LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Queremos inserir o Brasil na rede internacional de acordos comerciais e de investimentos


Monteiro: Queremos inserir o Brasil na rede internacional de acordos comerciais e de investimentos


Rio de Janeiro - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, participou hoje do Encontro Nacional do Comércio Exterior (Enaex), no Rio de Janeiro. Em seu discurso de abertura, Monteiro destacou as premissas do Plano Nacional de Exportações (PNE), lançado em junho pelo governo federal.

"Dois importantes pilares do plano são o de acesso a mercados e também o de promoção comercial", disse ressaltando a elaboração, em conjunto com a Apex-Brasil, de um mapa estratégico que identifica os 32 mercados prioritários para o comércio exterior brasileiro no período 2015-2018.


Veja a apresentação do ministro Armando Monteirona abertura do Enaex


No encontro, o ministro também falou sobre as relações comerciais com o Mercosul. “Trabalhamos muito bem com os parceiros do Mercosul”, disse o ministro destacando que o MDIC trabalha com o marco regulatório existente e “que quaisquer alterações no Bloco devem ser ponto de discussão no Congresso Nacional”. Monteiro reiterou que desde que assumiu a pasta, percebeu que há uma ampla possibilidade de atuação sem que o Mercosul represente uma trava para as negociações brasileiras.

Monteiro acredita que também é importante aumentar a atuação do Brasil na América do Norte. “Com os Estados Unidos, que é um dos mais importantes mercados do mundo, o Brasil vem negociando acordos de convergência regulatória e harmonização de normas.”

Em relação ao México, o ministro citou a ampliação do Acordo de Complementação Econômica (ACE) nº 53. "Estamos trabalhando para a liberação integral do comércio, com a segunda maior economia da América Latina". Ele explicou que o acordo, inicialmente, deverá cobrir uma gama de quatro mil itens. Após o início da retomada das negociações, segundo o ministro, as exportações brasileiras de automóveis para o México já aumentaram 70%.

Armando ainda citou as negociações com países da Baía do Pacífico - Peru, Colômbia e Chile -, com os quais o Brasil tem negociado a antecipação da desgravação tarifária, que culminará no livre comércio, de 2019 para 2017. "São mercados muito relevantes. O Brasil já teve 20% do mercado de automóveis da Colômbia e perdeu participação. Precisamos nos voltar para esses mercados". Essas negociações são feitas no âmbito do Mercosul, ressaltou o ministro.

Desde o início do ano, o Brasil já assinou quatro Acordos de Cooperação e Facilitação de Investimentos com Moçambique, Angola, Maláui e México. "Os acordos vão garantir um marco regulatório mais seguro para as empresas brasileiras que atuam nesses países", disse.


Apoio e fomento às exportações

O ministro também destacou a importância dos instrumentos de apoio e fomento às exportações como o Reintegra, que precisa ter os pagamentos regularizados, e o Proex Equalização, cujas operações já foram retomadas pelo Banco do Brasil e pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações (Cofig). "O Proex é um instrumento importantíssimo para os exportadores. Para este ano nós acreditamos que o orçamento estará adequado à demanda", disse. Monteiro ressaltou o aumento dos limites do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), ampliando a cobertura do fundo.

Sobre os regimes tributários drawback e de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (Recof), Monteiro reiterou que são muito importantes precisam ser aperfeiçoados.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezāo, ressaltou que com o PNE as exportações ganham papel importante nas unidades da federação. "No Rio de Janeiro, às exportações vem crescendo desde 2004. O estado era o quinto exportador em 2004 e hoje é o terceiro. Nossa intenção é manter este ambiente e incentivar ainda mais as exportações", disse.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, fez um pronunciamento após a cerimonia de abertura do evento. Para ele, o momento pelo qual o país passa é ideal para olhar os itens estruturais e fundamentais. "Temos uma política monetária e cambial realistas, condizente com uma economia de livre iniciativa", disse. "Percebemos que a conta corrente começa a se equilibrar e já registramos superávit na balança comercial".

Levy também destacou a importância da parceria com o MDIC. "Trabalhamos no aperfeiçoamento do Proex, que nunca teve bases tão sólidas como agora, é também na ampliação da alavancagem o do FGE, melhorando as ferramentas de apoio ao exportador", completou.

Também estiveram presentes no primeiro dia do Enaex o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles; o ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos, Edinho Araújo; o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), David Barioni; o presidente da Associação Brasileira de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro; o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouveia Vieira; além de Benedicto Fonseca Moreira e Ernane Galvêas, a quem o ministro Armando Monteiro chamou de "a boa guarda do comércio exterior", pelos longos anos de atuação no setor.


Enaex 2015

O Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex 2015) é realizado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e acontece nos dias 19 e 20 de agosto, no Rio de Janeiro. A 34ª edição do Encontro tem como tema central “AEB 45 anos em prol da competitividade no comércio exterior”.

Para mais informações, acesse o site www.enaex.com.br

Assessoria de Comunicação Social do MDIC

http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/noticia.php?area=5&noticia=13982

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