Barcos responsáveis pelas sondagens operaram no Cais
Canal será interrompido por períodos de 12 horas
Reprogramar embarques e horários de manutenção em equipamentos foi a saída encontrada pelos terminais açucareiros da Margem Direita, para minimizar os períodos de interrupção do tráfego de embarcações no Porto de Santos. Isto porque o trânsito de navios será interrompido por períodos de 12 horas, dia sim, outro não, até o dia 26, para a realização das sondagens exigidas para a construção do túnel submerso que ligará as cidades de Santos e Guarujá.

A primeira paralisação ocorreu na última quinta-feira (2) e durou das 11 às 23 horas. As próximas serão neste sábado (4) e, depois, na segunda-feira (6), sempre das 6 às 18 horas, assim como nos dias 12, 18, 24 e 26. Na próxima quarta-feira (8), o trânsito de grandes embarcações será proibido das 8 às 20 horas, enquanto nos dias 14, 16, 20 e 22, o horário de interdição será das 5 às 17 horas. Apenas no dia 10, o tráfego será proibido das 4 às 16 horas.

Os trabalhos vão ocorrer nas proximidades do Cais da Marinha, onde fica a sede da Capitania dos Portos de São Paulo, ao lado do Armazém 27, e por onde passará o submerso. Como consequência, nos períodos de interdição, não haverá tráfego de embarcações desse ponto até o fim do canal, na região da Alemoa.

Na área afetada, estão todos os terminais açucareiros da Margem Direita (Santos) – os da Rumo Logística e o da Copersucar – e as instalações que operam granéis líquidos, na Alemoa, além das unidades que respondem pela movimentação de 53% dos contêineres que passam pelo cais santista.

A Copersucar destacou que está reprogramando os embarques do terminal, para atendimento dos navios atracados no período das interdições.

Em nota, a Rumo Logística (Grupo Cosan) destacou que a instalação foi comunicada oficialmente sobre as interdições 48 horas antes de seu início. O aviso partiu do Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp).

Por conta disso, a Rumo vai reprogramar manutenções para horários em que o estuário será interditado. “O impacto será diretamente nas horas operantes do terminal. Pelo plano enviado, o canal ficará um quarto do mês interditado. A empresa estima que isso terá impacto em todos os terminais, pois nas janelas em que o canal for liberado, existirão muitos navios a serem movimentados - considerando retirada e entrada”.

O terminal não prevê reduzir as operações, mas garante que todo o resultado dependerá da agilidade da Praticagem em realizar a entrada e a saída de navios de forma “mais eficiente que o normal, visando compensar as paralisações de 12 horas”.
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