LEGISLAÇÃO

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Impasse no Canal do Panamá põe em dúvida planos de portos e exportadores



Impasse no Canal do Panamá põe em dúvida planos de portos e exportadores


As empresas de navegação estão encomendando navios cada vez mais monumentais e os maiores portos do mundo estão aprofundando seus calados, tudo por causa de um projeto ambicioso e multibilionário para ampliar o Canal do Panamá - uma empreitada liderada por um consórcio europeu que foi paralisada por causa de uma disputa sobre custos.

Há muito mais em jogo nessa amarga batalha entre o Panamá e as construtoras para definir quem se responsabilizará pelo US$ 1,6 bilhão em custos adicionais. "Há muitas cidades, países e autoridades portuárias que estão gastando bilhões de dólares em antecipação ao tráfego que será gerado pelo canal" depois da expansão, diz Adam Putnam, comissário da Agricultura da Flórida. "Haverá um impacto caso haja um atraso prolongado."

A disputa entre o Panamá e os construtores já causou uma paralisação de duas semanas e ameaça atrasar o projeto, previsto para ser concluído em dezembro de 2015, por pelo menos três anos. Negociadores dizem que têm esperança de que uma solução para o conflito seja anunciada ainda hoje. Mas mesmo que seja resolvida, a disputa ressalta as dificuldades e os custos que alterar planos de longo prazo podem gerar e leva muitos envolvidos a questionar se mais problemas podem surgir em um projeto complexo, que já está atrasado em mais de um ano.

A indústria de gás natural dos Estados Unidos, em expansão, está entre as que aguardam ansiosamente a chance de exportar para a Ásia em grandes embarcações através de um canal maior. A cidade de Miami está investindo centenas de milhões de dólares para aprofundar o calado do seu porto e construir um túnel para a passagem de caminhões com mercadorias a serem transportadas por navios maiores através do Canal do Panamá.

Entre outros setores, os produtores de cítricos da Flórida também estão interessados em levar seus produtos para a Ásia e para a costa oeste da América Latina em embarcações maiores a um custo menor, por meio da expansão do canal.

Fonte: The Wall Street Journal

http://www.conexaomaritima.com.br/index.php?option=noticias&task=detalhe&Itemid=22&id=13818

Nenhum comentário: