LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Fretes


Modelo consegue estimar preço do frete de fertilizantes


Na Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), foi desenvolvido um modelo que estima os preços dos fertilizantes a partir do valor de seus fretes. O preço dos produtos foi calculado desde o momento em que eles chegam nos portos brasileiros. Para o estudo, a engenheira de transportes Renata Marconato analisou os produtos dos portos de Paranaguá, no Paraná, Santos, no litoral de São Paulo, e do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. "Com esse modelo o produtor pode ver de onde é mais vantajoso importar seu fertilizante, pois o valor do frete influencia seu valor final", diz ela.

A pesquisadora explica que cada porto tem sua zona de influência, então para cada um deles foi desenvolvido um modelo específico. A dissertação de mestrado foi apresentada no mês de novembro de 2012 e orientada pelo professor José Alberto Quintanilha.

A estimativa dos preços dos fretes foi feita a partir de três modelos diferentes: análise de regressão, interpolação e geoestatística. Os preços de fretes utilizados para gerar os modelos referiam-se aos anos de 2008, 2009 e 2010, nos três portos. Comparando valores reais com os valores encontrados nas três experiências, constatou-se que o modelo mais eficiente foi aquele gerado pelo interpolador. Foi ele, então, utilizado para gerar os modelos de fretes, estudar as áreas de influência dos portos e simular mudanças nestas configurações.

Construção do modelo

O trabalho foi dividido em três partes: internalização dos preços dos fertilizantes originados nos mercados internacionais, cálculo do preço do frete por meio das três metodologias e a elaboração dos modelos de fretes para cada porto.

Na primeira etapa, Renata mapeou os custos de taxas alfandegárias, frete marítimo e todos os custos com a logística das atividades do porto. Depois disso, o preço dos fertilizantes foi estimado, utilizando como base dados do segundo semestre -- período de maior movimentação, pois grandes safras, como a de soja, são plantadas nos meses de setembro e outubro, o que aumenta a demanda por fertilizante. Para gerar os modelos de frete e fazer as análises dos mapas gerados, foi utilizado o software ArcGIS.

Com ele foi possível construir os mapas de influência e fazer previsões de concorrência entre os portos, a partir de manipulações dos fretes rodoviários.

Analisando os resultados obtidos com o modelo foi possível constatar alguns pontos importantes sobre a dinâmica dos portos. Como por exemplo, que o porto de Santos é o mais competitivo considerando os custos de frete. Contudo, os altos custos dos serviços do porto fazem com que essa competitividade seja perdida.

O modelo permite a elaboração de simulações a partir das variáveis do modelo. Essas simulações podem ser feitas pelos produtores que buscam saber de que porto é mais vantajoso importar a demanda de que precisam. Renata diz que com o tempo o modelo precisará ser atualizado, mas até que aconteçam mudanças bruscas no mercado ele continuará sendo eficiente.

O modelo poderá ser acessado no Banco de Teses da USP, onde a dissertação vai ser hospedada em breve.

FONTE: Agência USP de Notícias/Paloma Rodrigues

http://www.portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/portos-e-logistica/20409-modelo-consegue-estimar-preco-do-frete-de-fertilizantes


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