LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

EXPORTAÇÃO - IMPORTAÇÃO

Brasil quer mercado exportador de US$ 10 bi, diz ministro


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil vai trabalhar este ano para conquistar um mercado importador, formado por diversos países, com potencial para elevar as vendas da balança comercial em até US$ 10 bilhões, principalmente na área de carnes.
Segundo o ministro, os mercados em questão ainda envolvem impasses, a maioria de ordem sanitária e fitossanitária, mas as negociações estão avançadas e as dificuldades poderão ser superadas neste ano pelas missões brasileiras. Este ano, o Brasil também quer vender mais para esses países carne suína, soja (principalmente para o México), produtos lácteos e frutas.
Stephanes informou que, no ano passado, o agronegócio foi responsável por 42% das exportações brasileiras, o que é um recorde nos últimos 30 anos. Em 2009, houve aumento das quantidades de produtos brasileiros embarcadas para o exterior, embora tenha havido queda de preços de 9,8% em relação a 2008, em consequência da crise financeira internacional.
De acordo com o ministro, o Brasil vai enviar neste ano 19 missões comerciais a 25 países, com o objetivo de ampliar a pauta de exportações. “Estamos vendendo para 180 países, mas podemos ampliar mais ainda os mercados compradores.”
Estão previstas ainda 12 missões que vão também percorrer diversos países, na área da promoção comercial, num trabalho que será feito em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
“O trabalho das missões é intensivo e permanente e muitas vezes pode durar até dez anos”, disse o ministro. Ele exemplificou que um questionário encaminhado ao Brasil pelo Japão, por exemplo, pesa 50 kg de papel. “O trabalho é difícil, mas necessário para a expansão comercial”.
Terra


Medidas em favor das exportações começam a sair em março

O governo federal pretende anunciar as primeiras medidas de incentivo às exportações no próximo mês. Avanços nos estudos, iniciados pelo Ministério do Desenvolvimento e o da Fazenda em janeiro, levam a crer que em março já será possível adotar ações para atenuar o desequilíbrio na balança comercial, robusta na exportação de matéria-prima, mas deficitária em termos de produtos manufaturados.
A expectativa, baseada em sinais dados pelo governo nos últimos meses, é de medidas nas áreas tributárias e creditícias, além de ações para a desburocratização do comércio de produtos brasileiros com o exterior.
Em tempos de conclusão de estudos, dar detalhes pode significar retrocesso.
IG

Importação de químicos cresceu em janeiro

As importações brasileiras de produtos químicos somaram 1,9 milhão de toneladas em janeiro, um aumento de 23,4% em relação a dezembro e de 66,4% em comparação com janeiro de 2009, segundo dados divulgados ontem (18) pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
O valor das compras foi de US$ 2,2 bilhões. Houve uma redução de 4,7% sobre dezembro, mas um crescimento de 11,3% frente a janeiro do ano passado. Os itens mais importados foram insumos para a produção de fertilizantes e resinas termoplásticas.
Já os embarques de produtos químicos brasileiros renderam US$ 991 milhões no mês passado. Ocorreu uma queda de 6,7% em relação a dezembro, mas um avanço de 61,2% sobre janeiro de 2009. Foram exportadas 997,2 mil toneladas, 0,5% a menos do que em dezembro e 46,3% a mais do que em janeiro do ano passado, sempre de acordo com a Abiquim.
Agência Anba


Petrobras confirma importação de gasolina para compensar redução na oferta de álcool

A Petrobras confirmou ontem (18), por meio de nota, que decidiu importar 1,2 milhão de barris de gasolina para fazer frente ao aumento da demanda pelo produto, causado principalmente pela redução na oferta de álcool no mercado.
Segundo a estatal, também houve aumento no consumo de gasolina pela redução no percentual de álcool anidro adicionado à gasolina, que passou de 25% para 20%, determinada pelo governo para elevar a oferta de álcool e conter o preço do produto nas bombas.
A empresa destacou que a importação de gasolina foi pequena, diante do consumo nacional, e causada pelo crescimento na demanda este ano: “Esta importação foi esporádica, aproveitando condições favoráveis de mercado e representa apenas o consumo de três dias, nas condições atuais de demanda aquecida. Em função da redução da oferta de etanol houve, nos dois primeiros meses de 2010, um crescimento entre 15% e 20% no consumo de gasolina em relação ao mesmo período de 2009”.
A estatal explicou que haveria condições de produzir a gasolina extra necessária, mas que isso afetaria a fabricação de outros produtos: “As refinarias da Petrobras têm condições de aumentar a produção de gasolina, porém reduzindo os volumes de diesel e nafta (matéria-prima petroquímica) que são, em parte, importados. A opção mais econômica foi manter a produção desses dois derivados, cuja importação é mais onerosa, e fazer essa importação esporádica de gasolina automotiva”.
De acordo com a Petrobras, a chegada da safra de álcool, nos próximos meses, deverá regularizar a demanda por gasolina. Ainda segundo a estatal, a importação do produto não causará impacto nos preços aos consumidores.
Agência Brasil


Quase 17 mil empresas no Brasil já importam da China

Em apenas quatro anos, o número de empresas brasileiras que compram produtos chineses cresceu 135%. No ano passado, 16,8 mil companhias instaladas no país importaram artigos da China, sejam bens de consumo, insumos ou máquinas. Isso significa que cinco em cada dez importadores brasileiros compraram produtos do país asiático em 2009. Junto com a pulverização, cresceu o número de grandes importadores — em 2005, só 12 empresas compravam mais de US$ 50 milhões dos chineses, número que passou para 41 em 2009.
O perfil de quem mais importa da China também traz novidades. A maioria continua sendo empresas de tecnologia, mas as varejistas começam a despontar como grandes clientes.
O avanço da China no fornecimento de produtos diversos ao Brasil fez triplicar o número de grandes importadores do país asiático. Em 2005, apenas 12 empresas compravam mais de US$ 50 milhões dos chineses. No ano passado, a quantidade de compradores nessa faixa de valor subiu para 41 empresas. O perfil de quem mais importa da China também traz novidades. O topo da lista continua dominado pelas empresas de eletroeletrônicos e informática, mas começam a despontar como grandes clientes dos chineses as varejistas brasileiras.
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC), na faixa entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões, o volume de empresas que importam da China também triplicou — de 73 para 226. Além de aumentarem o valor comprado no país asiático, mais empresas passaram a se abastecer por lá. No total, 16,8 mil empresas compraram produtos chineses em 2009—135% maisemapenas quatro anos. No conjunto, o total de importadores cresceu 50% e passou de 22,6 mil empresas em 2005 para 34 mil no ano passado.
O aumento do número de grandes importadores da China é um reflexo da maior participação daquele país nas importações totais do Brasil. Em 2005, os chineses vendiam 7,3% do valor total importado pelos brasileiros. Hoje, essa fatia é de 12,5%. No mesmo período, a participação dos Estados Unidos caiu de 17,2% para 15,7%.
A elevação veio acompanhada de uma diversificação das empresas que aumentaram as compras feitas na China. Em 2005, as 12 empresas que mais compravam naquele país se dividiam entre tradings, fabricantes de eletroeletrônicos e siderúrgicas. As indústrias de tecnologia dominavam a lista, com oito fabricantes.
Em 2009, a lista das que importam mais de US$ 50 milhões da China ainda contava com boa participação das tradings e indústrias de tecnologia. Foram seis empresas especializadas em importação e exportação e 26 companhias de eletroeletrônicos, telecomunicações e informática. Com forte corte na produção em 2009, as siderúrgicas reduziram a importação de insumos chineses, principalmente carvão, e acabaram saindo dessa faixa de valor no ano passado. Elas deram lugar para empresas de outras áreas, como grupos varejistas, indústrias têxteis e empresas do setor químico.
A ST Importações, por exemplo, é a importadora controlada da varejista Lojas Americanas, ao lado da B2W Companhia Global do Varejo, que reúne os sites Americanas, Submarino e Shoptime.
A ST comprava da China entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões em 2005 e no ano passado ficou entre as que desembarcaram mais de US$ 50 milhões.
Outros grandes varejistas, como Carrefour, Companhia Brasileira de Distribuição — das marcas Pão de Açúcar e Extra — e Lojas Riachuelo, não chegaram a comprar mais de US$ 50 milhões, mas aumentaram o valor comprado dos chineses, segundo dados do MDIC. Em 2005 essas redes importavam da China entre US$ 1 milhão e US$ 10 milhões.
No ano passado ficaram na faixa das empresas que trouxeram entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões daquele país asiático.
Ao mesmo tempo em que aumentaram o valor comprado dos chineses, algumas empresas também entraram na lista das 250 maiores importadoras do país. É o caso da fabricante de tecidos Adar e da trading Stile. Em 2009 as duas empresas se abasteceram em mais de US$ 50 milhões em produtos da China e também passaram a integrar a lista dos maiores importadores do país. Levando em conta todas as origens, a Adar comprou um total de US$ 100,58 milhões de fios e tecidos, e a Stile, US$ 84,4 milhões em mercadorias.
A paranaense Positivo Informática também ficou em 2009 entre as que importaram mais de US$ 50 milhões dos chineses. Em 2005, ela já estava entre as 250 maiores importadoras brasileiras, em119 o lugar, com compras totais de US$ 73,37 milhões. No ano passado saltou para 51a posição, com importação total de US$ 336,7 milhões.
José Augusto de Castro, vicepresidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), acredita que o número de grandes importadores da China cresceu no período em que a taxa cambial favoreceu as compras do exterior. “O dólar baixou a partir de 2005 e tornou mais atraente as importações, que ficaram mais baratas em real”, diz Castro.
“Ao mesmo tempo, o crescimento interno nos últimos anos elevou a demanda e os chineses aproveitaram a oportunidade.” Mesmo no ano passado, lembra Castro, em que a crise financeira bateu na economia real brasileira, a demanda interna continuou alta.
Como evidência do aquecimento do mercado nacional, diz, o valor total importado em bens de consumo em 2009 caiu menos do que o de bens de capital e de intermediários na comparação com 2008.

Em relação à China não foi diferente.
Enquanto o total das compras de produtos chineses desembarcados no Brasil caiu 20,6%, o de bens de consumo não duráveis recuou 4,36%, e os bens de consumo duráveis chegaram a apresentar pequena elevação de 1,64%. Os dados são da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex).
O aumento na importação de bens de consumo duráveis ajuda a explicar o aumento nos valores importados pelos varejistas, além da própria importação de itens de maior valor agregado.
A compra de produtos de maior valor agregado, porém, não se restringe aos bens de consumo.
A Adar, que tem fábrica em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, importa seus principais insumos da Ásia. Cerca de 80% deles vêm da China. Em 2005, a indústria têxtil comprava entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões em fios e tecidos chineses. No ano passado, a empresa passou para a lista das que desembarcam acima de US$ 50 milhões por ano de produtos “made in China”.
Marcelo Camarozano, gestor administrativo da empresa, diz que a mudança de faixa de valor ocorreu porque a fabricante de tecidos vem aumentando o volume de importação a cada ano em função da própria elevação de produção, principalmente para o mercado interno. A empresa conseguiu terminar o ano passado com a mesma receita de vendas de 2008, mas aumentou em 10% o volume de importações da China. Segundo Camarozano, os desembarques também aumentaram em valor porque a empresa trouxe insumos de maior valor agregado. “Houve uma mudança de 20% no mix de importações da China, com mais tecidos diferenciados, de gramatura mais alta ou com acabamento refinado, que tiveram preços mais altos”, conta.

Para 2010, a expectativa é que as importações continuem aumentando.
A China ainda deve continuar a ser o principal fornecedor da Adar nos próximos anos. A alteração de 20% no mix de insumos deve ser mantido e, além disso, a empresa planeja aumentar o volume de produção interna de 500 toneladas mensais de malhas em 2009 para 600 toneladas/mês até o fim de 2010. “Estamos trabalhando com ganho de escala e produtos de maior valor agregado, seguindo tendências da moda.” Camarozano explica que Taiwan e Índia começam a despontar como fornecedores, mas ainda não oferecem a mesma variedade e volume oferecidos pela China.
A mudança de nível de valorimportado também está relacionada ao ganho de qualidade do produto chinês, diz o gestor. “No começo havia muitos lotes com defeito, que vendíamos a empresas que aceitavam esse tipo de produto.
Agora isso é muito raro.”
Valor Econômico


Brasil pode exportar 6% a mais em volume em 2010
Setor deve perder espaço nos embarques de produtos brasileiros, estima Stephanes.

As exportações brasileiras do agronegócio podem crescer de 5% a 6%, em volume, na comparação com o ano passado. Dados do ministério apontam que as vendas domésticas recuaram 9,8% em receita em 2009 ante o ano anterior, passando, no período, de US$ 71,8 bilhões para US$ 64,8 bilhões. “O desempenho das exportações no ano passado foi considerado bom tendo em vista que foi um ano de crise”, ponderou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Em termos quantitativos, segundo o ministro, houve um decréscimo de 0,4% em volume de vendas. “Os demais setores caíram mais de 30%, enquanto a agropecuária praticamente se manteve estável em termos de volume”, comparou.
Esses movimentos foram os responsáveis para que a participação do setor no total das exportações brasileiras tivesse passado de 36% em 2008 para 42% no ano passado. Segundo ele, a tendência para 2010 é de redução dessa fatia, já que os outros setores da economia tendem a mostrar recuperação.
Entre os países mais resistentes a adquirir produtos brasileiros estão Canadá, México e Coreia. No caso do México, Stephanes salientou que três questões atrapalham a comercialização. A primeira diz respeito às dificuldades logísticas do Brasil, que encarecem os produtos nacionais. A segunda está relacionada ao Nafta (bloco comercial que facilita o trânsito de produtos entre Canadá, México e Estados Unidos). E a terceira é o fato de o país querer desenvolver sua produção interna sem concorrência externa. “Os americanos estão do lado do México e têm a questão de logística também.”
Os Estados Unidos colocam o produto pelo Mississippi a custos bem mais baixos do que nós trazermos nossa soja de Mato Grosso até Santos e levar até lá em cima.” Para o ministro, porém, em algum momento o México terá de abrir seu mercado ao Brasil. “Vamos continuar insistindo. Até porque seria importante para o México não ficar preso a apenas um ou dois parceiros”, continuou.
Stephanes afirmou que os produtores de arroz prejudicados pelas chuvas no Sul do País no final do ano passado poderão contar com um novo instrumento de crédito. O formato dessa linha está sendo discutido, mas ele deve ser finalizado nos próximos dias para ser submetido ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que se reunirá, provavelmente, na quinta-feira da próxima semana. “Todos os instrumentos de apoio disponíveis já foram adotados. Mas é preciso definir um instrumento novo para os que perderam sua capacidade de produção, como os que perderam maquinário”, pontuou.
De acordo com ele, há aproximadamente 3 mil rizicultores com dificuldades de retomar suas atividades. Stephanes defende que a linha de crédito seja de até cinco anos e que ofereça “juros adequados” aos interessados. “Tem um grupo que está estudando isso, e o tema vai para Conselho Monetário Nacional.”
Jornal do Comércio

 
Exportadores sofrem com dificuldades para receber da Venezuela

SÃO PAULO - A intensificação da crise na Venezuela está atingindo diretamente o pagamento dos exportadores brasileiros. Alguns estão levando mais de um ano para receber. O grande problema está na liberação dos dólares. A Cadivi - Comissão de Administração de Divisas, órgão do governo responsável por isso --, prioriza itens como alimentos e farmacêuticos. As recentes mudanças na regra do câmbio acabaram dificultando a disponibilidade de divisas.
A Venezuela não produz quase nada além de petróleo. Do Brasil, em 2009, importou R$ 3,6 bilhões, dos quais 66% de produtos manufaturados. O país é o oitavo maior importador de produtos brasileiros, o segundo na América Latina, e tende a crescer sua participação com a entrada no Mercosul.
Darc Costa, presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, diz que não tem recebido reclamações dos exportadores e que é natural a demora. "Quando há controle, isso sempre acontece", afirma. De qualquer forma, ele acredita que as mudanças no câmbio podem, sim, ter "aumentado a morosidade" no pagamento.
Marcele Lemos, diretora técnica da Coface, conta que, desde 2009, aumentou o número de sinistros pagos a grupos que exportam para a Venezuela: "Em alguns casos, a Cadivi vem demorando até um ano para liberar os dólares".
Nesse cenário, um dos setores mais prejudicados é o de equipamentos eletroeletrônicos. Os terminais portáteis de telefonia celular são o quinto item da pauta de exportação para a Venezuela, com US$ 140 milhões exportados em 2009.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, diz que muitas empresas do setor só vendem se o pagamento for antecipado. Para garantir a importação, algumas companhias venezuelanas têm recorrido a dólares no mercado paralelo, que é mais caro.
"O setor está embarcando os produtos com cuidados: prefere vender a clientes conhecidos como bons pagadores e evitar novos créditos a importadores", afirma Barbato. Ele diz que é mais fácil receber quando o cliente é uma empresa estatal.
Os exportadores de carnes bovinas também têm sofrido. As vendas de carnes congeladas para lá caíram 62% em 2009. Roberto Giannetti , diretor de Comércio Exterior da Fiesp diz que os atrasos no pagamento não são novidade, mas a perspectiva é de que a situação vai piorar. "Estão ocorrendo lá sérios problemas de crédito e liquidez, hoje já existem empresas com dívidas de 6 meses, 1 ano", diz o diretor da Fiesp.
Agência Estado

Um comentário:

angel gonzalez disse...

cuanto e o precio da exportacion de alcool del brasil a paraguay. uma margen de un container de alcool cuanto e o precio en porcetanje do valor total da factura.?
boa tarde.