LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Exportadores relatam prejuízos após naufrágio de navio em porto no Pará



Exportadores relatam prejuízos após naufrágio de navio em porto no Pará

Segundo associação, Estado está perdendo mercado para a Colômbia.

Prejuízo de apenas uma das empresas chega a 5 milhões de reais.

Do G1 PA

Os exportadores de boi vivo do Pará estão tendo prejuízos desde o naufrágio do navio no porto de Vila do Conde, em Barcarenahá quatro meses. De acordo com a Associação dos Exportadores de Bovinos e Bubalinos do Estado, o prejuízo de apenas uma das empresas chega a 5 milhões de reais.


Há cerca de dois anos, o boi vivo do Pará conquistou mercados importantes no oriente médio. O Estado se tornou o terceiro maior exportador de boi vivo do Brasil, mas as exportações já caíram duas posições após o desastre ambiental.

saiba mais
Justiça torna indisponíveis bens da CDP por naufrágio em Barcarena
Capitania dos Portos cobra retirada de navio boiadeiro naufragado no PA
Moradores de Barcarena cobram soluções para tragédia ambiental
Justiça cobra plano para retirar bois do navio Haidar em Barcarena
Praia do PA é tomada por bois mortos após naufrágio; moradores protestam
Vídeo mostra momento em que navio com 5 mil bois tomba em porto do PA


O Presidente da associação que representa exportadores de bovinos e bubalinos no Pará, Adriano Caruso, estima que o prejuízo de apenas uma das empresas chegue a 5 milhões de reais, após a quebra de um contrato com a Jordânia. O país do oriente médio cancelou a compra de quase 4 mil bois vivos.


“A empresa teve que vender os animais que foram comprados para a exportação até por um menor valor, porque permanecer com esses animais na fazenda seria muito mais prejuízo. Ela está com 560 cabeça até hoje alimentando, fora a perda de peso, parte operacional, manejo. O cliente não quer negócio até a coisa 100% estar resolvida”, afirma.


Ainda segundo o presidente, o Estado está perdendo o mercado para a Colômbia. Ele garante que pedirá na Justiça o ressarcimento dos prejuízos para os responsáveis pelo navio que afundou no porto de Vila do Conde no fim do ano de 2015.


De acordo com o gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação de Indústrias do Pará (Fiepa), Raul Tavares, o cliente não deseja lidar com dinâmicas problemáticas.


“Ele migra para outros estados ou outros países em que obviamente eles não tenham esse problema de embarque, não tenha esse problema de logística portuária”, explica o gerente.


A Fiepa calcula que movimentação no porto de Vila do Conde caiu 26% nos últimos quatro meses.A expectativa para 2016 ainda é negativa.


“É difícil você conquistar mercados e diante do que aconteceu, dessa crise e os problemas específicos, a gente acredita que isso leva de dois anos para recuperar todo esse prejuízo”, afirma.


Quatro meses após o naufrágio, 3.900 animais continuam no fundo rio, assim como a embarcação.Os bens das empresas responsáveis pelo navio e da Companhia das Docas do Pará (CDP), estão temporariamente bloqueados.

http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2016/02/exportadores-relatam-prejuizos-apos-naufragio-de-navio-em-porto-no-para.html

Nenhum comentário: