LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Exportações


Exportações do agronegócio crescem 9,5%

Nos primeiros nove meses, volume financeiro com a venda de grãos, carnes e outros itens alcança US$ 78 bilhões
As exportações do agronegócio nos nove primeiros meses deste ano somaram US$ 78 bilhões, valor 9,5% acima dos US$ 71,25 bilhões registrados em igual período do ano passado. As importações cresceram 5,3% para US$ 12,67 bilhões. A balança do agronegócio de janeiro a setembro de 2013 registrou saldo positivo de US$ 65,33 bilhões e cresceu 10% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Os cálculos são da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a partir de dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As vendas externas do agronegócio foram responsáveis por 44% das exportações brasileiras nos primeiros nove meses deste ano, quando a receita atingiu US$ 177,65 bilhões, e o saldo negativo ficou em US$ 1,622 bilhão.

A soja continua como o carro-chefe das exportações do agronegócio. As vendas externas do grão, de janeiro a setembro deste ano, cresceram 28,5% em volume e atingiram 40,6 milhões de toneladas, que equivalem à metade da safra brasileira da oleaginosa, estimada em 81,5 milhões de toneladas. A receita das exportações do grão aumentou 30,1%, para US$ 21,6 bilhões. No total, as exportações do complexo soja somaram US$ 27,6 bilhões, valor 19,2% superior ao registrado nos primeiros seis meses do ano passado. No caso do farelo, a receita aumentou 3,6%, para US$ 4,987 bilhões, apesar da queda de 9,4% no volume exportado (para 10,07 milhões de toneladas). Já o óleo de soja registrou quedas de 41,7% na receita (para US$ 1,024 bilhão) e de 33,8% no volume (para 991 mil toneladas).

O estudo do Ministério da Agricultura mostra que o complexo carnes ficou em segundo lugar entre os segmentos exportadores do agronegócio, com receita de US$ 12,396 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, valor 8,6% superior a igual período do ano passado. A carne de frango é o principal produto, com aumento de 7% na receita, que atingiu US$ 5,622 bilhões, mesmo com a queda de 2,1% no volume embarcado.

As exportações de carne bovina nos primeiros nove meses deste ano cresceram 21,6% em volume (para 1,089 milhão de toneladas), enquanto a receita aumentou 15,6%, para US$ 4,797 bilhões. No caso da carne suína, houve queda de 9,1% no volume exportado (para 386 mil toneladas) e de 6,9% na receita (para US$ 1,008 bilhão).

O setor sucroalcooleiro é o terceiro em destaque, com aumentos de 8,2% na receita (para US$ 10,342 bilhões) e de 31,5% no volume embarcado (para 21,756 bilhões). As exportações de açúcar apresentaram aumento de 32% no volume exportado (para 19,922 milhões de toneladas) e a receita cresceu 7,6% para US$ 8,845 bilhões. As exportações de etanol aumentaram 26,5% em volume (para 1,829 milhão de toneladas) e a receita subiu 12,3%, para US$ 1,492 bilhão.

Os produtos florestais (papel, celulose e madeiras) ficaram na quarta posição, com exportações de US$ 7,13 bilhões, valor 6,3% superior aos primeiros nove meses do ano passado. A exportação de papel e celulose cresceu 8,9% em volume (para 8,699 milhões de toneladas), enquanto a receita cresceu 8,4% para US$ 5,321 bilhões.

O estudo destaca o expressivo crescimento das exportações de cereais. O volume exportado cresceu 40,2%, para 17,61 milhões de toneladas e a receita aumentou 34,8%, para US$ 4,848 bilhões. O bom desempenho se deve às vendas externas de milho, que cresceram 66,5% em volume (para 15,66 milhões de toneladas) e 65,3% em valor (para US$ 4,061 bilhão).

Nas importações, o principal produto foi o trigo, com aumentos de 36,89% nos gastos (para US$ 1,76 bilhão) e de 4,5% no volume (para 5,242 milhões de toneladas). O preço médio do trigo importado subiu 31% e ficou em US$ 336/tonelada.

Produtividade de leite no Estado é o dobro da nacional

Segundo maior produtor de leite do País, perdendo apenas para Minas Gerais, o Rio Grande do Sul dobrou a atividade nos últimos dez anos e fechou 2012 com crescimento de 4,4%, superando em 88% a média nacional, que inflou em 2,5%. Em solo gaúcho, foram retirados 2.670 litros por vaca, enquanto a produtividade no Brasil foi de 1.417 litros/ano por vaca ordenhada. Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM 2012) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta ainda que o Estado continua sendo um dos principais produtores de pecuária do País. Em termos de rebanhos efetivos, é o primeiro do ranking de ovinos (24,4% de participação) e coelhos (40,9%), ficando em segundo lugar quando se fala em suínos (16%). A participação gaúcha ainda está em quarto lugar no ranking da criação de frangos (12,5% de toda produtividade do País) e na sexta posição entre os produtores de bovinos (6,7%), se mantendo entre as mais expressivas a nível nacional.

“O aumento considerável da produtividade do leite no Rio Grande do Sul demonstra a preocupação do agricultor em investir no seu rebanho, o que tem impacto não somente na sua renda, mas na melhora do produto para a população”, considerou o gerente de pecuária do IBGE, Octávio Costa de Oliveira. Segundo ele, pastagens de melhor qualidade e melhores tratos veterinários têm estado no foco dos produtores gaúchos, que contam com upgrade de tecnologias desenvolvidas por entidades como Emater-RS e Embrapa. Como resultado, o valor da produção de leite no Rio Grande do Sul superou R$ 3 bilhões no ano passado.

O Estado manteve sua participação estável, respondendo por mais de 95,5% da produção de lã do País, “devido à maior parte do rebanho estar concentrada em território gaúcho”, frisou o engenheiro-agrônomo e coordenador estadual de agropecuária do IBGE, Cláudio Franco Sant’Anna. Segundo o estudo, o Rio Grande do Sul também liderou a produção de mel de abelha em 2012, crescendo 20,2%, com extração de 6,8 mil quilos/ano; e ficou em quarto colocado na produção de ovos (9,4% da participação nacional).

Em todo País, o abate de animais de grande porte ocorrido nos últimos anos, somado ao aumento de custos de insumos utilizados para ração de pequenos animais, como milho e soja, e adversidades climáticas contribuíram para que a produção pecuária do País sofresse quedas no decorrer de 2012 em relação ao ano anterior, em quase todos os segmentos de rebanhos de animais, com exceção das codornas.

Ovos RS fomenta a ampliação de mercado interno e das exportações

No Dia Mundial do Ovo, celebrado nesta sexta-feira, o projeto Ovos RS, instituído pela Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) promove atividades para divulgar as propriedades nutricionais do alimento. Para comemorar a data, a campanha vai fazer a doação de mais de 12 mil ovos para entidades filantrópicas como a Casa de Nazaré, Lar Esperança e Instituição Pão dos Pobres de Porto Alegre.

Segundo o coordenador do Projeto Ovos RS e diretor executivo da Asgav, José Eduardo dos Santos, a campanha, lançada no início de agosto deste ano, trabalha em duas frentes. A primeira delas é por melhorias e capacitação do produtor com explanações sobre legislação e formas de produção, e a segunda trabalhando no marketing direto ao consumidor final. “O ovo teve um período em que foi considerado o vilão do colesterol e depois surgiram estudos que mostraram o contrário, inclusive apontando propriedades nutricionais do alimento”, afirma.

Atualmente, o consumo per capta de ovos no Brasil está na faixa de 163 unidades por habitante/ano, enquanto o Japão consome 365 ovos por habitante/ano, o equivalente a um por dia, e o México chega a 400 ovos por habitante/ano. Conforme Santos, existe espaço para o aumento do consumo per capta entre os brasileiros. “Esperamos ampliar este consumo de 10% a 15% nos próximos anos”, estima. O dirigente da Asgav também acredita que o Estado pode ser fornecedor de ovos para o mercado mundial. A produção anual no Rio Grande do Sul gira em torno de 2 bilhões de unidades.

http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=136847

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