LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Argentina




MDIC cobra normalização do fluxo comercial com Argentina

São Paulo – Em reunião realizada hoje, em São Paulo, no escritório do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Lacerda Prazeres alertou o secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, para a necessidade de que a Argentina adote providências que normalizem o fluxo comercial entre os dois países.
Segundo levantamento do MDIC, com base nos dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC), órgão oficial do governo argentino, de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras para o país vizinho caíram 19,4% em relação ao mesmo período de 2011, enquanto, no mesmo comparativo, as vendas dos demais mercados que exportam para a Argentina tiveram retração de 3,4%.
“É necessário levar em consideração os efeitos da crise econômica internacional, que provoca uma redução da demanda, mas, ainda assim, setores exportadores brasileiros se queixam de dificuldades operacionais injustificadas para realizar suas vendas para a Argentina”, disse a secretária.
Em fevereiro deste ano, o governo argentino estabeleceu um mecanismo adicional para o controle de suas importações – a Declaração Juramentada Antecipada de Importação (DJAI). Segundo o relato de exportadores brasileiros, a demora na concessão desta declaração vem atrapalhando o fluxo das vendas e dificultando a previsibilidade das operações.
Tatiana avaliou que, após reunião realizada no final de junho deste ano, em Mendoza, na Argentina, o comércio apresentou melhoras. No entanto, os obstáculos às vendas de setores brasileiros contribuíram para a perda de participação de mercado (market share) de 3,6%, segundo o levantamento do MDIC, comparando-se os nove primeiros meses de 2011 e o mesmo período de 2012.
“Não é razoável esta perda de mercado quando ela está relacionada a dificuldades operacionais impostas aos exportadores brasileiros sem motivo e sem justificativa plausível”, disse Tatiana.
Segundo o INDEC, entre os setores mais prejudicados  com essa perda de mercado estão: linha branca (-10,8%), têxteis e confecções (-7,1%), móveis (-4,7%), máquinas agrícolas (-4%) e autopeças (-2,9%). Entre os que ganharam participação no mercado argentino, de acordo com o instituto de estatística argentino, estão: pneus (2,1%), calçados (1,4%) e carne suína in natura (0,7%).
A secretária avalia, por último, que, mesmo diante das dificuldades apresentadas, é necessário considerar que, em 2012, o volume das exportações brasileiras para a Argentina é o segundo melhor da série histórica do comércio exterior, atrás apenas de 2011, ano em que as vendas brasileiras apresentaram resultados recordes.
Assessoria de Comunicação Social do MDIC

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