LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Porto do Pecém



Pecém passa a cobrar taxa de escaneamento de contêineres a partir de fevereiro
Escrito por Redação Portogente

publicado originalmente pelo site O Povo, do Ceará

O Porto do Pecém cobrará uma taxa de escaneamento por carga dos contêineres de importadores e exportadores. Segundo o diretor de Operações Portuárias da Cearáportos, responsável pela administração do Porto, Valdir Sampaio, a cobrança entrará em vigor em fevereiro. Ele afirma, entretanto, que o valor ainda não está definido.

“Estamos fazendo uma atualização na tabela de preços para a inclusão dos novos serviços”, ressalta. A instalação do escâner atende à portaria de número 3.518/2011 da Receita Federal do Brasil, que estabelece requisitos e procedimentos para o alfandegamento de portos, aeroportos e instalações portuárias.

Valdir diz que outros portos nacionais cobram a taxa. “Os portos de grande parte do Brasil fazem isso, sejam eles públicos e privados”. Destaca que Paranaguá e Santos fazem a cobrança do tributo, que fica entre R$ 160 e R$ 230.

As vantagens, segundo ele, se dão nas áreas da segurança e da economia. “O escâner identifica drogas, armas e outros materiais. Facilita para o consignatário da carga, reduzindo os custos de vistoria”.

Para o chefe da Divisão de Administração Aduaneira da 3ª Região Fiscal, que compreende Ceará, Piauí e Maranhão, Narcélio de Sá Barbosa, o procedimento é tido como adequado, uma vez que os custos e manutenção dos equipamentos ficam a cargo das unidades. “O Pecém instalou em 2013 o sistema de escaneamento. Isso gera um custo. É normal que repasse aos usuários”. Atualmente o escâner do Porto tem capacidade de inspeção de 70 contêineres de 12 metros de comprimento por hora. O custo de aquisição e instalação foi de R$ 4,3 milhões.

O diretor da Agrícola Famosa, produtora de frutas e hortaliças, Luiz Roberto Barcelos, crê que o escaneamento gere economia. “O reposicionamento de um contêiner para a vistoria tem um custo muito alto, cerca de R$ 1.200”. Ele destaca que entre 3% a 5% entra no chamado canal vermelho, trâmite de fiscalização de documentos e mercadorias da Receita Federal.

O presidente da Itaueira Agropecuária, Carlos Prado, espera que a taxa contribua para aceleração da liberação de cargas. “Se o valor for cobrado dentro da razoabilidade e acelerar a entrada e saída de produtos será uma vantagem”.
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