LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Parceria com a Argélia firmará negócio do Brasil no exterior



Parceria com a Argélia firmará negócio do Brasil no exterior



Argélia oferecerá recursos e facilidades para empresas estrangeiras se instalarem lá Foto: Shutterstock
Argélia oferecerá recursos e facilidades para empresas estrangeiras se instalarem lá
Foto: Shutterstock
Devido ao seu enfraquecimento industrial - que teve início nos anos 90, quando passou por conflitos civis -, o governo da Argélia lançou em julho deste ano um programa que busca firmar parcerias comerciais para atrair investimentos estrangeiros para a economia local. A chamada para projetos industriais, neste ano, contemplará 18 setores e beneficiará até mesmo o comércio exterior brasileiro.

Buscando que empresas privadas se instalem no país, o governo local oferecerá uma série de incentivos, como redução da carga tributária, apoio às exportações e facilidades para retirar financiamentos. Para se ter uma ideia, apenas uma das fontes de financiamento do programa conta com 150 bilhões de dinares argelinos, o que é equivalente a cerca de R$ 4,2 bilhões - a cotação, conforme o Banco Central, é de um dinar argelino para R$ 0,028.

Para participar do programa, empresas privadas devem criar uma joint-venture, ou uma transação, com uma estatal argelina. Esse projeto, no entanto, precisa ser aprovado pelo governo argelino. É possível apresentar propostas até 31 de dezembro por meio de um formulário que está disponível no site do Ministério da Indústria, Pequena e Média Empresa e Promoção do Investimento (Mipmepi).

Mesmo facilitando condições de exportação para empresas brasileiras, o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, acredita que o retorno será a longo prazo, já que esse tipo de investimento - um joint-venture - costuma demorar no mínimo um ano para ter o primeiro retorno em termos de exportação e rentabilidade do projeto. “Por localizar-se próxima a mercados fornecedores e consumidores, como a Europa, a África e o Oriente Médio, essa parceria será muito mais importante para firmar a presença de empresas brasileiras no exterior do que para o aumento da exportação”, diz.

Segundo Alaby, o programa beneficiará, principalmente, pequenas e médias empresas, que verão na Argélia a oportunidade de desenvolvimento da tecnologia nacional. “Como está em posição mais avançada do que a Argélia, a indústria brasileira entraria com a tecnologia e eles com a matéria-prima”, afirma. O secretário-geral ainda ressalta que os setores de tecnologia de reciclagem de lixo, aeronáutica e agroindústria serão os mais beneficiados com o programa.

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