LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Brasil está em xeque no tabuleiro do comércio exterior?



Brasil está em xeque no tabuleiro do comércio exterior?

O professor Mauro Lourenço, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), acredita que sim. E cita estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para confirmar a sua tese. “Embora o governo federal tenha baixado quase 20 pacotes desde a eclosão da crise financeira internacional em 2008, nada foi suficiente para alterar um quadro de declínio na participação do País no comércio global”, argumenta.
Para ele, nem mesmo a redução de juros e a manutenção do dólar na casa dos R$ 2,00 foram fatores capazes de mudar esse quadro preocupante. “O resultado disso é que está cada vez mais difícil vender produtos nacionais no exterior, enquanto a participação dos importados no consumo dos brasileiros não para de crescer.”
Lourenço sabe a quem debitar o momento difícil por que passa o Brasil: “Diante de uma infraestrutura pública pesada e ineficiente que só aumenta os custos, uma burocracia que não dá sinais de que possa ser reduzida a níveis civilizados e uma carga tributária assustadora, a indústria se contrai e tende a investir pouco à espera de horizontes mais favoráveis.” Sobra, inclusive, para o Mercosul que, segundo ele, não é um bloco econômico de peso, porque só tem retrocedido. E mostra números: “Basta ver que hoje as trocas dentro do Mercosul representam apenas 12% do comércio exterior dos países-membros, quando já foram 17%.”
Acredita que a eleição do diplomata Roberto Azevedo, para a direção geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), pode ajudar o país a reagir e estabelecer um plano estratégico para a sua reinserção do Brasil no comércio mundial.
“Para tanto, porém, o Brasil precisa superar as dificuldades que se levantam para a exportação de manufaturados, o que equivale a dizer que o País precisa assegurar custos mais baixos de produção. E deixar de depender do agronegócio para equilibrar a balança comercial, valendo-se de uma circunstância episódica que mantém em alta os preços das matérias-primas e insumos”, receita.
http://www.portogente.com.br/comente/index.php?cod=81195


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