LEGISLAÇÃO

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Com queda no comércio exterior, empresa interrompe operação entre Ásia e Brasil


Com queda no comércio exterior, empresa interrompe operação entre Ásia e Brasil

TNOnlineFolhaPress

DIMMI AMORA BRASÍLIA, DF - A Maersk Line, maior operadora mundial de transporte de contêineres por navio, anunciou nesta terça-feira (10) que vai cortar no segundo semestre uma linha extra de navio que operava entre o Brasil e a Ásia, levando e trazendo mercadorias. O motivo é a queda na previsão do volume de comércio exterior brasileiro. No primeiro quadrimestre deste ano foram movimentados 539,2 mil contêineres no país, 22 mil a mais (+4%) que no mesmo período de 2013, número abaixo da expectativa da companhia. Segundo Mário Veraldo, diretor comercial da empresa, a expectativa da Maersk era que o primeiro semestre de 2014 fosse o responsável por garantir o crescimento do volume para todo o ano na ordem de 6%. Mas os números decepcionaram e, para a companhia, o segundo semestre não vai trazer melhora nesses indicadores. A expectativa de crescimento foi reduzida para entre 4% e 5%. "A sensação é de mau estar. A confiança de consumo está impactada negativamente", afirma Veraldo lembrando que os navios estão saindo do país em média com 15% de ociosidade. LINHA EXTRA A linha que foi cortada tinha capacidade para operar cerca de 350 mil contêineres de 20 pés ao ano. Considerando todo o mercado, Mário Veraldo avalia que a linha suportaria 20% do mercado brasileiro. Mas o volume de negócios não foi suficiente para manter o serviço funcionando. "O nível de frete entre o Brasil e a Ásia é menor da história", afirmou o diretor. Os números da Maersk Line, que é a terceira maior operadora de contêineres no Brasil, com cerca de 15% do mercado, vinham mostrando um bom crescimento do mercado brasileiro. No ano passado o volume de transporte cresceu 8,5%. E no ano anterior, 5,7%. Um dos dados que mais chama a atenção da empresa para a queda na atividade econômica do país é a redução de 15% no volume de importação de máquinas, equipamentos e eletrônicos. Segundo Veraldo, esses itens são em geral importados pelas empresas quando elas estão fazendo investimentos, que fazem com que o país cresça ainda mais. A queda nesse item, para ele, aponta para um ciclo vicioso que leva à redução da atividade econômica no país.

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