar na sociedade daquele que pretende ser o maior porto privado do Brasil. O chamado Porto Central de Presidente Kennedy, que será erguido no litoral sul do Espírito Santo, vai receber investimentos de R$ 5 bilhões.

A previsão é que as obras sejam iniciadas em janeiro. Pelo projeto original, Roterdã atuaria apenas como gestor do empreendimento. Com a mudança na lei dos portos, que abriu o setor para investimentos privados e operação de diversos tipos de carga, a empresa decidiu entrar diretamente no negócio, disse ao Valor o presidente do Porto Central, José Maria Novaes.

Assuntos relacionados
Holandeses terão 30% de megaporto privado no ES

O Porto de Roterdã terá 30% do projeto. Uma participação próxima de 70% ficará nas mãos da TPK Logística, empresa criada no Espírito Santo com o propósito exclusivo de tocar o empreendimento. A TPK, segundo Novaes, tem 60% de sua composição controlada pelo grupo Polimix, uma das maiores concreteiras do país. Os demais 40% pertencem a três investidores locais, donos das terras onde o porto será construído. Completa o grupo de acionistas o governo do Espírito Santo, que deverá ter uma pequena participação, de cerca de 1%, por ceder áreas complementares ao empreendimento.

Dos R$ 5 bilhões de investimento, 70% virão de financiamento. O projeto já foi previamente apresentado ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que deve ser o grande financiador do Porto Central, disse Novaes. O executivo não descarta, porém, a entrada de bancos estrangeiros, dado o acesso facilitado do governo holandês a recursos de bancos europeus.

Para negociar o empréstimo, os sócios ainda aguardam a emissão da licença prévia ambiental do projeto, que está em fase de conclusão pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). "Tivemos uma reunião na semana passada. A licença deve ser liberada entre 15 e 30 dias. A partir daí, vamos entregar a carta-consulta ao BNDES", disse Novaes.

Fonte: Valor Econômico/André Borges | De Brasília
http://portosenavios.com.br/portos-e-logistica/24888-roterda-sera-socio-em-porto-de-r-5-bi-no-es

Nova tecnologia de coleta de dados auxilia a remoção de cargas entre Terminais


Nova tecnologia de coleta de dados auxilia a remoção de cargas entre Terminais

Escrito por Redação Portogente

Investir em soluções eficientes, criativas e que contribuam com o fluxo de operações do Terminal faz parte da cultura Embraport. A mais recente novidade, desenvolvida pela área de Tecnologia, é uma solução de envio de dados online durante as atividades de GRCI (Guia de Remoção de Contêiner de Importação), um procedimento de remoção de cargas de outros terminais para armazenagem na Embraport.

No processo anterior, o ‘caixeiro’ (profissional responsável por conferir a carga) era enviado a outro terminal para vistoriar o contêiner, conferir a documentação, registrar as informações e autorizar a saída de mercadorias para que pudessem ser encaminhadas até a Embraport.

Agora, por meio de um smartphone com tecnologia 3G que é entregue ao caixeiro, é possível realizar a vistoria e os trâmites legais com mais velocidade e confiabilidade. Dados de identificação do lacre, volume, estado da carga ou possíveis avarias são transmitidos diretamente do aparelho, que possui um aplicativo próprio da Embraport, para o Sistema Embraport Online (EOL), assim como o horário de saída do outro terminal, identificação do motorista e a placa da carreta que fará o transporte. A partir da confirmação do caixeiro pelo smartphone, o próprio sistema gera o agendamento para a entrada da carreta na Embraport, garantindo praticidade e eliminando etapas.

Com o novo formato de acesso, as equipes de Processos Aduaneiros e Segurança Patrimonial conseguem acompanhar em tempo real o local de saída, tempo de trânsito, previsão de chegada, possíveis avarias e até mesmo a qual navio a carga se destina. É possível, também, consultar um histórico de remoções.

Outro ponto importante está relacionado à segurança, pois qualquer informação sobre possíveis avarias ou violações do lacre será conferida na entrada do Gate da Embraport, e se alguma divergência for encontrada, o próprio sistema dará um alerta aos vistoriadores.

“O novo procedimento significa economia de até 50% no tempo de entrada da carga no terminal, pois elimina a necessidade de criar o agendamento manualmente, uma vez que as informações verificadas em outro operador portuário são exibidas para o vistoriador de Gate da Embraport em seu coletor de dados, tornando necessário apenas a confirmação dos dados, além de oferecer informações mais detalhadas no EOL”, explica Marcio André Mateus, coordenador de TI da Embraport.

http://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/nova-tecnologia-de-coleta-de-dados-auxilia-a-remocao-de-cargas-entre-terminais-82569

Entrada pelos portos

Entrada pelos portos

Dois dos maiores operadores portuários do mundo, a Mitsubishi e o Porto de Roterdã, planejam atracar no litoral brasileiro. Somados, os investimentos podem chegar a R$ 15 bilhões

  • Por: Ana Paula Machado
Porto de Roterdã: o complexo portuário holandês, fundado em 1250, é a principal porta comercial da Europa
Porto de Roterdã: o complexo portuário holandês, fundado em 1250, é a principal porta comercial da Europa ( foto: Divulgação)
O maior cartão-postal da economia da Holanda é, sem dúvida, o Porto de Roterdã. É por lá que entram e saem 78% da riqueza do país e 11% de tudo que é consumido na chamada Zona do Euro. O complexo portuário holandês, inaugurado no ano de 1250, é o principal centro de movimentação de cargas da Europa, com 64 quilômetros de cais, 40 quilômetros de extensão e 12,4 mil hectares de área total. Os números falam por si, mas não contam tudo. A mais recente novidade envolvendo esse colosso portuário é que Roterdã está a caminho do Brasil.
A empresa, controlada pela Prefeitura de Roterdã e pelo governo da Holanda, participará da construção do maior terminal marítimo do País, o Porto Central de Presidente Kennedy que será erguido no Espírito Santo, com investimentos estimados em R$ 5 bilhões. As obras devem começar em janeiro. Os primeiros embarques estão previstos para 2017. O Porto de Roterdã, com participação de 30% no empreendimento, terá como sócia a brasileira TPK Logística, que tem 60% de seu capital nas mãos da concreteira Polimix, uma das maiores do mercado nacional.
Dos R$ 5 bilhões necessários para a obra do porto capixaba, 70% deveram ser emprestados de bancos europeus e brasileiros, entre eles o BNDES. O presidente do Porto Central, José Maria Novaes, em entrevista ao jornal Valor, afirmou que a documentação será entregue ao BNDES logo após a emissão da licença do Ibama, dentro de 30 dias. O Porto de Roterdã não será o único gigante global a atracar no litoral brasileiro. A japonesa Mitsubishi, conhecida no País por seus carros e produtos eletrônicos, pretende ter sua marca associada às operações na área da infraestrutura, especialmente na concessão de portos.
A primeira ofensiva, segundo o vice-presidente mundial, Seiji Shiraki, será pela disputa por um terminal no Porto Vila do Conde, no Pará, que será anunciado até setembro. O terminal é visto como um dos de maior potencial de crescimento para escoamento de grãos naquela região. Outros portos na região Norte também estão sendo sondados pela companhia, que poderá desembolsar mais de R$ 9 bilhões em grandes obras de infraestrutura, nos próximos anos, incluindo hidrovias e ferrovias, segundo fontes de mercado.
“Não viemos ao País somente para ter lucros”, afirma Shiraki à DINHEIRO. “Queremos participar do desenvolvimento da logística e ser um ator importante nesse jogo.” Pelos cálculos do governo, o setor portuário receberá R$ 54,2 bilhões em investimentos até 2017. O interesse da Mitsubishi pelo porto paraense se explica pelos números. A previsão de embarques em Vila do Conde neste ano é de até três milhões de toneladas de soja. Por Santos, o maior porto da América Latina, devem ser exportadas cerca de dez milhões de toneladas.
“Está havendo uma mudança de eixo do Sul para o Norte nas exportações, principalmente de grãos”, afirma André Zajdenweber, sócio do Instituto Ilos, especializado em infraestrutura. “O retorno para o investidor deverá ser mais rápido em projetos de portos do que em outras áreas.” Além das grandes obras de infraestrutura logística, a Mitsubishi também avalia projetos em transporte urbano. O diretor para a América Latina da companhia, Takuya Hirakuri, diz que contatos de concessão com taxa de retorno acima de 15% estão no radar da companhia.
“Se encontrarmos uma boa oportunidade de investimento nesses setores, vamos ser agressivos”, diz o executivo. “Os recursos deverão ser do nosso caixa, mas podemos utilizar empréstimos de terceiros, como um fundo ou um financiamento estruturado, dependendo do tamanho do projeto.” Segundo Hirakuri, a Mitsubishi enxerga o Brasil como um porto seguro de investimento na região. No ano passado, a companhia japonesa investiu na Ceagro, produtora de grãos, e no estaleiro Ecovix.” Foi apenas uma pequena amostra daquilo que estamos planejando no País”, afirma Hirakuri.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20140627/entrada-pelos-portos/167205.shtml

Governo lançará Brasil Export na próxima quarta-feira (2)


Governo lançará Brasil Export na próxima quarta-feira (2)

Brasília  – Será realizada, na próxima quarta-feira, 2 de julho, no Palácio Itamaraty, cerimônia de lançamento do Brasil Export – Guia de Comércio Exterior e Investimento. O evento terá início às 10h e contará com a participação dos Ministros das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller.

O Brasil Export é um site informativo que resulta do esforço conjunto para consolidar os dados relacionados à busca de novos parceiros comerciais e de diversificação da pauta de exportação, bem como para captar investimentos estrangeiros para o país.

Os profissionais de imprensa interessados na cobertura da cerimônia deverão enviar paracredenciamento@itamaraty.gov.br, impreterivelmente até as 12h00 de 1º julho, os seguintes dados:

No corpo do e-mail:
a) nome completo;
b) número do documento de identidade (ou passaporte, em caso de profissional estrangeiro);
c) veículo de imprensa;
d) função;
e) telefone celular e e-mail de contato.

Anexo ao e-mail (formato .jpg ou .pdf):

a) Carta em papel timbrado, assinada pela chefia imediata, com a solicitação de credenciamento.

Profissionais de imprensa portadores de credenciais permanentes emitidas pela Presidência da República ou pelo Ministério das Relações Exteriores estão dispensados desse procedimento, desde que apresentem a respectiva credencial no dia do evento.

Assessoria de Comunicação Social do MDIC

http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1&noticia=13277

Balança comercial de MT tem saldo positivo de US$ 6 bilhões


Balança comercial de MT tem saldo positivo de US$ 6 bilhões


Volume exportado pelo Estado cresceu entre janeiro a maio


DO G1/MT

A balança comercial mato-grossense apresentou saldo positivo no acumulado de janeiro a maio deste ano. A diferença entre as exportações (US$ 7,075 bilhões) e as importações (US$ 770 milhões), gerou um superávit superior a US$ 6 bilhões, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Segundo o Ministério, a maior parcela dos produtos exportados pelo estado destinou-se a países como a China, Países Baixos (Holanda), Indonésia, Espanha e Venezuela. Juntos, estes cinco adquiriram US$ 4,57 bilhões em diferentes produtos. Somente a China, principal compradora dos itens mato-grossenses, consumiu US$ 3,19 bilhões, o que representa 45,16% do valor total de janeiro a maio.

O principal produto embarcado neste ano por Mato Grosso foi a soja, gerando uma receita de US$ 4,454 bilhões, 63% do valor total de 2014. As vendas deste produto cresceram 23% na comparação com o ano passado.

Em volume, foram enviadas ao exterior 8,8 milhões de toneladas de soja, 30% a mais que no período em 2013.

Maio

O valor embarcado por Mato Grosso em maio foi de US$ 1,75 bilhão, 6% a mais que o mesmo mês em 2013, cuja quantia chegou a US$ 1,6 bilhão. Em 2014, o mês em que o estado mais exportou foi abril, quando o valor chegou a US$ 1,95 bilhão.

http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=4&cid=201954

Triângulo Mineiro

Triângulo Mineiro é a terceira maior região exportadora de MG

Por   | Para: CBN Foz

A região do Triângulo Mineiro se destacou alcançando o terceiro lugar em exportação no Estado, com um valor de mais de US$ 2 milhões em vendas externas. O dado faz parte da edição 2014 do Panorama do Comércio Exterior, lançado pelo Governo de Minas em maio deste ano. Minas Gerais continua mantendo posição de destaque nas exportações em relação a outros Estados, com um valor de US$ 33,4 bilhões, resultado que representa 13,8% do total exportado pelo país.
Na avaliação deste ano, o Triângulo representou 7% de toda a exportação mineira, superando o marco de 6,6% alcançado na edição de 2013. O Panorama do Comércio Exterior de Minas Gerais foi elaborado pela Exportaminas, unidade central de comércio exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE).
As cidades de Araguari, Uberlândia, Uberaba, Delta e Ituiutaba são grandes exportadores que garantem a região do Triângulo Mineiro como uma das principais regiões de vendas externas de Minas Gerais. Mas, a entrada das cidades de Tupaciguara e Indianópolis no ranking, que passaram a exportar em 2013, contribuiu para que a região alcançasse o terceiro melhor saldo comercial do Estado.
A publicação mostra, ainda, que os principais produtos exportados pelo Triângulo foram itens do complexo sucroalcooleiro, carnes, complexo de soja, couros, café e peleteria (arte de preparar as peles com seu pelo).
De acordo com a coordenadora da Exportaminas, Fernanda Cimini, o índice serviu para mostrar o empenho das regiões em diversificar os produtos a serem exportados para alavancar a cultura exportadora no Estado. Ela acrescentou que as exportações do Triângulo são puxadas pela soja e derivados, açúcar e carne bovina, produtos que lideram o ranking de exportações em praticamente todos os municípios da região. “Diferentemente do AltoParanaíba, que em 2012 ocupava a terceira posição, o Triângulo apresenta uma pauta relativamente mais diversificada, o que é bom”, observou.
Ranking Nacional
Minas Gerais atingiu o maior saldo comercial do Brasil no ano passado, com um total de US$ 21,09 bilhões em exportações. Na mesma base de comparação, o Brasil atingiu um superávit na balança comercial de US$ 2,56 bilhões. A publicação mostra ainda a evolução do comércio exterior no Estado sendo que, em 2004, Minas Gerais exportava um volume estimado em US$ 10 bilhões, e em 2013, esse valor saltou para US$ 33,44 bilhões. O avanço representa um aumento de 234,1% nas exportações.
http://www.cbnfoz.com.br/editorial/brasil/minas-gerais/28062014-162395-triangulo-mineiro-e-a-terceira-maior-regiao-exportadora-de-mg

CÓDIGO PENAL



Pena maior para contrabando passa a valer a partir desta sexta

A mudança no Código Penal que aumentou a punição para o crime de contrabando passa a valer a partir desta sexta-feira (27/6). Aprovada pelo Congresso no início de junho, a Lei 13.008 foi publicada pelo Diário Oficial da União.

Pela nova regra, o contrabando e o descaminho passam a ser tipos autônomos de crime. Com isso, a pena para quem for condenado pela prática do contrabando passa a ser de dois a cinco anos de reclusão. Antes, o Código previa de um a quatro anos de prisão.

A nova redação também prevê o aumento da pena quando os crimes de contrabando e descaminho forem cometidos em transporte marítimo ou fluvial. O Código Penal previa o aumento da pena apenas quando a prática criminosa ocorresse com o uso de transporte aéreo.

Antes da mudança, o contrabando e o descaminho estavam incluídos em um único item, o artigo 334 do Código. Contudo, são crimes distintos, sendo contrabando a importação ou exportação de mercadoria proibida. Já o descaminho ocorre quando não há pagamento do imposto devido pela entrada, saída ou consumo de mercadoria no país. A pena para o crime de descaminho permanece de um a quatro anos de prisão. Com informações da Agência Brasil.

Revista Consultor Jurídico, 27 de junho de 2014, 11:07h

http://www.conjur.com.br/2014-jun-27/pena-maior-contrabando-passa-valer-partir-sexta

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Tecon Salvador adota tecnologias para inspeção cargas



Tecon Salvador adota tecnologias para inspeção cargas


Neste mês, entraram em operação no Terminal de Contêineres de Salvador – administrado pelo Grupo Wilson Sons – novas tecnologias que vão otimizar as operações de inspeção de contêineres e registrar informações dos veículos que acessam o terminal. Ao todo, foram investidos R$ 7,4 milhões na aquisição de um scanner e do software OCR (Optical Character Recognition; em português, Reconhecimento Óptico de Caracteres).

Os equipamentos atendem à portaria da Receita Federal nº 3.518, que determina a inspeção de todos os contêineres de importação e das unidades indicadas pela fiscalização aduaneira, além de prever a automatização das informações dos veículos que entram no Tecon.

O scanner, equipamento de inspeção não invasiva, contribui para redução do tempo de desembaraço aduaneiro e evita o manuseio das cargas, diminuindo o risco de incidentes e avarias. Já a tecnologia OCR, instalada nos portões de entrada e saída, converte os dados dos veículos diretamente para o sistema do terminal de forma ágil e automatizada.

“Ao adotarmos esses procedimentos, daremos mais agilidade no atendimento às cargas inspecionadas, reduzindo o tempo de espera dos contêineres na área do terminal. Isso se refletirá em mais competitividade para os clientes”, cita Patricia Iglesias, gerente comercial do Tecon Salvador.


Da Redação

http://www.portosenavios.com.br/portos-e-logistica/24869-tecon-salvador-adota-tecnologias-para-inspecao-cargas

Navio de contêineres inaugura operações no berço 1 da APM Terminals Itajaí



Navio de contêineres inaugura operações no berço 1 da APM Terminals Itajaí


O "Aldebaran", navio de contêineres com capacidade nominal de 2,8 mil TEUs e de bandeira maltense, foi o primeiro cargueiro a operar no novo berço 1 da APM Terminals, no porto de Itajaí, em 26 de junho. Foi a primeira operação na nova estrutura, reconstruída após ser afetada pela enchente de 2011. Na época, as correntezas do rio Itajaí-Açu provocaram forte erosão e comprometeram o cais.

As obras foram concluídas e simbolicamente inauguradas em abril pelo ministro dos Portos, Antônio Henrique Pinheiro Silveira, e desde então o berço aguardava testes estruturais e de equipamentos para começar a receber navios. Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Terminals no Brasil, explica que foram investidos R$ 80 milhões na reconstrução. “O investimento vai assegurar maior flexibilidade operacional e aumento da produtividade dos navios”, diz ele.

De acordo com informações da empresa responsável pela recuperação do berço, foi necessária a utilização de engenharia especial, como a instalação de uma cortina de estacas-prancha provisória para dar mais estabilidade à estrutura durante a reconstrução. A cortina foi removida após a concretagem do berço. Na reconstrução, foram utilizadas 167 estacas tubulares que variam de 28 a 50 metros de profundidade, diferença que se explica pelos diferentes tipos de solo encontro no leito do rio.

A construtora instalou ainda um sistema de mantas geotêxteis e blocos de concreto de 20 centímetros de altura no fundo do rio a 16 metros de profundidade. O investimento extra foi necessário para que o cais resista a eventos excepcionais como as correntezas da enchente de 2011. Esta obra de reforço, semelhante a um colchão de proteção, tem como objetivo evitar a erosão e a exposição das estruturas do cais em situações semelhantes no futuro.


Da Redação

http://www.portosenavios.com.br/portos-e-logistica/24872-navio-de-conteineres-inaugura-operacoes-no-berco-1-da-apm-terminals-itajai

Portos secos são alternativas para primorar o setor logístico brasileiro



Portos secos são alternativas para primorar o setor logístico brasileiro

Desde a sanção da Lei n° 12.815, conhecida como “Lei dos Portos”, o setor portuário tem ocupado posição de destaque nos noticiários. Um dos pontos mais polêmicos refere-se às verbas destinadas à implementação de terminais privados, que têm por objetivo modernizar a estrutura defasada dos portos brasileirose atender a crescente demanda do comércio internacional, que tem na via marítima a principal porta de entrada e saída de mercadoria no País.

Hoje, toda a zona portuária está sobrecarregada e não é capaz de atender ao volume do comércio exterior brasileiro, acarretando logísticas ineficientes, que por sua vez resultam em perda de tempo, dinheiro e competitividade. O erro estratégico está justamente no acúmulo de atividades exercidas pela zona portuária, uma vez que a modernização dos portos e a criação de novos terminais não eliminam os gargalos logísticos que antecede a etapa portuária.

A área portuária brasileira deve receber os investimentos previstos na Lei dos Portos, sua modernização se faz necessária e vem para atualizar o sistema portuário nacional, porém os portos deveriam ser visto como pontos de passagem e jamais como um local para armazenamento e ou serviços correlatos que antecedem o efetivo embarque dos contêineres e ou carga bulk nos navios. Os portos mais eficientes do mundo não operam como retro área para cargas de importação ou exportação.

De nada adiantará a melhoria e modernização dos terminais se as mercadorias se mantiverem em filas proibitivas, com tempo de espera que foge de qualquer padrão mundial. Tampouco adianta ampliar as rodovias, se simplesmente cria-se um único caminho para apenas um local. Faz-se necessário entender a logística como um todo, e compreender que sua ineficiência transpassa por todas as etapas da cadeia de distribuição e merece ser olhada de forma macro.

A mobilidade das mercadorias, aludida à mobilidade de pessoas nas grandes cidades, deveria levar em conta as distâncias no Brasil, com foco em investimentos no setor ferroviário que permitissem conexões diretas em cada um dos terminais da zona portuária a partir dos diversos EADIs já existentes.

Previstas na seção II do Decreto n° 6.759,as EADIs são áreas alfandegadas de utilização coletiva, onde são realizadas operações de depósito e aceleração da emissão aduaneira de produtos que estejam sob o controle alfandegário. Os EADIs deveriam ser os grandes receptores de todas as mercadorias, realizando todas as atividades que antecedem o embarque propriamente dito. Uma vez realizadas todas as tarefas, as mercadorias seriam encaminhadas aos terminais para seu efetivo embarque.

Com a interligação dos diversos EADIs, por meio de um sistema ferroviário inteligente, o comércio exterior brasileiro poderia se beneficiar do mais alto nível de competitividade. Isto porque com as operações descentralizadas, o efeito seria imediatamente sentido.

Dizer que tal modelo é uma novidade seria demasiada pretensão da minha parte, uma vez que é exatamente neste formato que opera a grande maioria das empresas americanas. Inclusive, acredito que os Estados Unidos é um bom exemplo de como manter a eficiência logística em um país com dimensões continentais.

Com este modelo, haveria, quando muito, demanda por mais equipes dos diversos órgãos que trabalham em conjunto com a Receita Federal, leia-se Anvisa, MAPA, etc. Porém o ganho em eficiência mutilaria qualquer comparação com o passado, resultando em menores gastos ao comercio exterior brasileiro, além de ampliar a competitividade dos país frente aos desafios da globalização.

As ações do governo em apoiar o desenvolvimento dos portos é bastante louvável, mas ignorar a centralização das atividades e a manutenção da ideia de que para ser eficiente o porto precisa ser grande, é um erro crasso. Com um bom sistema de ferrovias entre os EADIs, com containeres disponíveis nestes locais e um bom sistema de liberação aduaneira, os resultados poderiam catapultar o país a posições dignas no cenário logístico mundial.

Hoje, os portos estão sobrecarregados e não dão conta da movimentação e armazenagem de contêineres nas exportações e importações, o que acarreta em logísticas em geral ineficientes, resultando em perdas de tempo, dinheiro e competitividade. Uma alternativa para sanar esses problemas são as Estações Aduaneiras de Interior (EADIs,), também conhecidas como “Portos Secos”, criadas no início da década de 1990 pela Secretaria da Receita Federal,para aliviar o fluxo de mercadorias nos portos, aeroportos e pontos de fronteira em todo o País.

Previstas na seção II do Decreto n° 6.759,as EADIssão áreas alfandegadas de utilização coletiva, onde são realizadas operações de depósito e aceleração da emissão aduaneira de produtos que estejam sob o controle alfandegário.Devem ser instaladas, preferencialmente, adjacente às regiões produtoras e consumidoras, e oferecer locais equipados para cargas especiais, como cargas refrigeradas, produtos médico-hospitalares, produtos químicos, entre outros.

A principal vantagem dos portos secos é a agilidade no desembaraço aduaneiro da mercadoria. Isso se dá, principalmente, por estarem localizados dentro dos terminais escritórios da Receita Federal do Brasil (RFB), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A proximidade desses órgãos faz com que os processos sejam menos burocráticos e por consequência, mais ágeis.

Outro fator determinante para a utilização dos portos secos é o preço cobrado pelos serviços oferecidos. Nesses terminais, as tarifa de armazenagem e movimentação são inferiores às cobradas nos portos. E ainda há a possibilidade de descontos ou valores diferenciados para as empresas que apresentam um grande volume de cargas, seja na importação ou exportação.

Os portos secos são, portanto, mais do que apenas locais de armazenagem. São importantes aliados da logística na área portuária, pois, além de desafogar os portos, agilizam os procedimentos de despacho aduaneiro ao efetuarem as mesmas operações, masem uma área operacional muito maior e custos inferiores.

Percebe-se, assim, que os portos secos podem ser importantes elos dos canais de distribuição internacionais,e ajudam – e muito – a execução de uma logística eficiente, que garante a diminuição dos gastos operacionais e de distribuição, fazendo com que o produto chegue ao cliente final com eliminação total de perdas, sem avarias e dentro do prazo combinado.

Everaldo Barros é CEO da MAC Logistic, empresa especializada em logística integrada e carga projeto.

http://www.portosenavios.com.br/artigos1/24874-portos-secos-sao-alternativas-para-primorar-o-setor-logistico-brasileiro

Porto X Cidade ou Porto-Cidade?


Porto X Cidade ou Porto-Cidade?


“Nós somos o que fazemos para deixar o que somos”

(Eduardo Galeano)

Santos-SP sediará, daqui a exatamente 1 ano, o “20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito”; em paralelo com o “IX INTRANS – Exposição Internacional de Transporte e Trânsito”. Organizado pela Associação Nacional de Transportes Públicos –ANTP é o mais tradicional (desde 1977) e maior evento do setor; principal referência daqueles que pensam, discutem, planejam e gerem a mobilidade urbana no País.

Nessa sua 20º edição os eventos têm uma particularidade: Ocorrem numa cidade não-capital; ainda assim histórica, complexa e conhecida internacionalmente:
Apesar de ser uma cidade de médio porte (cerca de 500 mil habitantes), Santos-SP tem a 6º melhor qualidade de vida entre os municípios brasileiros, medida pelo consagrado IDH.
Além disso, junto com Guarujá e Cubatão, principais municípios da denominada “Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS” (1,6 milhão de habitantes), sedia o maior porto da América Latina (01, 02). Ele tem como zona de influência (“hinterland”) 2/3 do PIB e quase metade da população brasileira; e é responsável por ¼ do nosso comércio exterior;
Situa-se ao sopé da “Muralha” (Serra do Mar, com suas diversas áreas preservadas).

Por conseguinte, local e oportunidade ideal para se identificar, discutir e analisar as interfaces entre desenvolvimento econômico, qualidade de vida e meio ambiente; entre as áreas de atuação do Ministério das Cidades e Secretaria dos Portos (o ministério dos portos); entre a ANTP, a “Associação Brasileira de Entidades Portuárias e Hidroviárias - ABEPH” e a “Associação Brasileira de Municípios Portuários” (cujo presidente, incidentalmente, é o prefeito santista); entre Planos de Desenvolvimento e Zoneamento – PDZ e Planos de Mobilidade e Planos Diretores; entre mobilidade e logística; entre porto e cidade, enfim.


Foto: Portal Terra

Congestionamento de veículos de passageiros e de carga na ligação entre Santos e São Paulo

Essas interfaces não têm sido harmoniosas; nem histórica nem mundialmente. Cidades, de uma forma geral e ao longo dos séculos, nasceram e se desenvolveram em entroncamentos de rotas de comércio; ou seja, de fluxos de cargas. Com o passar do tempo, todavia, a circulação delas passa a ser vista, pela população, pela sociedade e pelos governantes como um transtorno e, superficial e apressadamente, como “um mal a ser extirpado”. Daí porque as políticas públicas, em relação às cargas são, em geral, apenas restritivas: Restrição temporal (não-pode nesse horário); geográfica (não pode nessa região); tecnológica (não pode com esse veículo).

O histórico das cidades portuárias, desde os fenícios, é um caso particular dessa saga: De início a implantação de instalações portuárias é acalentada, reivindicada e saudada. Tudo vai bem enquando o porto “está lá longe”: “Cada um toma conta da sua vida”. Com o passar do tempo, porem, ele vai sendo engolfado pelo tecido urbano; suas funções vão se entrelaçando com as da cidade. E, daí, tratado cada um de per si, para o surgimento e crescimento de tensões e conflitos é um passo curto!

Santos, coincidentemente, está às voltas com uma discussão/definição que merece análise: A polêmica sobre o futuro da Ponta da Praia (região urbana, densa, na entrada do canal) que, inclusive, foi judicializada. Ela é complexa; envolve o logístico, o urbano e o ambiental (01, 02, 03, 04, 05). Portanto, oportuna e candidata a um bom case para esse 20º Congresso.

Esse é o caso de um porto tradicional e consolidado. Mas há também exemplos de portos emergentes, onde as tensões e os conflitos começam a surgir e/ou são muito facilmente previsíveis como Barcarena e Santarém, no Pará ou, mesmo, São Sebastião-SP. Portanto, mais facilmente mitigáveis e desejavelmente evitáveis pois, como nos ensinou Andre Mauraux, “A saúde das cidades e a saúde dos seres vivos dependem essencialmente da saúde de suas artérias“.

Há também muita literatura, cursos, produção acadêmica (02) e entidades (01, 02, 03, 04) tratando do tema. Esse acervo pode servir de subsídio para o Congresso, mesmo porque normalmente partem da constatação da existência de problemas mas, também, da convicção de que convivências mais harmoniosas são possíveis e da necessidade de se buscar/desenvolver novas formas e práticas de planejamento e governança (01, 02, 03 – OBS: Com links para inúmeros materiais de consulta).

É por isso que, em recente e extensa pesquisa (216 portos, 26 países, 116 autoridades portuárias), buscando identificar tendências para o próximo século nesse desenvolvimento, a “European Sea Ports Organisation – ESPO” identificou, entre suas conclusões (“European Port Governance”) que: “É significativo que a maioria das autoridades portuárias, independentemente da sua propriedade ou nível de controle, têm intensa interação com os governo locais”; e “As autoridades portuárias estão gradualmente se distanciando da operação e se aproximando das suas comunidades”.

Qual a tendência brasileira? O que podemos (galeanicamente) fazer para “deixar de ser o que somos”? A pauta do 20º Congresso promete... ou, ao menos, tem potencial!

http://portogente.com.br/colunistas/frederico-bussinger/porto-x-cidade-ou-porto-cidade-82566

Como ter portos fortes com trocas seguidas de ministros?



Como ter portos fortes com trocas seguidas de ministros?


Escrito por Redação Portogente

De duas uma, ou a Secretaria de Portos (SEP) é muito importante ou perdeu qualquer relevância no governo Dilma. E o setor portuário tupiniquim está a ver navios. A dança das cadeiras no ministério está pior do que mão de obra temporária, é quase uma terceirização ou quarteirização. Ninguém esquenta a cadeira. A descontinuidade de política nacional para os portos nacionais é flagrante, quando não a ausência mesmo.


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A presidente da República, Dilma Rousseff, anunciou, na noite desta quarta-feira (25/6), a substituição do ministro da Secretaria de Portos, Antonio Henrique Silveira, pelo seu colega dos Transportes, César Borges. O ex permanecerá na Pasta, mas segue como secretário-executivo no lugar de Eduardo Xavier.


A SEP produziu uma nota à imprensa tentando garantir o que já está parado, como o andamento de processos, os arrendamentos portuários e autorizações para novas instalações privadas de acordo com o novo marco regulatório do setor (Lei nº 12.815/13), o Programa Nacional de Dragagem II e a melhoria da gestão das companhias docas.


Antonio Henrique Silveira tomou posse em 8 de outubro de 2013 e ficou apenas sete meses à frente da SEP.

http://portogente.com.br/noticias/dia-a-dia/como-ter-portos-fortes-com-trocas-seguidas-de-ministros-82557

Dilma troca comando dos ministérios dos Transportes e dos Portos



Dilma troca comando dos ministérios dos Transportes e dos Portos

Escrito por Redação Portogente

A presidenta Dilma Rousseff anunciou, nesta quarta-feira (25/6), a substituição do ministro dos Transportes, César Borges, que estava no cargo desde abril de 2013 e é filiado ao PR. A decisão foi tomada em reunião com Borges, no Palácio da Alvorada e anunciada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

O Ministério dos Transportes será comandado novamente por Paulo Sérgio Passos que estava no cargo antes de Borges e também foi ministro interino no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Borges vai assumir a Secretaria Nacional de Portos, atualmente comandada por Antonio Henrique Silveira, que vai continuar na pasta, como secretário-executivo.

Passos é filiado ao PR e era secretário-executivo do ministério dos Transportes quando o então ministro Alfredo Nascimento deixou o cargo, depois de denúncias de superfaturamento de obras por servidores da pasta. Passos assumiu a pasta, mas não era reconhecido por integrantes do PR como indicação do partido. Atualmente, ele ocupa a presidência da Empresa de Projetos e Logística (EPL).

A substituição ocorre no momento em que Dilma constrói alianças com partidos para a disputa da reeleição. No próximo dia 30, a Executiva do PR se reúne para decidir oficialmente se apoia a presidenta Dilma.

http://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/dilma-troca-comando-do-ministerio-dos-transportes-82554

Portos na AL desaceleram em 2013



Portos na AL desaceleram em 2013

A desaceleração do comércio exterior da América Latina e do Caribe continuaram a afetar a atividade portuária, no final de 2013, quando foi registrado um crescimento de 1,7%, segundo dados divulgados pela Comissão Econômica para a América Latina eo Caribe (Cepal). A entidade informa que este número confirma o declínio da atividade nos portos de vários países da região. Em 2010 e 2011 o aumento foi de 14% ao ano e 5,9% em 2012.

O ranking de movimentação de contêineres detalha a atividade de 80 terminais na região, cujas operações em 2013 chegaram a 46,6 milhões de TEUs. Os dados foram coletados diretamente das autoridades portuárias locais e nacionais. Os primeiros 30 portos do ranking, com níveis de atividade na faixa de 500 mil a três milhões de TEUs, representam cerca de 82% das operações de contêineres na região.

O declínio da atividade nos anos anteriores foi determinado principalmente pelos portos em cinco países da Bacia do Caribe: Colômbia, com um declínio anual de 6,9%, Jamaica (-8,2%), Venezuela (-8,2%), Panamá (-4,1%) e República Dominicana (-21,7%). Em contraste, terminais cinco países da América do Sul e um da América Central mantiveram o seu nível de crescimento, apesar do contexto global de desaceleração. Este é o caso da Argentina, de 9,8% em relação a 2012, o Brasil (6,2%), Uruguai (9,7%), Chile (6%), Equador (3,9%) e Costa Rica (37,5%).

De acordo com a análise da Cepal, o comportamento dos portos em 2013 era muito heterogênea e existem diferenças significativas entre os terminais dos países. Por exemplo, os portos chilenos de Angamos, Arica, Coronel e San Antonio tiveram um crescimento positivo devido ao sucesso de seus projetos e gestão de negócios. Os portos de Freeport (Bahamas) e Havana (Cuba) são os únicos terminais de contêineres que mostraram aumentos na região do Caribe, enquanto no Brasil os portos com maior expansão foram Itapoá (72,1%) e Chibatão (32, 6%).

O porto com o maior crescimento da região em 2013 foi o de Caldera, na Costa Rica, com alta na movimentação de carga superior a 246%. As maiores quedas foram registradas por terminais de Puerto Plata e Santo Domingo na República Dominicana, com reduções de 83,2% e 58,5%, respectivamente, e São Francisco do Sul, Brasil (-37,2%).


Da Redação

http://www.portosenavios.com.br/portos-e-logistica/24868-portos-na-al-desaceleram-em-2013

Balança comercial de produtos gráficos fecha com déficit de US$ 63,7 milhões no primeiro quadrimestral


Balança comercial de produtos gráficos fecha com déficit de US$ 63,7 milhões no primeiro quadrimestral


JONATAN MATOS NOTÍCIAS - ECONOMIA

Apesar de negativo, o resultado representa melhora frente ao mesmo período de 2012 Embalagens, cartões impressos e cadernos foram os principais itens exportados

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicam que a balança comercial de produtos gráficos fechou o primeiro quadrimestre com déficit de US$ 63,7 milhões, um déficit 14% menor do que o registrado no mesmo período de 2013.

Compõem o resultado, exportações de US$ 87,2 milhões, equivalentes a 30,5 mil toneladas de produtos gráficos, contra US$ 150,8 milhões, correspondentes a 25,4 mil toneladas de itens gráficos importados.

Os principais mercados dos produtos gráficos brasileiros Estados Unidos (14%), Argentina (10%) e Uruguai (9%). Na outra ponta da balança, as importações de produtos do setor originaram-se principalmente de China (25%), Estados Unidos (20%) e Suíça (8%).

O que vendemos...

Embalagens, cartões impressos e cadernos foram os principais itens da exportação gráfica brasileira, participando, respectivamente, com 39%, 28% e 11% do valor exportado.

O segmento de embalagens exportou US$ 34,2 milhôes (22 mil toneladas) e teve como principais destinos Venezuela (18%), Uruguai (17%) e Bolívia (10%). Já os cartões impressos – US$ 24,5 milhões (212 toneladas) – seguiram para Argentina (19%), Chile (17%) e México (15%). Com vendas externas correspondentes a US$ 10,1 milhões (6,4 mil toneladas), os fabricantes de cadernos tiveram Estados Unidos (84%), República Dominicana (5%) e Porto Rico (3%) como principais compradores externos.

Na comparação com o mesmo período de 2013, todos os segmentos tiveram variação negativa – embalagens (-2,8%); cartões impressos (-40,4%) e cadernos (-1,7%).

... e o que compramos

Produtos editoriais (como livros e revistas), embalagens e cartões impressos lideraram, por sua vez, as importações gráficas no país, respondendo, respectivamente, por 33% , 22% e 21% do valor total importado.

A compra de produtos e serviços gráficos editoriais no exterior somou US$ 49,2 milhões (6,7 mil toneladas) e teve como principais fornecedores China (27%), Estados Unidos (16%) e Reino Unido (13%). Embalagens foram o segundo item do ranking de importações gráficas, com US$ 32,8 milhões (14,7 mil toneladas), tendo a China (42% do total) como principal fornecedor externo, seguida de Coreia do Sul e Estados Unidos (com 9% cada um). O Brasil importou ainda US$ 32,1 milhões (164 toneladas) de cartões impressos, vindos sobretudo de Estados Unidos (28%), Suíça (26%) e França (16%).

O presidente da Abigraf, Levi Ceregato, está disponível para comentar a balança comercial do setor no primeiro quadrimestre.

http://www.segs.com.br/so-economia/163389--balanca-comercial-de-produtos-graficos-fecha-com-deficit-de-us-637-milhoes-no-primeiro-quadrimestral.html

Árabes negociam importação de material de construção

Árabes negociam importação de material de construção

Importadores do Kuwait, Sudão e Arábia Saudita participaram de rodadas de negócios com empresas brasileiras na Câmara Árabe. Eles querem diversificar seus fornecedores e conhecer novos produtos.


São Paulo – Importadores de materiais de construção do Kuwait, Sudão e Arábia Saudita participaram de rodadas de negócios com empresas brasileiras nesta quinta-feira (26), na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, em São Paulo. O evento faz parte do Projeto Copa do Mundo, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com entidades setoriais.
Aurea Santos/ANBA

Alaby recebeu empresários antes das rodadas
Antes de iniciar as negociações, os participantes foram recebidos por Michel Alaby, diretor-geral da Câmara Árabe, e assistiram a uma apresentação sobre o projeto. “A Câmara Árabe é a única câmara reconhecida no Brasil pela Liga Árabe e pela União Geral das Câmaras de Comércio, Indústria e Agricultura dos Países Árabes para emitir documentos para exportação aos países da região”, destacou Alaby, colocando a entidade à disposição dos empresários.

Malik Alkhatim, gerente geral da Bafajar Brothers for Multi Activities, do Sudão, veio ao Brasil interessado na compra de materiais elétricos, como produtos de iluminação, cabos, plugues, conectores, interruptores, entre outros.

“Escuto muito sobre os produtos brasileiros. Sei que têm uma qualidade muito boa, agora vamos ver se podem competir nos preços”, afirmou o executivo. Atuando no Sudão e no Sudão do Sul, a empresa compra a maior parte de seus produtos da China, além de ser distribuidora da francesa Schneider.

Reginaldo Damião, representante da Magnamed, foi um dos exportadores que conversaram com Alkhatim. A Magnamed produz ventiladores hospitalares, com foco nos ventiladores pulmonares e de transporte em ambulâncias, além dos usados em unidades de terapia intensiva.

Damião explica que sua indústria negocia com empresas de construção que realizam os chamados projetos “turnkey”, em que a companhia faz desde o projeto até a compra de equipamentos do hospital ou outro empreendimento que esteja sendo desenvolvido.

“Ele trabalha com projetos 'turnkey'. Eles constroem o hospital e também instalam os produtos. Eles têm vários projetos 'turnkey'”, contou o executivo da Magnamed, destacando que espera fechar negócios com o comprador do Norte da África.

A empresa brasileira já exporta para vários países árabes, como Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Líbano, Marrocos, Argélia, Tunísia e também para o Sudão.

Sajauddin Amiji, representante da Atraco General Trading, da Arábia Saudita, participou das rodadas com interesse em comprar ferro, cerâmica, madeira e outros materiais de construção. “Compramos de muitos países, principalmente da China, Índia, Itália e Estados Unidos. Queremos diversificar nossos fornecedores e encontrar mais produtos”, ressaltou Amiji.
Aurea Santos/ANBA

Gujral negocia com executiva brasileira
A ITG Construction, empresa da holding Sultan Center, do Kuwait, participou pela primeira vez de negociações no Brasil. “Procuramos materiais que cubram toda a indústria de construção, de madeira a vidros, materiais básicos, até materiais específicos, como cerâmica, acabamentos, etc.”, explicou Munish Gujral, diretor da empresa.

A companhia ainda não compra materiais de construção do Brasil, tendo como principais fornecedores países como Estados Unidos, Itália e Alemanha. De acordo com Gujral, ele acredita que negócios serão fechados a partir destas rodadas. “Estamos buscando parcerias, ainda é cedo para dizer, mas acho que o Brasil tem bons produtos”, ressaltou.

Um dos exportadores que espera fechar com a ITG é Cláudio Araújo, representante da Gail, fabricante de cerâmica extrudada (de alta resistência). “A rodada foi muito interessante, conheci a empresa do Kuwait, que é um mercado no qual a gente já está atuando. Nós temos muitos projetos lá e ele gostou muito do produto”, completou Araújo.
http://www.anba.com.br/noticia/21864128/anba-na-copa/arabes-negociam-importacao-de-material-de-construcao/

quinta-feira, 26 de junho de 2014

A lenta modernização dos portos


A lenta modernização dos portos


Mais de um ano depois de sancionada, a Lei dos Portos (de 5/6/13) - destinada a
modernizar o sistema portuário nacional, dando-lhe mais eficiência e
competitividade - apresenta muito poucos resultados práticos.

Das dezenas de concessões de áreas em portos públicos para operadores privados anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em dezembro de 2012 - quando assinou a medida provisória que resultou na Lei dos Portos -, nenhuma foi feita.

Na ocasião, Dilma referiu-se a uma "explosão" de investimentos privados na
melhoria dos portos, que se transformaram no pior gargalo da infraestrutura
indispensável para o crescimento do País. Previam-se, então, investimentos de R$
54 bilhões até 2017, sendo R$ 31 bilhões até 2015. Já está mais do que evidente que
não houve essa "explosão".

Para que ela ocorra com Dilma na Presidência, seu governo terá de demonstrar uma competência que, em três anos e meio, não conseguiu apresentar.

A reforma portuária decorrente da nova lei tem aspectos positivos, que agradaram
aos investidores privados. Entre elas, cita-se a eliminação da restrição para os
operadores dos terminais de uso privado nos portos públicos movimentarem
cargas de terceiro (a legislação anterior permitia que os operadores privados
movimentassem apenas carga própria), medida considerada essencial para atrair
investidores.

Do ponto de vista institucional, ao definir as competências da Secretaria dos
Portos, a reforma permitiu a criação de uma estrutura de planejamento articulado
para todo o sistema. Se os principais cargos dessa estrutura forem ocupados por
pessoas com perfil predominantemente técnico, como é desejável que sejam, os
portos poderão ficar livres de um dos males político-administrativos que mais
retardaram sua modernização, que é seu controle por partidos políticos.

Pelo menos até agora, porém, a mudança institucional não veio acompanhada da
mudança nas ações do governo. Elas continuam lentas e, no caso das licitações de

novas áreas, marcadas por incapacidade técnica - daí a demora no início das
concessões.
Os primeiros leilões previstos no plano de modernização dos portos - que incluem

2014, ano de Copa do Mundo e de eleições. E, enquanto persistirem dúvidas a
respeito do primeiro leilão, os demais continuarão suspensos.

Com certa condescendência, investidores privados - alguns vivamente interessados
nas operações portuárias - reconhecem que é necessário um tempo de maturação,
para ter uma avaliação mais precisa sobre os efeitos, positivos e negativos, das
novas regras.

Parte dos empresários critica o que considera o excesso de poder
dado pela nova lei à Secretaria dos Portos, à qual caberá decidir sobre a renovação
antecipada de arrendamentos prestes a vencer.

Esses empresários defendiam a
renovação automática dos arrendamentos. Outros, interessados em assumir esses
empreendimentos, provavelmente não aceitariam a renovação nessas condições.

O fato concreto é que o atraso na modernização dos portos impõe custos crescentes
para a economia brasileira. Trata-se de um problema que exige solução urgente,
como demonstraram com clareza, em safras recentes, as longas filas nas estradas e
outras vias de acessos aos portos de caminhões carregados de soja aguardando o
momento de transferir sua carga para os navios.

Um projeto das dimensões previstas para os principais portos leva até quatro anos,
desde a licitação, para ser concluído e iniciar as operações. O atraso nas concessões
deixa claro que o Brasil continuará a conviver com o gargalo dos portos pelo menos
por mais alguns anos.

Fonte: O Estado de São Paulo, da redação, 25/06/2014

http://www.usuport.org.br/noticia.php?id=7098

Ampliação do TCP é exemplo da modernização dos portos do Paraná



Ampliação do TCP é exemplo da modernização dos portos do Paraná

O governador Beto Richa participou nesta quarta-feira (25/06) da inauguração do novo cais do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), que a partir de agora pode receber simultaneamente até três dos maiores navios de contêineres em operação. O investimento foi de R$ 370 milhões.

Richa ressaltou que o investimento realizado pelo TCP em Paranaguá integra um pacote que soma cerca de R$ 2 bilhões desde 2011, entre recursos públicos e privados. “É o maior pacote de investimentos concentrados da história dos portos paranaenses”, afirmou o governador.

Ele disse que a segurança jurídica e institucional possibilitou a ampliação dos investimentos da iniciativa privada em novas estruturas portuárias, silos, aquisição de equipamentos e construção de sistemas de tancagem.

O Governo do Estado investe R$ 470 milhões na modernização da infraestrutura e projetos estruturantes nos portos paranaenses, com recursos da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

Entre os destaques, estão três campanhas de dragagem feitas nos últimos três anos, que devolveram a profundidade original aos canais de acesso e berços de atracação dos portos. Também foram adquiridos quatro novos carregadores de navios (shiploaders), que vão aumentar em 30% a produtividade do Corredor de Exportação.

“Os investimentos no Porto de Paranaguá têm sido frequentes e sistemáticos, com recursos públicos, recursos da própria administração portuária e da iniciativa privada. Isso se concretiza em crescimento do Porto, que é hoje referência de boa gestão entre todos os portos brasileiros”, afirmou Beto Richa.

Ele ressaltou que a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) coloca Paranaguá como modelo para os demais portos. “Alavancar o nosso terminal foi um dos fortes compromissos que assumi, porque me sentia indignado, os paranaenses envergonhados por ver nosso porto até mesmo em páginas policiais. Agora somos referência em boas ações, em resultados positivos, garantindo a modernização e eficiência que contribuem para um desenvolvimento econômico mais vigoroso e para redução do custo de produção do Paraná”, afirmou Richa.

O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, também ressaltou o volume de investimentos e a participação da iniciativa privada. “Quando o empreendedor volta a investir é sinal que o governo está no caminho certo. Muitas vezes o governador participa ele próprio das negociações com investidores, isso amplia a segurança e garante investimentos. Há quatro anos Paranaguá era patinho feio entre os portos e hoje é referência no Brasil, tanto para portos públicos e para portos privados”, José Richa.

PREJUÍZO – O superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino, afirmou que a intervenção federal prejudica os portos do Paraná, que há mais de 20 anos também não recebem investimentos da União. Ele explicou que a nova lei dos portos (12.815/13) retirou da Appa os processos de concessão de áreas para implantação de novos terminais portuários.

Dividino explicou ainda que a Appa também está impedida de implantar o Plano de Zoneamento e Desenvolvimento do Porto Organizado (PDZPO). O estudo foi elaborado em parceria com entidades privadas (G7 e Fórum Futuro 10) para que a operação portuária seja ampliada de modo ordenado, atendendo às demandas de quem utiliza o porto.

“Este estudo não foi adotado pelo Governo Federal”, explica Dividino. “Com a centralização para as novas concessões em Brasília, o Governo Federal também não conseguiu aprovar os projetos da Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP), que ainda estão sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU)”.

NOVO CAIS – O presidente do Terminal de Contêineres de Paranaguá, Luiz Antônio Alves, explicou que o investimento da empresa permitiu a expansão do cais e também a compra de novos equipamentos, novos contêineres, transtêineres. “Esses investimentos são vitais para que o TCP possa oferecer níveis serviços compatíveis com o que esperam os clientes, que são exportadores e importadores, que competem em cenário global”.

Com a obra de ampliação, o TCP terá sua capacidade operacional aumentada de 900 mil TEUs para 1,5 milhão de TEUs/ano, garantido o bom atendimento dos usuários do Porto de Paranaguá.

O projeto inclui, além de 300 metros do novo cais, 10 equipamentos de pórtico de última geração, a exemplo dos quatro transtêineres já instalados e prontos para operação.

O TCP já recebeu o primeiro lote de seis, de um total de dez, transtêineres. Os novos equipamentos podem empilhar em alturas de até seis contêineres, com velocidade de operação de um contêiner por minuto, o que deve reduzir tempo de espera para retirada das cargas no terminal. A chegada do segundo lote restante de quatro transtêineres está prevista para o final do mês de julho.

Até o mês de maio, o Porto de Paranaguá movimentou quase 300 mil contêineres, sendo que metade deles foi de contêineres para exportação, 5% a mais do que a quantidade registrada em 2013.

PRESENÇAS - Participaram da inauguração o secretário executivo da Secretaria dos Portos da Presidência da República, Antônio Henrique Silveira; o representante da Antaq, José Ricardo Ruchel; a senadora Gleisi Hoffmann; o prefeito de Paranaguá, Edson Kersten; o diretor-superintendente do TCP, Juarez Moraes e Silva; o diretor financeiro da empresa, Alexandre Rúbio; o capitão dos Portos do Paraná, capitão Francisco Dantas de Almeida; o deputado federal Ângelo Vanhoni; os deputados estaduais Raska Rodrigues e Artagão Júnior; a prefeita de Guaratuba, Ivani Justus, e o prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora.

http://www.portosdoparana.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=1289&tit=Ampliacao-do-TCP-e-exemplo-da-modernizacao-dos-portos-do-Parana

Portuários fazem greve de três dias no TVV


Portuários fazem greve de três dias no TVV

Os trabalhadores que atuam no Terminal Portuário de Vila Velha (TVV), em Vitória, entram em greve a partir desta quarta-feira (25/6), às 19h, segundo informações do Sindicato Unificato da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES). A paralisação vai durar três dias e termina às 19 horas de sábado. Impasses no fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre o sindicato e a empresa levaram os trabalhadores a decidirem pela paralisação.

A decisão foi tomada em assembleia, no dia 20 último, após greve de 48 horas no terminal (dias 17 e 18). Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada pela empresa, em reunião durante a greve, por entender que não houve avanço nas negociações no que tange os interesses da categoria.

Participaram da reunião com o TVV, além da diretoria do Suport-ES, as assessorias jurídica, com o advogado André Moreira, e a econômica, com Sandra Bortolon, do Dieese.

Para o fechamento do acordo, a proposta dos trabalhadores é 2% de ganho real, sendo aplicado 1% em 1º de março (retroativo) e 1% em 1º de setembro; tíquete-alimentação de R$ 420,00 e tíquete-alimentação no mês de dezembro o valor R$ 1.000,00.

O sindicato defende que os trabalhadores também têm direito a receber parte do crescimento econômico que o TVV vem alcançando, por entender que a categoria é fundamental para esse desenvolvimento. Somente no primeiro trimestre deste ano, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 20 milhões.

O Suport-ES ainda está aberto a negociações e acredita que é possível chegar a um consenso, basta o TVV perceber que o trabalhador tem de ser reconhecido.

http://portogente.com.br/noticias-do-dia/portuarios-fazem-greve-de-tres-dias-no-tvv-82541

Novo manual de trânsito aduaneiro já está disponível na internet


Novo manual de trânsito aduaneiro já está disponível na internet
O transportador e demais beneficiários do regime aduaneiro especial de Trânsito Aduaneiro já podem contar com o novo manual orientativo no sítio da Receita Federal na Internet.
O manual eletrônico disponibiliza consulta a toda a legislação da matéria, aos procedimentos aplicáveis e comenta sobre cada etapa controlada pelo sistema Siscomex Trânsito.
O Projeto Manuais Aduaneiros da RFB destaca-se por orientar não somente o transportador, mas o importador, o exportador, o depositário de recinto aduaneiro, o despachante aduaneiro, o beneficiário de regimes especiais, o operador de carga e a própria autoridade aduaneira. Cada manual eletrônico disponibiliza em único local de consulta praticamente toda a legislação de seu tema e ainda discorre sobre cada procedimento específico, mitigando as discrepâncias entre unidades da RFB de todo o País.
Quem visitar hoje o Portal Público de Manuais Aduaneiros em já pode consultar os seguintes manuais eletrônicos:
• Despacho Aduaneiro de Importação
• Despacho Aduaneiro de Exportação
• Trânsito Aduaneiro
Ainda terá acesso ao Manual de Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante em formato “pdf”, disponível enquanto ainda em elaboração sua versão eletrônica definitiva.
Os manuais já existentes receberam atualizações recentes e periodicamente receberão novas versões, mantendo-se em constantes atualizações e ampliações de conteúdos.
O projeto disponibilizará ainda neste ano os novos manuais de:
• Habilitação no Siscomex
• Admissão Temporária
• Exportação Temporária
• Repetro
Os Manuais Aduaneiros da Receita Federal são redigidos por equipes compostas de servidores especializados, com ampla experiência e conhecimento sobre o assunto, selecionados dentre autoridades aduaneiras de todo o País e representando as diversas regiões, alfândegas, inspetorias e modais de transporte, a fim de se oferecer conteúdo amplo, confiável e condizente com a diversidade de situações envolvidas, peculiaridade do Comércio Exterior.
As autoridades aduaneiras observam as orientações dos Manuais Aduaneiros no desempenho de suas funções. Sua observação também pelos demais intervenientes no Comércio Exterior tem reduzido erros, eliminado procedimentos desnecessários e aumentado a eficiência e racionalidade do processo, em prol de sua transparência e uniformidade.

Na busca do fortalecimento do comércio exterior, a Receita Federal do Brasil amplia os serviços prestados à sociedade e promove maior efetividade e segurança dos processos aduaneiros.
http://www.receita.fazenda.gov.br/AutomaticoSRFsinot/2014/06/25/2014_06_25_15_35_04_303692156.html

Banco Central registra fluxo cambial positivo de US$ 78 milhões em junho


Banco Central registra fluxo cambial positivo de US$ 78 milhões em junho

Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Saiba Mais
BC prevê mais moderação na expansão do crédito este ano

O Banco Central (BC) registrou saída líquida (descontada a entrada) de dólares do país, da ordem de US$ 462,5 milhões na última semana. Com o resultado, o saldo positivo das entradas e saídas de dólares, ficou em US$ 78 milhões, neste mês, até a última sexta-feira (20).

No mês, o fluxo comercial (operações de câmbio relacionadas a exportações e importações) registra saldo negativo de US$ 901 milhões, enquanto o financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações) apresenta saldo positivo de US$ 979 milhões.

De janeiro a 20 de maio, o fluxo de dólares para o país ficou positivo em US$ 4,106 bilhões. O fluxo financeiro ficou positivo em US$ 345 milhões e o comercial, em US$ 3,761 bilhões.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2014-06/banco-central-registra-fluxo-cambial-positivo-de-us-78-milhoes-em-junho

SISCOSERV: digas com quem contratas e eu te direi quem declara!





SISCOSERV: digas com quem contratas e eu te direi quem declara!


Por Gisele Pereira | @comexblog

A principal dúvida do Siscoserv é definir de quem é a obrigação de lançar e em quais circunstâncias. Este artigo irá sanar esta dúvida.

Passado o susto inicial, os empresários brasileiros (em um bom número pelo menos) tomaram conhecimento, assimilaram e internalizaram o Siscoserv em suas rotinas operacionais.

Se o assunto ainda parece novo para o leitor, aconselho que tomem o necessário conhecimento para evitar surpresas desagradáveis no futuro (não muito distante), quando a fiscalização da Receita Federal começar a autuar.

A Lei 12.546/2011 institui o Siscoserv, obrigação criada pelo Governo Federal (MDIC) que exige dos domiciliados no Brasil (pessoa física ou jurídica) que estabeleçam relações contratuais com domiciliados no exterior acerca de serviços, intangíveis ou qualquer outro que cause variação patrimonial, declarem tais informações ao MDIC.

Trocado em miúdos: se do outro lado da relação contratual houver um domiciliado no exterior e o contrato versar sobre algo que não seja possível pegar com a mão, em regra, há Siscoserv.

Por conta do Siscoserv, muitas das relações contratuais precisaram ser melhores definidas. As partes passaram a prestar mais atenção para entender quem está contratando com quem para efetuar qual serviço, intangível ou qualquer outro que cause variação patrimonial.

O Siscoserv abrange todos os segmentos ou portes de empresa, de forma mais ou menos expressiva. Porém, um dos segmentos que mais sofreu com a nova obrigação é o dos transportes internacionais de carga.

Operações que antes eram feitas sem maiores cuidados, hoje devem ser muito bem definidas e entendidas objetivando reconhecer de quem é a obrigação de promover a necessária declaração no Siscoserv.

As figuras intervenientes no transporte internacional de cargas e suas funções devem ser muito bem definidas para melhor esclarecer as várias relações contratuais, muitas vezes existentes em um único contrato de transporte e seus reflexos.

Os papéis de fato se confundem, quer seja por práticas indevidas ou simplesmente por maus entendimentos acerca da função de cada um.

Agentes de carga, NVOCC, transportadores, transportadores executores, armadores, companhias aéreas, freight forwarders, agências marítimas, agentes desconsolidadores, importadores, exportadores, etc. Todos estes personagens, muitas vezes misturam seus papéis e as relações contratuais resultavam obscuras.

Para melhor ilustrar a rotina comum em um processo de importação, a título de exemplo temos a emissão de um master BL/AWB que deixa clara a relação do transportador executor com o NVOCC/transportador. Aquele queadquire o serviço de transporte figura como shipper no conhecimento master e seu agente desconsolidador comoconsignee. Sendo o shipper, neste caso, o contratante do frete junto ao transportador executor (armador).

Sendo assim, o transportador executor (armador) não tem relação contratual com o importador ou exportador, vez que nenhum deles figura no conhecimento master por ele emitido, documento este que evidencia a existência de um contrato de transporte marítimo ou aéreo (em regra).

Surge então um novo contrato em que o transportador/NVOCC vende o frete que comprou do executor a um importador ou exportador, conforme o caso. Esta relação contratual é evidencia pelo conhecimento house.

O transportador neste novo contrato (house) será aquele que emitiu o conhecimento em que figura o exportador como shipper e o importador como consignee (o mais comum). Se não houver outro contrato que diga algo diferente, o contrato de transporte será evidenciado pelo conhecimento house emitido pelo transportador.

Definindo então o emissor do house BL como transportador contratado pelo importador ou exportador, conforme for o caso. Pois o dito contratado (transportador) é aquele que figura no canto superior direito do conhecimento (mais comum). Muitas vezes este emissor do conhecimento house é um absoluto desconhecido do contratante (importador ou exportador). Mas justamente entre estes é que se verifica o contrato de transporte realizado e evidenciado pelo house.

Assim, o importador, por meio de seu agente de cargas, que como o próprio nome diz, agencia cargas, mas não as transporta, faz um contrato com um transportador que sequer conhece o endereço ou telefone. Pois é este, muitas vezes desconhecido, o responsável pelo cumprimento deste contrato.

Sendo justamente contra este transportador que caberá a declaração no Siscoserv, salvo se houver outro documento, que não o conhecimento house, que dê outra formatação a relação contratual estabelecida para fins de transporte internacional.

E o agente? Que é conhecido do importador brasileiro, que periodicamente o visita e leva caneta, bloquinho e calendário? Quem é ele? AGENTE e só isso na grande maioria das vezes em que atua nos embarques de importação. Ele não transporta nada. Na maioria das vezes, sequer tem o serviço de transporte em seu objeto social. Pode até ser transportador em seu objeto, mas nesta operação descrita, não atua como tal.

Portanto o agente somente agencia o transporte. Ele não será o transportador. Salvo se em seu nome emitir o conhecimento de embarque ou outro contrato ou documento que evidencia sua condição de transportador.

E a exportação com conhecimento emitido por empresa brasileira que sequer tem o transporte em seu objeto social e Cnae? Outro problema complicado. Assume a responsabilidade civil de transportar cargas muitas vezes de valor acima de seu próprio patrimônio e obtendo com isso ganhos, por vezes ínfimos. Muitas vezes sequer tem seguro que garante suas operações.

O Siscoserv atirou no que viu e acertou no que não viu. O Siscoserv não foi feito para o frete internacional, mas acabou por causar uma verdadeira revolução nas relações contratuais que durante anos foram feitas sem maiores critérios e conhecimentos.

Atentem-se aos contratos e aos contratados. Atente-se para quem emite conhecimento de transporte. Definam muito bem suas relações contratuais e com base nisso, verifiquem qual sua obrigação de declarar junto ao Siscoserv.

Aos agentes de carga, cabe declarar os valores de seus serviços, mesmo que carinhosamente chamados de profit(lucro em inglês), pois são, na verdade, o valor dos serviços de agenciamento prestados. A declaração desta venda de serviço deverá ser feita contra quem o contratou (diferente de contatou). E não esqueçam a nota fiscal de serviço faturada contra o estrangeiro contratante, quando for o caso, pois é sua obrigação tributária acessória.

Aos transportadores não executores que compram frete (master) e vendem posteriormente, emitindo o house, notem que ai já são duas relações contratuais passíveis de Siscoserv quando o contratado ou contratante tiver domicilio fora do Brasil. Estes ainda costumam ter relação com seus agentes desconsolidadores no exterior, de quem adquirem o serviço e, consequentemente, tem obrigação de declarar.

E nada de compensação privada, do tipo: “te devo USD 1.000,00, tu me deves USD 1.200,00. Manda USD 200,00 e estamos acertados”. Não! Isso é vedado. As multas são altas e resulta em inquestionável sonegação fiscal que implica em severos problemas.

Aos importadores e exportadores, declarem seus fretes internacionais de carga sempre que estabelecer o contrato de transporte internacional de carga for de sua responsabilidade, conforme negociação entre comprador e vendedor. Evidentemente, sempre que o transportador emissor do conhecimento que ampara a operação tiver domicilio no exterior, há Siscoserv.

Conheçam com clareza as relações contratuais estabelecidas e seu problema com Siscoserv será facilmente esclarecido. E muito importante: todas as declarações feitas devem ter documentos hábeis para lastreá-las, pois em caso de fiscalização, tais documentos serão exigidos, com certeza.

GISELE PEREIRA
Advogada, Consultora Aduaneira e Especialista em Direito Marítimo e Portuário

http://www.comexblog.com.br/siscoserv/siscoserv-digas-com-quem-contratas-e-eu-te-direi-quem-declara