LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Como grandes exportadoras atuam a partir do Sul do Brasil



Como grandes exportadoras atuam a partir do Sul do Brasil
Relacionamento de longo prazo, preço competitivo e muito jogo de cintura são alguns dos diferenciais das empresas que mais exportam a partir do Sul do país.
A revista Amanhã, de Porto Alegre, com texto de Ricardo Lacerda, dá prosseguimento à série Especial Exportação, sobre o comércio exterior do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, focando os grupos globalizados mais importantes que atuam a partir da região.
Perdigão, que caiu no gosto dos consumidores do Iraque e conquistou o Oriente Médio, a Sadia, que decidiu desbravar a Arábia Saudita são exemplos importantes.
Juntas, elas deram origem à BRF – Brasil Foods, hoje a maior companhia exportadora da região sul, com negócios em mais de 100 países.
Só em 2012, a receita de exportações da BRF passou de US$ 5,8 bilhões.
Desse total, cerca de US$ 3,3 bilhões saíram pelos portos da região sul, onde se concentra parte da produção da maior indústria de alimentos do Brasil.
Outra empresa que se equilibra bem na onda exportadora do sul é a Aurora Alimentos, cooperativa de Chapecó (SC), que, em 2012, agregou US$ 311 milhões de exportações à sua receita total de R$ 4,6 bilhões – pouco mais de 13% do faturamento.
A Coamo, maior cooperativa agrícola da América Latina costuma fazer grandes embarques mensais para o exterior de soja e milho – matéria-prima
para a fabricação da ração animal.
Em 2012, mais de 20% da receita da Coamo veio do mercado externo – o que não é pouco, a julgar pelo faturamento de R$ 7,1 bilhões registrado no ano passado.
O esforço da Coamo para aproveitar os bons preços dos alimentos no mercado internacional reflete o fato de o Paraná ser, hoje, o maior exportador do sul do país.
Apesar de ser puxado por uma montadora de veículos, a Renault, o ranking dos maiores exportadores do Paraná é formado basicamente por companhias relacionadas ao campo – como Coamo, Bunge, Cargill e BRF.
A história da Marcopolo no mercado internacional não vem de hoje. Remete aos anos 1960, época em que prospectar clientes fora do país soava como uma aventura arriscada.
Paulo Corso, diretor de operações comerciais da Marcopolo para os mercados brasileiro e externo, atribui a conquista da posição de maior fabricante de ônibus do mundo a um conjunto de fatores: qualidade dos produtos, rapidez na entrega de grandes volumes, preço competitivo e pós-venda eficiente.
Hoje, os ônibus rodoviários, urbanos e micros da Marcopolo rodam em mais de 100 países.
Só no ano passado, a receita de exportações da companhia foi de US$ 258 milhões – aproximadamente 13,4% do faturamento global, que foi de US$ 1,9 bilhão.
Com um detalhe: no mercado doméstico, a produção da Marcopolo teve uma leve queda – já no exterior, as operações da empresa aumentaram a receita externa em mais de 50%, chegando a quase US$ 700 milhões.
A customização de produtos é um dos trunfos da Marcopolo para atingir novos mercados.
Acostumado a levar seus implementos rodoviários a outros países, há mais de 40 anos, o Grupo Randon, de Caxias do Sul (RS), passou recentemente por poucas e boas no Egito, onde adquiriu unidade em 2009.
Poucas semanas depois, eclodiram o revoluções que derrubou governos e ditaduras em diferentes partes do Oriente Médio.
“Aquele projeto foi afetado por uma coisa imprevisível. Mas a nossa expectativa é retomar a normalidade”, confessa.
Com unidades também na Argentina, Estados Unidos e China, a Randon faturou em 2012 R$ 5,3 bilhões, deste total, as receitas de exportações a partir da planta de Caxias do Sul somaram US$ 130,8 milhões.
Maior exportadora do Rio Grande do Sul e terceira maior do sul do país – atrás apenas de BRF e Bunge –, a Braskem registrou em 2012 vendas superiores a US$ 1,5 bilhão a partir do polo petroquímico de Triunfo.
Da mesma maneira que empresas genuinamente brasileiras analisam outros países para instalar plantas e exportar a partir delas, o processo inverso acontece no Sul brasileiro.
É o caso de algumas gigantes da indústria automotiva, como Renault, Volkswagen, Volvo, GM e Stihl-fabricantes de equipamentos manuais automatizados, cujas plantas instaladas no Paraná e no Rio Grande do Sul abastecem outros centros consumidores.
Outras multinacionais que fincaram bandeira em solo gaúcho com o olho no mercado externo foram as fumageiras, como a Universal Leaf Tabacos e a Philip Morris.

Clique aqui e leia o texto completo na Revista Amanhã

http://comunidadecomercioexterior.com.br/ver-noticia.php?id=1743

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